Estatuto do Idoso Lei nº /2003 Continuação

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estatuto do Idoso Lei nº /2003 Continuação"

Transcrição

1 Estatuto do Idoso Lei nº /2003 Continuação

2 Dos Crimes em Espécie: Maus Tratos de idoso Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado: Pena detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. 1 o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 2 o Se resulta a morte: Pena reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

3 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico tutelado: vida ou a saúde tanto física quanto psíquica do idoso, além de resguardar o direito ao trabalho, sem qualquer discriminação. Sujeito ativo: qualquer pessoa; Sujeito passivo: idoso OBS: caso a vítima tenha menos de 60 anos, incidirá a hipótese prevista no Art. 136 do CP.

4 Dos Crimes em Espécie: Consumação: com a prática das condutas de expor a perigo privar de alimentos ou cuidados ou sujeitar a trabalho excessivo ou inadequado ; Tentativa: possível nas condutas comissivas;

5 Dos Crimes em Espécie: Art Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa: I obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade; II negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; III recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa; IV deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; V recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.

6 Dos Crimes em Espécie: DESOBEDIÊNCIA INJUSTIFICADA DE ORDEM JUDICIAL Art Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso: Pena detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

7 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico tutelado: Regularidade da Administração da Justiça. Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o destinatário ou responsável pelo cumprimento e execução da ordem judicial. Sujeito passivo: o idoso e a Administração da Justiça; Elemento subjetivo: Dolo Consumação:com a prática das condutas de deixar de cumprir retardar, frustrar, sem justo motivo. Tentativa: possível

8 Dos Crimes em Espécie: APROPRIAÇÃO OU DESVIO DE BENS Art Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade: Pena reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

9 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico tutelado:proteção do patrimônio do idoso, representado pelos bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento. Sujeito ativo: qualquer indivíduo que tenha a posse/acesso ao patrimônio do idoso. Sujeito Passivo: Idoso OBS: Se a vítima for menor de 60 anos o crime será a apropriação do art. 168 do CP.

10 Dos Crimes em Espécie: Elemento subjetivo: dolo Consumação: com a prática das condutas descritas, Tentativa: possível

11 Dos Crimes em Espécie: NEGATIVA DE ACOLHIMENTO OU PERMANÊNCIA EM ABRIGO Art Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento: Pena detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

12 Dos Crimes em Espécie: Bem Jurídico Tutelado:liberdade individual do idoso, que pode outorgar procuração quando e a quem desejar. De forma secundária, há a proteção de sua vida e integridade corporal, representada pelo direito ao abrigo quando necessitar. Sujeito ativo: responsável pela instituição de atendimento a quem o idoso solicite abrigo Sujeito passivo: idoso

13 Dos Crimes em Espécie: Elemento subjetivo: dolo Consumação: com a efetiva negativa de abrigo, Tentativa: não se admite

14 Dos Crimes em Espécie: EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES Art Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: Pena detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.

15 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico tutelado: a administração da justiça e o patrimônio do idoso. Sujeito ativo: é qualquer pessoa que ostente a condição de credor. Sujeito passivo: idoso Elemento subjetivo: dolo

16 Dos Crimes em Espécie: Consumação: no momento da efetiva retenção. Tentativa: possível

17 Dos Crimes em Espécie: EXPOSIÇÃO INDEVIDA DE IMAGENS OU INFORMAÇÕES DEPRECIATIVAS DE IDOSO Art Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso: Pena detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.

18 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico Tutelado: honra, da imagem e da dignidade da pessoa idosa. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa Sujeito Passivo: idoso Elemento subjetivo: dolo de expor a imagem do idoso, assim como depreciá-lo ; Consumação: com a efetiva exibição ou veiculação das informações ou imagens. Em relação a imagem, o dispositivo alcança qualquer foto, desenhos ou vídeos, de forma depreciativa ou injuriosa por qualquer meio de comunicação. Tentativa: possível(ex: escrita).

19 Dos Crimes em Espécie: INDUÇÃO A ERRO Art Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente: Pena reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

20 Dos Crimes em Espécie: Bem jurídico tutelado: patrimônio de pessoa idosa. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: Idoso Verbo nuclear: consiste em induzir por persuasão, pessoa idosa, sem a perfeita compreensão de seus atos, a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente. Consumação: Basta a mera indução, não se exigindo que haja qualquer prejuízo ao patrimônio do idoso Tentativa: é admissível (ex: idoso, por circunstâncias alheias a vontade do agente, não outorga-lhe a procuração).

21 Dos Crimes em Espécie: COAÇÃO DE IDOSO Art Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: Pena reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

22 Dos Crimes em Espécie: Bem Jurídico tutelado: liberdade de escolha e o patrimônio do idoso; OBS:A coação independe do idoso ter ou não discernimento, ao contrário do artigo 106. Verbo Nuclear: coagir, que significa constranger ou forçar o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração. Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa; Sujeito Passivo: idoso Elemento subjetivo: dolo. Consumação: com a coação, não há exigência que a vítima doe, contrate, teste ou outorgue a procuração. Tentativa: Possível (ex: foram escrita).

23 Dos Crimes em Espécie: PRATICA DE ATO JURÍDICO SEM REPRESENTAÇÃO LEGAL Art Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal: Pena reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

24 Dos Crimes em Espécie: Bem Jurídico Tutelado: Administração Pública Sujeito Ativo: apenas o tabelião de notas, oficial/escrevente/ responsável, que no caso tem equiparação com funcionário público nos termos do art. 327 do CP. Sujeito Passivo: idoso Elemento subjetivo: dolo. Consumação: com a efetiva lavratura do ato notarial, Tentativa: possível

25 Dos Crimes em Espécie: IMPEDIMENTO OU EMBARAÇO DO DESEMPENHO DE FUNÇÃO DE AUTORIDADE Art Impedir ou embaraçar ato do representante do Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador: Pena reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

26 Dos Crimes em Espécie: Bem Jurídico Tutelado: Administração Pública, normalidade dos serviços de fiscalização que estão estabelecidos no Estatuto do Idoso, assegurando sua efetividade e livre exercício das atribuições conferidas ao Ministério Público ou outro servidor público que tem a atribuição desta atividade conferida pela lei. Sujeito Ativo: qualquer pessoa Sujeito Passivo: idoso Elemento subjetivo: dolo Consumação: com o efetivo impedimento/embaraçamento à atividade fiscalizatória. Tentativa: Na modalidade impedir, admite-se tentativa.

27 Lei Maria da Penha Lei nº /2006

28 TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

29 Art. 2 o Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

30 Art. 3 o Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. 1 o O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardálas de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 2 o Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.

31 Art. 4 o Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

32 Essa lei se aplica para vítima criança ou adolescente do sexo feminino?

33 SIM: STJ Quanto à violência praticada pelo irmão contra a irmã, o STJ reconheceu (REsp DF, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 16/2/2012) a competência do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para processar e julgar o cometimento do crime de ameaça (art. 147, CP). Para praticar o crime, o agressor se valeu da autoridade de irmão, causando a ela sofrimento psicológico. O acusado, de acordo com o que consta nos autos, utilizou-se da superioridade cultural que o irmão exerce sobre a irmã, causando-lhe sofrimento psicológico ao ameaçá-la.

34 SIM: STJ No sentido de também aplicar a Lei Maria da Penha no caso de violência entre irmãos: STJ, 6ª Turma, HC /RS, julgado em 12/06/2012, Rel. Og Fernandes..

35 É possível aplicação de lei Maria da Penha entre homem (agressor) e mulher(vítima) e mulher (agressora) e mulher (vítima)? Sim Precedentes: HC /AL, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 06/11/2014, DJe 13/11/2014; HC / RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 19/09/2013, DJe 27/09/2013; HC /RS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 06/09/2013; HC /RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 20/06/2013, DJe 28/06/2013; CC 88027/MG, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 18/12/2008; RHC /AL (decisão monocrática), Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, julgado em 09/06/2015, DJe 16/06/2015. (VIDE INFORMATIVO DE JURISPRUDÊNCIA N. 551)

36 É possível aplicação da Lei Maria da Penha nos casos de homem vítima?

37 TÍTULO II DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

38 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

39 Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

40 Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação

41 Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

42 Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria

43 CAPÍTULO III DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.

44 Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

45 Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias.

46 Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; V - ouvir o agressor e as testemunhas;

47 Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público

48 Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa

49 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso; III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.

50 DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.

51 Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem

52 Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público. Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

53 Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no , de 22 de dezembro de 2003; II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

54 III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;

55 IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

56 Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995.

57 Em 9 de fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal julgou a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 19 e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº A ADC 19 foi ajuizada pela Presidência da República e pedia que fosse confirmada a legalidade de alguns dispositivos da Lei Maria da Penha (Lei nº /2006). Por unanimidade, os ministros acompanharam o voto do relator e concluíram pela procedência do pedido a fim de declarar constitucionais os artigos 1º, 33 e 41 da Lei. Já a ADI 4424 foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) questionando a constitucionalidade dos artigos 12, inciso I; 16; e 41 da Lei Maria da Penha (Lei /2006). Por maioria de votos, vencido o presidente, ministro Cezar Peluso, a ação foi julgada procedente. Em resumo, decidiu-se que não se aplica a Lei nº 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes da Lei Maria da Penha e que nos crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no ambiente doméstico, mesmo de caráter leve, atua-se mediante ação penal pública incondicionada.

58 Os dois julgamentos trataram de alguns aspectos muito relevantes na aplicação da Lei Maria da Penha pelos tribunais brasileiros: 1) Ação penal incondicionada ao crime de lesão corporal leve: até o julgamento destas ações, juízes e tribunais divergiam quanto à necessidade de representação da mulher quando houvesse crime de lesão corporal leve praticado no ambiente doméstico e familiar. Na ADI nº 4424, o STF entendeu que não se aplica a Lei nº 9.099/1995, dos Juizados Especiais, aos crimes da Lei Maria da Penha e nos crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no ambiente doméstico, mesmo de caráter leve, atua-se mediante ação penal pública incondicionada.

59 Os dois julgamentos trataram de alguns aspectos muito relevantes na aplicação da Lei Maria da Penha pelos tribunais brasileiros: 2) Não aplicação da Lei nº 9.099/1995: para o STF, é constitucional o afastamento, pelo artigo 41 da Lei Maria da Penha, da competência dos Juizados Especiais Criminais quando se tratar de crime de violência doméstica e familiar contra a mulher. A principal consequência desta interpretação é que, além de os processos não serem mais julgados pelo Jecrim, também não é possível a aplicação ao acusado da suspensão condicional do processo, da transação penal e à composição civil dos danos, quando houver violência doméstica e familiar contra a mulher.

60 OBS01: Não é possível a aplicação dos princípios da insignificância nos delitos praticados com violência ou grave ameaça no âmbito das relações domésticas e familiares. Precedentes: STJ REsp /DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 30/06/2015, DJe 04/08/2015; AgRg no REsp /MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 31/03/2015; AgRg no AREsp 19042/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 14/02/2012, DJe 01/03/2012; REsp / SP (decisão monocrática), Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, julgado em 03/08/2015, DJe 05/08/2015; AREsp /DF (decisão monocrática), Rel. Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PE), julgado em 26/03/2015, DJe 31/03/2015; HC /MS (decisão monocrática), Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SC), julgado em 16/03/2015, DJe 20/03/2015.

61 OBS 02:Nos crimes praticados no âmbito doméstico e familiar, a palavra da vítima tem especial relevância para fundamentar o recebimento da denúncia ou a condenação, pois normalmente são cometidos sem testemunhas. Precedentes: STJ HC /RS, Rel. Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 06/08/2015, DJe 18/08/2015; RHC 51145/DF, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 11/11/2014, DJe 01/12/2014; AgRg no AREsp /RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 07/10/2014, DJe 21/10/2014; HC /RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, QUINTA TURMA, julgado em 17/10/2013, DJe 24/10/2013; AgRg no AREsp /DF, Rel. Ministro CAMPOS MARQUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PR), QUINTA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 22/02/2013; HC /RJ, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 26/10/2012; HC /DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 07/08/2012, DJe 16/08/2012; AREsp /DF (decisão monocrática), Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, julgado em 25/05/2015, DJe 03/06/2015; AREsp /DF (decisão monocrática), Rel. Ministro JORGE MUSSI, julgado em 25/11/2014, DJe 28/11/2014; AREsp /DF (decisão monocrática), Rel. Ministra LAURITA VAZ, julgado em 05/06/2013, DJe 12/06/2013.

62 OBS 03: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. (Súmula 536 do STJ) Sumula nº536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

63 OBS 03: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. (Súmula 536 do STJ) Sumula nº536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - - Lei nº 11.340/06 - Lei Maria da Penha - Professor: Marcos Girão - OBJETO DA NORMA 1 O PORQUÊ DA LEI Nº 11.340/06 Maria da Penha Fernandes (Fortaleza/CE) 2001- Espancada

Leia mais

LEGISLAÇÃO APLICADA SUSEPE/RS 2017 PROF. DALMO AZEVEDO LEI MARIA DA PENHA

LEGISLAÇÃO APLICADA SUSEPE/RS 2017 PROF. DALMO AZEVEDO LEI MARIA DA PENHA LEGISLAÇÃO APLICADA SUSEPE/RS 2017 PROF. DALMO AZEVEDO LEI MARIA DA PENHA Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8o do art.

Leia mais

01- De acordo com a lei /06 conhecida popularmente como lei Maria da Penha é correto afirmar que :

01- De acordo com a lei /06 conhecida popularmente como lei Maria da Penha é correto afirmar que : Lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha. Elaborador - Prof. Wilson T. Costa 01- De acordo com a lei 11.340/06 conhecida popularmente como lei Maria da Penha é correto afirmar que : A) É considerada relação

Leia mais

09/06/2017 WALLACE FRANÇA LEI MARIA DA PENHA

09/06/2017 WALLACE FRANÇA LEI MARIA DA PENHA WALLACE FRANÇA LEI MARIA DA PENHA Art. 129 9 CP A lei Maria da Penha incluiu o parágrafo nono ao artigo 129 do código penal, isto quer dizer que a própria Lei Maria da Penha reconhece outros tipos de violência

Leia mais

Crimes do Estatuto do Idoso 10.741/03 Prof. Marcelo Daemon

Crimes do Estatuto do Idoso 10.741/03 Prof. Marcelo Daemon Crimes do Estatuto do Idoso 10.741/03 Prof. Marcelo Daemon I Fundamento Constitucional Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar

Leia mais

Legislação Extravagante. Emerson Castelo Branco

Legislação Extravagante. Emerson Castelo Branco Legislação Extravagante Emerson Castelo Branco Art. 1 o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 o do art. 226 da Constituição Federal,

Leia mais

MARIA DA PENHA (LEI / 06)

MARIA DA PENHA (LEI / 06) MARIA DA PENHA (LEI 11.340/ 06) 1. CARACTERÍSTICAS A lei 11340/2006 dispõe sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. Esta lei não tem caráter punitivo. Trata-se de lei multidisciplinar.

Leia mais

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Dos crimes praticados contra crianças e adolescentes Arts. 225 a 244-B, ECA. Atenção para os delitos dos arts. 240 a 241 (A, B, C, D e E), bem como 244-B. Est. do Desarmamento

Leia mais

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas

Leia mais

Jurisprudência em Teses - Nº 45 LEI DE DROGAS

Jurisprudência em Teses - Nº 45 LEI DE DROGAS Edição n. 45 Brasília, 11 de novembro de 2015 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 37, DE

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 37, DE PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 37, DE 2006 Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação

Leia mais

MATÉRIA- LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA GUARDA MUNICIPAL- CTBA

MATÉRIA- LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA GUARDA MUNICIPAL- CTBA Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.-LEI MARIA DA PENHA- Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher,

Leia mais

Volnei Celso Tomazini RELATOR

Volnei Celso Tomazini RELATOR Conflito de Jurisdição n. 2013.069541-4, de Itajaí Relator: Des. Volnei Celso Tomazini CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. CRIMES DE AMEAÇA E INJÚRIA SUPOSTAMENTE PRATICADOS PELA RÉ, NORA DAS VÍTIMAS. JUÍZO

Leia mais

AULA EMERJ ESTATUTO DO IDOSO PROFESSORA CRISTIANE DUPRET

AULA EMERJ ESTATUTO DO IDOSO PROFESSORA CRISTIANE DUPRET AULA EMERJ ESTATUTO DO IDOSO PROFESSORA CRISTIANE DUPRET Art. 1 o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Leia mais

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. ART. 230 CF. EXPRESSÃO DE AÇÃO AFIRMATIVA.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. ART. 230 CF. EXPRESSÃO DE AÇÃO AFIRMATIVA. ESTATUTO DO IDOSO LEI 10.741/2003 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. ART. 230 CF. EXPRESSÃO DE AÇÃO AFIRMATIVA. Art. 230 CF: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando

Leia mais

União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências.

União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências. União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências. União Popular de Mulheres Fundada em 08 de março de 1987. Organização social sem fins lucrativos. Objetivo principal Luta pela completa emancipação

Leia mais

LEI Nº , DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.

LEI Nº , DE 1º DE OUTUBRO DE 2003. LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta)

Leia mais

Estatuto do Idoso: Lei nº , de 1º de outubro de Título I Disposições Preliminares.

Estatuto do Idoso: Lei nº , de 1º de outubro de Título I Disposições Preliminares. Estatuto do Idoso: Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Título I Disposições Preliminares. Art. 1.º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade

Leia mais

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP Rogério Greco Curso de Direito Penal Parte Geral Volume I Arts. 1 o a 120 do CP Atualização OBS: As páginas citadas são referentes à 14 a edição. A t u a l i z a ç ã o Página 187 Nota de rodapé n o 13

Leia mais

ENUNCIADOS DO FONAVID, atualizados até o FONAVID VIII, realizado em Belo Horizonte/MG, entre 09 e 12 de novembro/2016.

ENUNCIADOS DO FONAVID, atualizados até o FONAVID VIII, realizado em Belo Horizonte/MG, entre 09 e 12 de novembro/2016. ENUNCIADOS DO FONAVID, atualizados até o FONAVID VIII, realizado em Belo Horizonte/MG, entre 09 e 12 de novembro/2016. ENUNCIADO 1: Para incidência da Lei Maria da Penha, não importa o período de relacionamento

Leia mais

Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante. TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº /03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11.

Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante. TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº /03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11. Mini Simulado GRATUITO de Legislação Penal Extravagante TEMA: Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) e Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) 1. O agente encontrado portando arma de uso permitido com

Leia mais

Questões Fundamentadas Da Lei Maria da Penha Lei /2006

Questões Fundamentadas Da Lei Maria da Penha Lei /2006 1 APOSTILA AMOSTRA Para adquirir a apostila digital de 150 Questões Comentadas Da Lei Maria da Penha - Lei 11.340/2006 acesse o site: www.odiferencialconcursos.com.br S U M Á R I O Apresentação...3 Questões...4

Leia mais

decisões definitivas de mérito Supremo Tribunal Federal

decisões definitivas de mérito Supremo Tribunal Federal Art.102... 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia

Leia mais

Juizados Especiais Criminais

Juizados Especiais Criminais Direito Processual Penal Juizados Especiais Criminais Constituição Federal Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados,

Leia mais

LEI N , DE (D.O )

LEI N , DE (D.O ) LEI N 13.230, DE 27.06.2002 (D.O. 27.06.02) Dispõe sobre a criação de comissões de atendimento, notificação e prevenção à violência doméstica contra criança e adolescente nas escolas de rede pública e

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 178.623 - MS (2010/0125200-6) IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL : NANCY GOMES DE CARVALHO - DEFENSORA PÚBLICA E OUTRO : TRIBUNAL

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 62/XIII

PROJETO DE LEI N.º 62/XIII PROJETO DE LEI N.º 62/XIII 41ª ALTERAÇÃO AO CÓDIGO PENAL, APROVADO PELO DECRETO-LEI N.º 400/82, DE 23 DE SETEMBRO, CRIMINALIZANDO UM CONJUNTO DE CONDUTAS QUE ATENTAM CONTRA OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS

Leia mais

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Arts. 1 o a 120 do Código Penal Atualização OBS: As páginas citadas neste arquivo são da 2 a edição. Pág. 148 Colocar novo item dentro dos destaques

Leia mais

Direito Processual Penal

Direito Processual Penal Direito Processual Penal Prisão Preventiva Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Penal PRISÃO PREVENTIVA CÓDIGO DE PROCESSO PENAL TÍTULO IX CAPÍTULO III Da Prisão

Leia mais

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança.

EXERCÍCIOS. I - anistia, graça e indulto; II - fiança. Legislação Especial Wallace França EXERCÍCIOS Lei dos Crimes hediondos Art. 1 o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código

Leia mais

Direito Penal. Crimes Contra a Administração Pública

Direito Penal. Crimes Contra a Administração Pública Direito Penal Crimes Contra a Administração Pública Crimes Contra a Adm. Pública Código Penal - Título XI Dos crimes contra a Administração Pública Capítulo I Dos crimes praticados por funcionário público

Leia mais

CURSO PRF 2017 LEG. PENAL EXTRAVAGANTE AULA 006 LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE. diferencialensino.com.br

CURSO PRF 2017 LEG. PENAL EXTRAVAGANTE AULA 006 LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE. diferencialensino.com.br AULA 006 LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE 1 PROFESSOR CURSO PRF 2017 LEG. PENAL EXTRAVAGANTE MÁRCIO TADEU 2 AULA 06 Lei nº 11.340/06, Lei Maria da Penha 04 - Mitos sobre a Lei Maria da Penha. 1) A Lei Maria

Leia mais

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos

DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL. Prof. Hélio Ramos DIREITO PENAL IV TÍTULO VI - CAPÍTULO II DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA O VULNERÁVEL Prof. Hélio Ramos DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Sedução - Art. 217: REVOGADO lei 11.106/2005. Estupro de vulnerável

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça Brasília, 10 de Junho de Nº 36 HABEAS CORPUS

Superior Tribunal de Justiça Brasília, 10 de Junho de Nº 36 HABEAS CORPUS Superior Tribunal de Justiça Brasília, 10 de Junho de 2015 - Nº 36 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior

Leia mais

1) A revisão criminal não é meio adequado para reapreciação de teses já afastadas por ocasião da condenação definitiva.

1) A revisão criminal não é meio adequado para reapreciação de teses já afastadas por ocasião da condenação definitiva. EDIÇÃO N. 63: REVISÃO CRIMINAL 1) A revisão criminal não é meio adequado para reapreciação de teses já afastadas por ocasião da condenação definitiva. RvCr 002877/PE,Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, TERCEIRA

Leia mais

Direito Penal. Da Ação Processual Penal

Direito Penal. Da Ação Processual Penal Direito Penal Da Ação Processual Penal Ação Processual Penal Conceito: - Poder ou direito de apresentar em juízo uma pretensão acusatória. Fundamento: - Princípio da inafastabilidade do poder jurisdicional

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 90.767 - MG (2007/0245333-3) RELATORA : MINISTRA JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG) SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CRIMINAL DE SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.388, DE 2008 Estabelece prioridade de tramitação para os processos que menciona. Autor: Deputado Dr. Talmir Relator: Deputado Bonifácio

Leia mais

Marcela Cardoso Schütz de Araújo, Hebert Mendes de Araújo Schütz, Fernanda Martins Dias

Marcela Cardoso Schütz de Araújo, Hebert Mendes de Araújo Schütz, Fernanda Martins Dias CURSO DIREITO DISCIPLINA CRIMINOLOGIA SEMESTRE 6º Turma 2015.1 Sugestão de leitura A aplicabilidade da Lei Maria da Penha na proteção da violência contra a mulher Marcela Cardoso Schütz de Araújo, Hebert

Leia mais

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO

INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO INQUÉRITO POLICIAL - V TERMO CIRCUNSTANCIADO - ARQUIVAMENTO TERMO CIRCUNSTANCIADO TERMO CIRCUNSTANCIADO -Substitui o inquérito policial, é utilizado para crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima

Leia mais

LEI MARIA DA PENHA LEI /06

LEI MARIA DA PENHA LEI /06 LEI MARIA DA PENHA LEI 11.340/06 CONSTITUCIONALIDADE DA LEI Esta lei traz todo um sistema normativo a ser aplicado quando ocorre violência doméstica contra pessoa do sexo feminino, pois não há de se fazer

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

O crime de violação de direito autoral e o procedimento penal: equívocos e incertezas da nova Súmula 574 do STJ

O crime de violação de direito autoral e o procedimento penal: equívocos e incertezas da nova Súmula 574 do STJ O crime de violação de direito autoral e o procedimento penal: equívocos e incertezas da nova Súmula 574 do STJ Gustavo Badaró * No dia 22 de junho de 2016, o STJ aprovou, em sua súmula de jurisprudência,

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV

07/09/2012 DIREITO PENAL IV. Direito penal IV DIREITO PENAL IV LEGISLAÇÃO ESPECIAL 10ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal IV 2 1 EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,

Leia mais

Professor Joerberth Nunes MATERIAL DE QUESTÕES

Professor Joerberth Nunes MATERIAL DE QUESTÕES MATERIAL DE QUESTÕES LEI MARIA DA PENHA 1 - (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliado Consoante o que dispõe a Lei Maria da Penha, a ação penal para apurar qualquer crime

Leia mais

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL

REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL REINALDO ROSSANO LÉO MATOS INFORMÁTICA EXERCÍCIOS QUADRIX LINUX DIREITO PROCESSUAL PENAL CARGOS: OFICIAL DE JUSTIÇA E ANALISTA JUDICIÁRIO FUNÇÃO JUDICIÁRIA PROVA OBJETIVA: 9.1.3. A Prova Objetiva será

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 10 ANOS LEI MARIA DA PENHA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER CONHEÇA, PREVINA E COMBATA FURG S I N D I C A T O 1 2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER CONHEÇA, PREVINA E COMBATA 10 ANOS LEI MARIA DA PENHA FURG S I N D I

Leia mais

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - - Lei nº 9.455/1997 - Lei Antitortura - Professor: Marcos Girão - A TORTURA E A CF/88 1 - CF/88 - CF/88 O STF também já decidiu que o condenado por crime de tortura também

Leia mais

SERVIDOR PÚBLICO - II

SERVIDOR PÚBLICO - II Edição N. 76 Brasília, 08 de março de 2017. As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

Leia mais

Crime público desde Lei 7/2000 de Denúncia para além dos seis meses Lei aplicável: vigente no momento prática do último ato Tribunal

Crime público desde Lei 7/2000 de Denúncia para além dos seis meses Lei aplicável: vigente no momento prática do último ato Tribunal 1 Quem, de modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais: a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge; b) A pessoa de outro ou

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 101.742 - DF (2008/0052679-0) RELATORA IMPETRANTE ADVOGADO IMPETRADO PACIENTE : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA : DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL : LUÍS CLÁUDIO VAREJÃO DE

Leia mais

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS Objetivo Fazer um resgate histórico do funcionamento da DEPCA como era e como

Leia mais

Tratado nos artigos a a do d o CP C. P

Tratado nos artigos a a do d o CP C. P AÇÃO PENAL Tratado nos artigos 100 a 106 do CP. Conceito: Direito de exigir do Estado a aplicação da norma penal ao infrator. É o ius puniendi do Estado. CLASSIFICAÇÃO Conhecimento Cautelar Execução Art.

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MÓDULO II 1. Regras de competência 2. Procedimento 3. Pedidos 4. Recurso Ordinário Constitucional 1. REGRAS DE COMPETÊNCIA O habeas corpus deve ser interposto à autoridade judicial

Leia mais

1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que:

1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que: P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PROCESSUAL PENAL 1. Sobre as medidas cautelares pessoais no processo penal, é correto afirmar que: I - De acordo com o Código de Processo Penal, as

Leia mais

Homicídio (art. 121 do cp) Introdução...2 Classificação doutrinária...2 Sujeitos...3 Objeto material...3 Bem juridicamente protegido...

Homicídio (art. 121 do cp) Introdução...2 Classificação doutrinária...2 Sujeitos...3 Objeto material...3 Bem juridicamente protegido... Sumário Homicídio (art. 121 do cp) Introdução...2 Classificação doutrinária...2 Sujeitos...3 Objeto material...3 Bem juridicamente protegido...3 Exame de corpo de delito...3 Elemento subjetivo...3 Modalidades

Leia mais

PONTO 1: Improbidade Administrativa 1. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

PONTO 1: Improbidade Administrativa 1. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 1 DIREITO ADMINISTRATIVO PONTO 1: Improbidade Administrativa 1. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA A Administração Pública é regida por vários princípios, dentre eles, o princípio da moralidade, art. 37, caput

Leia mais

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes Lei de Tortura Liana Ximenes 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Lei de Tortura -A Lei não define o que é Tortura, mas explicita o que constitui tortura. -Equiparação

Leia mais

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Direito Penal Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Crimes Contra a Dignidade Sexual Nomenclatura Título VI do Código Penal: antes Crimes Contra os Costumes, atualmente Crimes

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP

VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP VIOLÊNCIA SEXUAL E TIPOS PENAIS QUADRO-RESUMO Artigo Tipo Penal Descrição ABUSO SEXUAL NO CÓDIGO PENAL - CP 213 Estupro Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou

Leia mais

Atos de Ofício Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN

Atos de Ofício Processo Penal. Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN Atos de Ofício Processo Penal Professor Luiz Lima CONCURSO TJMG - BANCA CONSULPLAN Cargo Especialidade Escolaridade Vencimentos Oficial de apoio judicial Oficial Judiciário (Classe D) --- Conclusão de

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 179.446 - PR (2010/0129628-4) RELATOR IMPETRANTE IMPETRADO PACIENTE : MINISTRO GILSON DIPP : FÁBIO APARECIDO FRANZ : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ : JULIANO DE OLIVEIRA DOS SANTOS

Leia mais

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG CURSO DE ÉTICA MÉDICA - 2016 Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Sigilo Profissional Demanda Judicial Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Princípio

Leia mais

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL...

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL... SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 15 CAPÍTULO I - FUNÇÃO E CARREIRA DO DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL... 19 1. INTRODUÇÃO E BREVE RECONSTRUÇÃO HISTÓRICA DA FUNÇÃO E DA CARREIRA...19 2. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

Leia mais

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX PROCESSO PENAL MARATONA OAB XX AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA RESOLUÇÃO 213/15 RESOLUÇÃO Nº 213/15 - CNJ Art. 1º Determinar que toda pessoa presa em flagrante delito, independentemente da motivação ou natureza

Leia mais

Combate e prevenção à violência contra a mulher

Combate e prevenção à violência contra a mulher Combate e prevenção à violência contra a mulher O CIM - Centro Integrado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar - tem por objetivo fazer valer a Lei n.º 11.340/06, Lei Maria da

Leia mais

O Conselho Tutelar e o Ministério Público PAOLA DOMINGUES BOTELHO REIS DE NAZARETH PROMOTORA DE JUSTIÇA COORDENADORA CAO-DCA

O Conselho Tutelar e o Ministério Público PAOLA DOMINGUES BOTELHO REIS DE NAZARETH PROMOTORA DE JUSTIÇA COORDENADORA CAO-DCA O Conselho Tutelar e o Ministério Público PAOLA DOMINGUES BOTELHO REIS DE NAZARETH PROMOTORA DE JUSTIÇA COORDENADORA CAO-DCA CONSELHO TUTELAR 1. CONCEITO (art. 131, ECA): órgão permanente e autônomo, não

Leia mais

UNIÃO ESTÁVEL. 2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união estável.

UNIÃO ESTÁVEL. 2) A coabitação não é elemento indispensável à caracterização da união estável. Edição n. 50 Brasília, 11 de fevereiro de 2016 As teses aqui resumidas foram elaboradas pela Secretaria de Jurisprudência, mediante exaustiva pesquisa na base de jurisprudência do Superior Tribunal de

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 18/05 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV 2.3 PROCEDIMENTO DA LEI DE DROGAS (Lei 11.343/06) - Procedimento Previsto nos artigos 54 a 59 da

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

Juizados Especiais. Aula 8 ( ) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor)

Juizados Especiais. Aula 8 ( ) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) Juizados Especiais Aula 8 (09.04.13) Vinicius Pedrosa Santos (magistrado e professor) e-mail: vinipedrosa@uol.com.br Ementa da aula Recursos e embargos de declaração Mandado de segurança, habeas corpus

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução histórica 2. Natureza jurídica 3. Referências normativas 4. Legitimidade 5. Finalidade 6. Hipóteses de cabimento Habeas corpus - Tenhas corpo (...) a faculdade concedida

Leia mais

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5

Capítulo 1 Introdução...1. Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 S u m á r i o Capítulo 1 Introdução...1 Capítulo 2 Inquérito Policial (IP)...5 2.1. Início do IP... 17 2.2. Indiciamento... 24 2.3. Identificação Criminal a Nova Lei nº 12.037/2009... 27 2.4. Demais Providências...

Leia mais

Direito Penal. Dano e Apropriação Indébita

Direito Penal. Dano e Apropriação Indébita Direito Penal Dano e Apropriação Indébita Dano Art. 163 do CP: Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. - Infração penal de menor potencial

Leia mais

Laís Maria Costa Silveira Promotora de Justiça de Belo Horizonte Titular da 22ª Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idosos.

Laís Maria Costa Silveira Promotora de Justiça de Belo Horizonte Titular da 22ª Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idosos. As medidas protetivas de urgência previstas pela Lei Maria da Penha e sua aplicação a outros segmentos de pessoas: idosos, crianças, enfermos e pessoas com deficiência Laís Maria Costa Silveira Promotora

Leia mais

Vem Pra Potere!

Vem Pra Potere! Provas de Terça Vem Pra Potere! www.poteresocial.com.br/site www.poteresocial.com.br\site Fone: 85 3224.0127// WhatsApp 85 99952.2704 Insta @poteresocial Face: Potere Social PREFEITURA MUNICIPAL DE MOJUÍ

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 5.448, DE 2009 (Do Sr. Gonzaga Patriota)

PROJETO DE LEI N.º 5.448, DE 2009 (Do Sr. Gonzaga Patriota) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 5.448, DE 2009 (Do Sr. Gonzaga Patriota) Cria mecanismos para coibir a violência contra o homem, nos termos do 8º do art. 226 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº 0001358-60.2013.4.03.6002/MS 2013.60.02.001358-3/MS RELATOR RECORRENTE : Juiz Convocado MÁRCIO MESQUITA : Justica Publica

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA : ALDAIR DOS SANTOS : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA RECURSO

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO 1.CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2.RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

DIREITO ADMINISTRATIVO 1.CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2.RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO DIREITO ADMINISTRATIVO 1.CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 2.RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO CONCEITO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Controle Político Controle Administrativo CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

ATUALIZAÇÃO Atualização

ATUALIZAÇÃO Atualização ATUALIZAÇÃO 2015-2016 Atualização Atualização Legislação Administratica e correlata Página 12 Tópico ultra-atividade. Continuar a frase, na terceira linha, dizendo:..., porque mais benéfica ao agente.

Leia mais

1.5 Abrigo em entidade...162 1.6 Abrigo temporário...164 2. Competência para aplicação das medidas de proteção...165

1.5 Abrigo em entidade...162 1.6 Abrigo temporário...164 2. Competência para aplicação das medidas de proteção...165 SUMÁRIO DOUTRINA CAPÍTULO I INTRODUÇÃO... 3 1. Breve evolução histórica dos direitos dos idosos no Brasil... 3 2. Perfil Constitucional dos direitos dos idosos... 5 3. Princípios norteadores dos direitos

Leia mais

UMA CULTURA INTOLERÁVEL UM RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

UMA CULTURA INTOLERÁVEL UM RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Boletim CAO nº 01/2016 Quinta-feira, 14.04.2016 UMA CULTURA INTOLERÁVEL UM RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Desde a edição

Leia mais

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação Código Penal Ficha Técnica Código Penal LIVRO I - Parte geral TÍTULO I - Da lei criminal CAPÍTULO ÚNICO - Princípios gerais TÍTULO II - Do facto CAPÍTULO I - Pressupostos da punição CAPÍTULO II - Formas

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Procedimento Sumaríssimo. Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Procedimento Sumaríssimo Gustavo Badaró aulas de 5 e 19 de abril de 2017 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Infrações penais de menor potencial ofensivo

Leia mais

ENUNCIADOS. Suspensão Condicional do Processo. Lei Maria da Penha e Contravenções Penais

ENUNCIADOS. Suspensão Condicional do Processo. Lei Maria da Penha e Contravenções Penais ENUNCIADOS Suspensão Condicional do Processo Enunciado nº 01 (001/2011): Nos casos de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher não se aplica a suspensão condicional do processo. (Aprovado

Leia mais

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM

PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM PROCESSO PENAL MARATONA OAB XXI PROF. FLÁVIO MILHOMEM 1ª QUESTÃO José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (Art. 180 do Código Penal pena: 01 a 04 anos de reclusão

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Sujeitos Processuais. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Sujeitos Processuais Gustavo Badaró aula de 11.10.2016 1. Noções Gerais 2. Juiz PLANO DA AULA Peritos, interpretes e auxiliares da justiça 3. Ministério

Leia mais

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro

Direito Penal. Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Direito Penal Extorsão e Extorsão Mediante Sequestro Sequestro Relâmpago Art. 158, 3, CP: Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos 1 de 6 17/11/2010 16:05 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.015, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. Mensagem de veto Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça HABEAS CORPUS Nº 100.512 - MT (2008/0036514-3) RELATOR : MINISTRO PAULO GALLOTTI IMPETRANTE : RUY BARBOSA MARINHO FERREIRA KEMPER IMPETRADO : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO PACIENTE : WILSON

Leia mais

Direito Processual Penal. Provas em Espécie

Direito Processual Penal. Provas em Espécie Direito Processual Penal Provas em Espécie Exame de Corpo de Delito Conceito: é análise técnica realizada no corpo de delito. O que é corpo de delito? O exame de corpo de delito é obrigatório em todos

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

DIREITO ADMINISTRATIVO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA DIREITO ADMINISTRATIVO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Atualizado em 04/11/2015 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA A exigência de uma atuação moral se relaciona com o dever de probidade, ética e honestidade da Administração

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AGRAVADO ADVOGADO INTERES. : JOSÉ MEIRELLES FILHO E OUTRO(S) - SP086246 : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA

Leia mais

Polícia Civil Direito Administrativo Improbidade Administrativa Clóvis Feitosa

Polícia Civil Direito Administrativo Improbidade Administrativa Clóvis Feitosa Polícia Civil Direito Administrativo Improbidade Administrativa Clóvis Feitosa 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Improbidade Administrativa Clovis Feitosa IMPROBIDADE

Leia mais

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME

SMAB Nº (Nº CNJ: ) 2017/CRIME CONFLITO DE COMPETÊNCIA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. AGRESSÕES PERPETRADAS POR GENRO CONTRA SOGRA. INCIDÊNCIA DA LEI N.º 11.340/06. 1. A incidência da Lei n.º 11.340/06 depende de que a violência seja baseada

Leia mais