MAPEAMENTO OBJETO RELACIONAL
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- Thomaz Gabeira do Amaral
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1 UNIDADEE Projeto de Banco de Dados Orientado a Objetos Unidade E 1. Introdução Ao concluir o estudo sobre BDOOs, você precisa ser capaz de implementar bancos de dados relacionais para aplicações que utilizam o modelo orientado a objetos. Isso acontece porque o mercado possui muitos sistemas legados que utilizam banco de dados relacionais e, provavelmente, na maioria das vezes que utilizarmos a orientação a objetos, estaremos usando também bancos de dados relacionais. MAPEAMENTO OBJETO RELACIONAL Nesta unidade, utilizaremos uma abstração bastante intuitiva no sentido de que uma classe do tipo persistente pode ser mapeada para uma tabela no banco de dados relacional e seus atributos para campos da tabela. Contudo, algumas diferenças entre os dois modelos, como OID, tipos de dados, herança e associações, demandam um conjunto de métodos de mapeamento que discutiremos a seguir. 2. Identificação de chave primária As linhas das tabelas no modelo relacional precisam ter identidade exclusiva. Elas são identificadas pelos valores de suas chaves primárias e conseqüentemente, nunca devem ser alteradas. Como as comparações numéricas consomem menos recursos computacionais, as chaves primárias devem ser numéricas e, preferencialmente, não devem refletir domínio de negócio, para que não sejam alteradas. Os OIDs são identificadores únicos que representam um objeto, em linguagens de programação, existentes, este identificador é implícito e criado quando ocorre a criação de um novo objeto. Já em um banco de dados relacional cabe ao desenvolvedor a responsabilidade desta criação. Quando ocorre o mapeamento, recomenda-se armazenar no banco de dados relacional o identificador do objeto como chave primária. Contudo, em determinadas situações o projetista pode utilizar qualquer outro atributo do objeto que possa identificá-lo como único, como por exemplo o CPF. 3. Mapeamento de Classes em Tabelas O mapeamento de classes pode ser feito mediante a paridade entre classe e tabela, ou seja, uma classe é mapeada para uma tabela. Este mapeamento direto de classes para tabelas representa a forma mais simples de mapeamento, tornando mais fácil o entendimento e a manutenção de uma aplicação. Contudo, no caso de uma estrutura hierárquica, várias classes podem ser mapeadas para uma tabela, como também uma classe pode ser mapeada para várias tabelas. Ainda, classes com atributos multivalorados ou compostos podem ser mapeadas para mais de uma tabela, 27
2 4. Mapeamento de Atributos em Colunas Ao tratar do mapeamento de atributos de uma classe para colunas em tabelas de um banco de dados relacional, devemos levar em conta que os atributos podem ser de tipos de dados simples ou primitivos como: inteiros, ponto flutuante, caracteres, boleanos e binários, mas também podem ser de tipos de dados complexos como tipos baseados em outras classes. Os atributos podem ser ainda multivalorados (listas de objetos), o que viola as regras de normalização do modelo relacional. Além disso, podem existir atributos de controle ou utilizados em cálculos, que geralmente não necessitam ser mapeados. Desta forma, os atributos simples podem ser mapeados diretamente para colunas em uma tabela, já os atributos complexos e multivalorados podem necessitar de tabelas adicionais para seu armazenamento. Estes atributos complexos geralmente possuem características recursivas, ou seja, são classes que possuem outros atributos e assim sucessivamente. 5. Mapeamento de Herança Existem fundamentalmente três estratégias para mapear herança em um banco de dados relacional, exemplificado pela Figura 1. Uma tabela por hierarquia: Mapear toda a hierarquia de classes para uma tabela, onde todos os atributos das classes da hierarquia são armazenados nesta única tabela. A desvantagem desta estratégia é que toda vez que um objeto da hierarquia for persistido no banco, é necessário persistir também os valores das demais classes vazios, causando uma grande quantidade de campos inutilizados. Entretanto o acesso ao banco para a manipulação dos dados é mais rápido, uma vez que todos os dados estão em somente uma tabela. É adicionada uma coluna (Object Type) na tabela que referência qual o tipo do objeto, ou seja, de qual classe aqueles dados pertencem; Uma tabela por classe concreta: Cada classe concreta mapeada reflete uma tabela com todos os atributos herdados das super classes abstratas. A vantagem desta estratégia é a facilidade de manipulação de dados, uma vez que todos os dados de cada classe estão em apenas uma única tabela. Como desvantagem, destaca-se que quando se modifica uma classe abstrata, é necessário modificar todas as tabelas geradas pelas classes filhas no modelo relacional; Uma tabela por classe: Cada hierárquica mapeada reflete uma tabela, relacionadas através do mecanismo de especialização padrão do banco de dados relacional (utilização de chaves estrangeiras). Segunda esta modalidade de mapeamento, tenta-se ao máximo manter a normalização de dados, de forma que a estrutura final das tabelas fica bastante parecida com a hierarquia das classes representada na UML. Esta é a técnica que mais naturalmente mapeia objetos para banco de dados relacionais. 28
3 6. Mapeamento de Associações A associação entre classes no modelo orientado a objetos é conceitualmente bastante similar ao relacionamento entre tabelas no modelo relacional. Este fato permite que tais associações sejam mapeadas para relacionamentos, podendo utilizar chaves estrangeiras ou tabelas auxiliares. 6.1 Associações do tipo 1 para 1 (1:1) A associação deste tipo entre classes é mapeada colocando o atributo identificador da classe referenciada na classe que o referencia, criando então o conceito de uma chave estrangeira no modelo relacional, como demonstrado na Figura 2. 29
4 6.2 Associações do tipo 1 para n (1:n) Da mesma forma que a associação do tipo 1:1, o relacionamento 1:n também é mapeado colocando o atributo identificador da classe referenciada na classe que o referência, criando então o conceito de uma chave estrangeira no modelo relacional, como demonstrado na Figura Associação do tipo n para n (n:n) Para mapear uma associação do tipo n:n, é necessário utilizar o conceito de tabela associativa, cujo propósito é manter o relacionamento entre duas ou mais tabelas do modelo relacional. Cria-se então uma tabela associativa com os OID s das classes que se referenciam, garantindo a navegabilidade do relacionamento, como exemplificado na Figura 4. \ 7. Mapeamento de Associações Todo/Parte As associações todo/parte geralmente são representadas como agregações ou composições. As agregações são associações que representam uma relação grupo/membro, ou seja, onde o objeto agregado pode existir independente dos objetos que o constituem. Já a composição representa um tipo de associação onde o todo não existe sem sua(s) parte(s). 30
5 Neste caso, tanto agregações quanto composições são mapeadas para tabelas de duas formas: utilizando uma única tabela com todos os atributos da classe que representa o todo e das classes que representam suas partes, ou mais de uma tabela, uma para cada classe envolvida no modelo. 31
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