Aspectos Microbiológicos das Doenças Periodontais. Profa Me. Gilcele Berber
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- Maria Fernanda Regueira Mota
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1 Aspectos Microbiológicos das Doenças Periodontais Profa Me. Gilcele Berber
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3 Anatomia do periodonto Função = Inserção + Proteção Gengiva Ligamento periodontal Osso alveolar Cemento
4 Doença periodontal Doença Periodontal é uma infecção multifatorial, iniciada pela presença de um complexo de bactérias que interagem com as células dos tecidos do hospedeiro, causando uma liberação de citocinas inflamatórias, quimiocinas e mediadores que determinam destruição dos tecidos das estruturas periodontais
5 Biofilme Placa continua atraindo bactérias Na medida em que continua acumulando, cria um ambiente não saudável com diversas espécies bacterianas e seus produtos.
6 Características do biofilme Quorum sensing: Regulação da expressão de genes específicos através da acumulação de moléculas sinalizadoras que medeiam a comunicação intracelular (Posser 1999) A associação das bactérias não é aleatória; ao contrário, existem associações específicas entre espécies bacterianas. (Socransky et al,1998)
7 Complexos microbianos subgengivais
8
9 Gengivite X Periodontite Gengivite Periodontite Destruição reversível Restrita ao tecido mole Destruição irreversível Perda de inserção (Destruição tecidual + reabsorção óssea)
10 Gengivite Com a remoção total de quaisquer meios de higiene bucal em pacientes com gengiva clinicamente saudável, temos a formação de placa e desenvolvimento de gengivite entre 10 e 21 dias.
11 Diferenças microbiológicas Características Placa Recente (- 24h) Placa consolidada (+24h) Gram + + e - Morfologia Metabolismo Cocos e Bacilos Facultativo Cocos, bacilos, filamentosas e espiroquetas Anaeróbios e facultativos Tolerância pelo hospedeiro Geralmente boa Causa cárie e gengivite Tabela 1 - Características da placa bacteriana
12 Diferenças microbiológicas Saúde Gengivite Periodontite
13 Bolsa Periodontal
14 Patógenos Potenciais para Critérios necessários: Periodontite 1. O organismo tem que ocorrer em números maiores nos sítios de doença ativa. 2. A eliminação do organismo deve levar ao fim da progressão da doença. 3. O organismo deve possuir fatores de virulência relevantes para iniciação e progressão da periodontite. 4. A resposta imune celular ou humoral ao organismo deve ser sugestiva do seu papel na doença. 5. O teste de patogenicidade em animais deve demonstrar potencial para o desenvolvimento da periodontite humana.
15 Patógenos Potenciais para Periodontite O Simpósio Mundial de Peridontia designou o Actinobacillus actinomicetecomitans, Porphyromonas gingivalis e Bacteriodes forsythus como patógenos periodontais Entretanto diversos outros patógenos estão relacionados as doenças periodontais (Lindhe et al, 2003)
16 Patógenos Potenciais para Periodontite Espiroquetas ( principalmente a Treponema denticola) Prevotellas ( P. intermedia e P. nigrecenses) Fusobacterium nucleatum Campylobacter rectus Peptostreptococcus micros Selonomas Eubacterias Estreptococus millieri Enterobactérias
17 Fatores de virulência das bactérias Principal componente da membrana externa das bactérias Gram negativas Endotoxina com alto poder inflamatório Constituída de um lipídeo e um polissacarídeo unidos através de uma ligação covalente
18 Lipopolissacarideo (LPS) Biofilme periodontopatogênico LPS Fatores Modificadores ( Fumo, Diabetes, etc.) Interação LPS - Macrófagos IL I β TNF α Resposta inflamatória PGE 2 (Holt & Ebersole, periodontology 2000 vol38, 2005, )
19 Fatores de Virulência específicos da Treponema denticola É estimado que metade de todas as bactérias na lesão periodontal sejam da espécie T. denticola O seu lipídeo de membrana externa apesar de quimicamente se assemelhar com o ac. Lipotencóico das gram positivas, atua de maneira semelhante ao lipopolissacarídeo. (Holt & Ebersole, periodontology 2000 vol38, 2005, )
20 Fatores de Risco A presença do fator de risco implica no aumento direto da probabilidade da doença ocorrer Diabetes (Alterações Metabólicas) Síndrome de Down e outras doenças sistêmicas (Alterações nos Neutrófilos) Fumo Genética (Polimorfismo) (
21 Mecanismos de destruição tecidual
22 Periodontite Agressiva Agregactibacter actinomycetemcomitans É uma das associações mais fortes entre um patógeno e doença periodontal destrutiva. Elevada frequência de detecção e números elevados em lesões de periodontite juvenil localizada. Produz leucotoxina e invade células epiteliais gengivais
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24 DOENÇA SISTÊMICAS QUE PODEM SER AFETADAS PELA DOENÇA PERIODONTAL PREMATURIDADE E BAIXO PESO AO NASCIMENTO DOENÇA CARDIOVASCULAR DIABETES MELLITUS ENDOCARDITE BACTERIANA PNEUMONIA BACTERIANA
25 DOENÇA PERIODONTAL E PARTO PREMATURO BAIXO PESO AO NASCER
26 Plausibilidade biológica Doença Periodontal Microorganismos PGE 2 IL1- TNF- IL6 PREMATURIDADE CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Contração uterina, dilatação cervical e ruptura da membrana Placenta Microorganismos PGE 2 IL1- TNF- IL6 PARTO PREMATURO
27 Plausibilidade biológica BAIXO PESO AO NASCER Doença Periodontal PGE 2 TNF- CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Placenta PGE 2 TNF- TNF- PGE 2 Afetam o desenvolvimento intrauterino Potencial de causar necrose isquêmica em tumores Previne a absorção e utilização de lipídeos e nutrientes BAIXO PESO AO NASCER
28 DOENÇA PERIODONTAL E DOENÇA CARDIOVASCULAR
29 Plausibilidade biológica Doença Periodontal Microorganism os PGE 2 IL1- TNF- IL6 DOENÇA CARDIOVASCULAR CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA Agregação plaquetária e formação de trombo. Vasos sanguíneos Microorganismo s PGE 2 IL1- TNF- IL6 INFARTO DO MIOCÁRDIO
30 Classificação quanto a idade: Doença Periodontal Gengivite Periodontite Do adulto início precoce Pré-pubertal Localizada Generalizada Juvenil localizada Juvenil generalizada Progressão rápida
31 Classificação: Doenças gengivais não-induzidas pela placa: De origem viral (herpes); De origem fúngica (Candida); De origem bacteriana específica (ex:neisseria Neisseria gonorrhea); De origem genética (fibromatose hereditária); Alérgica; Traumática; Materiais estranhos.
32 Antimicrobianos Metronidazol: indicados para infecções causadas por bactérias anaeróbias como Bacteroides fragilis e outros bacteróides, Fusobacterium sp, Clostridium sp, Eubacterium sp e cocos anaeróbios. O mecanismo de ação do fármaco consiste na inibição da síntese de ác. desoxirribonucléico e na degradação do DNA. Amoxicilina: é um antibiótico β lactâmico de espectro moderado. Atua na inibição da parede bacteriana.
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