PREFEITURA MUNICIPAL DE BRUMADO ESTADO DA BAHIA CNPJ/MF Nº / Praça Cel. Zeca Leite, nº. 415 Centro CEP: Brumado-BA
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- Fernanda Gil Sacramento
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1 LEI Nº , DE 26 DE MARÇO DE Cria o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Brumado COMDIB e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Brumado, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA FINALIDADE BÁSICA DO CONSELHO Art. 1º. Fica instituído, como órgão deliberativo vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania, o Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Brumado-COMDIB, com a finalidade básica de assessorar o Governo Municipal na formulação da política de assistência à pessoa idosa no Município de Brumado. CAPÍTULO II DAS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO Art. 2º. São competências específicas do COMDIB: I - analisar ou propor programas, projetos ou atividades que visem à defesa dos direitos do idoso, respeitadas as diretrizes e bases estabelecidas pela legislação federal e as disposições supletivas das legislações estadual e municipal; II - fiscalizar a observância dos direitos do idoso; III - deliberar sobre consultas que lhe forem dirigidas, no âmbito de sua competência; IV - receber sugestões da sociedade civil e opinar sobre denúncias que lhe sejam encaminhadas, dando ciência das mesmas aos órgãos competentes do Poder Público; V - propor diretrizes a serem seguidas pelo Governo Municipal relativas: a) à elaboração de projetos de lei e demais iniciativas que visem a assegurar e ampliar os direitos do idoso e a sua plena inserção na vida econômica, cultural e social, bem como eliminar eventuais disposições normativas discriminatórias; b) à elaboração de projetos que promovam a participação do idoso em todos os níveis de atividades, compatíveis com a sua condição; c) à promoção de estudos, pesquisas, debates e projetos, bem como outras iniciativas pertinentes relativas às condições de vida, de saúde e de lazer do idoso; 1
2 VI - acompanhar e exercer o controle social na aplicação dos recursos destinados à assistência aos idosos no Município; VII - promover a participação da imprensa, entidades de classe patronal e trabalhadora, lideranças comunitárias e outros organismos formadores de opinião, nos programas indicados pelo Conselho; VIII - promover a cooperação e o intercâmbio com organismos similares e afins nos níveis municipal, estadual e nacional; IX - promover a ampla divulgação das decisões do Conselho, bem como de quaisquer informações que se relacionem com suas atribuições, visando à conscientização de todos os segmentos da sociedade; X - assessorar a Administração Municipal na elaboração dos planos e programas de assistência ao idoso, em consonância com as normas e critérios do planejamento estadual e nacional; XI - sugerir medidas aos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo do Município, nas fases de elaboração e tramitação do orçamento municipal, visando: a) a alocação dos recursos previstos para assistência às pessoas idosas; b) o enquadramento das dotações orçamentárias especificadas para a assistência ao idoso dentro do plano municipal. XII - coletar e produzir informações sobre a população idosa para ampla divulgação e para subsidiar políticas e planos de governo destinados a este segmento populacional; XIII - articular-se com os órgãos ou serviços governamentais de assistência ao idoso no âmbito estadual e federal e com outros órgãos da administração pública ou privada que atuem no Município, a fim de obter sua contribuição para a melhoria dos serviços assistenciais; XIV - fixar critérios para a concessão de subvenções e auxílios a entidades que prestam assistência aos idosos no Município; XV - propor ao Prefeito Municipal o cancelamento ou a suspensão de subvenções e auxílios, nos casos em que as instituições beneficiárias não tenham cumprido os compromissos assumidos; XVI - auxiliar a administração na execução de campanhas junto à comunidade no sentido de incentivar a capacitação profissional, e a inserção do idoso no mercado de trabalho; XVII examinar outros assuntos relativos à sua área de competência; XVIII - elaborar seu Regimento Interno. 2
3 1º. Para efeitos desta Lei, considera-se idoso a pessoa com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos. 2º. A execução das proposições estabelecidas pelo Conselho ficará a cargo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania SESOC. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO Art. 3. O COMDIB será presidido pelo titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania e composto de 12 (doze) membros, assim discriminados: I 02 (dois) representantes da Secretaria de Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania; II 02 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Educação Cultura Esporte e Lazer; III 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Saúde; IV 01 (um) representante do Poder Legislativo Municipal; V 02 (dois) representantes de organizações profissionais afetas à área de geriatria e ciências afins; VII 01 (um) representante das instituições de atendimento ao idoso em regime asilar; VIII 01 (um) representante das associações civis comunitárias; XIX 01 (um) representante de instituição de ensino superior; X 01 (um) representante da sociedade civil. Parágrafo único. A cada titular do COMDIB corresponderá um suplente. Art. 4º. Os membros efetivos e suplentes serão nomeados pelo Prefeito Municipal e, no caso das entidades da sociedade civil, mediante indicação dos dirigentes dessas entidades. 1º. Os representantes do Governo Municipal serão de livre escolha do Prefeito. 2º. O representante do Legislativo Municipal será indicado pela mesa diretora da Casa e nomeado pelo Prefeito do Município. 3º. Na ausência ou impedimento do titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município a Presidência será exercida por seu vice. 3
4 Art. 5º. O mandato dos Conselheiros será de 3 (três) anos, permitida a recondução de sua totalidade, uma única vez. Art. 6º. O exercício da função de Conselheiro não será remunerado, sendo considerado como serviço público relevante; I os membros poderão ser substituídos, a qualquer tempo, mediante solicitação da entidade ou autoridade responsável por sua indicação, apresentada ao Prefeito Municipal; II ficará extinto o mandato do Conselheiro que: a) deixar de comparecer, sem se justificar no prazo de 5 (cinco) dias, a 3 (três) reuniões consecutivas ou 6 (seis) reuniões intercaladas no período de um ano. b) desvincular-se do órgão de origem de sua representação; c) apresentar renúncia ao Plenário do Conselho, que será lida na sessão seguinte à de sua recepção na Secretaria do Conselho; d) apresentar procedimento incompatível com a dignidade das funções. 1º. Nos casos de renúncia, impedimento ou falta, os membros efetivos do COMDIB serão substituídos pelos suplentes automaticamente, podendo estes exercer os mesmos direitos e deveres dos efetivos. 2º. Nos casos do inciso I e inciso II, alínea d, a substituição dar-se-á por deliberação da maioria dos componentes do Conselho em procedimento iniciado mediante provocação de integrante do COMDIB, do Ministério Público ou de qualquer cidadão, assegurada ampla defesa. Art. 7º. O Conselho Municipal do Idoso terá seu funcionamento regido pelas seguintes normas: I o órgão de deliberação máxima é o Plenário; II as sessões plenárias serão abertas ao público, salvo deliberação em contrário de 2/3 (dois terços) dos Conselheiros, e ocorrerão ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente, quando convocadas por seu Presidente ou por requerimento da maioria de seus membros; III para a realização das sessões será necessária a presença da maioria absoluta dos membros do Conselho, que deliberará através da maioria dos votos dos presentes; IV cada Conselheiro terá direito a um único voto na sessão plenária; V as decisões do Conselho serão consubstanciadas em resoluções. 4
5 Parágrafo único. A convite do Presidente do Conselho ou indicação de qualquer membro, poderão tomar parte das reuniões, com direito a voz e não a voto, pessoas cuja audiência seja considerada útil para fornecer esclarecimentos e informações. Art. 8º. Para melhor desempenho de suas funções o Conselho poderá recorrer a pessoas e entidades, mediante os seguintes critérios: I poderão ser convidadas pessoas ou instituições de notória especialização para assessorar o Conselho em assuntos específicos; II poderão ser criadas comissões internas, constituídas por entidadesmembro do Conselho e outras instituições, para promover estudos e emitir pareceres a respeito de temas específicos. Art. 9º. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município prestará o apoio administrativo necessário ao funcionamento do Conselho. Art. 10. As sessões plenárias ordinárias e extraordinárias do Conselho deverão ter ampla divulgação. Parágrafo único. As resoluções do Conselho, bem como os temas tratados em plenário, reuniões de diretoria e comissões deverão ser registrados em ata e amplamente divulgadas ao público. CAPÍTULO IV DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO CONSELHO Art. 11. Compete ao Presidente do Conselho: I convocar as reuniões do Conselho, dando ciência a seus membros; II organizar a ordem do dia das reuniões; III abrir, prorrogar, presidir, encerrar e suspender as reuniões do Conselho; IV coordenar os trabalhos durante as reuniões; V decidir sobre as questões de ordem ou submetê-las à consideração dos membros do Conselho, quando o Regimento Interno for omisso; VI agir em nome do Conselho, mantendo todos os contatos com as autoridades com as quais o órgão deve ter relações; VII representar socialmente o Conselho ou delegar poderes aos seus membros para que façam essa representação; VIII conhecer as justificativas de ausência dos membros do Conselho; 5
6 IX fazer cumprir as decisões do Conselho; X remeter ao Prefeito relatório das atividades do Conselho; XI promover a execução dos serviços administrativos do Conselho; XII propor ao Conselho alterações em seu Regimento Interno. CAPÍTULO V DAS SUBVENÇÕES E AUXÍLIOS Art. 12. O Município só poderá conceder subvenção, auxílio ou qualquer outro tipo de ajuda financeira, às entidades de assistência ao idoso que se enquadrem dentro dos critérios e orientações estabelecidas pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Brumado COMDIB. Art. 13. O pedido de subvenção ou de auxílio formulado pelas entidades mencionadas no artigo anterior deverá ser acompanhado de circunstanciada exposição e justificativa de sua necessidade, acrescida de documentos que atendam aos seguintes requisitos: I ter personalidade jurídica; II destinar-se às práticas assistenciais ao idoso; III não receber qualquer outra subvenção ou auxílio financeiro do Município; IV ter patrimônio ou renda regulares; V não dispor de recursos próprios suficientes para manutenção e/ou ampliação dos seus serviços; VI ter corpo dirigente comprovadamente idôneo; VII estar registrada na Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município; Art. 14. As instituições que receberem subvenções ou auxílio financeiro do Município apresentarão, anualmente, ao Conselho Municipal dos Direitos do Idoso de Brumado COMDIB, para recebimento de qualquer nova contribuição, os seguintes documentos: I prestação de contas do montante recebido no ano anterior, acompanhada de relatório circunstanciado do emprego da subvenção; II declaração da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município de que a entidade cumpriu todos os compromissos assumidos com a Prefeitura em decorrência da concessão de subvenção ou do auxílio recebido no exercício anterior, bem como prestou todas as contas que lhe foram solicitadas. 6
7 CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 15. O Conselho elaborará seu Regimento Interno que será aprovado por decreto do Prefeito Municipal, no prazo de 15 dias após a promulgação dessa Lei. Art. 16. As reuniões do Conselho serão secretariadas por servidor do quadro efetivo da Prefeitura indicado pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Município. Art. 17. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal de Brumado, em 26 de março de EDUARDO LIMA VASCONCELOS PREFEITO MUNICIPAL 7
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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