Manual Técnico Das Equipas Locais de Intervenção
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- Salvador Alves Aleixo
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1 Manual Técnico Das Equipas Locais de Intervenção pág. 1/18
2 Índice 1 - Enquadramento do SNIPI Objectivos do SNIPI 1.2 Competências dos 3 Ministérios 1.3 Organização do Sistema 2 - Legislação 3 - Regulamento da Subcomissão de Coordenação Regional 4 - Protocolo de Constituição da ELI 5 Minuta de Regulamento Interno da ELI 6 - Mapeamento das ELI s na Região 7 - Critérios de Elegibilidade 8 - Processo da criança: 8.1 Ficha de Referenciação Ficha de caracterização da Criança; Ficha de registo de contactos PIIP 9 - Modelos de comunicação Interna 10 - Contactos pág. 2/18
3 1 Enquadramento do SNIPI A intervenção precoce é dirigida às crianças até aos 6 anos de idade, com alterações ou em risco de apresentar alterações nas estruturas ou funções do corpo, tendo em linha de conta o seu normal desenvolvimento, constituindo um instrumento do maior alcance na concretização do direito à participação e à inclusão social dessas crianças e das sua famílias. Quanto mais precocemente forem accionadas as intervenções e as políticas que afectam o crescimento e o desenvolvimento das capacidades humanas, mais capazes se tornam as pessoas de participar autonomamente na vida social e mais longe se pode ir na correcção das limitações funcionais de origem. Decorridas quase 3 décadas em que se iniciaram em Portugal os primeiros Projectos de Intervenção Precoce (IP), um longo percurso já foi feito na procura de uma identidade para esta área. Até meados dos anos 80 surgem algumas experiências de intervenção com crianças em idades precoces, com deficiência ou em situação de risco, no âmbito da Segurança Social, Saúde e Educação, algumas delas vislumbrando uma tentativa de organização de recursos e de interacção entre diversos serviços. Mas é ao longo dos anos 90 que, progressivamente, se denota um incremento significativo de projectos de Intervenção Precoce desenvolvidos com o apoio dos três ministérios e de um aumento do número de crianças apoiadas, apesar de este ainda ser inexpressivo em termos de cobertura. Em termos de enquadramento legislativo pode-se considerar que até 1999 as orientações no âmbito do apoio às primeiras idades se encontravam dispersas em legislação referente à Educação Especial e à Educação Pré-Escolar. A publicação do Despacho Conjunto 891/99, veio assim responder à necessidade de se regulamentar a prática de então existente, e caracterizada por uma grande disparidade de tipos de respostas, de qualidade também díspar, muitas vezes monodisciplinares e prestadas de forma fragmentada. Da avaliação da implementação do referido Diploma resultou: A necessidade de garantir a operacionalização do sistema de organização da IP de forma homogénea e uniforme a nível nacional, regional, distrital e local. A necessidade de clarificação das responsabilidades dos Ministérios envolvidos; pág. 2/18
4 A necessidade de definição do Modelo de Financiamento, procurando ultrapassar as necessidade identificadas de celebração de acordos de cooperação entre as diferentes entidades envolvidas. O Decreto-Lei nº 281/2009 de 6 de Outubro actualmente em vigor, que cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). O SNIPI funciona através da actuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Educação e da Saúde, conjuntamente com o envolvimento das famílias e da comunidade. O SNIPI tem a missão de garantir a Intervenção Precoce na Infância (IPI), entendendo-se como um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da acção social. A operacionalização do SNIPI pressupõe assegurar um sistema de interacção entre as famílias e as instituições e, na primeira linha, as da saúde, para que todos os casos sejam devidamente identificados e sinalizados tão rapidamente quanto possível. 1.1 Objectivos do SNIPI Assegurar às crianças a protecção dos seus direitos e o desenvolvimento das suas capacidades; Detectar e sinalizar todas as crianças com necessidades de intervenção precoce; Intervir junto das crianças e famílias, em função das necessidades identificadas, de modo a prevenir ou reduzir os riscos de atraso de desenvolvimento; Apoiar as famílias no acesso a serviços e recursos dos sistemas de segurança social, de saúde e de educação; Envolver a comunidade através da criação de mecanismos articulados de suporte social; pág. 3/18
5 1.2 Competências dos 3 Ministérios Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social - Promover a cooperação activa com as IPSS e equiparadas, de modo a celebrar acordos de Cooperação para efeitos de contratação de profissionais da área do Serviço Social, Psicologia e Terapeutas; - Promover a acessibilidade a serviços de creche ou de ama, ou outros apoios prestados no domicílio por entidades institucionais, através de equipas multidisciplinares, assegurando em conformidade o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP) aplicável; - Designar profissionais dos CDist do ISS para equipas de Coordenação Regional Ministério da Saúde - Assegurar a detecção, sinalização e accionamento do Processo IPI - Encaminhar as crianças para consultas ou centros de desenvolvimento, para efeitos de diagnóstico o orientação especializada, assegurando a exequibilidade do PIIP aplicável - Designar profissionais para equipas de Coordenação Regional - Assegurar a contratação de profissionais para a constituição de equipas de IPI, na rede de cuidados de saúde primários e nos hospitais, integrando profissionais de saúde com qualificação adequada às necessidades de cada criança Ministério da Educação - Organizar uma rede de agrupamentos de escolas de referência para IPI, que integre docentes dessa área de intervenção, pertencentes aos quadros ou contratados pelo Ministério de Educação pág. 4/18
6 - Assegurar, através da rede de agrupamentos de escolas de referência, a articulação com os serviços da Saúde e da Segurança Social - Assegurar as medidas educativas previstas no PIIP através dos docentes da rede de agrupamentos de escolas de referência - Assegurar através dos docentes da rede de agrupamentos de escola de referência, a transição das medidas previstas no PIIP para o Programa Educativo Individual (PEI), de acordo com o determinado no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio, sempre que a criança frequente a educação Pré-Escolar - Designar profissionais para equipas de Coordenação Regional 1.3 Organização do Sistema I. Tem como principal atribuição assegurar a articulação das acções desenvolvidas ao nível de cada ministério Constituída por representantes: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS) Ministério da Educação (ME) Ministério da Saúde (MS) Início de funções desde 25 de Fevereiro de 2010; Principais actividades desenvolvidas: Implementação da Estrutura organizacional do SNIPI: 1. Constituição de 5 Sub - Comissões de Coordenação Regional 2. Definição e aprovação do âmbito regional das Subcomissões de Coordenação Regional correspondentes a NUT II 3. Nomeação dos interlocutores distritais para os Núcleos de Supervisão Técnica 4. Definição da organização e funcionamento das Equipas Locais de Intervenção pág. 5/18
7 5. Definição e análise em sede de Comissão de Coordenação da proposta de Referencial de Formação para as ELIS s Criação de instrumentos de regulação e de intervenção técnica Definidos e aprovados os seguintes instrumentos de suporte à intervenção técnica das ELI s: 1 - Regulamento Interno da CC SNIPI 2- Regulamento Interno das 5 Subcomissões de Coordenação Regional do SNIPI 3 - Definição e aprovação do logótipo do SNIPI 4 - Definição do modelo e conteúdos a disponibilizar online, no micro-site do SNIPI (site da Direcção Geral de Saúde) 5 - Protocolo para a constituição de ELI s 6 - Minuta de Regulamento Interno das ELI s 7 - Critérios de Elegibilidade das crianças para integrar o Sistema Nacional de Intervenção Precoce 8- Ficha de Caracterização das crianças apoiadas no âmbito da Intervenção Precoce ao abrigo do Despacho Conjunto 891/99 (apoio ao processo de revisão dos protocolos de cooperação) 9 Processos da Criança: Ficha de Referenciação das Crianças para SNIPI Ficha de Caracterização da Criança e Família PIIP Ficha de Registo Contacto II. Subcomissões de Coordenação Regional Subcomissão de Coordenação Regional Norte Subcomissão de Coordenação Regional Centro Subcomissão de Coordenação Regional Lisboa e Vale do Tejo Subcomissão de Coordenação Regional Alentejo Subcomissão de Coordenação Regional Algarve Constituídas por profissionais designados pelo 3 Ministérios e têm como principais competências: a) Apoiar a e transmitir as suas orientações aos profissionais que compõem as Equipas Locais de Intervenção (ELI) pág. 6/18
8 b) Coordenar a gestão de recursos humanos, materiais e financeiros, segundo orientações do plano nacional de acção; c) Proceder à recolha e actualização contínua da informação disponível e ao levantamento de necessidades da Região, contribuindo para a base de dados nacional; d) Planear, organizar e articular a acção desenvolvida com as equipas locais de intervenção e os núcleos de supervisão técnica; e) Acompanhar a implementação das equipas locais de intervenção; f) Designar o elemento coordenador de cada ELI; g) Integrar/acompanhar os núcleos de supervisão técnica de dimensão distrital, constituídos por profissionais das várias áreas de intervenção das entidades previstas no n.º 1, do artigo 1º do presente regulamento, podendo convidar para o efeito personalidades das áreas cientificas e académica. III. Núcleos de Supervisão Técnica Constituídos por profissionais das várias áreas de intervenção do MTSS, MS, ME com formação e reconhecida experiência na área da IPI. Têm como principal atribuição, entre outras: - O apoio às subcomissões regionais na articulação directa com as entidades e serviços locais responsáveis pelos profissionais afectos às ELI s - Planear, organizar e avaliar o funcionamento das ELI s, em articulação com as respectivas subcomissões regionais - Análise e verificação da aplicação dos critérios de elegibilidade - Acompanhamento técnico do trabalho desenvolvido pelas ELI s IV. Equipas Locais de Intervenção - ELI s A CC conjuntamente com as Subcomissões Regionais, procedeu à definição do nº de ELI por Subcomissão, atendendo e conjugando uma taxa de 3.7% de crianças entre os 0 e os 6 anos com possibilidade de virem a ser elegíveis para IPI e as crianças actualmente abrangidas pelas equipas de IPI. Estas Equipas são formadas por um mínimo de 5 técnicos, os quais estão afectos a organismos sob tutela dos três Ministérios, sendo pelo menos um dos técnicos afecto ao Ministério da Educação, outro em representação do Ministério pág. 7/18
9 da Saúde e os restantes três afectos a IPSS, entidades com quem o Instituto de Segurança Social celebra acordos de cooperação para a contratação de profissionais de serviço social, terapeutas e psicólogos, tal como estabelecido no diploma de enquadramento. Para além destes elementos, e com vista a promover o trabalho de parceria que já se verifica em algumas comunidades do País, as ELI s podem ainda integrar técnicos das autarquias, ou de outras instituições que disponham de técnicos com experiência nesta área. Estas equipas encontram-se preferencialmente sediadas nos centros de saúde, em instalações atribuídas pelas Direcções Regionais da Educação ou em IPSS convencionadas para o efeito e têm como principal atribuição a avaliação e intervenção directa com crianças e famílias pág. 8/18
10 2 Legislação pág. 9/18
11 3 Regulamento da Subcomissão de Coordenação Regional pág. 10/18
12 4 Protocolo de Constituição da ELI pág. 11/18
13 5 Minuta de Regulamento Interno da ELI pág. 12/18
14 6 Mapeamento das ELI s pág. 13/18
15 7 Critérios de Elegibilidade pág. 14/18
16 8 Processo da Criança pág. 15/18
17 9 Modelos de Comunicação Interna pág. 16/18
18 10 Contactos pág. 17/18
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