Seminario internacional: 2025: juventudes con una mirada estratégica Claves para un sistema de formación en perspectiva comparada - Uruguay
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- Sofia de Almeida Palhares
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1 Seminario internacional: 2025: juventudes con una mirada estratégica Claves para un sistema de formación en perspectiva comparada - Uruguay Experiência Brasil Eliane Ribeiro UNIRIO/UERJ/ Secretaria Nacional de Juventude 2012
2 O PROJOVEM URBANO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE.
3 Juventude e sociedade Em cada tempo e lugar são muitas as juventudes. É necessário compreender as sociedades em que vivem as diferentes gerações. É necessário compreender as marcas geracionais comuns que caracterizam um determinado tempo histórico.
4 Aspectos demográficos População brasileira milhões de pessoas. População de 18 a 29 anos População de 18 a 29 analfabeta População de 18 a 29 anos ensino fundamental incompleto ( 23,5%). População de 18 a 29 anos Rural Taxa de crescimento: 1980 (29,0%) 2010 (26,0%) 2050 (19,1%) Juventude trabalhadora 18,2 milhões de jovens trabalhadores, dentre os 34,7mi entre 15 e 24 anos Dados IBGE
5 Múltiplas trajetórias juvenis 1. O que significa ser jovem em um tempo de: 2. O que significa articular educação e trabalho formação para o trabalho em um tempo de: trabalho restritivo e mutante? Novas maneiras de estar no mundo (tecnologias de informação e comunicação) diferentes caminhos de transição para a vida adulta?
6 Centralidade do Trabalho no Brasil, educação e trabalha fazem juventude sentidos diversos. idade, sexo, cor/raça, renda familiar, escolaridade e região de moradia; Informalidade maior entre os jovens do que entre os adultos. Perfil sócio econômico e trajetória profissional e educacional. a necessidade ainda é o sentido mais forte, especialmente entre jovens pobres. Jovens de mais baixa renda: expectativa de qualificação e trabalho no presente para melhor reinserção no futuro (um verdadeiro trabalho ). Conciliação trabalho família escola mas também estão presentes outras dimensões: busca de independência e autonomia, realização pessoal, direito. 6
7 Disputas no âmbito da realação educação e trabalho Polêmica: qual o lugar que o trabalho deve ocupar na vida dos jovens? Duas posições: A) Postergar; Visão educação com bem e direito de todos. Os jovens só devem ingressar no mercado ao final do ensino superior. Estímulos para permanência na escola visando melhores condições de entrada no mercado de trabalho. Preparação melhor para a entrada no mercado. Forma de conter a entrada dos jovens no mercado de trabalho. B) Permitir a inclusão a partir de 16 anos. Visão moral o trabalho educa. Considerar diferentes trajetórias e favorecer a inserção (via cursos de curta duração, subsídios às empresas, parcerias com organizações sociais que forma e se encarregam da inserção de jovens).
8 No Brasil, é necessário qualificar melhor que no estudian ni trabajan - ninis Diversidade de situações: Jovens que deixaram de procurar trabalho devido ao desalento, mas que aceitariam trabalhar caso tivessem oportunidade Jovens que estão em um período de trânsito ou espera entre determinadas situações Jovens que trabalham em atividades não remuneradas (muitas vezes no âmbito familiar) Jovens que se dedicam às tarefas domésticas (cuidado de filhos, irmãos, parentes idosos) informalidade 8
9 DESENCONTROS ENTRE EDUCAÇÃO, TRABALHO E DIREITOS A ampliação da escolarização não tem garantido credenciais que implique em ganhos efetivos na mobilidade social para os mais pobres, semelhantes ao que ocorre com setores mais privilegiados. O aumento da escolaridade não tem garantido o adiamento das novas gerações no mundo do trabalho. As novas gerações percebem que os certificados escolares são imprescindíveis. Mas sabem também que as rápidas transformações econômicas e tecnológicas se refletem no mercado de trabalho precarizando relações, provocando mutações, modificando especializações e sepultando carreiras profissionais, desvalorizando níveis possíveis de escolaridade. A conquista dos certificados escolares é demorada demais para a população pobre. Essa população tem pressa. Ao sistema educacional está posto, portanto, o desafio de oferecer respostas diferenciadas para possibilitar distintos modos de acesso e continuidade na formação escolar.
10 ORIGEM DO PROGRAMA 2004 Governo Federal cria Grupo Interministerial da Juventude que indica parâmetros para uma política pública de juventude. Principal foco: jovens com baixa escolaridade e desempregados 2005 Governo Federal cria a Política Pública da Juventude a Secretaria Nacional da Juventude o Conselho Nacional da Juventude Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Participação Cidadã Projovem 2008 Governo Federal cria Projovem integrado com 4 modalidades: Projovem Adolescente, Projovem Trabalhador, Projovem Urbano e Projovem Campo, por meio da Lei /2008 e Decreto 6.629/2008
11 Finalidade PROJOVEM URBANO FINALIDADE E PÚBLICO Proporcionar formação integral ao jovem, associando: Elevação da escolaridade - ensino fundamental - EJA Qualificação Profissional Inicial Participação Cidadã - ações comunitárias. Apoiar técnica e financeiramente Estados, Municípios e o Distrito Federal para a oferta e o desenvolvimento de cursos do Projovem Urbano, bem como conceder auxílio financeiro mensal aos jovens atendidos, durante os 18 meses de desenvolvimento do curso, no valor de R$100,00, condicionado a 75% de presença deste jovem nas atividades presenciais e a entrega de trabalhos pedagógicos. Quais jovens? Idade entre 18 a 29 anos Saibam ler e escrever Não tenham concluído o ensino fundamental Prioridade para juventude negra, jovens de regiões impactadas por grande obras do Governo Federal e jovens catadores, dentre outros.
12 PROJOVEM URBANO 2012 É uma política pública Em 2012 o Programa passa a: ser executado pelo Ministério da Educação Decreto de 21 de dezembro de 2011 integrar a política educacional ser desenvolvido no âmbito da modalidade de EJA, em articulação com as políticas de juventude ser executado nos estados e municípios por meio das Secretarias de Educação. Auxílio financeiro no valor de R$ 100,00 Para receber o auxílio, o aluno deverá comparecer todo mês a pelo menos 75% das atividades presenciais
13 Cada NÚCLEO com 7 educadores de 30 h Todo Educador é um PO professor orientador 1 educador de Língua Portuguesa 1 educador de Matemática 1 educador de Ciências da Natureza 1 educador de Ciências Humanas 1 educador de Língua Inglesa 1 educador de Qualificação Profissional 1 educador de Participação Cidadã E ainda: 2 educadores para as salas de acolhimento das crianças de 0 a 8 anos filhas dos estudantes 1 tradutor e intérprete de libras 1 educador especial para o AEE
14 SALAS DE ACOLHIMENTO Dos jovens atendidos pelo ProJovem Urbano, até 2010, cerca de 66% é de mulheres e dessas 69,1% têm filhos SALAS DE ACOLHIMENTO para crianças de 0 a 8 anos, filhas dos jovens atendidos pelo programa Cada núcleo poderá implantar até duas salas
15 Qualificação Profissional Projeto de Orientação Profissional POP O POP implica um olhar interdisciplinar que permite a integração da dimensão Qualificação Profissional com a Formação Básica e a Participação Cidadã. Trata-se de uma reflexão continuada sobre todas as atividades curriculares: aprendizagens práticas e sociais, vivências, organização de conteúdos na relação teoria e prática. Para tanto, é preciso conhecer a cidade do ponto de vista das oportunidades que ela oferece para o desenvolvimento profissional, durante o ProJovem Urbano e após sua conclusão. Situa-se na linha do que se chama narrativa como técnica de ensino e aprendizagem, cuja finalidade principal é promover o crescimento pessoal do aluno e sua visão crítica da realidade em que vive e da formação profissional que lhe foi oferecida no curso.
16 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DAS UNIDADES FORMATIVAS PARA 2013 UF 1- Juventude e Cultura UF 2- Juventude e Cidade UF 3- Juventude e Trabalho UF 4 Juventude e Comunicação UF 5 Juventude e Tecnologia UF 6 - Juventude e Cidadania Carga Horária 2.000h Formação Presencial 1.440h Formação Básica/Ensino Fundamental 972h Qualificação Profissional -390h Certificação do ensino fundamental por meio dos sistemas de ensino e da qualificação profissional por instituição integrante do PRONATEC ou pelo sistema de ensino escolas técnicas.
17 A concepção de Qualificação Profissional do Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária - ProJovem mostrou-se inovadora, organizando-se em arcos compostos por quatro ocupações que abrangem o planejamento, a produção e a comercialização de bens e serviços, de modo que o jovem se prepara para ser empregado, mas também cooperativa. A Qualificação Profissional inclui ainda a formação técnica geral (FTG), que aborda aspectos teórico-práticos importantes para qualquer tipo de curso profissionalizante. A oportunidade de Qualificação profissional é um dos fatores principais de atração para o Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária ProJovem e, na opinião da maioria dos alunos ouvidos nos grupos focais, representou fator decisivo para o ingresso no curso. Entre os matriculados, a maior parte estava fora da escola e com restrições no mercado de trabalho, mas vislumbrou no Programa a chance de aprender uma profissão e acessar redes de oportunidades.
18 SEXO
19 IDADE QUE COMEÇOU A TRABALHAR Entre os 16 e 18 anos: Homens 31% Mulheres 27% Entre os 13 e os 15 anos: Homens 24,4% Mulheres 24 % Entre os 10 e 12 anos: Homens 10,4% Mulheres 7,9% Entre os 19 e 21 anos: Homens - 8,5% Mulheres 10,2%
20 Realiza trabalho remunerado (%) Fonte: Projovem Urbano, 2009.
21 Tipo de vínculo empregatício (%) Fonte: Projovem Urbano, 2009.
22 Dificuldades para conseguir trabalho (%) Fonte: Projovem, 2008.
23 Quem ajudou a conseguir trabalho remunerado (%)
24 Motivos para ingresso no Projovem
25 Desafios para a construção de um sistema de formação profissional no Projovem Urbano Promover o Diálogo intergeracional Investir na formação de adultos que trabalham com jovens (no presente e no futuro). Garantir aos jovens do ProJovem oportunidades para se aproximar dos espaços e organizações (participação cidadã). Jovens e adultos/ jovens e jovens: escutas e aprendizados mútuos Ampliar a rede de oportunidade dos jovens. Como os programas podem possibilitar redes sociais de aproximação com novas possibilidades. Isso pode ser um bom estimulante de continuidade e de abertura de desejos. O mito da formação profissional. O ProJovem deve ser um programa que caiba na vida dessas juventudes. A partir disso, como ele pode contribuir para a criação e a ampliação de sonhos e expectativas?
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