Professor(a):RENATA Aluno(a): Data : Série: 1- Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas Secas e responda à questão a seguir:
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- Zilda Aldeia Conceição
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1 Professor(a):RENATA Aluno(a): Data : Série: LISTA DE LITERATURA 3ºs ANOS Assinatura do responsável: Valor: 10,0 nota: Procedimento de realização: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em papel almaço - Caso seja respondida em papel almaço deverá conter cabeçalho completo (Data, Nome, Disciplina, professor, série). - As listas que não forem realizadas conforme orientações serão desconsideradas. 1- Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas Secas e responda à questão a seguir: Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos exclamações, onomatopeias. Na verdade, falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos) No texto, a referência aos pés: a) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem. b) Evidencia-se a exaltação da natureza. c) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para caminhada. d) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem. e) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico. " Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura
2 De tal modo inconseqüente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Ver a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio mando chamar a mãe-d água Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der
3 Vontade de me matar Lá sou amigo do rei Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei (Manuel Bandeira) 2- A simples leitura do texto já nos convence tratar-se de um poema filiado ao modernismo já que se trata de um poema: a) de tom coloquial, sem rima, em que não está presente a pontuação tradicional. b) em que predomina o vago, o etéreo, o indizível. c) de absoluta precisão formal. d) em que aparece a figura da mulher idealizada e a fuga de um lugar distante e edênico. e) formal, métrica rigorosa 3- Não é difícil definir o tema da ida para Pasárgada: a) busca dos prazeres libidinosos b) evasão espacial e temporal c) volta à infância d) amor à civilização e) apego ao poder. 4- Movimento literário brasileiro que recebeu influências de vanguardas europeias, tais como o Futurismo e o Surrealismo: a) Modernismo b) Parnasianismo c) Romantismo d) Realismo e) Simbolismo Leia o poema abaixo, de Cecília Meireles: Reinvenção Reinvenção
4 A vida só é possível Reinventada. Anda o sol pelas Campinas E passeia a mão dourada Pelas águas, pelas folhas... Ah! Tudo bolhas Que vêm de fundas piscinas De ilusionismo... - mais nada. Mas a vida, a vida, a vida, A vida só é possível Reinventada. Vem a lua, vem, retira As algemas dos meus braços. Projeto-me por espaços Cheios da tua Figura. Tudo mentira! Mentira Da lua, na noite escura. Não te encontro, não te alcanço... Só - no tempo equilibrada, Desprendo-me do balanço Que além do tempo me leva. Só - na treva, Fico: recebida e dada. Porque a vida, a vida, A vida só é possível Reinventada. 5-Nesse poema aparece expressa a seguinte oposição fundamental: a) vida versus morte.
5 b) realidade versus ficção. c) liberdade versus prisão d) dia versus noite. e) presença versus ausência 6- "3 de maio Aprendi com meu filho de dez anos Que a poesia é a descoberta Das coisas que eu nunca vi." (Oswald de Andrade) As cinco alternativas apresentam afirmações extraídas do Manifesto da Poesia Pau-Brasil; assinale a que está relacionada com o poema "3 de maio". a) "Só não se inventou uma máquina de fazer versos já havia o poeta parnasiano." b) "... contra a morbidez romântica pelo equilíbrio geômetro e pelo acabamento técnico." c) "Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com os olhos livres." d )"A poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas..." e) "Temos a base dupla e presente a floresta e a escola." UM BOI VÊ OS HOMENS Tão delicados (mais que um arbusto) e correm e correm de um para outro lado, sempre esquecidos de alguma coisa. Certamente, falta-lhes não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves, até sinistros. Coitados, dir-se-ia que não escutam nem o canto do ar nem os segredos do feno, como também parecem não enxergar o que é visível e comum a cada um de nós, no espaço. E ficam tristes e no rasto da tristeza chegam à crueldade. Toda a expressão deles mora nos olhos - e perde-se
6 a um simples baixar de cílios, a uma sombra. Nada nos pêlos, nos extremos de inconcebível fragilidade, e como neles há pouca montanha, e que secura e que reentrâncias e que impossibilidade de se organizarem em formas calmas, permanentes e necessárias. Têm, talvez, certa graça melancólica (um minuto) e com isto se fazem perdoar a agitação incômoda e o translúcido vazio interior que os torna tão pobres e carecidos de emitir sons absurdos e agônicos: desejo, amor, ciúme (que sabemos nós?), sons que se despedaçam e tombam no campo como pedras aflitas e queimam a erva e a água, e difícil, depois disto, é ruminarmos nossa verdade. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.) O boi - o eu poético declarado no título - apresenta sua visão sobre os homens e a eles se refere como coitados, expressando uma atitude de superioridade que enfatiza, ao longo do texto, a fragilidade humana. 7-O fragmento em que essa fragilidade dos homens está explicitamente demonstrada pelo eu poético é: a) Ah, espantosamente graves, / até sinistros. (v ) b) E ficam tristes / e no rasto da tristeza chegam à crueldade. (v ) c) Têm, talvez, / certa graça melancólica (v ) d) o translúcido / vazio interior que os torna tão pobres (v ) SENTIMENTAL Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas E debruçados na mesa todos contemplam
7 esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. 8- Este poema é caracteristicamente modernista, porque nele: a) A uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta. b ) A linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana. c) Satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica. d) Tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista e) O dia-a-dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir a alteração profunda na linguagem lírica. Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio tão amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas, eu não tinha este coração que nem se mostra.
8 Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa e fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face? (Cecília Meireles) 9-Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com o poema: a) A expressão mãos sem força, que aparece no primeiro verso da segunda estrofe, indica um lado fragilizado e impotente do eu poético diante de sua postura existencial. b) As palavras mais sugerem do que escrevem, resultando, daí, a força das impressões sensoriais. Imagens visuais e auditivas, em outros poemas, sucedem-se a todo momento. c) O tema revela uma busca da percepção de si mesmo. Antes de um simples retrato, o que se mostra é um autorretrato, por meio do qual o eu poético olha-se no presente, comparando-se com aquilo que foi no passado. d) Não há no poema o registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos, nem a noção de perda amorosa, abandono e solidão. Cândido Portinari. Lavrador de Café Óleo sobre tela (100 X 81 cm). 10- É correto afirmar que a obra acima reproduzida a) faz menção a dois aspectos importantes da economia brasileira: a mão de obra negra na agricultura e o café como produto de exportação. b) expressa a visão política do artista, ao figurar um corpo numa proporcionalidade clássica como forma de enaltecer a mão de obra negra na economia brasileira. c) exalta o homem colonial e as riquezas da terra, considerando-se que o país possui uma economia agrícola diversificada desde aquele período. d) apresenta uma crítica à destruição da natureza, como se observa na derrubada de árvores, e uma crítica à manutenção do trabalho escravo em regiões remotas do país. e) Demonstra a forma de satisfação do negro em relação aos trabalhos agrícolas.
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