AULA 4 Transição epidemiológica
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- Gabriela Cavalheiro Sales
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1 Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II AULA 4 Transição epidemiológica
2 Transição epidemiológica no Brasil Quem é quem? Ordene *. Neoplasias ( ) Causas Externas ( ) Aparelho Circulatório ( ) Infecciosas e Parasitárias ( ) *Ordem
3 Transição Epidemiológica Modificações dos padrões de morbidade, invalidez e morte Engloba três mudanças básicas: Substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas; Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos; Mudança de predomínio de mortalidade para morbidade
4 Transição epidemiológica Mudanças nos padrões de saúde e doença das populações e às interações entre estes padrões e os determinantes econômicos demográficos e sociais. Diminuição das taxas de mortalidade, principalmente da mortalidade infantil, e o conseqüente aumento na expectativa de vida mudanças na composição das principais causas de morte. Progressiva redução daquelas doenças consideradas potencialmente evitáveis, como as infecciosas as atribuíveis à desnutrição e aos problemas relacionados ao parto enfermidades doenças cardiovasculares e as neoplasias, passassem para um primeiro plano, nos países centrais.
5 A idéia de Transição Epidemiológica, elaborada a partir da observação das modificações ocorridas no perfil de saúde de populações de países de economia central, previa a substituição, como causas mais importantes de mortalidade e morbidade, das doenças infecciosas por outras decorrentes de difusão de certos estilos de vida e do envelhecimento da população (Omran, 1971). Nessa perspectiva, o processo de modificação dos padrões de adoecimento e morte ocorreria em estágios sucessivos acompanhando a evolução de uma sociedade tradicional para uma sociedade moderna.
6 TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS EM PAÍSES SELECIONADOS clássico, ou ocidental- Estados Unidos e países da Europa Ocidental Acelerado- rápida e acentuada queda da mortalidade e fertilidade, e pela rápida inversão nas causas de óbito. Japão Adaptado de Omran, Abdel R. The epidemiologic Transition: a Theory of the Epidemiology of Population Change. The Milbank Memorial Fund Quarterly, Vol 49, Nº 4, pp
7 TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS EM PAÍSES SELECIONADOS Tardio - países subdesenvolvidos: queda da mortalidade é mais lenta e recente e não é seguida pela diminuição da fertilidade; -declínio da mortalidade por doenças transmissíveis não é acompanhado pela redução da incidência dessas doenças; -cresce a mortalidade e a por doenças não transmissíveis; -aumenta a mortalidade em homens, jovens, por causas externas (violência). Adaptado de Omran, Abdel R. The epidemiologic Transition: a Theory of the Epidemiology of Population Change. The Milbank Memorial Fund Quarterly, Vol 49, Nº 4, pp
8 Outros autores discriminaram mais as etapas da transição epidemiológica, incorporando padrões mais recentes: Estágio 1- período das pragas e da fome: níveis de mortalidade e fertilidade elevados. Predomínio de doenças infecto-contagiosas, desnutrição e problemas de saúde reprodutiva. (Expectativa de vida entre 20 e 40 anos) Estágio 2- período do desaparecimento das pandemias: níveis de mortalidade diminuem progressivamente; a queda da mortalidade se acentua quando as epidemias tornam-se menos freqüentes ou desaparecem. (Expectativa de vida entre 30 e 50 anos.) Neste estágio a manutenção das taxas elevadas de fertilidade torna-se fundamental para o crescimento populacional
9 Estágio 3- período das doenças degenerativas e provocadas pelo comportamento individual: níveis de mortalidade em declínio, podendo tornar-se estáveis em valores relativamente baixos. (Expectativa de vida entre 50 anos e 70 anos). Neste estágio a queda continuada das taxas de fertilidade resulta na redução do crescimento populacional e no aumento da proporção de idosos. Estágio 4- período do declínio da mortalidade por doenças cardiovasculares: envelhecimento populacional, modificações no estilo de vida, doenças emergentes e surgimento de novas doenças. ( Expectativa de vida entre 70 e 85 anos ) Estágio 5...
10 Estágio 5 Período de longevidade paradoxal, emergência de doenças ainda consideradas enigmáticas: capacitação tecnológica para assegurar a atenção às necessidades especiais de indivíduos com limitações permanentes, através de próteses químicas e físicas. (Expectativa de vida acima de 85 anos de vida). X Convulsão social ou a guerra rompe estruturas sociais e de saúde existentes, levando a um ressurgimento das condições observadas nas duas primeiras fases. Doenças da terceira e quarta fases persistem. Esta fase regressiva está associada a um aumento da mortalidade devido tanto cardiovascular (CV) e não- CV, como doenças infecciosas, violência e consequentemente uma diminuição da esperança de vida
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12 Transição demográfica Transição epidemiológica
13 Transição demográfica Mudanças na estrutura de uma população, refletindo sua dinâmica!
14 Dinâmica populacional
15 Dinâmica populacional: conceitos O que indica o potencial de nascimentos de uma população? Fecundidade: relaciona o n o de nascidos vivos em dado tempo com o n o de mulheres em idade fértil -15 a 49 anos O que indica o peso dos nascimentos de uma população Natalidade: relaciona o n o de nascidos vivos com a população total O que indica o peso dos óbitos em uma população? Mortalidade: relaciona o n o de óbitos com a população total
16 Fórmulas Fecundidade ou Taxa de Fecundidade Geral Natalidade, Taxa Bruta de Natalidade ou Taxa Natalidade Geral
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22 E como evoluiu, evoluirá a estrutura etária no Brasil?
23 Pirâmide etária. Censo Brasil 2010
24 Brasil
25 Esperança de Vida ao Nascer Número médio de anos que um indivíduo viverá a partir do nascimento, considerando o nível e estrutura de mortalidade por idade observados naquela população. Para o cálculo leva-se em consideração não apenas os riscos de morte na primeira idade mortalidade infantil -, mas para todo o histórico de mortalidade de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. É uma síntese da mortalidade ao longo de todo o ciclo de vida. Indicador empregado para mensurar as dimensões humanas no índice de desenvolvimento.
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27 Brasil: Esperança de vida ao nascer por UF / < 51 anos 51 a 57 anos 58 a 63 anos 64 a 69 anos > 69 anos
28 Esperança de vida ao nascer: 1991, 2000, ,10 Brasil ,73 Brasil ,61 63,79 68, ,69 73,86 70,16 70,32 Brasil ,94 77,35 76,61 Fonte: IPEA/PNUD/Fundação João Pinheiro
29 a.org/wikipedia/commo ns/b/b2/comparison_ge nder_life_expectancy_ci A_factbook.svg 2016
30 Outras transições: de cor
31 Outras transições: nutricional
32 Exercício de reflexão em grupos de 5 para discutirmos em sala Vocês estarão no mercado de trabalho, considerando que farão residência de 3 anos (acho imprescindível!) em 2023 e em 2030 O que esperar?
33 1. Cada grupo escolherá uma região do país, capital e interior (10 grupos) 2. Pelo que vc conhece da tua área, classifique o estágio de transição em que se encontra (consulte o artigo, a aula e os slides adicionais) 3. Em 2030 estaremos na 5a fase da transição epidemiológica? Qual será? (Slide 10). 4. Qual será o perfil de mortalidade na sua área? E dentro das cardiovasculares (slide 11)? 5. Qual será a expectativa de vida na sua região para homens e para mulheres? 6. Quais serão as maiores necessidades de atenção médica?
34 Informações adicionais: mortalidade proporcional no Brasil Brasil Total Não transmissíveis Doenças aparelho circulatório Doenças isquêmicas do coração Doenças cerebrovasculares Neoplasias Diabetes mellitus Doenças crônicas das vias aéreas inferiores Causas Externas Acidentes de transporte
35 Informações adicionais: Expectativa de vida regiões brasileiras 2014
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37 Informações adicionais: Mortalidade infantile 2014
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