o anglo resolve 2 a fase da GV-SP Economia dezembro de 2011

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1 Aula Dada Diagnóstico o anglo resolve Aula Estudada Prova a 2 a fase da GV-SP Economia dezembro de 2011 Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula estudada, prova, diagnóstico. Este trabalho, pioneiro, é mais que um gabarito: a resolução que segue cada questão reproduzida da prova constitui uma oportunidade para se aprender a matéria, perceber um aspecto diferente, rever um detalhe. Como uma aula. É útil para o estudante analisar outros modos de resolver as questões que acertou e descobrir por que em alguns casos errou por simples desatenção, desconhecimento do tema, dificuldade de relacionar os conhecimentos necessários para chegar à resposta. Em resumo, deve ser usado sem moderação. Para o curso de Economia (50 vagas), a FGV-SP realiza um vestibular anual em duas fases. 1 a FASE Consta de oito provas com testes de múltipla escolha das seguintes disciplinas: Horário Disciplina Quantidade Manhã (das 8h30 às 12h30) Tarde (das 14h às 18h) Matemática 30 Biologia 15 História 15 Geografia 15 Inglês 15 Língua Portuguesa 15 Física 15 Química 15 Eliminam-se os candidatos que acertam menos de 30% das questões de qualquer das provas. Classificam-se para a 2 a fase os 200 candidatos com as melhores médias aritméticas simples das notas estatisticamente padronizadas. Aqueles que empatam na 200 a posição são todos classificados para a 2 a fase.

2 2 a FASE Consta de três provas discursivas (cujo número de questões não é previamente divulgado): Duração Disciplina Peso das 8 às 10h Matemática 3 Língua Portuguesa 1 (1h) das 10h30min Redação e Língua às 13h Portuguesa 1 (1,5 h) Ausência ou nota bruta inferior a 3 (três) em qualquer das provas resulta em desclassificação. A média de cada candidato na 2 a fase é a média ponderada das notas estatisticamente padronizadas. A média final (MF) é dada pela seguinte fórmula: MF = (0,4 média da 1 a fase) + (0,6 média da 2 a fase) Observação: 1) Cada disciplina tem pontuação de zero a dez. 2) Não é utilizada a nota do ENEM. GV ECONOMIA/ a FASE 2 ANGLO VESTIBULARES

3 T T MA E M Á I CA Questão 1 Considere a sequência (4, 7, 1, 8, 9, 7, 6, ). O 3 o termo da sequência é igual ao algarismo da unidade da soma dos dois termos imediatamente anteriores a ele, e essa mesma lógica de formação se preserva para os demais termos após o 3 o. a) Determine a soma dos 100 primeiros termos da sequência. b) Sendo n a quantidade de termos da sequência até o n-ésimo termo, e S n a soma desses n termos, determine o menor valor de n para o qual S n (4, 7, 1, 8, 9, 7, 6, 3, 9, 2, 1, 3, 4, 7, 1, ) a) A sequência se repete de 12 em 12 termos. Como 100 = e S n é a soma nos n primeiros termos: S 100 = 8 S 12 + S 4 S 100 = = 500. Resposta: 500 b) = Assim, para S n 10000, o menor valor de n é tal que: S n = 166 S 12 + ( ) = S n = 166 S 12 + S 7 Logo, n = = Resposta: 1999 Questão 2 Um losango ABCD de lado 12cm e medida do ângulo BÂD igual a α é rotacionado por um eixo sobre AB, gerando um sólido de revolução denotado por S. A E B D C a) Calcule o volume de S, em cm 3, quando α = 30º. b) Considere π 2 α π. Seccionando S por um plano que contém ED e é perpendicular a AB, dividimos S em dois sólidos, S 1 e S 2. Sendo R a razão entre o maior volume dentre os dois sólidos e o menor, determine R em função de cosα. GV-ECONOMIA/ a FASE 3 ANGLO VESTIBULARES

4 a) A A 30º 12 E B D E B 30º D 12 C F C b) Como os triângulos AED e BFC são congruentes, os volumes dos sólidos (cones) por eles gerados são iguais. Logo, o volume do sólido S gerado pelo losango é igual ao volume do cilindro de geratriz CD e raio da base ED. ΔAED: sen30º = ED AD 1 2 = ED 12 ED = 6 Portanto o volume do sólido S é: V = π , ou seja, V = 432πcm 3 Resposta: 432πcm 3 E D 180º A F C B Note-se que: 1. Não existe um plano que contenha ED e seja perpendicular ao segmento AB; 2. supondo que o plano seja perpendicular à reta suporte de AB, ainda assim esse plano não divide S em dois sólidos. De (1) e (2), podemos concluir que é impossível determinar a razão R. Questão 3 No livro Teoria Microeconômica, de Mario Henrique Simonsen, discute-se um caso em que existe uma certa quantidade fixa N de mão de obra (trabalhadores) para fabricar dois produtos, A e B, cujas quantidades produzidas são x e y, respectivamente. Admite-se no problema que a função de produção de x e y seja dada por x = N 1 e y = 2 N 2, sendo N 1 e N 2 a quantidade de mão de obra destinada à fabricação de A e B, de forma que N 1 + N 2 N. Considerando, no problema, que x, y, N 1, N 2 e N podem ser quaisquer números reais não negativos, responda o que se pede a seguir. a) Faça um esboço do gráfico do lugar geométrico dos pares (x, y) que atendem às restrições do problema para o caso em que N = 81. b) Assuma que N = 80,8 e que x e y estão submetidos à restrição y = x 2. Determine o maior valor possível de N 1. GV-ECONOMIA/ a FASE 4 ANGLO VESTIBULARES

5 a) N 1 + N 2 81 x = N 1 x 2 = N 1 y = 2 N 2 y2 4 = N x 2 + y x y2 1, com x 0, y Resposta: y x b) N 1 + N 2 80,8 x = N 1 N 1 = x 2 y = 2 N 2 N 2 = y2 4 y = x 2 x 2 (x 2)2 + 80,8 ( 20) 4 20x 2 + 5(x 2) x 2 20x (Δ = ) 7,6 x 8,4 e x 0 O maior valor de x é 8,4. Como N 1 = x 2, concluímos que o maior valor possível de N 1 é (8,4) 2, ou seja, 70,56. Resposta: 70,56 Questão 4 Os pontos A(3, 9), B(1, 1), C(5, 3) e D são vértices de um quadrilátero ABCD, de diagonais AC e BD, no primeiro quadrante do plano cartesiano ortogonal. O polígono cujos vértices são os pontos médios de AB, BC, CD e DA é um quadrado. a) Denotando por α o ângulo agudo de lados BA e BC, calcule cosα. b) Determine as coordenadas do vértice D. a) Sendo M, N, P e Q os pontos médios de AB, BC, CD e DA, respectivamente, temos a figura: A(3, 9) Q D M P B(1, 1) N C(5, 3) GV-ECONOMIA/ a FASE 5 ANGLO VESTIBULARES

6 Os pontos M e N são tais que: x M = = 2 x N = = M(2, 5) e y M = = 5 y N = = As medidas dos segmentos BM, BN e MN são dadas por: BM = (2 1) 2 + (5 1) 2 BM = 17 BN = (3 1) 2 + (2 1) 2 BN = 5 MN = (3 2) 2 + (2 5) 2 MN = 10 Aplicando o teorema dos cossenos no triângulo BMN, vem: (MN) 2 = (BM) 2 + (BN) 2 2 BM BN cosα ( 10) 2 = ( 17) 2 + ( 5) cosα cosα = Resposta: b) Considere a seguinte figura: A(3, 9) Q D N(3, 2) M P B(1, 1) N C(5, 3) MN é base média do triângulo BAC; portanto MN//AC e MN = 1 AC. (1) 2 NP é base média do triângulo BCD; portanto NP//BD e NP = 1 BD. (2) 2 Do enunciado, temos que MNPQ é quadrado; logo, de (1) e (2), temos AC = BD e AC BD. Ainda, do item (a), MN = 10. Portanto AC = 2 10 e BD = (3) Na reta A C, temos m AC = = 3. De AC BD, temos m BD = 1 3 e, assim, uma equação de B D é dada por y 1 = 1 (x 1). (4) 3 Sendo D(x, y) temos, de (3) e (4): BD = 2 10 (x 1) 2 + (y 1) 2 = 2 10 x = 7 (x 1) (x 1) 2 = 40 Substituindo x = 7 em (4), temos y = 3. Assim, D(7, 3). Resposta: D(7, 3) x = 5 (N/C) GV-ECONOMIA/ a FASE 6 ANGLO VESTIBULARES

7 POR T U G U ÊS Leia o texto para responder às questões de números 01 a 04. Bem-aventurados os que não entendem nem querem entender de futebol, pois deles é o reino da tranquilidade. Bem-aventurados os que, por não entenderem de futebol, não correm o risco de ver os jogos, pois não voltam com decepção ou enfarte. Bem-aventurados os que não conseguem comprar televisão a tempo de acompanhar a Copa do Mundo, pois, assistindo pelo aparelho do vizinho, sofrem sem pagar 20 prestações pelo sofrimento. Bem-aventurados os cegos, pois lhes é poupado torturar-se com o espetáculo direto ou televisionado da marcação apertada, que deixa sem ação os campeões, ou do lance imprevisível, que lhes destrói a invencibilidade. Bem-aventurados os que nasceram, viveram e se foram antes de 1863, quando foram codificadas as leis do futebol, pois escaparam dos tormentos da torcida, inclusive dos ataques cardíacos impostos tanto pela derrota como pela vitória do time bem-amado. (Carlos Drummond de Andrade. Sermão da planície (para não ser escutado). Em: Boca de Luar. Adaptado) Questão 1 Considere os seguintes trechos do texto: I. nem querem entender de futebol II. não correm o risco de ver a) Reescreva esses trechos, empregando os verbos indicados a seguir, de acordo com a norma-padrão de regência verbal. I. aspirar, em lugar de querer; II. expor-se, em lugar de correr. b) O verbo aspirar pode ser empregado também com sentido diverso de querer, desejar. Explique de que sentido se trata e redija uma frase que sirva de exemplo. a) I. nem aspiram a entender de futebol... II. não se expõem ao risco de ver... Observação: Em I, o verbo aspirar, por ter o sentido de almejar, é transitivo indireto com a preposição a. Contudo não se pode deixar de dizer que, mesmo na língua padrão, ocorre elipse da preposição a quando o complemento é um verbo. Em II, o verbo expor-se também exige preposição a. Note-se que, ainda nesse segundo trecho, o advérbio de negação não atrai o pronome se, em um típico caso de próclise. b) O verbo aspirar também é usado no sentido de sorver, inspirar, inalar e, nesse caso, é transitivo direto, como se observa a seguir: Aspiramos um ar poluído. Questão 2 Considere a seguinte passagem: Bem-aventurados os que, por não entenderem de futebol, não correm o risco de ver os jogos, pois não voltam com decepção ou enfarte. a) Reescreva os trechos a seguir, substituindo as expressões destacadas por pronomes. I. não correm o risco II. o risco de ver os jogos b) Esclareça o sentido que o trecho por não entenderem de futebol introduz no contexto e reescreva-o de uma maneira diferente, mas expressando esse mesmo sentido. GV-ECONOMIA/ a FASE 7 ANGLO VESTIBULARES

8 a) I.... não o correm... II.... o risco de vê-los... //... o risco de os ver... Observação: Em ambos os casos, as expressões destacadas, de gênero masculino, têm função de objeto direto e, por isso, devem ser substituídas por o(s). Em I, o advérbio de negação não atrai o pronome oblíquo, estabelecendo próclise. Em II, o monossílabo tônico terminado em e vê é acentuado. b) O trecho por não entenderem de futebol é uma oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. No contexto, essa oração manifesta que não compreender futebol é a causa de haver alguns bem- -aventurados que não estão expostos ao perigo de assistir aos jogos e enfartarem ou se decepcionarem. Uma forma de reescrever o trecho de maneira diferente seria: porque não compreendem futebol Observação: Outros conectores poderiam ser usados no lugar de porque, tais como visto que ou uma vez que. Questão 3 a) Observe que, no 4 o parágrafo do texto, o pronome lhes é empregado em dois contextos. O sentido desse pronome é o mesmo nos dois? Explique. b) Considere o emprego do termo os, destacado nas frases seguintes, e explique a classe gramatical a que pertence, em cada uma delas. I. Bem-aventurados os cegos (4 o parágrafo); II. Bem-aventurados os que nasceram (5 o parágrafo). a) O sentido do pronome lhes não é o mesmo nas duas ocorrências: em pois lhes é poupado, significa a eles ; em lhes destrói a invencibilidade, manifesta ideia de posse e significa deles ou sua. b) Em Bem-aventurados os cegos, a palavra os pertence à classe dos artigos. Isso pode ser percebido por sua capacidade de substantivar o termo cegos, que funciona comumente como adjetivo. Em Bem-aventurados os que nasceram, a palavra os é um pronome demonstrativo. Isso pode ser notado pela possibilidade de substituí-la pelo pronome demonstrativo aqueles. Questão 4 Observe as passagens. I. Bem-aventurados os que nasceram, viveram e se foram antes de 1863, quando foram codificadas as leis do futebol II. Bem-aventurados os cegos, pois (porque / por que) lhes é poupado torturar-se III. marcação apertada (cerrada / serrada) que deixa sem ação (paraliza / paralisa) IV. ataques cardíacos impostos (infligidos / infringidos) a) Reescreva o seguinte trecho da passagem I quando foram codificadas as leis do futebol adotando outra construção de voz passiva para expressar essa mesma ideia. b) Transcreva, respectivamente, os termos dos parênteses que substituem, com correção, as expressões destacadas nos trechos das passagens II, III e IV. a) I. quando se codificaram as leis do futebol Observação: O trecho proposto no enunciado está na voz passiva analítica; adotar outra construção de voz passiva implica transpô-lo para a voz passiva sintética. b) II. Bem-aventurados os cegos, porque lhes é poupado torturar-se III. marcação cerrada que paralisa IV. ataques cardíacos infligidos GV-ECONOMIA/ a FASE 8 ANGLO VESTIBULARES

9 Observe os quadrinhos para responder às questões de números 05 a 07. JÁ TOMOU SEU BANHO? JÁ TAVA LIMPA E COLOCOU A MESMA ROUPA? FAZ UMA SEMANA QUE VOCÊ NÃO TROCA DE ROUPA POIS É, E CONTINUA LIMPA CUSTA VOCÊ VESTIR UMA COISA DIFERENTE? TÁ BOM (Destak, ) Questão 5 Observe a frase: Faz uma semana que você não troca de roupa. Substitua a expressão destacada por meses e depois redija duas versões dessa frase, empregando: a) o verbo haver flexionado no pretérito imperfeito do indicativo em lugar de fazer; b) a locução dever fazer em lugar de fazer. Em seguida, explique a concordância dessa locução verbal. a) Havia meses que você não trocava de roupa. Observação: O verbo haver é impessoal (o termo meses é o seu objeto direto), por isso deve ficar na 3 a pessoa do singular. A mudança de flexão desse verbo para o imperfeito do indicativo deve ser acompanhada de mudança da flexão do verbo trocar, para que se mantenha assim uma correlação de tempos verbais coerente. b) Deve fazer meses que você não troca de roupa. Locuções verbais cujo verbo principal é impessoal ficam na 3 a pessoa do singular, uma vez que não possuem sujeito com o qual concordem. Tanto na frase original quanto na sua reescrita, o termo meses é objeto direto. Questão 6 a) Reescreva as falas do segundo quadrinho em discurso indireto e de acordo com a norma-padrão da língua escrita, chamando as personagens de a mulher e o marido. b) Interprete a frase Pois é, e continua limpa. no contexto do terceiro quadrinho, esclarecendo o sentido que tem, nela, a conjunção e. a) A mulher perguntou ao marido se ele colocara (ou havia/tinha colocado ) a mesma roupa. Ele respondeu que a roupa estava limpa. Note-se que, com essa resposta, o marido indiretamente afirma que de fato colocara a mesma roupa. b) O segmento pois é expressa concordância com a afirmação da mulher de que ele não trocava de roupa fazia uma semana. No trecho e continua limpa, a conjunção e tem valor adversativo, estabelecendo uma oposição à reprimenda subentendida na frase da mulher: se fazia uma semana que ele não trocava de roupa, ela não poderia estar limpa. GV-ECONOMIA/ a FASE 9 ANGLO VESTIBULARES

10 Questão 7 Para responder a esta questão, considere as frases em que, como nos quadrinhos, também se emprega o verbo custar: I. Custa-lhe vestir roupas diferentes? II. Essas roupas custam caro. Observe como o verbo foi empregado nessas frases e explique: a) o sentido dele em cada uma das frases; b) por que a flexão (concordância) desse verbo é diferente nelas. a) Na frase I, o verbo custar tem o sentido de ser custoso ou ser difícil. Na frase II, custar significa ter determinado preço ou valor. b) No primeiro emprego, o verbo custar foi empregado com sujeito oracional ( vestir roupas diferentes oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo), portanto deve ser flexionado na 3 a pessoa do singular. No segundo emprego, o sujeito é o demonstrativo essas, portanto o verbo, ao concordar com ele, deve ir para a 3 a pessoa do plural. Questão 8 Leia o texto. Glória Pires retorna ao Brasil após três anos na França na pele de uma personagem vingativa na novela Insensato Coração, fazendo lembrar seus melhores momentos na tv como vilã. (Revista Bem-Estar, Diário da Região, ) Observe que o texto apresenta uma ambiguidade. a) Explique em que consiste essa ambiguidade, esclarecendo os dois sentidos que esse texto sugere. b) Aponte dois recursos linguísticos necessários para que a ambiguidade seja desfeita. Reescreva o texto, empregando esses recursos. a) A ambiguidade consiste no fato de o trecho na pele de uma personagem vingativa na novela Insensato Coração poder se referir tanto ao verbo retornar dando a ideia de que ela assumiu essa personagem na sua volta ao Brasil quanto ao adjunto adverbial após três anos na França dando a ideia de que ela esteve nesse papel durante a sua estada na França. b) O sentido desejado será obtido pela desvinculação do trecho na pele de uma personagem vingativa na novela Insensato Coração do adjunto adverbial após três anos na França. Para isso, um recurso é a colocação de vírgulas isolando esse adjunto; outro, a mudança da sua colocação na frase: I. Glória Pires retorna ao Brasil, após três anos na França, na pele de uma personagem vingativa na novela Insensato Coração Observação: No lugar das vírgulas para isolar o adjunto adverbial, poderiam ser empregados travessões, o que seria melhor para se desvincular o adjunto do termo que o segue. II. Após três anos na França, Glória Pires retorna ao Brasil na pele de uma personagem vingativa na novela Insensato Coração GV-ECONOMIA/ a FASE 10 ANGLO VESTIBULARES

11 R E DAÇ Ã O Leia atentamente os três textos a seguir, tematicamente vinculados pela ideia da criatividade humana, seus usos e efeitos. Texto 1 A Guerra Fria, essa mesma tensão gerada pela queda de braço entre capitalistas e comunistas, também impulsionaria a ciência e a tecnologia de um modo jamais visto durante toda a história humana. Testemunhas da importância do conhecimento científico na Segunda Guerra, Estados Unidos e União Soviética sabiam que não poderiam prescindir desse poder que auxiliou a máquina de guerra nazista e que foi fundamental na criação da bomba atômica. Entretanto, não só a indústria bélica foi beneficiada. O computador que você tem agora à sua frente; a Internet, rede em que esta reportagem foi publicada; o seu relógio digital e até a viagem do homem à Lua são, de certa forma, frutos dessa Guerra. Tecnologias das mais variadas áreas foram influenciadas por ela. São tantas as invenções vindas da Guerra Fria que seriam necessárias várias páginas só para falar dos produtos da corrida espacial. Tampouco Churchill imaginava que a Cortina de Ferro, que assombrou o mundo e quase acabou com o planeta, seria a motivadora de grande parte do avanço científico e tecnológico do século XX. E que a mesma ciência que continuaria desenvolvendo armas terríveis também beneficiaria a humanidade com muitos de seus subprodutos. (A corrida tecnológica como a Guerra Fria impulsionou a ciência. Disponível em: Acesso em: Adaptado) Texto 2 A criatividade de uma nação está ligada à capacidade de pensar e teorizar, o que requer uma boa educação e, daí, partir para o inventar e, depois, ir até as últimas consequências no fazer. (Cláudio de Moura Castro) Texto 3 Uma planta delicada Nunca, como hoje, tivemos tanta necessidade de criatividade: para aliviar a fome de bilhões de seres humanos, para permitir que o progresso científico e tecnológico prossiga na sua bela corrida libertadora, para aumentar a riqueza e distribuí-la com equidade, para construir um novo modelo de vida, capaz de dar sentido à fartura dos afortunados e sorte aos marginalizados da terra, para estender a paz e a alegria, para depurar o sistema ecológico da poluição e o sistema social das tentações autodestrutivas, para saborear até o fundo a alegria perene da beleza. A criatividade é uma planta delicada, a ser assistida com fantasia e concretude, com diligência ansiosa e competência científica. Uma planta que não pode ser confiada apenas aos gênios, muito raros para satisfazer necessidades de novidades cada vez mais sofisticadas e difusas. O oitavo dia da criação já está nas mãos dos poucos criativos isolados e de muitos grupos criativos, cuja fecundidade depende, por sua vez, de uma combinação feliz de fatores. Como já sabemos, a criatividade de uma equipe decorre da combinação certa de personalidades imaginativas e de personalidades concretas, assim como da feliz coincidência de trabalho, estudo e lazer. (Domenico De Masi, Criatividade e grupos criativos. Rio de Janeiro: Sextante, 2003, pp ) Tomando esses textos como ponto de partida para suas próprias reflexões e com base em conhecimentos e informações que você possua sobre o assunto neles veiculado, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo focado na seguinte frase do escritor Albert Camus: Criar é dar forma ao próprio destino Procure seguir as seguintes instruções: 1. Não copie nem parafraseie os textos. 2. Redija sua dissertação segundo o padrão culto do português escrito. GV-ECONOMIA/ a FASE 11 ANGLO VESTIBULARES

12 Análise da proposta A prova de redação seguiu o mesmo modelo de anos anteriores: propôs a elaboração de um texto dissertativo em prosa, sobre um tema explícito. Foi oferecida aos candidatos uma coletânea com excertos como subsídio para a discussão sobre uma frase do escritor franco-argelino Albert Camus: Criar é dar forma ao próprio destino. Essa concepção do ato criativo remete a um estágio anterior ao da própria criação: o sonho, o desejo, a intenção de produzir algo inovador em determinado contexto social. Segundo o texto 1, o avanço científico alcançado durante a Guerra Fria deveu-se ao fato de as duas potencias rivais, EUA e URSS, considerarem a produção de conhecimento (logo, a criatividade) indispensável para atingir a hegemonia, destino por ambas almejado. Relativizando os aspectos negativos da época, o artigo destaca benefícios advindos dessa corrida tecnológica. O texto 2 acrescenta à discussão uma sequência cronológica, apontando que a criatividade implica um amplo processo. Nessa perspectiva, a capacidade de pensar e teorizar seria um primeiro estágio, a partir do qual se daria a invenção, para enfim chegar-se a sua aplicação prática ( ir até as últimas consequências do fazer ). Como no texto anterior, aqui se reafirma que pelo ato criativo o destino pretendido passa a ganhar forma. No texto 3, o escritor Domenico De Masi associa a criatividade à solução de uma série de problemas atuais (fome, má distribuição de renda, poluição) e à busca por mais conforto (continuidade do progresso científico e tecnológico, aumento da riqueza e de sua distribuição, capacidade para contemplar prazerosamente a beleza). Corrigindo falhas ou aprimorando acertos, também se sugere aqui a criatividade como recurso para se determinar que forma o futuro assumirá. A análise cuidadosa desses três textos permite inferir que o debate em questão deve ser entendido numa dimensão coletiva, social, não restrita ao indivíduo. Esse encaminhamento proposto pela Banca, aliás, é bastante coerente com a finalidade de selecionar bons candidatos para um curso de Economia. GV-ECONOMIA/ a FASE 12 ANGLO VESTIBULARES

13 CO MENT ÁRI O S Matemática Sob vários aspectos, a qualidade da prova ficou comprometida. Português Esta prova de Língua Portuguesa da GV resolveu fazer um tour pelo passado: as questões foram todas essencialmente gramaticais e normativas, usando como suporte apenas três pequenos textos uma crônica de Drummond, adaptada; uma tirinha extraída do Facebook; uma frase da revista Bem-Estar. Foi fácil. Os casos propostos para as 8 questões escritas (divididas em parte a e parte b) versaram sobretudo sobre itens em que há descompasso entre a norma da língua padrão e a de outras variantes. Em vez de análise e elaboração de respostas discursivas de fato, em geral foi solicitada mera reescritura de frases para adequá-las à língua padrão ou para fazer certa transformação de caráter gramatical. A exceção a essa regra é a questão 8, mais interpretativa e mais criativa na proposta de reescritura. O que se discute é se uma prova com esse perfil é competente para avaliar as competências de compreender e produzir textos, as duas aptidões mais necessárias para o exercício de qualquer profissão, inclusive a do economista. GV-ECONOMIA/ a FASE 13 ANGLO VESTIBULARES