TÍTULO: BEM-ESTAR SUBJETIVO EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA

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1 TÍTULO: BEM-ESTAR SUBJETIVO EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): THAÍS DE CARVALHO GOULART ORIENTADOR(ES): MARIANA ARAUJO NOCE COLABORADOR(ES): THAÍS DE OLIVEIRA CANTELLI

2 1. RESUMO Estudos sobre o Bem-Estar Subjetivo (BES) procuram obter informações sobre a satisfação e a felicidade das pessoas, considerado como um conceito que requer auto avaliação, ou seja, que só pode ser observado e relatado pelos próprios indivíduos, compreendendo avaliações que fazem de suas vidas. Neste estudo, buscou-se investigar o BES em estudantes de Psicologia, especificamente identificar a satisfação com a vida, por meio da Subescala 2 da Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES). Participaram do estudo 244 estudantes, de ambos os sexos, de 17 a 57 anos (mediana de 21 anos), do primeiro ao quinto ano do curso de Psicologia de uma universidade particular do interior de São Paulo, que responderam à EBES coletivamente. Análises descritivas foram realizadas de forma a caracterizar os grupos de estudantes, por ano do curso, calculando-se média, desvio padrão, mínimo, máximo, mediana, percentil 25 e percentil 75 das respostas a cada item da Subescala 2. A pesquisa constatou as dimensões afetivas do Bem-Estar Subjetivo presentes na amostra, apontando os principais sentimentos e emoções vivenciados, positivos e negativos, e possibilitou identificar elementos sobre a satisfação com a vida dos participantes, buscando-se relações com o momento do curso de Psicologia. Observou-se que a maioria dos participantes demonstrou elevados índices de satisfação com a vida, ou seja, considera-se feliz. Por outro lado, grande parte também manifestou que não tem tudo que deseja, sinalizando que mudanças seriam bem-vindas. Palavras-chaves: Bem-Estar Subjetivo. Estudantes Universitários. Psicologia. 2. INTRODUÇÃO Autores como Siqueira e Padovam (2008) e Diener, Scollon e Lucas (2003) apontaram que o Bem-Estar é um tema que é estudado desde a Antiguidade, quando filósofos como Aristóteles tentavam descobrir a existência da felicidade. Mas são pesquisadores atuais que trazem o tema ao campo cientifico da psicologia e, com outro foco, a compreensão de fatores psicológicos que integram uma vida saudável, pois sabe-se que a felicidade é o principal integrante para uma vida saudável. Trabalhos de Andrews e Withey (1976) e Campbell, Converge e Rodgers (1976) foram mencionados por Siqueira e Padovam (2008) por terem expressado a

3 ideia de que, embora as pessoas vivam em ambientes definidos, é ao mundo subjetivamente definido que elas respondem. Assim, a observação de mudanças sociais seria interessante de ser realizada. A partir da análise de diversas pesquisas, Siqueira e Padovam (2008) mostraram que o Bem-Estar Subjetivo procura obter resultados de satisfação e felicidade individual, compreendendo, assim, as avaliações que as pessoas fazem de suas vidas. Essas avaliações podem ser cognitivas, como o trabalho e casamento; e pessoais, observando-se como são experimentadas as emoções positivas e negativas. É um conceito que requer auto avaliação, compreendendo sua existência individual e apoiando-se em suas próprias expectativas, valores, emoções e experiências prévias, como definem Diener e Lucas (2000) citados por Siqueira e Padovam (2008). Os resultados adequados são os de grande satisfação com a vida, altos índices de experiências emocionais positivas e baixo de negativas. Ryff (1989 apud SIQUEIRA; PADOVAM, 2008) elaborou um modelo de seis componentes de Bem-Estar Psicológico que demonstram que as avaliações são fortemente construídas sobre formulações psicológicas acerca do desenvolvimento humano e dimensionadas em capacidades para enfrentar os desafios da vida. Este modelo foi reorganizado e reformulado posteriormente por Ryff e Keyes (1995 apud SIQUEIRA; PADOVAM (2008). Os componentes são: a) auto aceitação; b) relacionamento positivo com outras pessoas; c) autonomia; d) domínio do ambiente; e) manutenção de objetivos e f) crescimento pessoal. A fim de abranger pesquisas sobre o tema Bem-Estar Subjetivo, vários estudos são interessantes de serem apontados, como o coordenado pelo Laboratório de Bem-estar Subjetivo da Universidade de Illinois, que envolveu 41 países e 6949 respondentes. Os resultados indicaram que a satisfação com a vida correlacionou-se com a satisfação consigo mesmo, a situação financeira, a família, os amigos, a renda familiar, as notas escolares, a educação, seus professores, seus livros didáticos e suas aulas e palestras, sendo estes últimos resultados também significativos quando se observou a amostra de estudantes brasileiros isoladamente. (DELA COLETA; DELA COLETA; DIENER, 1996 apud COLETA; COLETA, 2006). Outro, realizado por Dela Coleta, Dela Coleta e Dela Coleta (2005) pôde ser observado no trabalho de Coleta e Coleta (2006), com 555 sujeitos, que buscava compreender universitários e grupos de trabalhadores, perguntava: O que está faltando em sua vida para que seja mais feliz?. As respostas observadas foram de

4 ordem pessoal, afetiva, material, transcendente, acadêmica e profissional (trabalho, estudo, profissão), espiritual/religiosa, do lazer e da saúde. Diener et al. (1999 apud CARDOSO; FERREIRA, 2009), explicam que a satisfação com a vida associa-se à satisfação com domínios específicos da vida (lazer, saúde, finanças, vida pessoal/afetiva e grupo de pertença) e à satisfação global com a vida atual, passada e futura, assim como à visão dos outros significantes a respeito da própria vida. Assim, são concepções como estas que instigam a realização desta pesquisa para uma investigação do Bem-Estar em estudantes de Psicologia. 3.OBJETIVOS Identificar a avaliação que os participantes fazem de suas próprias vidas em termos de satisfação com a vida, suas características gerais e específicas em relação ao ano do curso, abrangendo as dimensões afetivas, sentimentos e emoções mais presentes, a partir da utilização da Subescala 2 da Escala de Bem- Estar Subjetivo elaborada por Albuquerque e Tróccoli (2004). 4.METODOLOGIA A metodologia foi utilizada seguindo-se procedimentos de pesquisas quantitativas, que, conforme Minayo e Sanches (1993) e Barros e Lehfeld (2009), têm como campo de práticas e objetivos trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis com precisão e validade científica. 5.DESENVOLVIMENTO Fizeram parte da amostra desta pesquisa 244 estudantes, de ambos os sexos, do primeiro ao quinto ano do curso de Psicologia de uma universidade particular localizada em uma cidade de grande porte do interior do Estado de São Paulo. Para serem incluídos nesse trabalho, os participantes deveriam estar matriculados no curso de Psicologia, independente de variáveis socioeconômicas como situação social, idades, sexo e ano do curso. Na Tabela 1 é possível observar que quanto à composição da amostra, o primeiro ano obteve o maior número de participantes (n=66), seguido do segundo (n=58), quinto (n=44) e terceiro ano (n=40). Já com menor número, aparece o quarto ano, com 36 indivíduos. A média e a mediana das idades apresentaram valores

5 próximos em cada grupo e crescentes do primeiro ao quinto ano. Ainda quanto à idade dos participantes, foi observado que o primeiro ano possui a maior amplitude, com a menor e a maior idade dentre todos os outros anos. Assim, o participante mais novo desta pesquisa tem 17 anos e o mais velho 57 anos de idade. Tabela 1 - Caracterização dos participantes em relação à idade e ao ano do curso de Psicologia (N=244). Ano do Número de Desvio Percentil Percentil Média Mediana Máximo Mínimo Curso participantes (n) Padrão o Ano 66 20,85 6, o Ano 58 21,43 3, ,75 3o Ano 40 22,68 4, o Ano 36 23,22 5, o Ano 44 25,14 5, ,5 Total , Para a realização da pesquisa foram utilizados como instrumentos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), a ficha de Caracterização dos Participantes elaborada neste estudo para caracterização da amostra, contendo um número de identificação, iniciais dos nomes, sexo, idade, data de nascimento, curso, etapa, se gostaria de receber uma devolutiva dos resultados e data da aplicação. E a Subescala 2 da Escala de Bem-Estar Subjetivo (EBES), elaborada por Albuquerque e Tróccoli (2004) que é composta por 17 frases para que os participantes identifiquem as opiniões que têm sobre a própria vida, também em uma escala Likert de cinco pontos: 1 discordo plenamente, 2 discordo, 3 não sei, 4 concordo e 5 concordo plenamente. O local de realização da pesquisa foram salas de aula da universidade em que foi realizado o estudo, as quais possuem condições adequadas de iluminação, ventilação e conforto para os participantes. Anteriormente a sua realização, o projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), tendo sido submetido sob o número , com parecer de aprovação número Após a aprovação do projeto pelo CEP, as pesquisadoras entraram em contato com a universidade e com a coordenação do curso de Psicologia e marcaram a data da aplicação dos instrumentos em sala de aula.

6 No dia da coleta de dados em cada turma de alunos, as pesquisadoras se apresentaram aos estudantes, explicaram os objetivos e métodos de pesquisa propondo a leitura do TCLE e a solução de possíveis dúvidas. Cada participante recebeu uma cópia do TCLE. Após a concordância dos alunos mediante assinatura do TCLE, a dupla de pesquisadoras explicou como deveriam ser respondidas as escalas EBES, tiraram dúvidas quando solicitado, distribuíram o material contendo uma Ficha de Caracterização e a Escala de Bem-Estar Subjetivo (ALBUQUERQUE; TROCOLI, 2004). As pesquisadoras aguardaram o tempo necessário para que todos tivessem tempo para responder, recolheram todos os materiais e explicaram brevemente o significado de Bem-Estar Subjetivo, tema da pesquisa que estava sendo realizada e agradeceram a participação de todos. As folhas de respostas foram avaliadas individualmente segundo as instruções de Albuquerque e Trocoli (2004), estabelecendo-se a média de respostas dos itens positivos e dos itens negativos da Subescala. Os resultados foram tabulados em planilhas do Microsoft Excel, em função do ano do curso, após o que foram realizados os cálculos da estatística descritiva, a saber: média, desvio padrão, mínimo, máximo, mediana e percentis 25 e 75. A partir desta análise, os resultados dos grupos foram apresentados por meio de figuras para visualização dos dados estatísticos a serem comparados e tabelas que demonstraram médias e medianas de cada item (positivos e negativos), para visualização, análise e comparações. 6. RESULTADOS A Figura 1 aponta os índices verificados nas respostas dos participantes em relação à satisfação com a vida em seus valores positivos, observando-se médias próximas e uniformes em todos os anos. Quanto à mediana, os valores também são semelhantes e considerados altos, iguais ou próximos de 4,0. Em relação aos valores mínimos pode-se perceber uma possível diferença entre os resultados, o segundo ano é o que apresenta o menor valor, seguido do terceiro. Quanto aos valores máximos, eles se apresentam com o máximo possível (valor 5) em três dos cinco anos do Curso de Psicologia, porém não estando distantes dos valores do segundo e terceiro ano.

7 ,87 4, ,88 4 3,63 3,87 3,76 3,87 3,85 3,87 3,95 3,94 2,62 2,62 2,12 1,5 1,75 1o Ano 2o Ano 3o Ano 4o Ano 5o Ano MÉDIA DESVIO PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO PERCENTIL 25 MEDIANA PECENTIL 75 Figura 1 Estatística descritiva dos itens positivos da EBES da amostra de estudantes de Psicologia (N=244), em função do ano do curso. Observa-se na Tabela 2 que os valores médios dos itens positivos da EBES foram semelhantes em todos os anos do Curso de Psicologia. O maior valor foi de 4,33 para o item 55 (Gosto da minha vida) e o menor valor foi de 3,3 para o item 53 (Tenho conseguido tudo que esperava da vida) no primeiro ano. No segundo ano, os maiores valores foram de 4,07 para o item 62 (Considero-me uma pessoa feliz) e de 4,05 para o item 55 (Gosto da minha vida) e a menor média foi de 3,03 para o item 53 (Tenho conseguido tudo que esperava da vida). É interessante notar, ainda, que o segundo e o terceiro anos também tiveram como itens com as maiores médias o 55 e o 62 e com a menor média o item 53. Como foi observado no primeiro ano, o quarto e o quinto também tiveram como maiores médias os itens 55 e como menores os itens 53. Tabela 2 - Valores de média e mediana dos itens positivos da EBES na amostra de estudantes de Psicologia (N=244), em função do ano do curso. 1º Ano (n=66) 2º Ano (n=58) 3º Ano (n=40) 4º Ano (n=36) 5º Ano (n=44) Itens Média Mediana Média Mediana Média Mediana Média Mediana Média Mediana Positivos 48 3,86 4 3,53 4 3,73 4 4,03 4 4, ,77 4 3,59 4 3,75 4 3,92 4 3, ,98 4 3,64 4 3,98 4 3,92 4 4, ,3 3 3,03 3 3,23 3 3,22 3 3, ,58 4 3,19 3,5 3,4 3,5 3,39 3,5 3, ,33 4 4,05 4 4,03 4 4,22 4 4, ,03 4 3,93 4 3,93 4 3, ,17 4 4,07 4 4,1 4 4,17 4 4,3 4

8 Em termos gerais, o item 55 (Gosto da Minha Vida) foi o que obteve a maior média em todos os anos do curso de Psicologia, demonstrando satisfação com a vida entre os participantes. Já como menor média mostrou-se o item 53 (Tenho Conseguido Tudo o que Esperava da Vida), podendo indicar insatisfação quanto ao que determinam como planos e objetivos. Como acréscimo ao segundo ano, nota-se também que os participantes se consideram felizes, pelo aumento da média do item 62 (Considero-me uma Pessoa Feliz) de 4,07. E observando os valores de média da Tabela 3, dos Itens Negativos da EBES, nota-se um aumento quanto ao item 58 (Minha Vida Poderia Estar Melhor), indicando uma insatisfação quanto ao atual momento da vida dos participantes, que se intercala com a menor média aparente, do item 56 (Minha Vida está Ruim), pode-se constatar que os mesmos não julgam que tenham uma vida ruim, mas que mudanças seriam desejadas. Como destaca Diener e Lucas (2000), citado por Siqueira e Padovam (2008), como o conceito de Bem-Estar Subjetivo requer auto avaliação, o sujeito considera sua própria vida a partir de sentimentos sobre a existência individual, suas expectativas, valores, emoções e experiências prévias. 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 4,71 4,43 4,14 3,28 3,28 2,2 2,21 2,26 2,21 2,15 2 2,07 2 2,12 2,14 1 1, o Ano 2o Ano 3o Ano 4o Ano 5o Ano MÉDIA DESVIO PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO PERC. 0,25 MEDIANA PERC. 0,75 Figura 2 Estatística descritiva dos itens negativos da EBES da amostra de estudantes de Psicologia (N=244), em função do ano do curso. Assim como a Figura 1, a Figura 2 também representa a Satisfação com a Vida, porém identificando seus valores negativos e, assim como já observado anteriormente, têm a média e a mediana com valores aproximados, neste caso situados entre 2 e 2,5. Diferentemente do valor mínimo, que apresenta constância, o

9 valor máximo possui desigualdades, variando de 3,28 a 4,71, sendo os menores valores referentes ao quarto e ao quinto ano e do primeiro ao terceiro ano, de forma crescente, os valores maiores. Comparando-se, então, a Figura 2 com a Figura 1, pode-se observar que nesta as médias ficaram entre 2,07 e 2,26, praticamente a metade das médias dos itens positivos. Conforme já destacado, Siqueira e Padovam (2008) apontam resultados com essas características como resultados adequados que demonstram alta satisfação com a vida, altos índices de experiências emocionais positivas e baixo índice de negativas. Tabela 3 Valores de média e mediana dos itens negativos da EBES na amostra de estudantes de Psicologia (N=244), em função do ano do curso. 1º Ano (n=66) 2º Ano (n=58) 3º Ano (n=40) 4º Ano (n=36) 5º Ano (n=44) Itens Média Mediana Média Mediana Média Mediana Média Mediana Média Mediana Negativos 51 2,03 2 2,12 2 2,13 2 2,08 2 2, ,64 2 2,67 3 2,43 2 2,36 2 2, ,65 2 1,59 1 1,6 1 1,58 1 1, ,79 1,5 1,95 1 2,15 2 1,72 1,5 1, ,44 4 3,53 4 3,28 4 3,19 3 3, ,8 2 2,02 2 1,58 1,5 1,78 2 1, ,06 2 1,93 2 1,9 2 1,78 2 1,55 1 Na Tabela 3 pode-se observar que nos cinco anos do Curso de Psicologia, os itens 56 (Minha vida está ruim) e 58 (Minha vida poderia estar melhor) foram os que mais se destacaram por apresentarem resultados opostos. O 56 pela menor média entre todos os anos e o 58 pela maior. Ressalta-se que o terceiro ano apresenta outra média considerada baixa, a de 1,58 no item 59 (Tenho mais momentos de tristeza do que de alegria na minha vida), e o quinto ano o item 60 (Minha vida é sem graça ), com média de 1,55. 7.CONSIDERAÇÕES FINAIS O Bem-Estar Subjetivo indica fatores de satisfação e felicidade individual, podendo compreender a avaliação que cada pessoa faz de sua vida, tornando-se assim um importante indicador de qualidade de vida. Há de se entender também que o Bem-Estar Subjetivo não pode ser considerado apenas a ausência de fatores

10 negativos, mas também a presença de fatores positivos. Considerando diferentes aspectos do Bem-Estar Subjetivo, a pesquisa apurou suas dimensões afetivas, detectando os sentimentos e emoções, positivos e negativos, que apareceram na amostra estudada e pôde também identificar a avaliação que cada pessoa faz de sua própria vida. Sobre os resultados da amostra na EBES pôde-se entender que há uma grande satisfação com a vida, onde apareceram altos índices de experiências emocionais positivas e baixo de negativas. Pode-se também concluir que os participantes se consideram felizes e que suas vidas não estão ruins, mas que mudanças seriam positivas. Durante a realização da pesquisa somente um aluno se recursou a participar, não trazendo prejuízos aos resultados, todos os outros participantes foram muito receptivos, interessados e responsáveis em relação a sua participação na pesquisa. Assim, a pesquisa trouxe uma reflexão individual sobre a satisfação com a vida, fazendo com que cada participante voltasse sua atenção e pensamento para si próprio. Espera-se que a pesquisa seja ampliada para outros contextos, ampliando assim os conhecimentos sobre o tema. 8.FONTES CONSULTADAS ALBUQUERQUE, A. S.; TRÓCCOLI, B. T. Desenvolvimento de uma escala de bemestar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Mai-Ago 2004, Univ. de Brasília. Vol. 20 n. 2, pp ANDREWS, F. M.; WITHEY, S. B. Social indicators of well-being. New York: Plenun Press, BARROS, A. J. P.; LEHFELD, N. A. S. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis, RJ: Vozes, CAMPBELL, A.; CONVERGE, P. E.; RODGERS, W. L. The quality of American life. New York: Russell Stage Foundation, CARDOSO, M. C. S.; FERREIRA, M. C. Envolvimento religioso e bem-estar subjetivo em idosos. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 29, n. 2, 2009.

11 COLETA, J. A. D.; COLETA, M. F. D. Felicidade, bem-estar subjetivo e comportamento acadêmico de estudantes universitários. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 3, p , set./dez DELA COLETA, A. S. M.; DELA COLETA, M. F.; DELA COLETA, J. A. O que me falta para ser feliz? [Resumo]. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Resumos de Comunicações Científicas. XXXV Reunião Anual de Psicologia (CD-ROM). Ribeirão Preto: SBP, DELA COLETA, M. F.; DELA COLETA, J. A.; DIENER, E. Estudo transcultural do sentimento de satisfação e de felicidade. [Resumo]. Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), Resumos de Comunicações Científicas. XXVI Reunião Anual de Psicologia (p. 184). Ribeirão Preto: SBP, DIENER, E.; SUH, E. M.; LUCAS, R. E.; SMITH, H. L. Subjective well- being: Three decades of progress. Psychological Bulletin, cap.125, p DIENER, E.; LUCAS, R. F. Subjective emotional well being. Em M. Lewis & J. M. Haviland (Orgs.), Handbook of Emotions. New York: Guilford, p DIENER, E.; SCOLLON, C. N.; LUCAS, R. E. The involving concept of subjective well being: The multifaceted nature of happiness. Advances in Cell Aging and Gerontology, cap.15,p MINAYO, M.C.S.; SANCHES, O. Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou Complementaridade? Cad. Saúde Públ. Rio de Janeiro, 9(3): , jul/set, RYFF, C. D. Happiness is everything, or is it? Explorations on the meaning of psychological well being. Journal of Personality and Social Psychology, cap.57. p RYFF, C. D.; KEYES, C. L. M. The structure of psychological well being revisited. Journal of Personality and Social Psychology, cap.69, p SIQUEIRA, M. M. M.; PADOVAM, V. A. R. Bases Teóricas de Bem-Estar Subjetivo, Bem-Estar Psicológico e Bem-Estar no Trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Vol. 24 n. 2, pp Brasília, 2008.