EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II
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- João Vítor Jardim Ferreira
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1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II David Ricardo Profa. Enimar
2 No século XVIIII tem início a fase científica da Economia. As Escolas Fisiocrata e Clássica foram as primeiras Escolas do Pensamento Econômico a surgirem neste período. A fisiocracia surgiu na França e a Escola Clássica na Inglaterra.
3 Quesnay era médico e foi um dos principais representantes da Escola Fisiocrata. Publicou em 1758 Le Tableau Économique (O Quadro Econômico), que mostrava como ocorria a circulação da renda entre as atividades econômicas, a partir da agricultura.
4 Quesnay e os demais fisiocratas acreditavam que toda riqueza era extraída da natureza e desta forma, consideravam a agricultura a única atividade geradora de um excedente distribuído entre as diferentes classes sociais..
5 Pelo fato da agricultura ser a única atividade a gerar riqueza, apenas a classe dos agricultores era considerada produtiva. Enquanto a indústria e o comércio, pelo fato de apenas transformarem e transportarem o que era gerado na agricultura, eram consideradas atividades estéreis.
6 A terra, por ser fértil, produziria valor, seguindo uma ordem natural desejada por Deus para o bem da humanidade. Como a ordem econômica era regulada por uma lei natural, qualquer intervenção do Estado inibiria essa ordem e criaria obstáculos na economia.
7 Para evitar estes obstáculos, os fisiocratas propunham a redução do controle da economia pelo Estado. As ideias dos fisiocratas baseavam-se no liberalismo e no individualismo. Pensamento que traduzia-se na doutrina do laissez-faire, laissez-passer, que significa deixai fazer, deixai passar.
8 De acordo com o princípio do laissez-faire a ação do Estado deveria garantir apenas a livre-concorrência entre as empresas e o direito à propriedade privada. O pensamento clássico estaria fundamentado também nos princípios do individualismo, da liberdade e do comportamento racional dos agentes econômicos com a mínima presença do Estado.
9 A participação do Estado ficaria limitada as funções da defesa, da justiça e da manutenção de obras públicas.
10 O liberalismo e o individualismo beneficiariam a sociedade, pois os indivíduos teriam como objetivo maximizar a sua satisfação pessoal. E na busca da própria satisfação os indivíduos estariam contribuindo com o bem-estar da sociedade.
11 Para entender de que forma isto ocorreria podemos citar um exemplo do próprio Adam Smith, o mesmo afirmava que: Não seria da benevolência do padeiro ou do açougueiro que deveríamos esperar o nosso jantar, mas da preocupação destes com o seu próprio interesse.
12 O padeiro ao produzir o pão estaria pensando no lucro que poderia obter. Mas, ao mesmo tempo este padeiro estaria contribuindo com o bem-estar da sociedade ao produzir o pão e vendêlo.
13 A existência de um mercado livre, onde produtores movidos pelo desejo egoísta de obter mais lucros, concorreriam entre si. Levaria a melhoria na qualidade dos produtos e a uma organização da produção de forma mais eficiente e menos dispendiosa.
14 O mercado funcionaria de forma harmônica sem a interferência do Estado. Como se houvesse uma mãoinvisível controlando este mercado. Os pensadores clássicos de destaque foram: Adam Smith, David Ricardo, Thomas Robert Malthus, John Stuart Mill e Jean Baptiste Say.
15 Adam Smith publicou em 1776 A Riqueza das Nações, obra que coincidiu com a Revolução Industrial e satisfazia aos interesses econômicos da burguesia inglesa. Desenvolveu a teoria do valor-trabalho, segundo a qual o trabalho seria a única medida real e definitiva do valor das mercadorias.
16 Ao investigar a natureza e as causas da riqueza de uma nação, conclui que esta depende do próprio trabalho do homem. Por sua vez, a divisão do trabalho contribuiria com o aumento da produtividade e beneficiaria a todos igualmente.
17 Ao contrário dos fisiocratas, para Smith todas as atividades que produzem mercadorias geram valor, inclusive a indústria.
18 Em Princípios de Economia Política e Tributação (1817) David Ricardo deu grande contribuição à teoria do valor e da distribuição. Ao elaborar a teoria da renda da terra, Ricardo destaca que com o crescimento da população, ocupam-se terras cada vez piores para produzir alimentos.
19 Ao mesmo tempo, verificar-se-iam aumentos nos preços dos alimentos, dos salários nominais e da renda da terra dos proprietários. A teoria da renda da terra relaciona a escassez de terras férteis com as necessidades de terra para o cultivo (SANDRONI, 2003, p. 523).
20 Com o contínuo cultivo de novas terras, o custo de produção teria um preço crescente e a renda da terra, embolsada pelos proprietários se expandiria. No longo prazo, com o aumento da população, cairiam os lucros dos arrendatários, os salários reais (salário individual/preço dos alimentos) e a taxa de lucro (lucro absoluto/capital empregado).
21 Com a redução da taxa de lucro, os investimentos na agricultura e em toda a economia também reduziriam. A solução estaria no controle da natalidade e na livre importação de alimentos. A Thomas Malthus se deve a elaboração da teoria da população.
22 De acordo com esta teoria, a população aumentaria em proporções geométricas (1, 2, 4, 8...) e a produção de alimentos cresceria a taxas aritméticas (1, 2, 3...). A população cresceria sempre que os salários nominais estivessem acima do salário mínimo de subsistência. O que incentivaria os casamentos precoces e o tamanho das famílias.
23 Ao elaborar a Teoria da População, Malthus não levou em consideração as inovações tecnológicas que poderiam aumentar a produção de alimentos e o controle da natalidade. Os clássicos enfatizaram o lado da oferta, no caso, a produção. A idéia era de que tudo o que fosse produzido seria consumido.
24 Em outras palavras, a oferta criaria a sua própria demanda. Esta explicação foi formulada por Jean Baptiste Say e ficou conhecida como a Lei de Say ou Lei dos Mercados. Neste caso, quando um produto fosse criado estaria ao mesmo tempo abrindo mercado para um outro produto. O que impossibilitaria a existência de uma crise de superprodução.
25 REFERÊNCIAS CLIP-ART. Disponível em: < Acesso em: Mar MENDES, C. M. et al. Introdução à economia. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; Brasília: CAPES: UAB, SANDRONI, P. (Org.).Novíssimo dicionário de economia. 12. ed. São Paulo: Editora Best Seller, SOUZA, Nali de J. de. Curso de economia. São Paulo: Atlas, 2000.
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