ARTES: A TRANSIÇÃO DO SÉCULO XVIII PARA O SÉCULO XIX

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1 ARTES: A TRANSIÇÃO DO SÉCULO XVIII PARA O SÉCULO XIX

2 Neoclassicismo ou Academicismo: * Últimas décadas do século XVIII e primeiras do XIX; * Retoma os princípios da arte da Antiguidade grecoromana; * A denominação Academicismo deveu-se ao fato de que as concepções artísticas do mundo greco-romano tornaramse os conceitos básicos para o ensino das artes nas academias mantidas pelos governos europeus. Arquitetura neoclássica: * Seguiu o modelo dos templos greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano.

3 Igreja de Santa Genoveva, transformada em Panteão Nacional pós a revolução de 1789, Paris.

4 Pintura neoclássica: * Inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido. * Maior destaque: Jacques-Louis David ( ). Foi considerado o pintor da revolução Francesa. Mais tarde tornou-se o pintor oficial de Napoleão. Registrou fatos históricos ligados à vida do imperador Suas obras expressão um vibrante realismo, e algumas delas exprimem fortes emoções, como é o caso do quadro que retrata a morte de seu amigo Marat.

5 1. A morte de Marat (1793) óleo sobre tela de Jacques-Louis David 2. Bonaparte atravessando os Alpes (1801)

6 A obra de Jean Auguste Dominique Ingres ( ) abrange composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens, mas a crítica moderna vê nos retratos e nus o seu trabalho mais admirável. Ingres soube registrar a fisionomia das pessoas bem-sucedidas do seu tempo, principalmente no gosto pelo poder e na confiança na individualidade. Banhista de Valpinçon (1808) Retrato de Louis Bertin (1832)

7 O ROMANTISMO: primeira reação à arte neoclássica Século XIX atividade artística torna-se mais complexa. Neoclássicos imitação da arte greco-romana Românticos procura libertar-se das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Característica mais marcante do Romantismo: VALORIZAÇÃO DOS SENTIMENTOS E DA IMAGINAÇÃO COMO PRINCÍPIOS DA CRIAÇÃO ARTÍSTICA. Outros valores: sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização da natureza.

8 PINTURA ROMÂNTICA Ao negar a estética neoclássica, a pintura se aproxima das formas barrocas. A cor é novamente valorizada e os contrastes de claroescuro reaparecem, produzindo efeitos de dramaticidade no observador. Temas: em geral os fatos reais da história nacional e da cultura contemporânea dos artistas despertam maior interesse do que os da mitologia. Natureza, antes pano de fundo, ganha importância (passa a ser tema da pintura). Ora calma ora agitada, a natureza exibe um dinamismo equivalente às emoções humanas.

9 Francisco José GOYA y Lucientes ( ) Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros e cenas históricas. Também foi autor de desenhos, em que satiriza os costumes o seu tempo, retrata o caráter desumano das ações bélicas e contrasta os aspectos festivos e trágicos das touradas.

10 A família real - Goya

11 O Colosso- Goya

12 Saturno devorando um de seus filhos ( ) - Goya

13 Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808 ( ) - Goya

14 Eugène DELACROIX a multidão agitada nas ruas Missão de retratar as ruas de Marrocos mistura realidade ao mistério e ao exotismo Em sua obra há elementos que prenunciam o Impressionismo: a luminosidade transparente do céu, a luz intensamente refletida nas casas, em oposição às áreas de sombra. (quadro A agitação de Tânger, ) Tema das multidões se agitando nas ruas foi trabalhado no quadro: A liberdade guiando o povo -

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18 A PAISAGEM ROMÂNTICA (inglesa) Caracteriza-se, de um lado, por seu realismo, e por outro, pela recriação das contínuas modificações de cores da natureza causadas pela luz solar. o grande canal de veneza Turner

19 JOHN CONSTABLE Ao contrário de Turner, a natureza retratada é serena e profundamente ligada aos lugares onde o artista nasceu, cresceu e trabalhou ao lado do pai. Moinhos de vento, barcaças carregadas de cereais faziam parte da vida cotidiana do artista. Ao carroça de feno (1821)