A MORTE Visão Médica
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- Lucas Gabriel Freire Angelim
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1 A MORTE Visão Médica As representações da morte sofrem alterações significativas no tempo e espaço, nas várias culturas e religiões, podendo ser observado no decorrer da história da humanidade. Dra. Rosane T. Gonçalves A morte do ser humano é um fenômeno único, que ocorre gradualmente O Que significa estar morto? Deixamos de existir? A morte é Um evento? Um processo? Uma transição? Pode ser apresentada em diferentes contextos: médico, legal social antropologico religioso espiritual sobrenatural mistico 1
2 História Pré História Mitologia Gregos: Tanathos irmão de Hipnos Até Idade Média A Morte fazendo parte constante do ciclo da vida. Renascimento séculos XV Final da Idade Média Transformações em Arte, cultura, social, economia, política, religião Filosofia Ciência Antropocentrismo "o Homem no centro das atenções". A morte deixa de ser familiar, doméstica e passa a ser um tabu", algo no qual o homem pós moderno tenta fugir, a fim de não lidar com ela, colocando a para longe: Morto deixa de morrer em casa Sai de casa o velório Enterro em cemitério 2
3 História da Medicina Ocidental Séc. XVII O Homem muda e a medicina também muda! A Ciência evolui medicina acompanha. Estudo da Anatomia: medicina Bio-médica Visão analítica-mecanicista do corpo, acompanha a Biologia Célula: Microscópio: Células Corpo Humano - mais conhecido Medicina: Século XX DNA - base científica - Medicina Molecular/Genética Medições análises Estetoscópio Esfignomanômetro...etc... Evolução tecnológica Mecânica, Elétrica e Eletrônica na Medicina Radiologia Cirurgia Anestesia UTIs Outros 3
4 VIDA-MORTE O que é a VIDA? Questão não esclarecida Até então, identificamos onde está, mas não sabemos o que é. Então o que é a MORTE? Tecnologias e detecção da VIDA 4
5 FASES DA VIDA Fase Crescimento desenvolvimento Fase Reprodutiva Senescência ou Senilidade Nascimento Morte Tempo de VIDA tudo tem tempo desta Vida Tempo Máximo de Vida das Espécies (em anos) Homem Cão (Canis familiaris)...34 Gato (Felis catus)...28 Camundongo (Mus musculus)...3,5 5
6 Como tudo no Meio Ambiente, também SOMOS FINITOS. TEMOS UM TEMPO DE VIDA O envelhecimento Processo biológico complexo e contínuo que se caracteriza por alterações celulares e moleculares, com diminuição progressiva da capacidade de homeostase até a morte celular. 6
7 Teorias do Envelhecimento Biológica: Uso desgaste Proteínas alteradas Mutações somáticas Radicais livres Sistêmicas Taxa de Metabolismo Envelhecimento mitocondrial Genética Apoptose Fagocitose Neuro endócrina Imunológica Perda da Homeostase Senescência celular Feto humano: param após 50 duplicações. Fibroblastos em cultivo Indivíduo de 40 anos: param após 40 duplicações Indivíduo de 80 anos: cessam após 30 duplicações Perdas progressivas e irreversíveis das funções celulares: Graduais humanos Repentinas e dramáticas: salmão, que morre após a desova. 7
8 Perda da Homeostase Composição corporal Estado nutricional Metabolismo Hidro eletrolítico Imunologia Termo regulação Sensorial Estruturas da voz/motricidade Pele anexos Sistema endócrino Cardiovascular Respiratório Gênito urinário Osteo muscular Sistema nervoso Mitocondria Oxigênio o grande salto (pulinhos de elétrons) da evolução!! O metabolismo anaeróbico da glicose produz apenas 47 Kcal de energia por mole de glicose, enquanto que o metabolismo aeróbico gera 673 Kcal por mole de glicose. 8
9 Morte mecanismos fisiológicos Parada cardíaca Parada respiratória Parada encefálica Parada circulatória Parada cardíaca secundária Hipoxemia celular Interrompe impulso respiratório Suporte de tecnologias UTI Interrupção as seqüência fisiológicas de varias formas: Suporte respiratório ventilação mecânica Suporte hemodinâmico drogas inotrópicas e vasoativas Suporte metabólico endovenoso e digestivo para rins, fígado, pâncreas, supra renal, imunológico, sanguíneo, hormonal. 9
10 1950 Bjorn Ibsen Dinamarca Inventou o respirador artificial. Até 1950 Morte era claramente delineada por permanente parada dos batimentos cardíacos e da respiração, dando a diferença entre estar vivo e perder a vida Mollaret e Goulon medicos franceses: Primeiros a descrever a morte encefalica 1967 Primeiro transplante cardíaco humano 1968: Guideline do Comitê da Escola Médica de Harvard Critérios de Harvard para morte encefálica por Henry Beecker anestesia e bioética: Sobre transplantes Ele escreveu que a doação de órgão de quem está inconsciente permanente seria benéfico. Desta maneira iniciamos a era dos transplantes, salvando milhares de vidas antes impossível e melhorando a qualidade de vida de outros milhares. Rim, fígado, coração, pulmão, córnea, pele, etc. 10
11 Suporte mais avançado Circulação extracorpórea oxigenação por membrana e corações artificiais. Sempre com o objetivo de manter as funções vitais preservadas: Para: dar tempo ao tratamento (clinico/cirúrgico) transplante de órgãos. ASSIM, MUDA O CONCEITO ATÉ ENTÃO, ONDE PARADA COMPLETA DO CORAÇÃO E RESPIRAÇÃO NÃO É MORTE, DESDE QUE SEJAM MANTIDOS O ESTADO CIRCULATORIO DE OXIGENAÇÃO. 11
12 Morte Encefálica Único órgão que não pode ser mantido através de tecnologias ou pode ser substituído por transplante. O atendimento em UTI não substitui nenhuma função cerebral por tecnologias. Encefalo 12
13 Critérios de ME Gold Standart pela A.A.N. 1. Demonstração de COMA profundo e irreversível 2. Evidencias para a causa do coma 3. Ausência de fatores de confusão incluindo: hipotermia (abaixo 32C), hipotensão não controlada,drogas, distúrbio eletrolítico, distúrbios endócrinos. 4. Ausência de todos os reflexos do tronco encefálico 5. Apnéia 6. Ausência de resposta motora 7. Repetir o exame em 6hs variável 8. Testes confirmatórios variável Importante salientar: A Morte Encefálica, segundo os critérios médicos estabelecidos, é diagnóstico de morte, pela medicina atualmente, pois não há reversão do quadro Nenhum paciente em morte encefálica voltou ao estado prévio ou recuperou suas funções cerebrais; a falência de todos os outros órgãos acontecerá após o diagnostico de morte encefálica, variando somente o tempo em que isso ocorrerá. 13
14 Com a Morte Encefálica (ME) alguns questionamento estão surgindo: O comando da homeostase não é do S.N.C, ou seja, a ME não desfaz a unidade integrativa somática e a função de coordenação biológica do organismo vivo novos rumos em direção ao Modelo Organizador Biológico As tecnologias não são capazes de identificar o momento preciso da morte. A morte baseada em critérios encefálicos exclui aspectos relevantes antropológicos, psicológicos, culturais, religiosos. A Morte Atualmente A maioria das pessoas não morrerão em Morte Encefálica. Continuaremos morrendo de Parada Cárdio Respiratória. A medicina hoje tem começado a se preocupar com a Morte e maior dignidade para com ela. O homem sapiens necessita entender que é finito como tudo o que existe e conviver com sua finitude, mesmo se entendendo espírito imortal, pois: MORRER É DIFERENTE DE DESENCARNAR! MORRER É UM PROCESSO DO HOMEM (SAPIENS) DESENCARNAR É UM PROCESSO DO ESPÍRITO 14
O que é a VIDA? Até então, identificamos onde está, mas não sabemos o que é. Problemas na identificação do inicio da vida e final da vida.
HISTÓRIA DA MEDICINA OCIDENTAL - SÉC. XVII Anatomia: medicina bio-médica Visão analítica-mecanicista do corpo Célula: Microscópio: Células Corpo Humano - mais conhecido MEDICINA: SÉCULO XX DNA - base científica
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