GRUPO - INTERAÇÃO: DISCUTIR TEMA - PESQUISADOR
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- Lúcia de Lacerda Barbosa
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1 Grupo Focal técnica de pesquisa qualitativa que coleta dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico especial sugerido pelo pesquisador. Gondim (2003) recurso para compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos Interação Grupal: favorece as trocas, descobertas e participações comprometidas. Também proporciona descontração para os participantes responderem as questões em grupo, em vez de individualmente e oportuniza a interpretação de crenças, valores, conceitos, conflitos, confrontos e pontos de vista (RESSEL at. al, 2008). GRUPO - INTERAÇÃO: DISCUTIR TEMA - PESQUISADOR
2 Pesquisador Moderador de um grupo focal assume uma posição de facilitador do processo de discussão. Constantemente questionando os sujeitos da pesquisa, com o objetivo de perceber aquilo que eles experimentam, o modo como eles interpretam as suas experiências e o modo como eles próprios estruturam o mundo social em que vivem (pg. 51). Consciência da sua posição no espaço da pesquisa: consciente de que está diante de movimentos complexos e de que não tem em mãos um experimento em que se possa controlar variáveis - aberto ao inesperado Assumir e demonstrar interesse com o ponto de vista dos outros participantes, valorizá-los, estar atento às relações que se estabelecem, favorecer um espaço de livre expressão e discussão entre os participantes e compreender a noção de contexto Importante Eleger estratégias e procedimentos que permitam levar em consideração as experiências do ponto de vista dos sujeitos participantes; Estar atento às divergências; Estabelecer um roteiro para estimular o debate, não restringí-lo ou direcioná-lo, permitindo o aprofundamento progressivo mas com uma fluidez espontanea, sem que o mediador precise interferir muitas vezes; Estabelecer regras.
3 Desafios As decisões metodológicas dependem dos objetivos traçados. influenciar o processo de discussão e o produto dela decorrente composição dos grupos - no número de elementos (4 a 10 pessoas), na homogeneidade ou heterogeneidade dos participantes (cultura, idade, gênero, status social, etc) no recurso tecnológico empregado (face-a-face ou mediados por tecnologias de informação) na decisão dos locais de realização (naturais, contexto onde ocorre, ou artificiais, realizados em laboratórios) nas características que o moderador venha a assumir (diretividade ou não-diretividade) no tipo de análise dos resultados (de processos e de conteúdo: oposições, convergências, temas centrais de argumentação intra e intergrupal, análises de discurso, lingüísticas etc). Clareza nos propósitos
4 Análise dos resultados Análises baseadas em transcrições de gravações em vídeo e notas de campo, aplicadas a técnicas específicas (conteúdo, discurso, lingüística). Possibilidades Os grupos focais trazem à tona aspectos que não seriam acessíveis sem a interação grupal, o processo de compartilhar e comparar oferece rara oportunidade de compreensão por parte do pesquisador de como os participantes entendem as suas similaridades e diferenças.
5 Grupo Focal na minha pesquisa Essas pessoas que envelhecem... Saberes de adultos com deficiência intelectual Luiziane Bellaguarda Brusa da Costa Orientador: Prof. Dr. Johannes Doll
6 Pontos de partida......compreensão da velhice como categoria socialmente construída através dos processos de socialização estabelecidos pelo indivíduo ao longo do curso de sua vida e que permitirão a construção da sua própria identidade......considerando o envelhecimento como processo individual entendido e vivenciado pelo homem desde o lugar e o papel que a sociedade lhe destina...
7 Como indivíduos que tem seu curso de vida marcado por experiências de exclusão social estão construindo suas identidades? Como estão percebendo e vivenciando o processo de envelhecimento? Como estão aprendendo a ser velhos?
8 Companheiros de Percurso e o Lugar 5 adultos entre 25 e 48 anos 3 homens e 2 mulheres - Interesse em participação - Autorização responsáveis - Comunicação e expressão 1 não teve autorização 1 passou integrar posteriormente 1 dificuldades comunicação Deficiência intelectual Integram Grupo de Convivência para adultos com deficiência intelectual em Instituição em POA Centro de reabilitação pedagócica Pessoas com dificuldades de aprendizagem, DI e TGD Centro clínico Centro Psicopedagógico
9 Premissa Esta pesquisa procura dar voz àqueles que pretende compreender, ouvir o que têm a dizer sobre si mesmos, e assim os coloca em lugar central da cena da pesquisa, como protagonistas e autores de sua própria historia. (...) dar-lhe a palavra é a forma de começar a romper com o estereótipo de que ela não é capaz de compreender o que a cerca, dando-lhe a possibilidade de se fazer ouvir sem ser através da voz do outro., (CARNEIRO, 2007, pg. 54)
10 Escolhas Metodológicas Observação Participante Pesquisa Qualitativa conhecer o grupo com o qual iria trabalhar/ características dos integrantes do grupo - planejamento das atividades respeitando as particularidades de cada integrante do grupo: de acordo com as habilidades cognitivas e comunicativas dos sujeitos; o que contribui para a organização e desorganização; o manejo adequado para a organização em situações específicas; tempo limite para o desenvolvimento das atividades antes que fadigassem e perdessem o foco da atenção, etc.
11 Grupo Focal Estimular os sujeitos a falarem, a exporem suas ideias a respeito do assunto debatido. Técnica adaptada ao grupo e às particularidades de cada participante Dificuldades de comunicação + dificuldades cognitivas carência de fluência na fala + pensamento mais concreto - Apoio em atividades lúdicas, permeadas por discussões (Ramos, 2009) - Favorecer a participação dificuldades de iniciar e manter um diálogo - maior interferência do pesquisador; - diluir as provocações começar a pensar do concreto para o mais abstrato aprofundamento progressivo; - Necessidade de reconduzir, reformular e adaptar a discussão; - Organização da agenda sem interferir na rotina
12 Atividades Desenvolvidas Data Momento Atividade Desenvolvida 2011 Primeiros contatos com a Instituição Reunião com a Instituição TCLE, combinações para atividades Primeiro contato com o Grupo Apresentação, objetivos, TCLE Observação OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE Observação Quem sou eu? - Painel de Recortes Escolha das fotos para Linha do Tempo Montagem e discussão da Linha do Tempo GRUPO FOCAL Desenho de uma pessoa idosa Imagens das fases da vida Encerramento
13 Quem sou eu? - Painel de Recortes suas coisas recortadas e coladas nos cartazes iam respondendo às categorias de gênero (coisas de homem e de mulher) e idade (coisas de criança, adolescente e adulto) com as quais se identificam.
14 Linha do Tempo da Minha Vida Construção a partir de fotos Discutir sobre a passagem do tempo em nossas vidas e daqueles com os quais vivemos (que também aparecem nas fotos). Falar sobre a passagem do tempo e se ver em diferentes momentos, implicaria em se posicionar em determinado ponto dessa linha, numa postura de questionamento sobre o que vem depois, pra onde estou indo. Falaram principalmente sobre a passagem do tempo e das mudanças físicas advindas desse processo de crescimento e/ou desenvolvimento, conforme referiram. Viram que assim como eles, os familiares que apareciam nas fotos também estavam diferentes, e que estes haviam envelhecido. Surgiram impressões sobre quem fica velho e quem permanecerá adulto, discussões sobre o envelhecimento enquanto processo que acompanha toda vida, ideias de como envelhecer com saúde, lembranças e referências de pessoas velhas, etc.
15 Desenho de uma pessoa idosa Atributos físicos e atitudes esperadas para uma mulher idosa. Novas discussões foram geradas, falaram bastante sobre as referências, sobre os avós e o contato que mantém ou mantiveram com esses. Nessa conversa, demonstraram comportamentos e atitudes relacionados à velhice, permeados de crenças e afetos. Redirecionamento da atividade Imaginar a professora velha
16 Imagens das fases da vida Identificar tarefas/atividades/gostos/obrigações para cada fase da vida. Discutir sobre significados específicos atribuídos a cada fase da vida, em especial à velhice. O que cada um pode e não pode fazer, coisas boas e ruins de ser (bebe, adulto, velho), características próprias, interesses, preferências, etc. Conforme a discussão ia evoluindo, eu os desafiava com comparações, confrontando-os com suas próprias afirmações.
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