EDUCAÇÃO INCLUSIVA: o desafio da inclusão nas séries iniciais na Escola Estadual Leôncio Barreto.
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1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: o desafio da inclusão nas séries iniciais na Escola Estadual Leôncio Barreto. IDENTIFICAÇÃO Autora: LUCIENE NOBRE DA SILVA Co-autoras: Adalgisa Alves Filha Valdete de Andrade Silva Ledislene Alves de Freitas Erineide Anizio Lins Escola Estadual Leôncio Barreto. -Alexandria-RN Series: 1º a 3º ano Período: de Fevereiro a Dezembro de 2014 Justificativa A inclusão é a equiparação das oportunidades de desenvolvimento de todos os indivíduos da sociedade, garantindo acesso igualitário em todos os campos da vida, proporcionando relações de acolhimento e aceitação das diferenças. A inclusão escolar é parte integrante desse processo e deve oferecer educação de qualidade para todos, desconsiderando qualquer tipo de discriminação. A inclusão rompe com os paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Dessa forma, a inclusão escolar se faz necessária a cada dia, com ela o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. Passa a ser também, um desafio para
2 a Escola Estadual Leôncio Barreto, uma vez que a educação na perspectiva inclusiva provoca uma qualificação no processo educativo, possibilitando o direito de todos os alunos, sejam especiais ou não, de exercerem e de usufruírem de uma educação satisfatória. Acredita - se que as concepções dos professores que trabalham nas séries iniciais do ensino fundamental, divergem das concepções teóricas da atualidade, o que gera uma problemática, situação em que essas concepções são inadequadas, as metodologias utilizadas em práticas docentes, alterando a dinâmica inclusiva em sala de aula, o que favorece ainda mais as dificuldades do professor, no que se refere a prática metodológica, especialmente, em ministrar os mesmos conteúdos para alunos comuns e alunos inclusos. É fato que a inclusão escolar traz em si um novo paradigma de educação. Alguns desafios que se colocam para a efetiva inclusão escolar de pessoas com necessidades educativas especiais é a falta de preparo do professor e a existência nas escolas publicas de currículos tradicionais e inadequados, à prática da educação inclusiva. O Projeto Político Pedagógico nessas escolas não contemplam a educação inclusiva com as mudanças necessárias. Funciona como um documento paralelo que não atravessa o cotidiano da escola, fica restrito à categoria de um arquivo, apenas engavetado. Com relação a temática desse estudo frente à educação especial na perspectiva da educação inclusiva, levanta-se algumas discussões: por quais mudanças a escola pública deve passar para que se torne verdadeiramente inclusiva? A começar pelo seu Projeto Político Pedagógico? Como o sistema público de ensino regular tem se adequado as propostas curriculares e inclusivas, no que diz respeito à formação continuada dos professores em serviço nas séries iniciais? Em meio a tantas dificuldades para trabalhar em sala de aula na perspectiva inclusiva, o que deve fazer o professor e a escola? Sabemos que discutir sobre inclusão, em nossa sociedade é um desafio. A sociedade possui barreiras para separar as escolas regulares dos alunos com necessidades educativas especiais. A barreira mais difícil, é o preconceito, e a outra é a
3 estrutura física, que embora não seja tão difícil de ser superado. Muitos não lutam pelos seus direitos, porque nem sabem que eles existem. Nesse sentido, a escola, de fato, não está mesmo preocupada para receber alunos especiais. Entretanto, se for esperar que ela se prepare literalmente, a inclusão escolar demorará ainda mais para ocorrer. Dessa forma, é preciso que a escola dê o primeiro passo para o processo da inclusão. No entanto, apesar de todo desafio e de toda e qualquer dificuldade, nada deve impedir que a inclusão aconteça. Mesmo porque, uma vez que a inclusão está prevista em nossa Constituição, é um direito inalienável e como direito subjetivo que é, poderá se constituir um crime a escola que não receber alunos que tiver necessidades especiais. A inclusão é a base de toda a sociedade, está além de aceitar as diferenças, mas, de uma tomada de consciência de todos. O principio fundamental dessa linha de ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças ou adultos, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguisticas ou outras. Tais condições acarretam desafios ao sistema público de ensino, o qual precisa encontrar maneiras de educar com êxito todas as crianças, inclusive às com deficiências graves. Há muito ainda o que se fazer para que este ideal se efetive na prática. Os professores das séries iniciais da escola pública precisam estar cientes de que é necessária a formação continuada em serviço, para a inclusão. Mas, quanto à formação devem entender também, que é preciso desconstruir concepções tais como a ideia de que a escola inclusiva requer muito treinamento e só é possível concretizá la com especialistas em educação especial, a ideia de que somente turmas homogêneas de alunos garantem o desenvolvimento de um bom trabalho. É evidente a grande dificuldade da efetiva inclusão escolar nas séries iniciais na escola pública, o que justifica a temática desse artigo. É de suma importância, refletir sobre o desafio da educação inclusiva em sala de aula com alunos inclusos e comuns, bem como as dificuldades encontradas pelos professores frente essa problemática, ministrar aulas na perspectiva da educação inclusiva, sem a capacitação em serviço. Tendo-se em vista que; os benefícios da inclusão, não é só para a escola pública, mas para toda a sociedade.
4 OBJETIVOS: Identificar os desafios dos professores em serviço, nas séries iniciais, quanto à prática de ensino e o desempenho dos alunos inclusos e comuns em sala de aula, na perspectiva da Educação Inclusiva Verificar dificuldades encontradas pelos professores para ministrar os mesmos conteúdos para a turma toda, e fazer com que todos aprendam. Incluir em salas de aula convencionais crianças com alguma dificuldade ou deficiência. RECURSOS: Toda comunidade escolar bem como os seguintes materiais: revistas e livros diversos, atividades xerocopiadas, papeis, jogos diversos etc... PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A proposta metodológica desta pesquisa se caracteriza como uma pesquisa descritiva por se fundamentar numa efetiva interação entre o pesquisador e os pesquisados. Complementa, Gil (2008) que a pesquisa descritiva possui objetivos bem definidos, os procedimentos são formais, as pesquisas são bem estruturadas e voltadas para a solução de problemas ou para a avaliação de alternativas e ações. Para a aquisição dos dados teremos como participantes da pesquisa, a professora Natália Gomes do 3 o Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Leôncio Barreto, na cidade da Alexandria - Rio Grande do Norte. Sendo assim, a presente pesquisa utilizará o método da observação participante onde o pesquisador participa da situação que está estudando, como também o método dedutivo que utiliza - se da dedução, ou melhor, do raciocínio que parte do geral para o particular, em que a combinação das ideias em sentido imperativo tem mais valor que a experimentação. Para atender os objetivos dessa pesquisa, considerando essas afirmações, elegemos como instrumentos de coleta de dados: a observação participante, a análise
5 documental, o questionário e a entrevista. Os procedimentos da coleta de dados ocorrerão no contexto físico da escola, mais precisamente em sala de aula. Os instrumentos da coleta; observação será um instrumento de caráter exploratório que fará parte de todas as etapas, visando conhecer como as professoras e os alunos interagem em sala de aula. Cabe ressaltar que a observação será desde o inicio um importante auxilio para identificar o problema a ser investigado; os demais instrumentos somarão uma riqueza de detalhes, que indicará as reações e a receptividade dos sujeitos em relação ao tema pesquisado; que ao final da pesquisa constituirá em um elemento importante para a análise dos dados, bem como, para a compreensão do contexto em que está realizado esse estudo. Como instrumento da coleta de dados, serão utilizados questionários e observação, onde colheremos dos pesquisadores no seu meio, suas opiniões sobre o referido tema, inclusão escolar, quais as perspectivas e as experiências vividas em sala de aula. Como complemento da coleta de dados serão realizadas entrevistas focadas, tendo como ambiente de realização, salas disponíveis da própria escola, em que está sendo realizada a pesquisa. Essas entrevistas serão direcionadas às duas professoras: uma do 3 o ano e outra do 4 o ano, a do 3 o ano com três alunos com surdez e a do 4 o ano com uma aluna com surdez. As entrevistas visarão obter informações qualitativas, de modo a buscarem verificar como está acontecendo o processo de inclusão desses alunos em suas salas de aula e sua respectiva aprendizagem. RESULTADOS OBTIDOS A rede pública de educação vem encontrando dificuldades na implantação da política nacional de educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. A educação inclusiva precisa fazer parte de um projeto político pedagógico que se inicia na secretaria estadual de educação, valorizando a participação ativa de todos os segmentos da escola. Vale salientar que a construção e idealização de uma escola de qualidade para todos na filosofia inclusiva é almejada pelos gestores, professores, alunos, pais e toda a sociedade. Essa possibilidade exige modificações profundas nos sistemas de ensino,
6 partindo de uma política pública efetiva de educação inclusiva com objetivo de oferecer aos alunos com necessidades educativas especiais, educação de qualidade, que proporcione na prática na ação docente, na aprendizagem, a superação de toda e qualquer dificuldade que se interponha à construção de uma escola democrática e inclusiva. Acredita - se que temática relacionada à inclusão escolar como um desafio nas séries iniciais em uma escola pública frente a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, tem sua grande importância, principalmente por se tratar de uma realidade que se vivencia no cotidiano de muitas escolas. Por essa razão, se torna relevante esta reflexão para todos que promovem um ensino voltado à inclusão na escola pública e que anseiam pelo surgimento de outras políticas públicas na perspectiva inclusiva, que possam ser bem sucedidas no cenário educacional especial inclusivo. Apesar das dificuldades, a expansão do movimento de inclusão em direção a uma reforma educacional mais abrangente, é um sinal visível de que as escolas e a sociedade vão continuar caminhando ao encontro de práticas cada vez mais inclusivas. AVALIAÇÃO Incluir os alunos com NEE nas séries iniciais em sala de aula e em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Não importa que tipo de deficiência eles carreguem, o importante é dar a eles oportunidades para que se sintam valorizados. Entende-se que as dificuldades e desafios são enormes tanto para a escola (direção, orientação e professores) quanto para os alunos. As leis são feitas e põe-se em prática, mas não leva-se em consideração o despreparo dos professores para enfrentarem a situação. A realidade é crítica, alunos com problemas diversos são inclusos em salas de aula com elevados números de alunos e o professor tem que dar conta muitas vezes sem a ajuda da orientação escolar. O trabalho de inclusão não poderá ser finalizado enquanto existir necessidade de aprimoramento tanto das práticas de ensino como também dos sistemas educacionais. A inclusão é uma realidade que não pode mais esperar melhores preparos por parte das instituições de ensino, como também dos responsáveis em promover a dignidade humana, buscando com isso os valores éticos para que todos tenham lugar e
7 vez nos demais segmentos da sociedade. Todos são responsáveis pela inclusão, tanto a escola como a sociedade de um modo geral. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREITAS, Soraia Napoleão: Uma escola para todos: reflexões sobre a prática educativa. Inclusiva. Revista da Educação Especial. Brasília, Ano 2, n o 3, dez/2006. RODRIGUES, David; NOGUEIRA, Jorge. Educação Especial e Inclusiva: fatos e opções. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 17, n o 1, jan - abr MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por que? Como fazer? São Paulo: Editora Moderna, Mantoan - Entrevista Revista nova escola - maio RODRIGUES, Davi. Dez Idéias (mal) feitas sobre a Educação Inclusiva. In: RODRIGUES, Davi (org.). Inclusão e Educação: Doze olhares sobre a educação inclusiva, São Paulo: Summus, 2006, p SANTANA, Isabela Mendes. Revista Psicológica em estudo, Maringá, v. 10, n 2, p , maio/ago RODRIGUES, P. da S.; DRAGO, R.: Projeto Político Pedagógico: juntos construindo tema nova escola. Vitória: Aquários, BALL, Stephen, J.; Mainardes, Jefferson. (org.). Políticas educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, MICHELS, Maria Helena. Gestão formação docente e inclusão: Eixos da reforma educacional Brasileira que atribuem contornos a organização escolar. Revista Brasileira de educação, v. 11, n o 33, set./dez DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. BRASÍLIA: Conde, BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei /96. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dez MANTOAN, Maria Tereza Eglér, PRIETO, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: Pontos e contrapontos, São Paulo: Summus p.
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