A Língua como Sistema (1) Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa

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1 A Língua como Sistema (1) Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa

2 ESTIPULAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

3 Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto... Curso de LinguísJca Geral, p. 15

4 A língua como sistema Não se pode reduzir a língua ao som, nem separar o som da arjculação vocal; reciprocamente, não se podem definir os movimentos dos órgãos vocais se se fizer abstração da impressão acúsjca. (p.16) (O som) não passa de instrumento do pensamento e não existe por si mesmo. (...) O som, unidade complexa acúsjco-vocal, forma por sua vez, com a ideia, uma unidade complexa, fisiológica e mental. (p.16) A linguagem tem uma lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro. (p.16) A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma insjtuição atual e um produto do passado. (p.16) CLG (Saussure)

5 Mas o que é a língua? Parte determinada e essencial da linguagem Produto social da faculdade da linguagem Conjunto de convenções necessárias adotadas pelo corpo social É um princípio de classificação Adquirido e convencional A questão do aparelho vocal se revela, pois, secundária no problema da linguagem. (p.18)

6 fenômeno psíquico fenômeno fisiológico fenômeno bsico Curso de LinguísJca Geral, p. 19

7 A faculdade de associação e coordenação externa não psíquica interna psíquica execujva recepjva execujva recepjva interna psíquica externa não psíquica Curso de LinguísJca Geral, p. 20

8 O que está sendo associado? Ideias preexistentes à palavras? Nomeação das coisas existentes? Relação entre o nome e a coisa?

9 fenômeno psíquico fenômeno fisiológico fenômeno bsico Curso de LinguísJca Geral, p. 19

10 A faculdade de associação e coordenação externa não psíquica interna psíquica execujva recepjva execujva recepjva interna psíquica externa não psíquica Curso de LinguísJca Geral, p. 20

11 EsJpulação do objeto de estudo Não se pode reduzir a língua ao som, nem separar o som da arjculação vocal; reciprocamente, não se podem definir os movimentos dos órgãos vocais se se fizer abstração da impressão acúsjca. (p.16) (O som) não passa de instrumento do pensamento e não existe por si mesmo. (...) O som, unidade complexa acúsjco-vocal, forma por sua vez, com a ideia, uma unidade complexa, fisiológica e mental. (p.16) A linguagem tem uma lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro. (p.16) A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma insjtuição atual e um produto do passado. (p.16) CLG (Saussure)

12 EsJpulação do objeto Não se pode reduzir a língua ao som, nem separar o som da arjculação vocal; reciprocamente, não se podem definir os movimentos dos órgãos vocais se se fizer abstração da impressão acúsjca. (p.16) LÍNGUA versus FALA CLG (Saussure)

13 A NATUREZA DO SIGNO LINGUÍSTICO

14 CLG (Saussure, p. 79)

15 A natureza do signo linguísjco CLG (Saussure, p. 81)

16 A natureza do signo linguísjco CLG (Saussure, p. 80)

17 A natureza do signo linguísjco CLG (Saussure, p. 133)

18 A língua como sistema Não se pode reduzir a língua ao som, nem separar o som da arjculação vocal; reciprocamente, não se podem definir os movimentos dos órgãos vocais se se fizer abstração da impressão acúsjca. (p.16) (O som) não passa de instrumento do pensamento e não existe por si mesmo. (...) O som, unidade complexa acúsjco-vocal, forma por sua vez, com a ideia, uma unidade complexa, fisiológica e mental. (p.16) A linguagem tem uma lado individual e um lado social, sendo impossível conceber um sem o outro. (p.16) A cada instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma insjtuição atual e um produto do passado. (p.16) CLG (Saussure)

19 A língua como sistema (O som) não passa de instrumento do pensamento e não existe por si mesmo. (...) O som, unidade complexa acúsjco-vocal, forma por sua vez, com a ideia, uma unidade complexa, fisiológica e mental. (p.16) SIGNIFICANTE versus SIGNIFICADO CLG (Saussure)

20 Princípios do signo linguísjco Arbitrariedade do signo ARBITRARIEDADE versus ICONICIDADE Linearidade do significante LINEARIDADE versus SIMULTANEIDADE

21 Arbitrariedade versus Iconicidade A relação entre significante e significado é convencional. MoJvação Iconicidade [ka.`dej.rɐ]

22 Linearidade versus Simultaneidade A natureza audijva da linearidade do significante Significantes audijvos e significantes visuais Eles estavam em pé do lado da árvore.

23 Dicotomias Saussureanas Língua e Fala Significante e Significado Sincronia e diacronia Paradigma e sintagma

24 CONTINUA...

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