GUIA PRÁTICO DO DIVÓRCIO Do começo ao Fim de um Casamento

Transcrição

1 GUIA PRÁTICO DO DIVÓRCIO Do começo ao Fim de um Casamento Dra. Deborah Calomino - Advogada calomino@lostadocalomino.com.br Pág. 1

2 Lostado & Calomino - Advogados Contato Fone: (13) Fone: (11) Dra. Deborah Calomino A advogada Deborah Calomino é graduada em direito, Pós Graduada em Direito Processual, sócia da Lostado & Calomino Advogados e Coordena a área de Direito de Família que é a área em que se elabora o contratos de casamento, separações, divórcios, ações de investigação de paternidade, testamentos, inventários e o planejamento sucessório de empresas familiares. Com uma experiência acumulada por diversos processos em que já atuou na área de Direito de Família, orienta seus clientes e ingressa rapidamente com as ações judiciais para preservação dos direitos, agindo de forma agressiva e rápida para proteger seus clientes. A decisão de escrever este Guia Prático de Divórcio é permitir o acesso de todas as informações mais importantes na área jurídica e nos direitos e deveres em uma separação, mas que não substitui a consulta pessoal, pois cada relacionamento, cada casamento, cada separação é um caso diferente e que merece uma atenção personalizada. Espero que você tire o maior proveito deste Guia, aplicando as técnicas mostradas e, caso tenha dúvida, procure-me para poder orientar e defender seus direitos Pág. 2

3 ÍNDICE O que você vai encontrar neste Guia Prático do Divórcio 1. Divórcio... fl. 2. Da Dissolução da Sociedade (União Estável)... fl. 3. Sair de Casa... fl. 4. Quais os direitos de quem vive junto... fl. 5. Quais documentos para iniciar o divórcio... fl. 6 O sobrenome mudará... fl. 7. E as dívidas contraídas no casamento... fl. 8. Como é feito o cálculo da pensão alimentícia.. fl. 9. Conclusão... fl. 10. Agendamento de Consulta... fl. Pág. 3

4 DIVÓRCIO O divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial ou registro em cartório, habilitando as pessoas a dispor do patrimônio construído na relação conjugal e contraria novo casamento. A decisão do divórcio nunca é fácil e o processo pode ser menos traumáticos se conduzidos conforme os princípios legais, resguardando o direito do homem e da mulher. O divórcio hoje é menos burocrático, especialmente porque houve um crescimento enorme de respeito às liberdades e felicidade de cada um e, assim, a lei facilitou o divórcio ao ponto que o Juiz pode conceder uma liminar para declarar o divórcio e o processo permanecer em debate com relação aos bens, visita dos filhos e pensão alimentícia. DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE (União Estável) O divórcio é o nome dado para a dissolução de um casamento. Porém, no Brasil - em respeito à dignidade da pessoa humana - as pessoas casadas", ou seja, que vivem juntas, tem filhos e um vida em comum são conhecidas como União Estável. Na união estável, em que há um casamento sem o papel, a lei concede ao casal os mesmos direito de um casamento no cartório, ou seja, tudo que se construiu após o início da União Estável é divido por dois, Pág. 4

5 havendo igualmente com relação ao pagamento de pensão alimentícia e relacionamento com os filhos. A grande diferença é que no casamento do cartório, pode-se escolher o regime de casamento, que pode ser: Comunhão Universal de Bens, Comunhão Parcial de Bens (o legal, quando as pessoas não escolhem), Separação total de bens e participação nos aquestos. Como a União Estável é reconhecido como uma entidade familiar com produção de efeitos jurídicos, deve-se realizar a dissolução da união estável para que se possa fixar legalmente o início e o fim do casamento. SAIR DE CASA A maior dúvida que existe com relação do divórcio 1. se eu sair de casa eu perco meus direitos na divisão dos bens?; 2. se eu sair de casa eu perco o direito a guarda dos filhos? 3. se eu sair de casa eu posso ser acusado (a) "de abandono do lar? Como a grande maioria dos casamentos adota o regime da comunhão parcial de bens e, também, a grande maioria das uniões estáveis é declarada (ou reconhecida) com esse regime, então - adotaremos neste Guia do Divórcio este casamento Pág. 5

6 Se eu sair de casa eu perco meus direitos na divisão dos bens? NÃO. Não perde nenhum direito na divisão dos bens desde que esses bens tenham sido comprados durante o casamento. Portanto, nos temos da lei, tudo adquirido durante o casamento ou união estável pertencem aos dois. Mas e se o imóvel ou o carro estive somente no nome dele (por exemplo). Mesmo assim eu tenho direito na divisão? Sim! Tem direito sim! Não importa no nome de quem está a casa (ou o carro etc). O que importa é que os dois compraram juntos e durante o relacionamento. Assim, sair de casa significa que não se quer mais o relacionamento, não se confundindo com o direito da propriedade,. Se eu sair de casa eu perco o direito a guarda dos filhos? Não! Não perde a guarda dos filhos! Pág. 6

7 O que devemos lembrar é que o direito a guarda dos filhos tem a ver com o poder familiar (artigo 226, 5 da CRFB de 1988 c/c artigo do Código Civil) que, por sua vez, tem a ver com o fato de ser pai ou ser mãe. Quando se termina um casamento ou união estável, a principal consequência é que agora, você não é mais marido (daquela mulher) ou mulher (daquele marido). Da mesma forma para a união estável: você não é mais companheiro (a). O nome é o que menos importa. O que realmente importa é que, com o divórcio, o que se deseja terminar é o casamento e não se termina a relação de pai ou de mãe. Portanto: Uma coisa é a relação matrimonial e outra coisa é o poder familiar! e, assim, os filhos ficarão com quem tem melhores condições para cuidar (não tem nenhuma relação com dinheiro), fincando preservado o direito de visita dos filhos. Se eu sair de casa eu posso ser acusado (a)" de abandono do lar? Não! Não pode ser acusado(a) de abandono do lar! Para se caracterizar o abandono do lar, a pessoa tem que sair de casa sem avisar ninguém para onde vai, quando volta e até mesmo se vai voltar! A pessoa simplesmente some! Desaparece do mapa! É o que dispõe o artigo A do Código Civil. E não só isso. Pela lei, essa situação de "sumiço" ter que permanecer por mais de dois (2) anos seguidos. Dois anos seguidos sem a menor notícia daquela pessoa! Isso é abandono do lar! Pág. 7

8 Portanto, não há como caracterizar legalmente o abandono do lar. Mas o ideal é que, logo após a pessoa sair de casa, procurar um advogado para regularizar a situação e iniciar o procedimento de divórcio para preservar e regularizar todos os direitos. Veja agora as dúvidas legais mais comuns no momento do divórcio. Quais os direitos de quem apenas mora junto? Os direitos são quase os mesmos de quem é casado. Mas é preciso provar a união mostrando que havia: 1) habitação no mesmo teto; 2) fidelidade, 3) lar conjugal - devem provar que se tratavam como esposa/ esposo. Nesses casos, há partilha de bens adquiridos durante a união, pensão por morte e pensão alimentícia. O que preciso fazer e quais documentos são necessários para iniciar o divórcio? Primeiro de tudo, conversar com seu parceiro. Se vocês decidirem que realmente é impossível continuarem juntos, é importante que tentem fazer isso de maneira tranquila. Procure um advogado especializado em Pág. 8

9 direito de família, que tomará todas as providências legais. São necessários os seguintes documentos: Certidão de casamento. RG e CPF dos cônjuges. Comprovante de residência. Certidão de nascimento dos filhos. Se houver bens a serem divididos, todas as certidões de propriedade dos imóveis e outros documentos que comprovem os bens, como documentos de carros. Não é necessário reunir notas fiscais dos móveis da casa. E o sobrenome? Ele mudará automaticamente após o divórcio? Essa mudança precisa ser solicitada na entrada do pedido de divórcio. Há casos em que, mesmo após o divórcio, uma parte pode continuar a usar o sobrenome da outra. Isso só acontece se o juiz entender, por exemplo, que a perda do sobrenome trará prejuízos para a vida profissional da pessoa. Imagine uma Dentista conhecida com o sobrenome do ex-marido. Neste caso, para evitar prejuízos, o Juiz pode determinar a continuação do uso do sobrenome. O que fazer com dívidas adquiridas no casamento? As dívidas contraídas durante o casamento deverão ser pagas pelos dois. Mas, dependendo da situação, podem ser compensadas. Por exemplo: um cônjuge fica com o imóvel, mas deve entregar ao outro o valor da parte já paga e assumir o resto da dívida sozinho. Neste caso, não havendo acordo, será necessário realizar delicadas contas para chegar ao valor correto. Pág. 9

10 Como é feito o cálculo da pensão alimentícia? Só vale para casais que têm filhos? O valor da pensão é estabelecido pelo juiz observando a necessidade daquele que receberá a pensão e a possibilidade daquele que pagará. Por exemplo, existem casais em que um dos cônjuges sustenta o lar e o outro cuida dos afazeres domésticos. Essa pessoa que cuida do lar também tem despesas, e o sustento é assegurado por quem trabalha fora. Com o divórcio, o que tem a fonte de renda deve garantir o mínimo de sustento até que o outro cônjuge comece a trabalhar ou se case novamente. O juiz dará um prazo de alguns anos para o outro receber a pensão analisando cada caso. CONCLUSÃO: É fundamental uma consulta pessoal para que seja relatado os detalhes de seu relacionamento, vida em comum, filhos, patrimônio, pois as informações aqui são comuns para todas as pessoas e, para cada pessoa e relacionamento, há uma peculiaridade e um direito que deve ser detalhadamente observado. AGENDE SUA CONSULTA Agendar consulta com a Dra. Deborah Calomino, falar com Erica. Contato: Erica Leão Fone (13) Santos Fone (11) São Paulo contato@lostadocalomino.com.br Pág. 10