Especificidades da Segurança Contra Incêndio em Edifícios Hospitalares e Lares de Idosos
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- Clara Freire Ximenes
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1 Título 1
2 Especificidades da Segurança Contra Incêndio em Edifícios Hospitalares e Lares de Idosos 2
3 Em Locais de Risco Centrais (desinfecção e esterilização) utilizando oxido de acetileno. Centrais e depósitos de gases medicinais com capacidade superior a 100 lt. 3
4 Em Locais de Risco Internamento; Cuidados intensivos; Cuidados Especiais; Blocos operatórios; Blocos de partos; Hemodiálise; Cirurgia ambulatória; Hospital de dia; Exames especiais; Imagiologia; Radioterapia; Fisioterapia; Urgências; Neonatologia. Excepto serviços de diagnóstico e tratamento que dispõem de equipamentos pelas suas características, devam nelas ser instalados. 4
5 Classificação dos consultórios dentários? Nota: o licenciamento de consultórios e clínicas dentárias tem ainda legislação Em Locais de Risco Mas poder-se-á considerar que estes locais exercem actividade no âmbito da Classificação das IS para deficientes? várias coisas não farão sentido. Por exemplo, nunca terão saídas independentes para o Nota: a não ser quando agrupadas em conjunto com outros locais de risco D! 5
6 Em Locais de Risco No agrupamento de locais Vantagens de exploração e custos, mas com desafios associados: Agrupar apenas circulações horizontais exclusivas (sem outros locais no agrupamento); Ajustar as distâncias máximas de evacuação (passa a ser um único local); Aplicar iluminação de emergência ambiente (antipânico) por todo o conjunto; Quantidade max. de líquidos inflamáveis; Especificidades no isolamento e protecção Blocos operatórios, de partos, unidades de cuidados intensivos, e espaços de neonatologia, devem ficar separados dos restantes espaços; Se possuírem área > a 200m 2 devem ser subdivididos em dois compartimentos corta-fogo, tornando possível a evacuação horizontal; ATENÇÃO! Medidas de segurança importantes para possibilitarem o combate ao fogo nesses compartimentos: Cortes de energia e Cortes de gases medicinais. 6
7 Nas Instalações Eléctricas Cortes de Energia A legislação prevê de forma geral para todos os edifícios: i. A criação de Compartimentos Gerais Corta- Fogo, nos edifícios (por piso e/ou por áreas máximas em cada piso). ii.a dotação de cortes de energia para cada Compartimento Geral Corta-Fogo. Nota: sistema similar deverá ser aplicado para corte de gases combustíveis e medicinais. 7
8 Cortes de Emergência A Legislação da área eléctrica prevê: Nas Instalações Eléctricas i. Possibilidade de cortes por comando eléctrico à distância. Tipos de comando com técnicas de segurança equivalentes: Segurança Positiva tensão). Segurança Negativa corrente). 8
9 Nas Instalações Eléctricas Cortes de Emergência - Segurança Positiva: Utiliza dispositivos de comando por relé de falta de tensão. Vantagem: em caso de incêndio se o cabo de comando for cortado dá-se o corte imediato de energia do sector. Por isso, não necessita sinalização de confirmação. Desvantagem: Na exploração, pois após falta de energia da rede o seu retorno não energiza os circuitos automaticamente (ficam desligados até ligação manual por operador). Exemplo onde normalmente também se utiliza actuação eléctrica por segurança positiva: Sistemas de 9
10 Nas Instalações Eléctricas Cortes de Emergência - Segurança Negativa: Utiliza dispositivos de comando por impulso de corrente. Desvantagens: Caso o cabo esteja cortado, os Bombeiros poderão não ter possibilidades de actuar efectivamente o corte, pois o sinal eléctrico não chega ao quadro. Mesmo com o cabo intacto não saberão se efectivamente o corte actuou. Por isso exige- - (através de fonte de emergência), que caracterize a posição do dispositivo de corte e que permita comprovar o seu funcionamento. Vantagem: Na exploração, porque após falta de energia o retorno da mesma energiza novamente os circuitos (útil em câmaras frigorificas, ou onde existam computadores, por exemplo). ATENÇÃO: Existem edifícios mais antigos com Segurança Negativa SEM SINALIZAÇÃO! 10
11 Teste dos cortes em obra Deverá ser solicitado: O corte individual a cada sector de fogo (definido pela compartimentação geral do projecto SCIE, ou para os sectores específicos). Deverá ser verificado: Se nesse sector não existem quaisquer instalações de energia sob tensão (especial atenção aos equipamentos de AVAC). Se foram cortados os gases combustíveis e/ou medicinais (ou faze-lo manualmente). 11
12 A Legislação SCIE prevê em geral: Nas Instalações Eléctricas Circuitos independentes para cada instalação de Segurança. Circuitos dimensionados para sobrecargas (1,5x Corrente Nominal [A] ). Canalizações eléctricas assegurando integridade operacional das instalações de segurança por escalões de tempo. E especificamente para: Blocos operatórios, de partos e cuidados intensivos. Muito importante ter atenção ao sistema de suporte dos cabos! 12
13 Nas Instalações Eléctricas A Legislação SCIE prevê para as UT-V (e para locais de risco F): Às cablagens eléctrica, de fibra óptica e sinal são assim exigidas propriedades resistentes ao fogo conforme normas EN e EN (Anexo II do RJ-SCIE). Nestas normas os cabos têm testes de classificação FE, conferindo-lhes Classificação P ou PH para que sejam asseguradas as integridades funcional dos circuitos. 13
14 Para garantir correctamente a Integridade dos Sistemas com Circuitos, em vez do teste (FE), devia exigir-se a utilização destes produtos conforme norma DIN , teste de Integridade do Sistema (E), que melhor representa a situação real de fogo. Notas: Nas Instalações Eléctricas A norma DIN, futuramente será substituída pela EN Os cabos estão normalmente marcados com indicações do tipo E30 / FE
15 Nos ascensores Se destinados a garantir evacuação de pessoas em camas, com assistência médica: Satisfazer as características para ascensores para bombeiros; Protegidos por CCF em todos os pisos (exceção de átrios com acesso directo ao exterior e sem ligação e outros espaços interiores distintos de escadas protegidas); Capacidade de carga não inferior a 1600 kg; Dimensões mínimas de 1,3m x 2,4m; Portas de patamar e cabina deslizantes (largura mínima 1,3m); 15
16 No alarme Os meios de difusão de alarme não podem ser reconhecíveis pelo público! Exemplo: Sistemas sonoros diferentes de sirenes típicas (ding dong, etc..), sistemas luminosos, sistemas com mensagens sonoras, audíveis em qualquer ponto, com 10dB(A) acima de outro som existente por mais de 30s. Nestes locais da 2ª categoria de risco ou superior, deve existir um posto de comunicação oral com o posto de segurança. Atenção: cablagem terá de cumprir requisitos de segurança. Bastidor e/ou Central telefónica devem ficar em local protegido pelo fogo. 16
17 Na Autoprotecção UT-IV da 2ª categoria de risco ou superior: Plano de evacuação individual (explicitando as zonas seguras para onde devem ser evacuados os ocupantes)! (sectores de fogo, ou outros) Plano de emergência com medidas especiais para manter as condições de segurança dos ocupantes de blocos operatórios, de partos e cuidados intensivos. Abortar procedimentos médicos em curso, se possível. Reforçar meios de 1ª intervenção, se for o caso. Cortar instalações desnecessárias de gases e energia. Desobstruir acessos a bombeiros, preparar evacuação posterior do local. Etc. 17
18 Melhorar a coordenação de projecto e garantir a implementação efectiva em obra de: Isolamento dos sectores de fogo (atravessamentos); Adaptação dos cortes de energia, gases combustíveis e medicinais; Garantir redundâncias dos circuitos vitais, etc. 18
19 Obrigado 19
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