Cooperação Jurídica Internacional no Novo Código de Processo Civil Brasileiro. Alunas: Caroline Carneiro Maurício e Nathalia David de Almeida

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1 Cooperação Jurídica Internacional no Novo Código de Processo Civil Brasileiro Alunas: Caroline Carneiro Maurício e Nathalia David de Almeida Orientadora: Daniela T. Vargas Introdução A Cooperação Jurídica Internacional já se encontrava presente no Código de Processo Civil de 1973 e deve ser compreendida como um intercâmbio, entre Estados soberanos, de atos públicos, sejam eles atos judiciais ou administrativos, com a finalidade de garantir a estabilidade e a segurança nas relações transnacionais das pessoas privadas e a efetividade dos atos e decisões judiciais. Mais recentemente, a Cooperação Jurídica se expandiu para além da cooperação judicial, e passou a abranger também pedidos administrativos de obtenção de informações e a fase preparatória de processos judiciais, para instruir investigações criminais e permitir o ajuizamento de pedidos judiciais específicos (como a busca e apreensão de menores). O incremento da cooperação jurídica internacional é um reflexo direto da globalização, no qual relações comerciais, interpessoais, institucionais e de serviços são constantemente estabelecidas, tais como contratos internacionais, divórcio entre pessoas de nacionalidades diferentes, processos de natureza cível e criminal que transcendem fronteiras. Em um primeiro momento, acreditava-se que a Cooperação Jurídica Internacional era uma liberalidade dos Estados, sendo baseada na cortesia internacional e na reciprocidade. Entretanto, atualmente, a doutrina majoritária defende a existência de um dever de cooperar, posto que os Estados hoje estão vinculados a tratados bilaterais e multilaterais sobre os mais diversos aspectos da cooperação jurídica. A Cooperação Jurídica Internacional pode se dar de duas maneiras: (i) Ativa: quando requerida por um juiz ou autoridade brasileira; (ii) Passiva: quando requerida por um juiz ou autoridade estrangeira.

2 Há diversos instrumentos para a concretização da Cooperação Jurídica Internacional, cabendo destacar: a concessão de exequatur de cartas rogatórias, o auxílio direto e a homologação de sentenças e laudos arbitrais estrangeiros. As cartas rogatórias são utilizadas para atender solicitações processuais de autoridades de outro país, para se fazer cumprir atos ordinatórios, instrutórios ou executórios. A carta rogatória só será cumprida se não atentar contra a ordem pública, soberania nacional e bons costumes do estado brasileiro. De acordo com a Resolução nº 9 do Superior Tribunal de Justiça, a concessão ou não do exequatur em cartas rogatórias é decisão do Presidente do tribunal e o cumprimento da carta não implica em reconhecimento de competência do requerente e nem na garantia de eventual homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Deverá a carta tramitar em concordância com a lei do país requerido, porém os Estados são livres para acordar procedimentos especiais por meio de tratados ou convenções. O auxílio direto, por sua vez, permite a realização de uma diligência que não integra um processo judicial e é exercido através da autoridade central, tanto a brasileira como a estrangeira, que se comunicam entre si. A questão é encaminhada para a entidade que é legitimada para propor a medida judicial cabível, que pode ser a Advocacia Geral da União, o Ministério Público Federal o a Defensoria Pública da União. No projeto de pesquisa, a delimitação do tema em torno da modificação legislativa da legislação processual brasileira fez com que o trabalho se concentrasse nos pedidos de homologação de sentença estrangeira, por meio do qual se permite o reconhecimento da eficácia de sentenças estrangeiras, que só será observada após a homologação. O Brasil adotou o sistema de delibação, no qual não se analisa o mérito da decisão proferida pela autoridade estrangeira. Assim, a homologação não se confunde com um recurso, e não é possível alterar o teor da decisão estrangeira. No entanto, verificam-se os requisitos formais para sua eficácia, em especial se há ofensa à ordem pública ou à soberania internacional. O objeto do pedido é qualquer ato que tenha conteúdo sentencial, podendo ser uma sentença judicial, um laudo arbitral, ou mesmo sentenças proferidas por autoridades religiosas ou administrativas quando estas são a autoridade competente.

3 Veja-se, como exemplo, um caso decidido pelo STF em 2002 proveniente da República Árabe da Síria, e outro proveniente do Japão de 2000: EMENTA: SENTENÇA ESTRANGEIRA. DIVÓRCIO. PROLATADA PELO TRIBUNAL DE ASSUNTOS RELIGIOSOS DE DAMASCO, REPÚBLICA ÁRABE SÍRIA. CITAÇÃO POR EDITAL CUMPRIDA. CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DA LEI E COSTUMES DE PAÍS MUÇULMANO. SUBMISSÃO DA MULHER A VONTADE DO MARIDO QUANTO AO DIVÓRCIO NO PERÍODO DO UDDAH. ATENDIDOS OS REQUISITOS DO ART. 217 DO RISTF. SENTENÇA HOMOLOGADA. (SEC 5529, Relator(a): Min. NELSON JOBIM, TRIBUNAL PLENO, julgado em 13/03/2002, DJ PP EMENT VOL PP RTJ VOL PP-00990) SENTENÇA ESTRANGEIRA - HOMOLOGAÇÃO - DIVÓRCIO - ATO ADMINISTRATIVO - EXTENSÃO. A norma inserta na alínea "h" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal, segundo a qual compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, a homologação das sentenças estrangeiras, há de ser tomada respeitando-se a soberania do país em que praticado o ato. Prevendo a respectiva legislação o divórcio mediante simples ato administrativo, como ocorre, por exemplo, no Japão, cabível é a homologação para que surta efeitos no território brasileiro. Precedentes: Sentença Estrangeira nº 1.282/Noruega, Relator Ministro Mário Guimarães; Sentença Estrangeira nº 1.312/Japão, Relator Ministro Mário Guimarães; Sentença Estrangeira nº 1.943/Dinamarca, Relator Ministro Adaucto Cardoso; Sentença Estrangeira nº 2.251/Japão, Relator Ministro Moreira Alves; Sentença Estrangeira nº 2.626/Bélgica, Presidente Ministro Antonio Neder; Sentença Estrangeira nº 2.891/Japão, Presidente Ministro Xavier de Albuquerque; Sentenças Estrangeiras nºs 3.298, e 3.372, todas do Japão, Presidente Ministro Cordeiro Guerra; e Sentença Estrangeira nº 3.724/Japão, Presidente Ministro Moreira Alves. (SEC 6399, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, TRIBUNAL PLENO, julgado em 21/06/2000, DJ PP EMENT VOL PP-00020) Os pressupostos para o deferimento da homologação são: (i) (ii) (iii) (iv) A prolação da decisão deve ser feita por autoridade competente; Realização de citação válida do réu ou declaração regular de revelia, ambas na forma da legislação nacional; A sentença deve ter transitado em julgado ou atingido um nível determinado de estabilidade e os requisitos para a sua execução devem ter sido preenchidos; A sentença deverá ser traduzida por tradutor público juramentado, que possui fé pública e deverá possuir chancela do consulado brasileiro;

4 (v) Não pode haver ofensa à ordem pública, soberania e bons costumes brasileiros. Ao mesmo tempo em que a sentença estrangeira não podem ser manifestamente contrária à ordem pública brasileira, respeitam-se os atos proferidos no exterior em conformidade às leis vigentes no país de origem. Ao analisar sentença austríaca, assim se manifestou o Supremo Tribunal Federal em 1998: SENTENÇA ESTRANGEIRA - FORMALIDADES. As formalidades alusivas à prolação da sentença estrangeira são aquelas previstas no país em que prolatada, descabendo cogitar da estrutura dos provimentos judiciais pátrios. (SEC 5720, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 22/10/1998, DJ PP EMENT VOL PP RTJ VOL PP-00820) O Supremo Tribunal Federal homologava sem grandes questionamentos as sentenças estrangeiras de divórcio mesmo quando dispunham sobre bens situados no Brasil, sempre e quando fossem sentenças em divórcio consensual e não havendo disputa sobre a partilha feita no exterior. EMENTA: Divórcio: homologação de sentença estrangeira de divórcio que - concorrentes os pressupostos legais - não é obstada pela existência, no Brasil, de controvérsia sobre a omissão na partilha de bens imóveis situados no Brasil (SEC 6847, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 12/05/2004, DJ PP EMENT VOL PP-00242) EMENTA: Sentença estrangeira contestada. Homologação de sentença de divórcio perante o Tribunal de Ontário, Canadá. Contestação que extrapola os limites do art. 221 do RISTF. Ausencia de impedimento a que as partes discutam, no Brasil, sobre os imóveis aqui existentes. Cumpridos os requisitos do art. 217 RISTF. Precedentes. Sentença estrangeira homologada. (SEC 7464, Relator(a): Min. NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, julgado em 22/04/2004, DJ PP EMENT VOL PP-00123) Em casos poucos em que a partilha foi impugnada por uma das partes, o Supremo Tribunal Federal optou pela homologação parcial da sentença, na parte relativa aos efeitos pessoais, e qualificou como competência exclusiva da justiça brasileira a questão sobre os imóveis situados no Brasil: EMENTA: Sentença estrangeira tramitação de processo no Brasil homologação.

5 O fato de ter-se, no Brasil, o curso de processo concernente a conflito de interesses dirimido em sentença estrangeira transitada em julgado não é óbice à homologação desta última. BENS IMÓVEIS SITUADOS NO BRASIL - DIVISÃO - SENTENÇA ESTRANGEIRA - HOMOLOGAÇÃO. A exclusividade de jurisdição relativamente a bens imóveis situados no Brasil - artigo 89, inciso I, do Código de Processo Civil - afasta a homologação de sentença estrangeira a versar a divisão. (SEC 7209, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 30/09/2004, DJ PP EMENT VOL PP LEXSTF v. 28, n. 336, 2006, p ) Com o advento da Emenda Constitucional nº 45 de 2004, a competência para homologar sentenças estrangeiras foi deslocada do Supremo Tribunal Federal para o Superior Tribunal de Justiça, e este passou a homologar sentenças que tivessem por objeto alguma das opções do rol do artigo 88 do Código de Processo Civil de 1973 (substituído pelo artigo 22 do novo Código de Processo Civil), que trata da competência concorrente da justiça brasileira. O poder judiciário nacional será competente, em concorrência com autoridade estrangeira, quando o réu aqui estiver domiciliado, independente de sua nacionalidade, quando a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil e quando a ação se originar de fato ou ato que aconteça aqui. Mas, quando se trata de competência exclusiva da autoridade judicial brasileira, sendo estas hipóteses as de ações relativas a imóveis situados no Brasil e partilha ou inventário de bens situados no Brasil, nega-se a homologação. Um ponto que inicialmente foi controvertido, na passagem da competência do STF para o STJ, foi a qualificação da partilha inter vivos no caso de dissolução de sociedade conjugal, havendo bens imóveis situados no Brasil: haveria ou não aqui uma competência exclusiva da justiça brasileira? A definição da competência exclusiva decorre de uma qualificação com relação ao direito e com relação à ação. O entendimento firme do STF, posteriormente acompanhado pelo STJ, sempre foi de qualificar o pedido como sendo de direito de família e não de direito real. Outro argumento utilizado foi de que o legislador qualificou a partilha mortis causae como hipótese de competência exclusiva, e não mencionou nenhuma hipótese de partilha inter vivos. De acordo com a pesquisa jurisprudencial realizada sobre o tema, é possível afirmar que o Superior Tribunal de Justiça vinha consolidando firmemente suas decisões no sentido de homologar as sentenças estrangeiras sobre divisão de imóveis localizados no Brasil, provenientes de dissolução matrimonial ou de união estável, desde que existisse

6 acordo prévio entre as partes quanto a essa partilha. entendimento já cristalizado pelo Supremo Tribunal Federal. Neste sentido, acompanhou o Ainda no âmbito do antigo Código de Processo Civil, nos casos em que não havia cláusula consensual entre as partes, aplicava-se o artigo 89 deste mesmo Código. Tal dispositivo, em seu inciso I, afirmava ser de competência exclusiva do poder judiciário brasileiro o conhecimento de ações referentes a imóveis aqui situados. Assim, como consequência disso, as sentenças em que não existia acordo entre as partes em relação à divisão dos imóveis situados no país não eram homologadas. Em 2005, em um dos primeiros casos julgados pelo STJ, ficou clara a opção pela mesma qualificação feita pelo Supremo Tribunal Federal, afastando a incidência de competência exclusiva: A Corte Especial deferiu o pedido de homologação de sentença estrangeira ao entendimento de que o fato de determinado imóvel estar localizado no Brasil não impede a homologação da sentença de partilha referente ao mesmo bem (CPC, art. 89, II) e independentemente de ela não fazer menção expressa à legislação brasileira com base na qual se efetuou a divisão dos bens, cabendo 50% para cada cônjuge. SEC 878- EX, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, julgado em 18/5/2005. O STJ, em 2009, assim decidiu um pedido de homologação de sentença de divórcio proveniente da Argentina, onde uma parte pretendia rediscutir os termos de uma sentença de divórcio consensual, entendendo que não era cabível essa discussão em sede de pedido homologatório: Na espécie, descabe a alegação de que foi obtido por induzimento a erro o acordo celebrado na Argentina, pacto que formalizou o pedido de divórcio consensual naquele país, quando, do exame do referido acordo de dissolução de sociedade conjugal, verificou-se, inclusive, que o requerido foi assistido por sua advogada de defesa. O fato de a sentença estrangeira ratificar acordo das partes acerca de imóvel localizado no território brasileiro não obsta sua homologação. Ressaltou o Min. Relator que o ato homologatório da sentença estrangeira limita-se à análise dos seus requisitos formais. É incabível o exame do mérito da decisão estrangeira à qual se pretende atribuir efeitos no território pátrio. Destarte, em sede de contestação ao pedido de homologação, é incabível a discussão acerca do direito material subjacente, porque tal ultrapassaria os limites fixados pelo art. 9º, caput, da Res. n. 9/2005 do STJ. Diante disso, a Corte Especial deferiu o pedido de homologação de sentença estrangeira. SEC AR, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgada em 28/5/2009.

7 Ao entrar em vigor, o novo Código de Processo Civil de 2015 inaugurou um capítulo destinado somente a regular os mecanismos de Cooperação Jurídica Internacional, além de também ter realizado algumas modificações pontuais sobre jurisdição internacional. Entre elas, pode-se citar o artigo 22, que traz novas hipóteses de competência concorrente, além das que já existiam no Código de São elas: ações de alimentos, quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil ou quando o réu mantiver vínculos no Brasil, como por exemplo, posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos. Nas ações que decorrem de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil. E em ações nas quais as partes, de maneira expressa ou tácita, se submeterem à jurisdição nacional. Outra alteração que merece ser levada em consideração é a do artigo 25, que estipula que será válida a cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contratos internacionais, arguida pelo réu em sua contestação, desde que o pleito não esteja relacionado com as matérias que são de exclusivo processamento e julgamento por parte do poder judiciário brasileiro. Porém, a modificação mais relevante foi o acréscimo da situação descrita no inciso III do artigo 23, que dispõe sobre as ocasiões nas quais a autoridade brasileira deverá ter exclusividade para julgar em relação às demais. Código de Processo Civil de 1973 Código de Processo Civil de 2015 Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha

8 domicílio fora do território nacional. Trata-se da nova restrição imposta para a homologação de sentenças estrangeiras que versem sobre dissolução de sociedade conjugal com partilha de bens situados no Brasil. Passou a ser de competência da autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha dos bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. Uma mudança legislativa, em um tópico onde não havia controvérsia nem tampouco demanda de mudanças por parte da comunidade acadêmica especializada ou por parte das famílias afetadas precisava ter sua origem investigada. Ainda não foi possível identificar as razões pelas quais essa limitação foi inserida no Código de Processo Civil de Diferentemente do que ocorria com a autonomia da vontade para escolha de foro, a mudança no tratamento da partilha em dissolução de sociedade conjugal não fazia parte dos pleitos da comunidade jurídica acadêmica, e também não estava presente no Projeto de Lei do Senado Federal do ano de 2010, elaborado pela Comissão de Juristas encarregada da reforma legislativa. Além disso, não se encontrou, até a presente ocasião, nenhum substitutivo, artigo, comentário ou fundamentação que possa vir a justificar tal restrição. Deve-se ressaltar também que esta reforma entra em confronto direto com o espírito inaugurado pelo novo Código de Processo Civil, que é o de privilegiar, sempre que possível, a autonomia de vontade das partes. A previsão é de que essa mudança traga grandes consequências para jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, antes pacífica, de reconhecer os efeitos da partilha consensual de bens, já que toda a jurisprudência pacífica sobre homologação e não-homologação de partilha de bens situados no Brasil foi jogada por terra. Entre 17 de março de 2016 e o encerramento do primeiro ano da pesquisa, o STJ proferiu seis acórdãos em Sentenças Estrangeiras Contestadas. No entanto, nenhum ainda mencionando a aplicação do CPC de 2015, pois a questão sobre a competência da justiça brasileira já havia sido apreciada, e somente um versando sobre partilha de bens imóveis.

9 Na SEC , foi determinada a homologação parcial da sentença extrajudicial de divórcio, deixando-se de lado a partilha de bens que havia sido impugnada por uma das partes, seguindo a tradição da jurisprudência do STJ e também do STF a esse respeito: SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. ESCRITURA PÚBLICA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL. FALSIDADE DE DOCUMENTO QUE INSTRUIU O PROCESSO DE DIVÓRCIO. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME. JUÍZO DE DELIBAÇÃO. PARTILHA DE BENS. QUESTÃO CONTROVERSA. HOMOLOGAÇÃO PARCIAL. 1. A alegação de falsidade da certidão de casamento que instruiu o acordo extrajudicial de divórcio não pode ser enfrentada nesse juízo de delibação, uma vez que repercutiria no mérito do provimento alienígena. 2. Havendo controvérsia sobre a partilha de bens, impõe-se o indeferimento da homologação quanto ao ponto. 3. Pedido de homologação deferido parcialmente. (SEC /EX, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, CORTE ESPECIAL, julgado em 15/06/2016, DJe 29/06/2016) Conclusão Neste primeiro ano de pesquisa, visto que o novo Código só entrou em vigor em março de 2016, não houve tempo hábil para que o Superior Tribunal de Justiça se pronunciasse quanto a algum pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio contendo partilha de bens no Brasil. Os casos julgados até o momento tiveram início antes da entrada em vigor do novo CPC, e por isso ainda vigoravam as regras anteriores. Como os pedidos de homologação de sentença estrangeira tem uma tramitação média de pelo menos 9 meses, até o encerramento do primeiro ano da pesquisa nenhum caso havia sido decidido sob a vigência do novo CPC. O acompanhamento deste tema junto ao Superior Tribunal de Justiça justificou a prorrogação da pesquisa por mais um ano. Bibliografia acesso em 30/07/ ARAUJO, Nadia de. Direito Internacional Privado: Teoria e Prática Brasileira. 6º Edição Código de Processo Civil: anteprojeto / Comissão de Juristas Responsável pela Elaboração de Anteprojeto de Código de Processo Civil. Brasília : Senado Federal, Presidência, 2010

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