CUIDADOS PALIATIVOS PORTUGAL
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- Martim Barateiro Bonilha
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1 Na análise do caminho feito por Portugal na área dos Cuidados Paliativos, tinha já sido enfatizado o seu sucesso através de documento de reconhecimento por parte do perito da O.M.S. que acompanhou a elaboração do Programa Nacional de Cuidados Paliativos - PNCP: A Organização Mundial de Saúde (OMS), através do Centro Colaborador da OMS para Programas Públicos de CP (CCOMS) teve oportunidade de acompanhar a evolução dos serviços de CP no âmbito da RNCCI e, à luz das experiências internacionais, destaca-se o avanço que Portugal realizou nos últimos três anos, tendo em conta uma situação de partida de grande escassez de recursos de CP no território nacional e que este desenvolvimento se iniciou no final de A experiência internacional aconselha que a implementação e o alargamento de respostas sejam realizados de forma progressiva, garantindo assim a sua adaptação e adequação às particularidades de cada país. Desta forma, o CCOMS tem acompanhado esta implementação com o objectivo de contribuir para um desenvolvimento adequado e sustentado. Destacam-se assim, como êxitos alcançados nos três últimos anos, o aumento de recursos de internamento de CP, a constituição de equipas domiciliárias com especialização em CP e a forte aposta já anunciada no desenvolvimento de Equipas Hospitalares de Suporte em CP em todos os Hospitais do Serviço Nacional de Saúde; as acções de formação e divulgação que têm sido desenvolvidas, apoiando os profissionais no âmbito da organização, funcionamento e prestação de Cuidados Paliativos e, finalmente, a definição de critérios e instrumentos em contexto de participação com os profissionais prestadores de cuidados. No final da elaboração do programa, este foi alvo de ratificação: O Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde de Políticas Públicas de Cuidados Paliativos (CCOMS), tendo participado com a Unidade Missão para os Cuidados Continuados Integrados na elaboração do documento supra referido, através do Dr. Xavier Gomez-Batiste, vem por este meio expressar a sua concordância e ratificar o conteúdo da Proposta de revisão do Programa Nacional de Cuidados Paliativos. 1
2 No PNCP estão expressos os rácios desejados: CUIDADOS PALIATIVOS PORTUGAL Equipas Intrahospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP): rácio orientador 1 equipa em cada Hospital com mais de 0 camas, embora esteja prevista a existência no futuro de uma EIHSCP em todos os hospitais do país Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos: 1 equipa para dar cobertura a uma área populacional de a habitantes, mas de acordo com os padrões expressos no PNCP: Áreas rurais Área/ população EIHSCP ECSCP < hab. 1 mista Áreas semi-urbanas hab. 1 mista Áreas metropolitanas > hab 1 / hospital 1 / habitantes Padrões para lugares (camas) em internamento: rácios situam-se entre camas por 1 milhão de habitantes, distribuídas por: o 30% de camas em UCP a nível hospitalar fora da RNCCI, o 50% de camas em UCP na RNCCI e o 20% de camas em Unidades da RNCCI fora das Unidades de Cuidados Paliativos. Os dados seguintes serão apresentados no 12th Congress of the European Association for Palliative Care, em Lisboa a 20 de Maio. 2
3 Neste enquadramento foram identificadas as Unidades da RNCCI, NÃO de Paliativos, com profissionais com formação nesta área: Assumiu-se o número médio de camas por unidade de 20 Existem 33 Unidades com profissionais com formação em Cuidados Paliativos Existem assim 660 camas O rácio é de 20% de acordo com o PNCP Assim as camas de paliativos fora das UCP são 132 3
4 O numero de camas em UCP nos hospitais fora da RNCCI e as camas de UCP na RNCCI, em funcionamento e a abrir brevemente, bem como o número de EIHSCP e ECCI que prestam Cuidados Paliativos e ECSCP, distribuem-se da seguinte forma: Palliative Care resources Not specific of PC with trained Professionals RNCCI PC Units RNCCI Beds PC Units Hospital outside RNCCI TOTAL Intra hospital teams Home care teams with PC Home care PC teams
5 Em 2008 foi publicado pelo Parlamento Europeu, documento já referenciado no PNCP, um estudo sobre Cuidados Paliativos na União Europeia (Palliative Care In The European Union, 2008). A partir desse documento elaborou-se uma listagem de recursos existentes dos diferentes países e de acordo com os rácios internacionais. As 2 figuras seguintes mostram a evolução que Portugal teve desde os valores presentes nesse relatório até ao momento. Os valores presentes nos outros países dizem respeito ao que existia referenciado no documento em questão, servindo no entanto para se perceber o caminho efectuado por Portugal. Data in the Report 4 years of implementation Actual Data 5
6 Beds / million inhabitants Data in the Report 4 years of implementation Actual Data Grécia Estonia Bulgária Eslovaquia Portugal Romenia Finlandia Lituania Dinamarca Eslovenia Hungria Itália Chipre Alemanha Espanha França Austria Checa República Irlanda Bélgica Portugal actual Polonia Holanda Letónia UK Suécia Luxemburgo
7 No mesmo documento do Parlamento Europeu é referenciada a experiencia Espanhola da região da Extremadura, como exemplo de implementação de Cuidados paliativos em regiões com dispersão populacional. Os dados referentes a essa experiencia estão publicados - Herrera E., Rocafort J., De Lima L., Bruera E., García-Peña F., Fernández-Vara G. Regional Palliative Care Program in Extremadura: An Effective Public Health Care Model in a Sparsely Populated Region. Journal of Pain and Symptom Management. 2007; 33(5): A publicação é referente a 5 anos de implementação. O Alentejo é uma região com características semelhantes, daí a importância de comparar o que foi conseguido no Alentejo em 4 anos, com a experiencia Espanhola em 5 anos. O que se atingiu no Alentejo está presente na tabela seguinte, mostrando que Portugal em menos tempo conseguiu incomparavelmente mais respostas. CUIDADOS PALIATIVOS Incremento Extremadura Alentejo Ratio Ratio Portugal Espanha Portugal Extremadura Alentejo Alentejo Habitantes variação Camas Paliativos % Camas Cuidados % Continuados Equipas Comunitárias % Profissionais % Programa desde: 2002 a a Maio 2011 Nº anos profissionais só de Eq Domiciliarias 7
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