PROCESSO Revisão Pág. Nº. Norma de colheita de expectoração para exame microbiologico Mês/Ano
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- Maria Eduarda Maria dos Santos Sales Madureira
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1 Julho 007 Inicial Julho OBJECTIVO: a) Prescrições médicas para exame microbiológico de expectoração segundo guidelines reconhecidas cientificamente; b) Uniformizar procedimento de colheita; c) Diminuir contaminações das culturas de expectoração por procedimentos não conformes; d) Agir em conformidade com o quadro clínico do Doente.. APLICAÇÃO a) Médicos b) Enfermeiros c) Técnicos de Análises Clínicas e de Saúde Pública 3. REFERÊNCIAS a) Bartlett, John C.; Ryan, K. J.; Smith, T.F.; Wilson, W. R.: Cumitech 7A, Laboratory diagnosis of lower respiratory tract infections. Coordinating ed., J. A. Washington II; Edição da American Society for Microbiology, Washington, C. C b) Ministério da Saúde Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Programa Nacional de Controlo de Infecção (PNCI) Orientações para a elaboração de um manual de boas práticas em bacteriologia (Coordenador da
2 Julho 007 Inicial Julho INTRODUÇÃO A interpretação dos resultados laboratoriais, ou seja, a fiabilidade com que os microrganismos identificados podem ser implicados como agentes de infecção depende: a) Do tipo de amostra; b) Do microrganismo em causa. Enquanto que alguns microrganismos (e.g., Mycobacterium tuberculosis) são considerados agentes patogénicos independentemente do tipo de amostra em que forem observados, muitos (e.g., Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus) podem estar presentes na flora comensal do tracto respiratório superior, só sendo valorizáveis como agentes de infecção pulmonar se a amostra não apresentar contaminação notória pela referida flora. Uma terceira categoria de microrganismos (e.g., Pneumocystis) embora consistentemente tidos por agentes patogénicos, são de recuperação difícil, sendo que a sua demonstração requer técnicas invasivas (aspiração transtraqueal, broncoscopia, aspirado por agulha, biopsia, etc.). Em doentes sob antibioterapia é comum a demonstração de potenciais patógeneos resistentes aos antibióticos em curso; tal pode traduzir apenas uma selecção de flora. Assim sendo, existe uma hierarquização no tipo de amostras a requisitar, baseada quer na agressividade do procedimento, quer no tipo de agente patogénico esperado. A expectoração é o tipo de amostra mais utilizada, mas também a mais controversa, para a identificação de agentes patógenicos da árvore respiratória inferior. (Coordenador da
3 Julho 007 Inicial Julho 008 Não tem utilidade para a pesquisa de bactérias anaeróbias. A avaliação da citologia (nº de células epiteliais escamosas versus nº de polimorfonucleares neutrófilos) por parte do laboratório é importante para a subsequente valorização dos resultados. Na maioria dos doentes com pneumonia bacteriana, será suficiente uma amostra com boa citologia. Em casos de suspeita de tuberculose pulmonar, recomenda-se a colheita de três amostras. 4. Metodologia a) A amostra deverá ser colhida, de preferência, antes do início de antibioterapia; b) Deverá ser colhida pela manhã e em jejum, pois qualquer vestígio de comida torna a amostra imprópria para processamento; c) A colheita deverá ser precedida de uma higienização da boca apenas com água; d) A utilização de produtos antissepticos orais irá alterar os resultados obtidos, pelo que é desaconselhada, já a escovagem dos dentes não está contra-indicada; e) Aquando da lavagem da boca deverão ser removidas próteses dentárias móveis; d) Preferencialmente o doente deverá estar bem hidratado. (Coordenador da
4 Julho 007 Inicial Julho Colheita de expectoração: a) Instruir o doente a colher uma expectoração resultante de tosse profunda; as amostras com saliva ou rinorreia são descartadas; b) Se a expectoração for escassa, deverá proceder-se à indução da mesma através de uma nebulização com soro fisiológico ou através de cinesiterapia respiratória; d) Depositar a amostra colhida num recipiente estéril, seco, de boca larga e tampa de rosca. (NOTA: a indução da tosse em doentes com suspeita de tuberculose pulmonar apenas deve ser efectuada se estiverem asseguradas as precauções de transmissão por partícula; nas suspeitas de pneumonia bacteriana assegurar as precauções de transmissão por gotícula antes de efectuar estas manobras). (Coordenador da
5 Julho 007 Inicial Julho Colheita de Secreções Brônquicas a) As secreções brônquicas são um tipo de secreções provenientes directamente dos brônquios ou pulmões, e podem ser obtidas por aspiração endo-traqueal, ou ainda através da broncoscopia (incluindo escovado brônquico e lavado broncoalveolar), aspirado transtraqueal (punção) ou aspirado pulmonar trans-torácico. Apenas nos dois últimos casos se pode excluir completamente a contaminação por flora da orofaringe. Contudo, mesmo essas amostras podem não ser significativas para implicar organismos ubiquitários, porém passíveis de causar infecções pulmonares invasivas (Aspergillus, Candida ), caso em que seria necessário recorrer à biopsia. b) Em caso de doentes que devido à sua debilidade física e/ou estado de consciência não consigam expectorar, recorrer à aspiração endotraqueal c) Aspirados obtidos a partir da faringe não são aceitáveis, daí a importância de uma aspiração profunda; d) Utilizar técnica asséptica para o procedimento; e) Ter em consideração que doentes traqueostomizados ou com antecedentes de entubação endo-traqueal podem apresentar aumentos marcados na concentração de organismos presentes abaixo da traqueia, podendo esta corresponder apenas a colonização. (Coordenador da
6 Julho 007 Inicial Julho Outros procedimentos a observar: a) Realizar uma requisição por colheita; b) Após cada colheita, transportar o frasco rapidamente ao laboratório, acompanhado da respectiva requisição (devidamente preenchida e identificada). c) Se forem previstos atrasos no envio da amostra ao laboratório estas deverão ser refrigeradas entre º e 8ºC. d) Recipientes contaminados no seu exterior durante a colheita ou transporte não serão aceites. (Coordenador da
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