CONSTRUÇÃO CIVIL IV FRENTE ORÇAMENTOS
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- Stefany Sequeira Faro
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1 CONSTRUÇÃO CIVIL IV FRENTE ORÇAMENTOS PROF. ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO E BARBARA VILLAS BÔAS 1 INTRODUÇÃO Independentemente de localização, recursos, prazo, cliente e tipo de projeto, uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto CUSTO reveste-se de especial importância. 2 1
2 INTRODUÇÃO Para se avaliar a viabilidade de execução de um empreendimento, é necessário que se estime previamente o seu custo. Tal estimativa é feita através da elaboração do orçamento (ANDRADE, SOUZA, 2002). 3 INTRODUÇÃO A preocupação com custos começa cedo, ainda antes do início da obra, na fase de orçamentação, quando é feita a determinação dos custos prováveis de execução da obra. O primeiro passo de quem se dispõe a realizar um projeto é estimar quanto ele irá custar. 4 2
3 INTRODUÇÃO Soares (1996) define orçamento como a descrição pormenorizada dos materiais e das operações necessárias para realizar uma obra, com a estimativa de preços e, para ser elaborado, o orçamentista deve conhecer todos os detalhes possíveis que implicarão em custos durante a execução da obra. 5 INTRODUÇÃO ORÇAMENTO X ORÇAMENTAÇÃO 6 3
4 INTRODUÇÃO O orçamento é o PRODUTO da orçamentação, o processo de determinação! Segundo Limmer (1997), o processo de orçamentação é a determinação dos gastos necessários para realização de um projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido. 7 INTRODUÇÃO O orçamento tem influência direta sobre: Qualidade do serviço Sucesso de vendas Rentabilidade da atividade em si 8 4
5 OBJETIVOS DO ORÇAMENTO Definir o custo de execução de cada atividade ou serviço; Análise de viabilidade do projeto; Constituir-se em documento contratual, servindo de base para o faturamento da empresa executora do projeto, e para gestão de pagamentos e omissões; Ferramenta de controle da execução do projeto; 9 INTRODUÇÃO DIFERENTES TIPOS DE ORÇAMENTOS DIFERENTES 10 5
6 INTRODUÇÃO Uma das definições é apresentada por Mattos (2006), onde cita que, a depender do grau de detalhamento de um orçamento, ele pode ser classificado como: a) Estimativa de custo - avaliação expedita com base em custos históricos e comparações de projetos similares; 11 INTRODUÇÃO Uma das definições é apresentada por Mattos (2006), onde cita que, a depender do grau de detalhamento de um orçamento, ele pode ser classificado como: b) Orçamento preliminar - mais detalhado que a estimativa de custos, pressupõe o levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais insumos e serviços; 12 6
7 INTRODUÇÃO Uma das definições é apresentada por Mattos (2006), onde cita que, a depender do grau de detalhamento de um orçamento, ele pode ser classificado como: c) Orçamento analítico ou detalhado - elaborado com composições de custos e extensa pesquisa de preços dos insumos, chegando a um valor bem próximo do custo real, com reduzida margem de incerteza. 13 X MÉTODO QUANTITATIVO 14 7
8 Toda composição orçamentária é afetada de erro, que será tanto menor quanto melhor for a qualidade de informações disponíveis para elaboração do orçamento. A qualidade de informação depende do grau de detalhamento do projeto e em função dessa qualidade define-se o método de orçamentação
9 Baseia-se na estimativa do custo por correlação com uma ou mais variáveis de medida de grandeza do produto cujo custo se quer determinar. 17 Dentre os processos de orçamentação, o processo estimativo é o que incorre em maior erro. Por sua vez, o processo de estimativa através de correlação direta, é o mais simples e mais sujeito a variações, dada a simplificação aplicada. É normalmente aplicado em etapa inicial de projeto e dispondo de pouquíssimas informações, serve como ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. 18 9
10 X CORRELAÇÃO MÚLTIPLA 19 DETERMINAÇÃO DE CUSTOS A PARTIR DE PRODUTOS SEMELHANTES: INTERPOLAÇAO POR ÁREA CONSTRUÍDA DETERMINAÇÃO DE CUSTOS ATRAVÉS DE ÍNDICES 20 10
11 Projeto Referência Novo Projeto : Custo estimado 21 Exemplo 1: Determinação do custo de uma casa térrea de m 2 através da proporção de área em relação à outra casa térrea com área superior ou inferior, desde que apresente mesmas características construtivas gerais
12 Exemplo 2: Aplicação de índice próprio obtido através de conhecimento técnico ou acervo de orçamentos já elaborados ou índice representativo da construção civil. PARA EDIFICAÇÕES SEMELHANTES!! 23 O QUE SÃO EDIFICAÇÕES SEMELHANTES?? MESMO MÉTODO CONSTRUTIVO ÁREA EQUIVALENTE ACABAMENTOS SEMELHANTES 24 12
13 Exemplo 1: 25 Exemplo 2: ÍNDICES CUB, SINAP, INCC (FGV), IPCE (PINI), IPCA (IBGE) 26 13
14 USO DE ÍNDICES 27 USO DE ÍNDICES ÍNDICES: CUB : Custo Unitário Básico da Construção Civil Sinduscon SINAPI : Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil INCC: FGV IPCA: IBGE 28 14
15 USO DE ÍNDICES O uso, desde que correto, de índices, seja o CUB ou mesmo o Sinapi, entre outros, facilita muito o trabalho de estimar custo de obras, numa fase inicial de trabalho. Mas o seu uso deve ser pautado pelo correto entendimento do índice, quais custos o compõem, se é necessário complementações, e se este é aplicável ao tipo de projeto em orçamento. Tanto o CUB, quanto SINAP, apresentam custos, por unidade de construção m², para diversas categorias de projetos/ obras, conforme indica-se abaixo no caso do CUB: 29 CUB 30 15
16 CUB TABELA MENSAL 15:56 31 USO DE ÍNDICES Nota-se,portanto, que no caso da adoção de um índice, havendo diversas modalidades do mesmo, deve-se optar pelo uso do valor mais adequado ao projeto em questão. Para tanto é necessário ter certeza das informações do projeto a ser orçado e é claro, conhecer o cálculo e projetos utilizados na obtenção do índice
17 USO DE ÍNDICES Visto que se tratando de estimativa, e em muitos casos utilizamos orçamentos anteriores com datas bases, cotações ou preços relativos a datas anteriores à estimativa, é necessária a atualização de valores. A atualização mais comum, e apropriada, ocorre pela variação do CUB entre a data das referencias tomadas e a data atual do orçamento estimativo. Ao final, todo orçamento deve estar vinculado a um índice para que se tenha a referencia em posteriores atualizações de valores. 33 Exemplo 2: CUB Principal indicador do setor da construção, é calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil de todo o país. CUSTO UNITÁRIO BÁSICO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 34 17
18 Exemplo 2: CUB Atualmente, a variação percentual mensal do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos em construção. 35 Exemplo 2: CUB Calculado segundo a NBR / Projetos-padrão: residenciais, comerciais, galpão industrial e residência popular. - Nº pavimentos, acabamento, nº de quartos,
19 Exemplo 2: CUB Calculado segundo a NBR / Leva-se em conta os lotes de insumos (materiais e mão-de-obra), despesas administrativas e equipamentos. 37 Exemplo 2: CUB Calculado segundo a NBR / O cálculo em si é feito através de coleta de dados. - Tratamento estatístico pela tabela T-Student
20 Exemplo 2: CUB Calculado segundo a NBR / Os salários e preços de materiais e mão de obra, despesas administrativas e equipamentos, são obtidos através do levantamento de informações junto a uma amostra de cerca de 40 empresas da construção. 39 Exemplo 2: CUB CUIDADO!! - A utilização do CUB, ou outro índice, requer conhecimento de quais custos compõem este índice
21 Exemplo 2: CUB CUIDADO!! O USO INADEQUADO REFLETE EM ERROS GRAVES EM ESTIMATIVAS!! 41 Exemplo 2: CUB CUIDADO!! A utilização do CUB, de forma direta, ou seja 1 CUB por m 2 acarreta em grandes erros!! 42 21
22 Exemplo 2: CUB CUIDADO!! O CUB não contempla vários serviços : 43 CUB É importante observar que o CUB não considera itens considerados específicos das obras, tais como: Terreno que não é elemento construído Fundações e contenções; Equipamentos eletromecânicos: Elevadores e sistemas de ar condicionado; Elementos de implantação externa; Iluminação; Elementos de decoração, equipamentos acessórios, entre outros
23 Exemplo 2: CUB CUIDADO!! A utilização do valor CUB implica em uma estimativa por correlação MÚLTIPLA. 45 Exercício Veja um exemplo de como definir o custo estimado de um empreendimento residencial de baixo padrão em Curitiba (PR), com dez pavimentos de 250 m² cada um: Calcule a área total do empreendimento. Para isso, basta multiplicar a área de cada pavimento pelo número de andares do edifício: Área total = 250 m² x 10 = m² 46 23
24 Como o empreendimento será construído em Curitiba, devemos consultar o CUB divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Paraná (Sinduscon-PR). Os valores referentes ao mês de junho de 2018 estão na página: Custos Unitários Básicos de Construção (NBR : CUB 2006) - Junho/2018 Valores em R$/m² / Variação Mensal %
25 Consultando a tabela vemos que o CUB de edifícios residenciais de baixo padrão com oito pavimentos (R-8) é de R$ 1241,76/m². Custo estimado total = 2500 x 1241,76 = ,00 Quais os possíveis erros desse custo estimado? NECESSIDADE DE CORRELAÇÃO MÚLTIPLA 49 CORRELAÇÃO MÚLTIPLA MÉTODO NO QUAL A ESTIMATIVA É SUBDIVIDIDA EM ETAPAS OU FASES, PARA AS QUAIS SE FAZ ESTIMATIVAS INDIVIDUAIS, COM INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS PARA CADA UMA DESTAS ETAPAS
26 CORRELAÇÃO MÚLTIPLA O CUSTO TOTAL É DADO PELA SOMA DOS CUSTOS DAS DIVERSAS ETAPAS OU FASES. 51 CORRELAÇÃO MÚLTIPLA 52 26
27 Nesse método aplicamos tratamentos específicos para cada uma das etapas que compõem a EAP do projeto, podendose aplicar o mesmo tratamento para diversas etapas e outros tratamentos específicos para etapas com detalhes específicos. 53 É natural e plausível iniciar esta estimativa através de uma estimativa por correlação simples, aplicando um único tratamento proveniente do coeficiente obtido pela variação de área (comparação entre dois projetos), para na sequência, apontar quais etapas merecem tratamentos específicos
28 USO DE ÍNDICES A aplicação do Índice CUB para estimativa acaba sendo tal qual o método de correlação múltipla, uma vez que obrigatoriamente temos que completar a estimativa com determinação dos custos para as etapas não contempladas pelo índice. 55 Definidas as etapas para as quais se deve oferecer um tratamento específico, deve-se determinar qual é este tratamento, podendo ser: Cotação específica junto a fornecedores ou empresas prestadoras do serviço; Levantamento de quantidades e precificação ( para alguns elementos) Aplicação de um índice próprio ou consagrado no meio; 56 28
29 CORRELAÇÃO MÚLTIPLA Exemplo 1: Divisão do orçamento em etapa como: Fundação, estrutura, alvenarias e demais componentes, estimando o custo para cada uma destas etapas de forma individual, seja através de aplicação de um índice, correlação direta com outro projeto semelhante ou mesmo através de levantamentos rápidos. 57 EXERCÍCIO Considere os dados abaixo e estabeleça o custo total para construção de uma residência de 120,00 m 2. Faça as considerações que achar necessárias, porém torne-as evidentes na resolução do exercício. O valor dever considerar a construção para o ano de O CUB para residências desse porte é de 1558,16 R$/ m
30 EXERCÍCIO Uma casa com projeto arquitetônico semelhante, com 126 m 2, apresentou como custo total de atividades: - Fundação: R$ ,00 - Superestrutura: R$ ,00 - Paredes: R$ 8.000,00 - Revestimentos: R$ ,00 A obra utilizada como referência foi construída em 2012 e sabe-se que o CUB, na época, para residências do mesmo padrão era de R$ 1042, PROF. ANA PAULA BRANDÃO CAPRARO E BARBARA VILLAS BÔAS OBRIGADA! anapcapraro@gmail.com barbaratvb.ufpr@gmail.com 60 30
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