Aula 03. Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema:

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1 Turma e Ano: Juizado Especiais Criminais (2016) Matéria / Aula: Juizados Especiais Criminais 03 Professora: Elisa Pittaro Monitor: Gabriel Desterro e Silva Pereira Aula 03 Continuação: Juizados Especiais Criminais Lei nº É possível a transação penal nos crimes de ação penal privada? Pela leitura do art. 76 da Lei nº só se permitiria transação em crimes de ação pública, mas há diversas correntes sobre o tema: 1ª Corrente (Ada Pellegrini): Nas ações penais o querelante pode renunciar, perdoar, logo, ele também pode transacionar. Ademais, haveria ofensa à isonomia se estabelecêssemos tratamento diferenciado para crimes que possuem a mesma gravidade simplesmente em razão da natureza da ação penal. 2ª Corrente (Polastri): A transação é apenas para as ações públicas, a redação do art. 76 é clara. Para os crimes de ação penal privada o acordo deve gerar em torno da composição civil dos danos. 3ª Corrente (Geraldo Prado): Todos os institutos que dão ao querelante a disponibilidade da ação privada são de natureza processual e em nenhum lugar do mundo é permitido que particulares negociem pena, sob pena de ofensa ao princípio da dignidade. 4ª Corrente (STJ): É possível a realização de transação penal em ações privadas, pois querelante tem total disponibilidade sobre o processo. No entanto, NÃO é direito subjetivo do querelado, tal qual parece propor a Ada. O querelante transaciona se ele quiser, ele não é obrigado. O que poderá ser feito se a transação for homologada e não cumprida? 1ª Corrente (STJ e STF): Transação homologada e não cumprida equivale à transação inexistente. Logo, nada impede que o membro do MP ofereça a denúncia.

2 2ª Corrente (Polastri): Se o objeto da transação for pena de multa, ela deverá ser executada como uma dívida de valor; todavia, sendo o objeto uma pena restritiva de direitos, deverá ser executada nos termos do CPC, ou seja, execução de obrigação de fazer. 3ª Corrente (FONAJE): Não é propriamente uma solução, mas uma medida preventiva. Segundo o enunciado do FONAJE, a transação deve conter uma cláusula estabelecendo que na hipótese de descumprimento a ação voltará a correr, caso contrário, não há nada a ser feito. Obs.: Alguns juízes, na prática, condicionam a homologação ao integral cumprimento. É mais uma forma de prevenir o problema da homologação sem cumprimento posterior. Não sendo possível a composição dos danos nem a transação penal, a ideia na Lei nº era que o promotor na própria audiência oferecesse imediatamente a denúncia. Na prática isso nem sempre ocorre, depende da complexidade do caso. Caso haja o oferecimento da denúncia, o juiz irá designar a audiência de instrução e julgamento AIJ) e o réu sairá da audiência preliminar já citado. Obs.: o recebimento ou não da denúncia ocorre já na AIJ, é o oferecimento que ocorre imediatamente. AIJ Audiência de Instrução e Julgamento (art. 81) Resposta preliminar (oral) A defesa vai dizer ao juiz nessa oportunidade todos os motivos pelos quais a denúncia não deve ser recebida. Em princípio, pela lei, a defesa preliminar é oral. Na prática, alguns advogados levam a defesa escrita também, o que não é um problema. Recebimento da denúncia Oitiva vítima Oitiva testemunhas de acusação Oitiva testemunhas de defesa Interrogatório Pela própria literalidade da Lei nº o interrogatório é o último dos atos. Essa lei foi uma das primeiras a trazer a inversão da ordem até então usada, deixando o interrogatório por último. Debates orais Sentença oral

3 Essa é a sequência natural prevista na lei. Todavia, se for o caso, após a resposta preliminar poderá haver a aplicação do art. 89 da Lei nº 9.099, que é a suspensão condicional do processo. Suspensão Condicional do Processo (art. 89) Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). Apesar de estar previsto na Lei nº 9.099, a suspensão condicional do processo é um instituto que pode ser aplicado mesmo para infrações que não se submetam ao rito do JECRIM, desde que preenchidos os requisitos legais. Um dos principais requisitos para a aplicação do instituto é a pena mínima, que não pode ultrapassar 1 ano. A suspensão condicional do processo é a proposta feita pelo MP ao acusado para suspender o andamento do processo por um período de 2 nos enquanto o indivíduo cumpre condições. Findo o prazo e cumpridas as condições, o juiz declarará extinta a punibilidade. Difere, portanto, da transação penal, em que não há sequer um processo ainda. A transação penal é mais interessante que a suspensão condicional do processo para o acusado. Apesar de teoricamente ser possível a suspensão condicional do processo no âmbito dos juizados, na prática, o mais comum de ocorrer é a transação penal. Requisitos: Delitos cuja pena mínima cominada seja igual ou inferior a 1 ano. Como verificar a pena mínima quando houver concurso de crimes? Devemos aplicar as Súmulas nº 723, STF e nº 243, STJ, ou seja, somando as penas mínimas no concurso material e exasperando no concurso formal e crime continuado.

4 Como verificar a pena mínima quando houver causa de aumento ou causa de diminuição de pena? Quando houver causa de aumento eu devo pegar a pena mínima e aumentar o mínimo, pois só assim calcularemos a pena mínima. Quando houver causa de diminuição devemos pegar a pena mínima e diminuir o máximo possível, pois só assim calcularemos a pena mínima. Pena de multa como mínima: Existem alguns crimes em que embora o legislador comine uma pena privativa de liberdade alta, ele coloca alternativamente a pena de multa (ex: art. 7º da Lei nº 8.137, em que a pena é de 2 a 5 anos ou multa). Segundo o STF, a possibilidade da aplicação da pena de multa no tipo penal faz com que o legislador admita a suspensão condicional do processo para esses crimes (a pena de multa seria a menor). Acusado não pode estar sendo processado Esse requisito é compatível com a presunção de inocência? 1ª Corrente (Bitencourt): Sim, o requisito é válido, pois antes de presumir qualquer culpabilidade o que o legislador pretendia era conceder um benefício para pessoas que nunca se envolveram em atividade criminosa. 2ª Corrente (Ada): O requisito é inconstitucional, apenas ações transitadas em julgado seriam capazes de impedir a proposta de suspensão. Agente não pode ter sido condenado pela prática de outro crime Aqui são condenações transitadas em julgado que impedem a concessão do benefício. As condenações que não geram mais reincidência impedem o benefício? Após 5 anos do trânsito em julgado da sentença penal condenatória a reincidência desaparece e o indivíduo passa a ser tecnicamente primário. Nesse caso, esse indivíduo faria jus à suspensão condicional do processo? Há duas orientações:

5 1ª Corrente (Bitencourt): Enquanto o CP adotou o sistema da temporariedade no que toca à reincidência, a Lei nº adotou o sistema da perpetuidade. Ou seja, qualquer condenação transitada em julgado impede o benefício. 2ª Corrente (Ada): Deve-se usar uma interpretação sistemática entre a Lei nº e o Código Penal, ou seja, as condenações que não geram mais reincidência NÃO impedem a concessão do benefício. Condenação anterior pela prática de crime culposo impede a concessão do benefício? Também há duas orientações: 1ª Corrente (Ada): A condenação anterior pela prática de crime culposo não impede o sursis da pena (art. 77), logo, também não irá impedir o sursis processual. 2ª Corrente (Bitencourt): A Lei nº não fez distinções, de maneira que qualquer condenação (por crime doloso ou culposo) impede a concessão do benefício. Demais requisitos do sursis penal Os demais requisitos do art. 77 que importam para o sursis processual são aqueles previstos no inciso II do dispositivo: Art. 77, II, CP - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; O juiz deve fazer um prognóstico da conduta do acusado para verificar a adequabilidade e suficiência da medida. Pelo art. 89 o momento para oferecer a suspensão condicional do processo seria o oferecimento da denúncia. No entanto, há uma particularidade, prevista na Súmula nº 337 do STJ: "É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva" (Súmula 337). Se o MP denuncia por furto qualificado, por exemplo, mas na sentença o juiz afasta a qualificadora, condenando o agente ao furto simples, o MP deve ser feita a proposta de suspensão condicional do processo. (remeter o art. 89 da Lei nº para a Súmula nº 337).

6 O 1º do art. 89 traz as condições obrigatórias, enquanto o 2º prevê as facultativas: 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; II - proibição de freqüentar determinados lugares; III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. Em sequência, o 3º prevê causas de revogação obrigatória e o 4º as facultativas: 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano. 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. O 5º prevê que expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. Todavia, na prática, isso pode trazer alguns problemas, pois o sujeito pode descumprir algumas condições durante o prazo, por exemplo, e o juiz só descobrir isso após o encerramento do prazo. Assim, pergunta-se: encerrado o prazo da suspensão condicional do processo o juiz pode revogar o benefício da suspensão? 1ª Corrente (Ada): Findo o prazo a extinção da punibilidade ocorre automaticamente, ou seja, a decisão judicial é meramente declaratório. 2ª Corrente (STF): Em reiterados julgados, a Suprema Corte afirmou que a correta interpretação do 5º é que findo o prazo sem motivos para revogação, o juiz declarará a extinção da punibilidade. Assim, o STF admite a revogação ainda que posterior ao período de prova.

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