Discurso da Tomada de Posse Presidente da Assembleia Municipal. Matosinhos, 21 de Outubro 2017

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Maria das Dores Câmara Franco
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1 Discurso da Tomada de Posse Presidente da Assembleia Municipal Matosinhos, 21 de Outubro 2017 Senhora Presidente da Camara, senhora e senhores Vereadores, senhoras e senhores Deputados Municipais, senhora e senhores Presidentes das Uniões de Freguesias, senhoras e senhores Deputados da Assembleia da Republica, senhor Deputado do Parlamento Europeu, excelentíssimas autoridades Militares, Civis e Religiosas, minhas senhoras e meus senhores: Matosinhos inicia hoje um novo ciclo político, com alguns rostos novos e muitas caras conhecidas. As minhas primeiras palavras são, naturalmente, para aquelas e para aqueles que agora se estreiam em funções municipais. Sejam bem-vindos e tenham a certeza de que Matosinhos necessita do contributo de todos aqueles que estejam dispostos a trabalhar construtivamente pelo bem-estar dos nossos concidadãos e em prol do bem comum, fim último de todos os que assumem responsabilidades nos mais diversos patamares da administração pública e nos seus órgãos democraticamente eleitos. Permitam-me ainda, por uma questão da mais elementar justiça, que destaque as vitórias da Dra. Luísa Salgueiro para a Câmara Municipal, da Dra. Lurdes Queirós na União de Freguesias de Lavra, Perafita e Santa Cruz, do Professor Leonardo Fernandes, na união de freguesias de S. Mamede e da Senhora da Hora, do Eng. Pedro Gonçalves na União de Freguesias de Leça do Balio, Custoias e Guifões e do Dr. Pedro Sousa na União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira.

2 O mandato que agora termina foi tão profícuo quanto dramático. Fica profundamente marcado pela perda de Guilherme Pinto, mas também, e sobretudo, pela sua visão para Matosinhos e pela sua vontade de alterar o paradigma do nosso concelho, modernizando-o e projetando-o enquanto terra de vanguarda e de inovação. Conquistamos, por isso, direito à satisfação do dever cumprido. Importa ainda destacar a forma competente, empenhada e serena como o presidente cessante, Eduardo Pinheiro, desempenhou o cargo nestes últimos meses, nas condições delicadas que todos conhecemos. Enquanto presidente cessante da Assembleia Municipal de Matosinhos, cabe-me neste momento garantir que a transmissão dos poderes que nos são confiados se fará de modo tranquilo e respeitando os mais elementares valores da democracia. Como eleitos do poder local democrático nascido com a revolução dos cravos, cabenos a tarefa fundamental de ser a mais próxima resposta do Estado às necessidades e aspirações dos cidadãos. Somos, pois, a primeira linha do combate por melhores condições de vida, melhor educação, melhor ambiente, mais cultura, mais desenvolvimento económico, mais e melhor emprego, melhor assistência aos idosos e, acima de tudo, mais cidadania. Somos, repito, a frente avançada de um combate que nunca estará terminado e que só iremos ganhando aos poucos, um passo de cada vez, e com inabalável persistência

3 Concluído que está o processo cívico e democrático que nos elegeu a todas e a todos, devemos ter bem presente que, de acordo com as regras legalmente instituídas, cada um de nós, ganhou o direito de representar os matosinhenses no seu conjunto. Nesta condição cabe-nos, repito, a todas e a todos, sem excepção, honrar o compromisso e o pacto implícito que a nossa eleição encerra. Fomos eleitos estamos eleitos para defender intransigentemente, e acima de tudo, o interesse daqueles que nos escolheram. Daqui a quatro anos seremos avaliados pela forma como sejamos capazes de cumprir de modo coerente os direitos e os deveres que a lei nos concede, e as responsabilidades que agora nos são atribuídas. Não menos importante, a eleição do passado dia 1 confirmou nas urnas o desejo dos matosinhenses de verem continuada e consolidada uma estratégia de desenvolvimento, progresso e afirmação de Matosinhos, no contexto nacional e internacional, enquanto cidade e concelho de inovação, cultura e criatividade, sem esquecer, bem pelo contrário, todos aqueles que, ao nosso lado, vivem maiores dificuldades. A vontade expressa pelos nossos concidadãos exige, pois, respeito e responsabilidade. Estamos aqui para servir e melhorar a qualidade de vida do maior número possível de matosinhenses e creio que este é um desiderato que só poderá unir-nos durante estes quatro anos de trabalho que temos pela frente. Cabe-nos, pois e para parafrasear e recordar mais uma vez Guilherme Pinto, garantir que Matosinhos será cada vez mais um sítio fantástico onde se pesca e se come o

4 melhor peixe do mundo, onde se pode caminhar junto à praia com o mar como horizonte, onde se vive com qualidade e se celebra e protege a nossa história, a nossa cultura, os nossos costumes e o nosso património, e onde têm lugar algumas das coisas mais vibrantes, inovadores e criativas que se produzem no país. Matosinhos continua a ser a cidade do Porto de Leixões, da pesca, dos melhores restaurantes da Área Metropolitana do Porto e de um dos mais carismáticos mercados do país, mas é também, e cada vez mais, a casa de Álvaro Siza Vieira e a Casa da Arquitetura, um polo de fixação de jovens criativos e de atração de turistas, a casa do monumental e belo terminal de cruzeiros, da inovação que se produz no Ceiia-Centro de Excelência para a Investigação da Indústria Automóvel e Aeronáutica, da Casa do Design e das magnificas Orquestra de Jazz e Quarteto de Cordas, de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, de empresas inovadores que tanto contribuem para o desenvolvimento do país. Aqui chegados, o nosso objetivo comum tem de ser apenas um: fazer mais, fazer melhor e fazê-lo para um número cada vez maior de matosinhenses. Minhas senhoras, e meus senhores: Já talvez nos pareça gasta a célebre frase do presidente Kennedy segundo a qual não devemos perguntar o que a pátria pode fazer por nós, mas sim o que podemos fazer nós por ela. Transplantada para o contexto local e concelhio, e tendo em conta as obrigações que hoje assumimos, o lugar-comum da frase de Kennedy deve assumir, para

5 cada uma e cada um de nós, papel de obrigação absoluta. Fomos eleitos para fazer por Matosinhos e para garantir que cada um dos nossos concidadãos viverá um pouco melhor daqui a quatro anos. Se formos capazes de o fazer, e se o fizermos bem, os vencedores das eleições de 1 de outubro terão sido, não cada uma e cada um de nós, mas todos os matosinhenses. A Presidente da Assembleia Municipal Palmira Macedo

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