CAMADAS DE DESGASTE PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAMADAS DE DESGASTE PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO"

Transcrição

1 DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES Núcleo de Infra-Estruturas Rodoviárias e Aeroportuárias Proc. 0702/16/15698 CAMADAS DE DESGASTE PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO Avaliação do Ruído em Pavimentos em Serviço Estradas de Portugal Lisboa Dezembro de 2011 I & D TRANSPORTES RELATÓRIO 376/2011 NIRA

2

3 CAMADAS DE DESGASTE PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO Avaliação do Ruído em Pavimentos em Serviço ROAD PAVEMENT SURFACES FOR TRAFIC NOISE REDUCTION Evaluation of Trafic Noise on In-service Pavements SURFACES POUR LA REDUTION DU BRUIT DE ROULLEMENT Evaluation du Bruit de Roulement de Chaussées en Service LNEC - Proc. 0702/16/15698 I

4

5 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO Objectivos Programa de trabalhos SECÇÕES DE PAVIMENTO ENSAIADAS Critérios de selecção Identificação das secções de pavimento ensaiadas Caracterização superficial das secções de pavimento AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO Métodos de avaliação do ruído de tráfego em pavimentos Métodos usados no estudo Avaliação do ruído pelo método Statistical Pass By (SPB) Metodologia Veículos ligeiros Veículos pesados Avaliação do ruído pelo método Controlled Pass By (CPB) Avaliação do ruído pelo método Close Proximity (CPX) DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Apreciação geral dos resultados Influência do tipo de camada de desgaste no ruído produzido pelos veículos CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...30 LNEC - Proc. 0702/16/15698 III

6 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 Tipos de camada de desgaste ensaiados e respectivos acrónimos...4 Quadro 2 Identificação das secções ensaiadas...4 Quadro 3 Características superficiais das secções ensaiadas...6 Quadro 4 Velocidades de referência (V ref ) e factores de ponderação (W x ) [5]...9 Quadro 5 Ensaios efectuados nos trechos de estudo...11 Quadro 6 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos aos veículos ligeiros nas secções observadas...13 Quadro 7 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos aos veículos ligeiros nas secções observadas pelo método CPB...18 Quadro 8 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 30 km/h, 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos ao veículo híbrido nas secções observadas (CPB)...19 Quadro 9 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados às velocidades de 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h nas secções observadas pelo método CPX...23 IV LNEC - Proc. 0702/16/15698

7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Perfilómetros laser utilizados na caracterização superficial dos pavimentos...5 Figura 2 Medição da profundidade de textura pelo método da mancha...5 Figura 3 Posição dos microfones para medição do ruído utilizando o método CPX...7 Figura 4 Configuração do ensaio pelo método estatístico de passagem...8 Figura 5 Regressão entre níveis de ruído e velocidades de circulação de veículos ligeiros na EN 370, sentido Arraiolos-Avis...14 Figura 6 Parâmetro "declive da recta de regressão" relativo aos veículos ligeiros...14 Figura 7 Nível de ruído máximo (LA max ) para a velocidade de 50 km/h dos veículos ligeiros...15 Figura 8 Nível de ruído máximo (LA max ) para a velocidade de 80 km/h dos veículos ligeiros...15 Figura 9 Nível de ruído máximo (LA max ) para a velocidade de 110 km/h dos veículos ligeiros...16 Figura 10 Regressão entre níveis de ruído e velocidades de circulação de veículos pesados da categoria L2a no IP7 Eixo Norte-Sul, via direita...17 Figura 11 Nível de ruído máximo (LA max ) dos veículos ligeiros pelo método CPB...19 Figura 12 Nível de ruído máximo (LA max ) do veículo híbrido (CPB)...20 Figura 13 Diferença de nível de ruído máximo entre os veículos ligeiros e o veículo híbrido (CPB)...20 Figura 14 Sistema de aquisição usado no ensaio CPX...21 Figura 15 Resultados obtidos no ensaio CPX...22 LNEC - Proc. 0702/16/15698 V

8

9 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objectivos Na sociedade actual o ruído é um dos principais tipos de poluição ambiental que afecta as populações, sendo o ruído provocado pelo tráfego rodoviário uma das fontes de ruído dominantes. O ruído de tráfego, tradicionalmente associado ao funcionamento dos motores dos veículos, tem vindo a ser reduzido nos últimos anos. Em contrapartida, tem sido dada uma importância cada vez maior ao ruído de rolamento, ou seja, o ruído resultante da interacção entre o pneu e a superfície do pavimento rodoviário. Tendo em vista dispor de mecanismos para controlar o ruído de tráfego e responder à Directiva Europeia 202/49/EC, têm vindo a ser desenvolvidos diversos projectos de investigação, quer de âmbito nacional, quer de âmbito Europeu, que têm como objectivos a promoção da utilização de camadas de desgaste de pavimentos que contribuam para a redução do ruído de tráfego. Nesse contexto, foi estabelecido um Protocolo de Cooperação entre a Estradas de Portugal (EP, S.A.) e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), com vista ao estudo de técnicas a aplicar em camadas de desgaste dos pavimentos rodoviários, que proporcionem uma diminuição do ruído produzido pela passagem dos veículos. No âmbito deste Protocolo prevê-se a execução de um conjunto de trechos experimentais nos quais sejam aplicados diferentes tipos de camadas de desgaste, considerados mais promissores do ponto de vista da redução do ruído produzido pela passagem do tráfego, e a caracterização do desempenho das soluções ensaiadas. Para além da caracterização do ruído produzido pelo tráfego quando circula sobre as camadas de desgaste aplicadas nos trechos experimentais, considera-se importante quantificar o ruído produzido em diferentes tipos de camadas de desgaste correntemente aplicados em Portugal, quando em serviço. 1.2 Programa de trabalhos O programa de trabalhos acordado entre o LNEC e a EP prevê o desenvolvimento do estudo em 3 fases, conforme se transcreve em seguida: Fase 1 Nesta primeira fase realiza-se uma avaliação do ruído induzido pela passagem do tráfego em diferentes locais da rede Nacional, considerados representativos dos diversos tipos de camadas de desgaste aplicados em Portugal, e seleccionados em colaboração com os técnicos da EP. Os trabalhos a realizar pelo LNEC na fase 1 incluem a caracterização superficial de cada secção, a medição do ruído produzido pela passagem do tráfego nesses locais, em função do tipo de veículos e das velocidades praticadas. Os resultados obtidos são objecto de um relatório. LNEC - Proc. 0702/16/15698

10 Fase 2 Esta segunda fase compreende a realização de um conjunto de trechos experimentais inseridos num troço de estrada a seleccionar pela EP, nos quais sejam aplicados diferentes tipos de camadas de desgaste, considerados mais promissores do ponto de vista da redução do ruído produzido pela passagem do tráfego. A selecção dos tipos de camadas de desgaste a aplicar será fundamentada numa pesquisa bibliográfica, tendo em atenção as condições específicas do nosso país e os resultados obtidos na fase 1. A par das técnicas consideradas promissoras, será executado um trecho de referência, no qual se utilizam os materiais correntemente utilizados em camadas de desgaste de pavimentos flexíveis. No total, prevê-se a execução de um mínimo de 4 trechos experimentais. O LNEC acompanhará a execução dos trechos experimentais, realizará ensaios para a avaliação do comportamento estrutural e para a caracterização das camadas de desgaste executadas, e efectuará a medição do ruído produzido pela passagem do tráfego nesses locais, bem como a caracterização do tráfego que aí circula, e respectivas velocidades praticadas. No final desta segunda fase será executado um relatório com os resultados obtidos. Fase 3 Esta fase compreende a observação do comportamento a longo prazo das soluções testadas, tendo em especial atenção avaliar a manutenção das suas propriedades de absorção do ruído ao longo do tempo. O planeamento detalhado desta terceira fase será realizado após a conclusão das fases anteriores. Neste Relatório apresentam-se e discutem-se os resultados obtidos na fase 1, com vista à caracterização do ruído em camadas de desgaste de pavimentos em serviço. Os trabalhos a que se refere o presente Relatório foram executados em parceria com a Universidade do Minho (UM) e com o Centro de Análise e Processamento de Sinais do Instituto Superior Técnico (CAPS/IST). 2 LNEC - Proc. 0702/16/15698

11 2 SECÇÕES DE PAVIMENTO ENSAIADAS 2.1 Critérios de selecção Conforme referido anteriormente, pretendia-se, na primeira fase do estudo, efectuar a avaliação do ruído induzido pela passagem do tráfego em diferentes locais da Rede Rodoviária Nacional, considerados representativos dos diversos tipos de camadas de desgaste aplicados em Portugal. Para a selecção das secções de pavimento a ensaiar, foram tidos em consideração diversos aspectos que, de acordo com a experiência relatada na bibliografia, influenciam o ruído produzido pela passagem do tráfego, designadamente: O tipo de material aplicado camada de desgaste; A idade da camada de desgaste; O volume de tráfego após entrada em serviço. Tendo em atenção que a percentagem de pavimentos com camada de desgaste em betão no nosso país é diminuta e que, nos poucos troços que existem com este tipo de camada de desgaste não foram utilizados acabamentos que permitam reduzir o ruído, optou-se por estudar apenas secções com camadas de desgaste em materiais betuminosos. No universo das misturas betuminosas habitualmente aplicadas em camadas de desgaste em Portugal procurou-se avaliar diversos aspectos passíveis de influenciar o comportamento das camadas, do ponto de vista acústico, tais como: A porosidade das misturas betuminosas; A macro-textura superficial; A dimensão máxima dos agregados da camada de desgaste; A utilização de betumes modificados com borracha em diversas percentagens. Finalmente, refere-se que o conjunto de secções de pavimento seleccionadas para ensaio inclui secções com camada de desgaste em betão betuminoso convencional e que a selecção das secções foi ainda condicionada por aspectos operacionais, tais como a possibilidade de condicionar temporariamente a circulação do tráfego para a realização de alguns ensaios. 2.2 Identificação das secções de pavimento ensaiadas No decurso deste estudo realizaram-se ensaios em 20 secções de pavimento, correspondendo a 9 tipos distintos de camadas de desgaste. O Quadro 1 apresenta os tipos de camada de desgaste e os acrónimos pelos quais serão doravante designados, e o Quadro 2 apresenta a identificação das secções ensaiadas. De entre os troços de estrada seleccionados, 4 foram ensaiados nos dois sentidos. LNEC - Proc. 0702/16/

12 Quadro 1 Tipos de camada de desgaste ensaiados e respectivos acrónimos Tipo de camada de desgaste Betão betuminoso Betão betuminoso drenante Betão betuminoso rugoso Microaglomerado a frio duplo Microbetão betuminoso rugoso Mistura betuminosa aberta com betume modificado com borracha alta percentagem de borracha Mistura betuminosa aberta com betume modificado com borracha - média percentagem de borracha Mistura betuminosa rugosa com betume modificado com borracha alta percentagem de borracha Mistura betuminosa rugosa com betume modificado com borracha por via seca Acrónimo BB BBd BBr maf mbbr MBA BBA MBA BBM MBR BBA MBR BBS Quadro 2 Identificação das secções ensaiadas Estrada Local (km) Camada de desgaste Tipo Espessura (mm) Dim. max. do agregado (mm) Data de aplicação Variante EN 205 / EN 210 Arco do Baulhe BB IC 1 - Ourique / Santana da Serra BB A 11 - Braga / Vila Seca BBd IP 7 - Eixo N/S, Lisboa (via central) IP 7 - Eixo N/S, Lisboa (via direita) Saída Alto do Lumiar Norte BBd 40 12, A 7 - Fafe / Basto BBr EN 105 (St Tirso) maf Tráfego IC 2 (prox. Avelãs de Caminho) (*) maf IP 8 - Grândola / Sines maf IC 33 - Grândola / Sines mbbr EN 201 (*) Recta da Laje MBA BBA EN 14 - Trofa / Braga MBA BBA EN Rendufe / Terras de Bouro (*) MBA BBM IC 12 (Canas de Senhorim) MBA BBM IC 1 - Ourique / Santana da Serra MBR BBA (1) EN Avis / Arraiolos (*) MBR BBS (*) Secções ensaiadas nos dois sentidos (1) Salienta-se que a mistura aparentava possuir agregados com dimensão máxima superior aos da secção adjacente em betão betuminoso (TMD) 4 LNEC - Proc. 0702/16/15698

13 2.3 Caracterização superficial das secções de pavimento As secções ensaiadas foram sujeitas a ensaios de caracterização superficial, em particular no que se refere à caracterização do perfil da superfície. Foram realizados ensaios com os perfilómetros laser do LNEC e da UM (Figura 1), bem como ensaios para determinação da profundidade média de textura pelo método da mancha (Figura 2), tendo sido determinados os seguintes parâmetros: Índice de Irregularidade Internacional (International Roughness Index, IRI) [1]; Profundidade média do perfil (MPD) [2]; e Profundidade de textura pelo método volumétrico da mancha (MTD) [3]. No Quadro 3 apresentam-se os resultados dos ensaios. Os valores obtidos com o perfilómetro laser (IRI e MPD) correspondem à média dos valores obtidos num intervalo de 100 m na vizinhança do ponto de medição do ruído, isto é, entre 50 m e + 50 m em relação ao ponto de medição do ruído. No caso da profundidade de textura pelo método da mancha foram realizadas 10 determinações em cada local. Figura 1 Perfilómetros laser utilizados na caracterização superficial dos pavimentos Figura 2 Medição da profundidade de textura pelo método da mancha LNEC - Proc. 0702/16/

14 Quadro 3 Características superficiais das secções ensaiadas Características superficiais Estrada Camada de desgaste IRI (m/km) Rodeira esquerda Rodeira direita MPD (mm) Rodeira direita ETD (mm) Rodeira direita MTD (mm) Rodeira direita Variante EN 205 / EN 210 BB 1,57 1,66 0,766 0,813 IC 1 Ourique / Santana da Serra (km ) BB 2,32 2,07 0,554 0,643 1,200 A 11 Braga / Vila Seca BBd 0,85 0,96 1,507 1,406 IP 7 Eixo N/S, Lisboa BBd 1,89 1,63 1,492 1,394 A 7 Fafe / Basto BBr 0,89 0,79 1,281 1,225 EN 105 (St Tirso) maf 1,88 1,85 0,775 0,820 IC 2 Sentido Norte / Sul maf 1,29 1,33 0,433 0,546 IC 2 Sentido Sul / Norte maf 1,79 2,03 0,519 0,615 IP 8 Grândola / Sines maf 3,00 1,86 0,950 0,960 1,180 IC 33 Grândola / Sines mbbr 1,95 1,96 0,762 0,810 1,170 EN 201 Ponte de Lima / Braga MBA BBA 1,16 1,11 1,047 1,037 EN 14 Trofa / Braga MBA BBA 1,15 1,28 0,935 0,948 EN Sentido Terras de Bouro / Rendufe MBA BBM 1,61 1,73 0,845 0,876 IC 12 (Canas de Senhorim) MBA BBM 3,08 2,32 0,660 0,728 0,940 IC 1 Ourique / Santana da Serra (km ) MBR BBA 1,42 1,26 0,503 0,602 1,150 EN 370 Sentido Avis / Arraiolos MBR BBS 1,69 2,07 0,639 0,711 0,790 EN 370 Sentido Arraiolos / Avis MBR BBS 1,91 1,90 0,641 0,713 0,810 Os resultados apresentados no Quadro 3 indicam que as secções em estudo possuem, em regra, uma boa regularidade longitudinal, traduzida por valores de IRI geralmente inferiores a 2,5 m/km. Exceptuam-se as secções do IP8 Grândola Sines e do IC 12 Canas de Senhorim, onde foram registados valores da ordem de 3 m/km na rodeira esquerda. Em termos de macro-textura, pode-se dizer que as secções escolhidas para ensaio abrangem uma gama relativamente alargada, com valores de profundidade média do perfil (MPD) entre 0,4 e 1,0 mm, excluindo as misturas drenantes, para as quais se obtém valores da ordem de 1,5 mm. 6 LNEC - Proc. 0702/16/15698

15 3 AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO 3.1 Métodos de avaliação do ruído de tráfego em pavimentos A avaliação do ruído de tráfego pode ser feita sob duas vertentes, a ambiental e a do pneu/pavimento. Na vertente ambiental, actualmente o Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro, estabelece e articula o novo Regulamento Geral do Ruído com outras normas e/ou regimes jurídicos. Os parâmetros de ruído usados para a avaliação do ruído ambiental são o Lden, que agrega o ruído nos períodos diurno-entardecer-nocturno, e o Ln, que é o nível sonoro médio de longa duração no período nocturno (das 23 às 7 horas), cujos limites máximos foram estabelecidos em função da classificação da zona onde se está a efectuar a medição. Na outra vertente, existem vários métodos que têm vindo a ser utilizados para a comparação do desempenho acústico de superfícies de estradas. De entre os métodos mais utilizados destacam-se os seguintes: Método da proximidade imediata (Close ProXimity method, CPX) [4]; Método estatístico de passagem (Statistical Pass-By method, SPB) [5]; e Método da passagem controlada (Controlled Pass-By method, CPB). A medição do ruído pelo método CPX pode ser realizada de duas formas, utilizando um atrelado normalizado (puxado por um veículo comum) onde são colocados pneus de ensaio e pelo menos dois microfones, colocados junto do pneu (i) ou, alternativamente, colocados junto a uma roda do próprio veículo (ii). O esquema de montagem dos microfones deve estar de acordo com o definido na norma ISO CD [4] (Figura 3). Figura 3 Posição dos microfones para medição do ruído utilizando o método CPX LNEC - Proc. 0702/16/

16 O método SPB baseia-se na medição dos níveis máximos de pressão sonora ponderada A (isto é, ponderada por meio do filtro "A"), pela passagem de um número considerável de veículos de diversas categorias, com significado estatístico, num trecho específico da estrada para as velocidades de circulação recomendadas [5]. O microfone deverá estar localizado a 1,2 m ± 0,1 m acima do plano da faixa de rodagem e a 7,5 m da linha central da via de tráfego. Assim, a cada passagem individual de um veículo, o nível sonoro (máximo) e a velocidade do veículo são registados. A configuração do ensaio encontra-se apresentada na Figura 4. Cada veículo a avaliar é classificado numa das três categorias de veículos: "veículos ligeiros", "veículos pesados de eixo duplo e "veículos pesados de eixo múltiplo". Não são usadas para esta avaliação outras categorias de veículos. Nesta norma são definidas três categorias de estrada, de acordo com a escala de velocidades a que o tráfego circula, a qual está geralmente associada a determinadas áreas (urbana, suburbana, rural, etc.): Categoria de estrada de velocidade "baixa": condições associadas a tráfego que circula a uma velocidade média de 45 km/h a 64 km/h velocidade de referência 50 km/h (estas condições estão geralmente associadas ao tráfego urbano); Categoria de estrada de velocidade média : condições associadas a tráfego que circula a uma velocidade média de 65 a 99 km/h velocidade de referência 80 km/h (estas condições verificam-se sobretudo em áreas suburbanas ou em estradas rurais); Categoria de estrada de velocidade elevada : condições associadas a tráfego que circula a uma velocidade média de 100 km/h ou mais velocidade de referência 110 km/h. Os veículos pesados podem circular uma velocidade média mais baixa, devido às limitações da velocidade (estas condições estão geralmente associadas a tráfego de auto-estradas em áreas rurais ou suburbanas). Figura 4 Configuração do ensaio pelo método estatístico de passagem 8 LNEC - Proc. 0702/16/15698

17 Para assegurar que não ocorrem erros aleatórios em número inaceitavelmente elevado, recomenda- -se a monitorização do seguinte número mínimo de veículos, dentro de cada categoria: Categoria 1 (veículos ligeiros): min 100 Categoria 2a (veículos pesados de eixo duplo): min 30 Categoria 2b (veículos pesados do eixo múltiplo): min 30 Categorias 2a e 2b em conjunto (veículos pesados): min 80 Isto significa que, por exemplo, se houver 30 veículos na categoria 2a, são necessários 50 veículos dentro da categoria 2b tal que as categorias 2a e 2b contenham em conjunto, pelo menos, 80 veículos. A estipulação de números mínimos deve-se a exigências de precisão, por oposição ao tempo necessário para monitorizar o número desejado de veículos no tráfego real. Os níveis de ruído dos veículos ligeiros, dos veículos pesados de eixo duplo e dos veículos pesados de eixo múltiplo são adicionados, assumindo determinadas proporções destas categorias de veículos, para fornecer um único "índice" que constitua o resultado final. Este índice é designado por Índice Estatístico de Passagem (SPBI) e pode ser usado na comparação da camada superficial de pavimentos rodoviários, de modo a que a sua influência no nível de ruído de um fluxo de tráfego misto possa ser determinada. O valor de SPBI é calculado pela expressão: em que: 10 L 10 L2a 10 L2b 10 [ W 10 ( ) ( ) ] 1 + W V V 10 + W V V 10 SPBI = 10 log (1) 1 2a 1 2a 2b 1 2b SPBI L 1, L 2a e L 2b é o índice estatístico de passagem, para uma mistura padrão de veículos ligeiros e pesados (db); são os níveis de ruído do veículo (L veh ) para as categorias 1, 2a e 2b (db), respectivamente; W 1, W 2a e W 2b são factores de ponderação, equivalentes às proporções assumidas de categorias de veículos no tráfego, de acordo com o Quadro 4; e V 1, V 2a e V 2b são as velocidades de referência de categorias individuais de veículos (km/h), de acordo com o Quadro 4. Quadro 4 Velocidades de referência (Vref) e factores de ponderação (Wx) [5] Nível de velocidade do veículo Categoria do veículo Baixa Média Alta Vref (Km/h) Wx Vref (Km/h) Wx Vref (Km/h) Wx (1) Ligeiro 50 0, , ,700 (2a) Pesado de 2 eixos 50 0, , ,075 (2b) Pesado multi-eixos 50 0, , ,225 LNEC - Proc. 0702/16/

18 O nível sonoro de cada categoria de veículo (L veh ) calcula-se a partir da recta de regressão do nível sonoro máximo (L max ) versus o logaritmo decimal da velocidade, para a velocidade de referência (V ref ). O método da passagem controlada, CPB, é semelhante ao método SPB. Neste método, os veículos de ensaio são seleccionados e as restantes condições, como a velocidade, o tipo de pneu, a mudança engrenada no veículo e o número de passagens, são controladas. O ensaio do tipo SPB é considerado o mais adequado para a quantificação do ruído total na berma da estrada ou imediações, uma vez que contabiliza todos os tipos de fontes de ruído rodoviário, e os efeitos de absorção no solo entre a fonte sonora e o receptor, em vez de caracterizar apenas os componentes pneu/pavimento, como é o caso do ensaio do tipo CPX. Para além do SPBI, não foram desenvolvidos outros índices especificamente para a avaliação do ruído de contacto pneu-pavimento. No entanto, o nível sonoro máximo tem sido usado como parâmetro associado ao ruído de contacto pneu/pavimento. Contudo, a medição do ruído produzido pelo tráfego ao circular sobre uma determinada superfície não é a única forma de caracterizar a superfície do ponto de vista acústico. Existe um conjunto de métodos de avaliação complementares que permitem determinar as características acústicas da superfície relevantes, nomeadamente, textura, absorção sonora e impedância mecânica. A determinação da textura é relevante para todos os tipos de superfícies, nomeadamente nas gamas da macrotextura e da megatextura. A absorção sonora é relevante apenas em superfícies com porosidade elevada e a impedância mecânica em superfícies de rigidez reduzida, como por exemplo as que incorporam borracha. 3.2 Métodos usados no estudo Os três métodos anteriormente apresentados foram utilizados no presente estudo de acordo com o Quadro 5. O método SPB foi aplicado em todos os trechos, sendo aplicado nos dois sentidos sempre que possível. Complementarmente, embora não estivesse previsto no plano de trabalhos, aplicou-se o método CPX num número significativo de trechos, tendo em atenção o interesse prático da aplicação deste método, que permite avaliar extensões consideráveis em pouco tempo, e a vantagem de permitir efectuar comparações entre diferentes soluções de pavimentação minimizando a dependência do ambiente. Por sua vez, método CPB foi aplicado em trechos onde a interrupção da circulação normal dos veículos não implicou tempos de espera excessivos para os condutores. 10 LNEC - Proc. 0702/16/15698

19 3.3 Avaliação do ruído pelo método Statistical Pass By (SPB) Metodologia Para a avaliação do ruído pelo método SPB foi utilizada a Norma ISO , Acoustics Method for measuring the influence of road surfaces on traffic noise Part 1: statistical pass-by method [5]. Não foi calculado o índice SPBI, uma vez que o número de veículos pesados passados em cada secção inviabiliza a aplicação da expressão de cálculo desse índice, de acordo com o preconizado naquela norma. Contudo, foram calculados os parâmetros estatísticos que permitem determinar as rectas de regressão L max versus logaritmo decimal da velocidade e foram estimados os níveis de ruído para as velocidades de referência indicadas no Quadro 4. A partir do parâmetro "declive da recta de regressão" é possível estudar o efeito da velocidade no nível de ruído e desta forma identificar os tipos de superfície que proporcionam maiores variações de ruído. A partir da comparação dos níveis de ruído a diferentes velocidades entre os vários tipos de superfície é possível estudar o desempenho de cada tipo de camada superficial através da seriação dos resultados obtidos por velocidade e por tipo de camada. Nas duas secções seguintes são apresentados, separadamente para veículos ligeiros e veículos pesados dos tipos L 2a e L 2b, os parâmetros estatísticos relativos à regressão L max versus logaritmo decimal da velocidade e os níveis de ruído a cada nível de velocidade. No Anexo apresentam-se, em formato digital, todos os resultados obtidos nos ensaios. Quadro 5 Ensaios efectuados nos trechos de estudo Estrada Camada de desgaste SPB CPB CPX Variante EN 205 / EN 210 BB X X X IC 1 - Ourique / Santana da Serra BB X X X A 11 - Braga / Vila Seca BBd X X IP 7 - Eixo N/S, Lisboa BBd X X A 7 - Fafe / Basto BBr X X EN 105 (St Tirso) maf X X IC 2 maf X IP 8 - Grândola / Sines maf X X IC 33 - Grândola / Sines mbbr X X EN 201 MBA BBA X X X EN 14 - Trofa / Braga MBA BBA X X X EN Rendufe / Terras de Bouro MBA BBM X X X IC 12 (Canas de Senhorim) MBA BBM X IC 1 - Ourique / Santana da Serra MBR BBA X X X EN Avis / Arraiolos MBR BBS X X LNEC - Proc. 0702/16/

20 3.3.2 Veículos ligeiros No Quadro 6 apresentam-se os parâmetros estatísticos e os níveis de ruído calculados para as velocidades de referência constantes no Quadro 4 nas secções observadas, excepto na via direita do IP7 (Eixo N/S) por falta de amostragem. Na determinação das regressões lineares entre os níveis de ruído e as velocidades foram excluídos pontos manifestamente espúrios em relação ao aspecto geral das relações. Na Figura 5 apresenta-se, a título de exemplo, uma das regressões (referente à EN 370, sentido Arraiolos Avis). 12 LNEC - Proc. 0702/16/15698

21 Quadro 6 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos aos veículos ligeiros nas secções observadas Estatística BB Var 205 BB IC1 BBd A11 BBd ENS-vc BBr A7 maf EN105 maf IC2 /1 maf IC2 /2 maf IP8 mbbr IC33 MBA BBA EN201 /1 MBA BBA EN201 /2 MBA BBA EN14 MBA BBM EN205-3 /1 MBA BBM EN205-3 /2 MBA BBM IC12 MBR BBA IC1 MBR BBS EN370 /1 MBR BBS EN370 /2 Máximo 85,8 81,8 82,7 80,2 83,7 83,1 79,8 82,4 86,7 80,5 77,5 78,5 79,6 76,5 73,8 90,1 84,0 76,3 78,6 Mínimo 68,1 69,2 71,2 71,2 74,6 71,5 68,3 70,1 70,5 67,0 65,5 65,4 65,2 62,0 65,2 73,3 72,9 62,1 61,7 Média 77,2 75,3 78,0 76,4 79,1 76,4 74,7 75,4 79,0 74,7 72,5 72,4 73,1 69,0 69,5 81,3 77,9 68,7 71,3 Desvio padrão 3,27 2,24 2,07 1,59 1,88 2,11 2,18 2,41 3,00 2,45 2,28 2,63 2,61 2,76 2,04 2,20 2,48 3,10 3,54 Número de veículos Declive 32,4 19,8 18,1 15,0 23,2 29,4 29,6 29,6 32,3 25,0 32,0 24,7 25,8 24,3 19,9 26,4 17,7 27,0 29,5 Ordenada na origem 14,4 36,7 40,8 46,5 32,3 21,9 20,8 22,3 17,1 26,9 15,2 27,9 26,0 25,7 32,8 27,6 43,3 19,1 15,9 R 2 0,82 0,33 0,35 0,26 0,54 0,54 0,59 0,67 0,63 0,57 0,58 0,59 0,48 0,43 0,34 0,60 0,23 0,67 0,78 LAmax50 69,5 70,3 71,6 71,9 71,6 71,9 71,1 72,5 71,9 69,4 69,6 69,8 69,9 67,0 66,7 72,5 73,4 65,0 66,0 LAmax80 76,1 74,4 75,3 75,0 76,3 77,9 77,2 78,6 78,5 74,5 76,1 74,9 75,2 71,9 70,8 77,9 77,0 70,6 72,1 LAmax110 80,6 77,1 77,8 77,1 79,5 81,9 81,3 82,7 83,0 77,9 80,6 78,3 78,7 75,3 73,5 81,5 79,4 74,3 76,1 LNEC - Proc. 0702/16/

22 85 80 LAmax = 29,48*log(vel) + 15,949 R 2 = 0,7826 LAmax [db(a)] ,6 1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 log10(velocidade [km/h]) Figura 5 Regressão entre níveis de ruído e velocidades de circulação de veículos ligeiros na EN 370, sentido Arraiolos-Avis Na Figura 6 apresenta-se o parâmetro "declive das rectas de regressão" e nas Figuras 7, 8 e 9 o nível de ruído máximo para as velocidades de 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h, respectivamente, em cada secção observada BB - var 205 BB - IC1 BBd - A11 BBd - ENS-vc BBr - A7 maf - EN105 maf - IC2 /1 declive [db(a)/log(velocidade)] maf - IC2 /2 maf - IP8 mbbr - IC33 MBA BBA - EN201 /1 MBA BBA - EN201 /2 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 /1 MBA BBM - EN205-3 /2 MBA BBM - IC12 MBR BBA - IC1 MBR BBS - EN370 /1 MBR BBS - EN370 /2 Figura 6 Parâmetro "declive da recta de regressão" relativo aos veículos ligeiros 14 LNEC - Proc. 0702/16/15698

23 LAmax [db(a)] BB - var 205 BB - IC1 BBd - A11 BBd - ENS-vc BBr - A7 maf - EN105 maf - IC2 /1 maf - IC2 /2 maf - IP8 mbbr - IC33 MBA BBA - EN201 /1 MBA BBA - EN201 /2 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 /1 MBA BBM - EN205-3 /2 MBA BBM - IC12 MBR BBA - IC1 MBR BBS - EN370 /1 MBR BBS - EN370 /2 Lamax50 Figura 7 Nível de ruído máximo (LA max) para a velocidade de 50 km/h dos veículos ligeiros LAmax [db(a)] BB - var 205 BB - IC1 BBd - A11 BBd - ENS-vc BBr - A7 maf - EN105 maf - IC2 /1 maf - IC2 /2 maf - IP8 Lamax80 mbbr - IC33 MBA BBA - EN201 /1 MBA BBA - EN201 /2 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 /1 MBA BBM - EN205-3 /2 MBA BBM - IC12 MBR BBA - IC1 MBR BBS - EN370 /1 MBR BBS - EN370 /2 Figura 8 Nível de ruído máximo (LA max) para a velocidade de 80 km/h dos veículos ligeiros LNEC - Proc. 0702/16/

24 LAmax [db(a)] BB - var 205 BB - IC1 BBd - A11 BBd - ENS-vc BBr - A7 maf - EN105 maf - IC2 /1 maf - IC2 /2 maf - IP8 mbbr - IC33 Lamax110 MBA BBA - EN201 /1 MBA BBA - EN201 /2 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 /1 MBA BBM - EN205-3 /2 MBA BBM - IC12 MBR BBA - IC1 MBR BBS - EN370 /1 MBR BBS - EN370 /2 Figura 9 Nível de ruído máximo (LA max) para a velocidade de 110 km/h dos veículos ligeiros Veículos pesados O número de veículos pesados observados é, em geral, pequeno quando comparado com o número de veículos ligeiros e, sobretudo, com o número mínimo preconizado na norma 30 para cada uma das categorias L 2a e L 2b, sob condição do somatório de ambas ser de 80 no mínimo. No que respeita à categoria L 2a, em apenas um dos trechos foram observados mais do que 30 veículos, e em 7 trechos foram observados entre 15 e 30 veículos. Em relação à categoria L 2b foi possível observar em 8 trechos mais do que 30 veículos. Conclui-se assim que para ser possível respeitar o número de veículos preconizado na norma, o tempo de permanência em cada local seria excessivamente elevado. Nos casos em que o número de observações pode ser considerado significativo, os pares de valores observados (velocidades/nível de ruído) apresentam-se em forma de "nuvens" de pontos, que retiram significado estatístico às regressões lineares ajustadas aos pontos observados. Em alguns casos o quadrado do coeficiente de correlação do momento dos produtos de Pearson (a grandeza R 2 ) toma valores muito próximos de 0. A título de exemplo, apresenta-se na Figura 10 os pares de valores observados para veículos de categoria L 2a no IP7 Eixo Norte-Sul, via direita. Apesar de existirem 87 medições, constata-se uma grande dispersão nos dados. Este tipo de dispersão é sistemática nas observações referentes aos veículos pesados, o que acaba por inviabilizar a realização de um tratamento de dados similar ao realizado com os dados referentes aos veículos ligeiros. 16 LNEC - Proc. 0702/16/15698

25 Com o objectivo de ser completo na apresentação da informação colhida, fornecendo todos os dados obtidos, apresentam-se estes dados em formato electrónico (sob a forma de folhas de cálculo) no CD-ROM anexo a este relatório. Nestes ficheiros encontram-se não apenas os dados colhidos, como também o tratamento dos dados realizado. 90 LAmax = 19,006*log(vel) + 44,894 R 2 = 0, LAmax [db(a)] ,7 1,8 1,9 2 2,1 log10(velocidade [km/h]) Figura 10 Regressão entre níveis de ruído e velocidades de circulação de veículos pesados da categoria L2a no IP7 Eixo Norte-Sul, via direita 3.4 Avaliação do ruído pelo método Controlled Pass By (CPB) Para a avaliação do desempenho acústico pelo método da passagem controlada foram seleccionados 4 veículos ligeiros. Dois destes veículos foram usados em todas as secções observadas por este método. Além disso, foi ainda possível usar um veículo híbrido em 4 das 6 secções observadas. Inicialmente, nas secções situadas no IC1, foram efectuadas 4 medições por veículo às velocidades de 50 km/h, 80 km/h, 90 km/h e 110 km/h. Nas restantes secções foram efectuadas duas medições por veículo intervaladas de 10 km/h entre os 30 km/h e os 110 km/h (sempre que a geometria da via permitisse). Esta alteração permitiu, para além de melhorar o coeficiente de correlação do momento dos produtos de Pearson, estudar o comportamento do veículo híbrido a velocidades reduzidas. O ensaio consistiu na passagem dos veículos a velocidade constante em cada faixa de rodagem, junto à qual se colocou um sonómetro nas condições anteriormente referidas e um radar para a medição da velocidade real de passagem. Para assegurar que as medições de ruído são válidas, no decorrer dos ensaios verificou-se a velocidade do vento, a temperatura do ar e da superfície do pavimento. Assim, a velocidade do vento deve ser inferior a 5 m/s, a temperatura ambiente deve estar compreendida entre 5 e 30 ºC e a temperatura LNEC - Proc. 0702/16/

26 da superfície entre 5 e 50 ºC [6]. Estes parâmetros foram medidos a cada passagem dos veículos, nunca tendo sido ultrapassados. À semelhança do método SPB, foram calculados os parâmetros estatísticos que permitem determinar as rectas de regressão LA max versus logaritmo decimal da velocidade, e foram estimados os níveis de ruído para as velocidades de referência indicadas no Quadro 4. A seguir são apresentados os parâmetros estatísticos correspondentes, relativos à regressão LA max versus logaritmo decimal da velocidade e os níveis de ruído a cada nível de velocidade. No Quadro 7 e no Quadro 8 apresentam-se para os veículos ligeiros e para o veículo híbrido, respectivamente, os parâmetros estatísticos e os níveis de ruído calculados às velocidades indicadas no Quadro 4 nas secções observadas. Para o veículo híbrido acrescentou-se a velocidade de 30 km/h, porque um dos objectivos era verificar o comportamento deste veículo a velocidades reduzidas. Na Figura 11 e na Figura 12 apresenta-se o nível de ruído máximo em cada secção observada para os veículos ligeiros e para o veículo híbrido. Com o objectivo de analisar a eventual contribuição do veículo híbrido na redução do ruído, apresenta-se na Figura 13 a diferença de nível de ruído máximo estimado. Quadro 7 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos aos veículos ligeiros nas secções observadas pelo método CPB Estatística BB var205 BB IC1 MBA BBA EN201 MBA BBA EN14 MBA BBM EN205-3 MBR BBA IC1 Máximo 80,37 82,8 80,02 80,58 73,45 83,4 Mínimo 63,57 67,2 63,27 65,48 58,73 67,3 Média 73,33 75,61 71,86 74,49 66,22 76,55 Desvio padrão 5,34 4,44 5,07 4,84 4,52 4,56 Número de veículos Declive 29,2 30,6 28,4 26,9 21,7 31,4 Ordenada na origem 20,6 16,3 21,6 26,3 29,0 16,1 R 2 0,99 0,83 0,98 0,97 0,71 0,91 LAmax50 70,12 68,25 69,90 72,08 65,78 69,44 LAmax80 76,08 74,48 75,71 77,57 70,20 75,85 LAmax110 80,11 78,71 79,64 81,29 73,19 80,19 18 LNEC - Proc. 0702/16/15698

27 Quadro 8 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados a 30 km/h, 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h relativos ao veículo híbrido nas secções observadas (CPB) Estatística BB var205 MBA BBA EN201 MBA BBA EN14 MBA BBM EN205-3 Máximo 77,53 76,98 77,19 72,91 Mínimo 60,67 59,26 63,77 56,10 Média 71,47 68,71 72,13 65,87 Desvio padrão 5,72 5,27 4,60 5,17 Número de veículos Declive 30,2 29,2 27,4 32,4 Ordenada na origem 16,1 17,8 23,1 9,3 R 2 1,00 0,97 1,00 0,93 LAmax30 60,75 60,92 63,57 57,15 LAmax50 67,45 67,40 69,65 64,34 LAmax80 73,61 73,36 75,25 70,95 LAmax110 77,79 77,40 79,04 75, BB - var 205 BB - IC1 MBA BBA - EN201 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 LAmax [db(a)] MBR BBA - IC1 LAmax50 LAmax80 LAmax110 Figura 11 Nível de ruído máximo (LA max) dos veículos ligeiros pelo método CPB LNEC - Proc. 0702/16/

28 80 LAmax [db(a)] BB - var 205 MBA BBA - EN201 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN205-3 LAmax30 LAmax50 LAmax80 LAmax110 Figura 12 Nível de ruído máximo (LA max) do veículo híbrido (CPB) 4 3 LAmax [db(a)] BB - var 205 MBA BBA - EN201 MBA BBA - EN14 MBA BBM - EN LAmax30 LAmax50 LAmax80 LAmax110 Figura 13 Diferença de nível de ruído máximo entre os veículos ligeiros e o veículo híbrido (CPB) 20 LNEC - Proc. 0702/16/15698

29 3.5 Avaliação do ruído pelo método Close Proximity (CPX) Para a avaliação do desempenho acústico das superfícies seleccionadas pelo método da proximidade imediata (CPX) adoptou-se o projecto de norma referido em [4]. O equipamento de medição do ruído de contacto pneu/pavimento, instalado num veículo ligeiro, pertence ao CAPS - IST. Os microfones foram colocados num suporte montado na roda traseira direita, como se vê na Figura 14. Figura 14 Sistema de aquisição usado no ensaio CPX Os sinais adquiridos foram registados e processados num módulo desenvolvido especialmente para o efeito baseado na plataforma Matlab. A emissão de ruído global foi avaliada através da aplicação do método das médias temporais em secções com extensão superior a 100 m. O nível de ruído final corresponde à média aritmética dos níveis registados pelos microfones traseiro e dianteiro. Assim, foram efectuadas duas medições às velocidades de referência de 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h em cada faixa de rodagem, totalizando 6 passagens. Na Figura 15 apresentam-se exemplos dos resultados obtidos nos ensaios efectuados para secções representativas com 200 metros de extensão. Conforme se pode observar o nível de ruído não é constante, nem sequer "praticamente constante", ao longo de troços relativamente curtos da mesma via. No Quadro 11 apresenta-se para cada velocidade os parâmetros estatísticos: máximo, mínimo, média e desvio padrão, dos níveis de ruído medidos pelo método CPX em cada secção. LNEC - Proc. 0702/16/

30 LAmax (dba) CPX - Níveis sonoros (@50km/h) A11: 90.6dB A7: 88.2dB EN14: 89dB EN105: 89.5dB EN201: 90.1dB EN205-3: 82.1dB EN205: 88.6dB IP7: 85.6dB EN370: 83.8dB IC33: 82.5dB LAmax (dba) CPX - Níveis sonoros (@80km/h) A11: 97.9dB A7: 95.8dB EN14: 95.2dB EN105: 95.9dB EN201: 94.9dB EN205-3: 89dB EN205: 94.9dB IP7: 92.4dB EN370: 91.5dB IC33: 91dB Distância (m) Distância (m) LAmax (dba) CPX - Níveis sonoros (@110km/h) A11: 99.4dB EN14: 97.4dB EN201: 98.1dB EN205-3: 91.3dB EN205: 99.3dB IP7: 95.1dB EN370: 96.7dB IC33: 94.1dB Níveis sonoros (dba) CPX - Espectro do ruído (@50km/h) A11 A7 EN14 EN105 EN201 EN205-3 EN205 IP7 EN370 IC Distância (m) Frequência (Hz) Níveis sonoros (dba) CPX - Espectro do ruído (@80km/h) A11 A7 EN14 EN105 EN201 EN205-3 EN205 IP7 EN370 IC33 Níveis sonoros (dba) CPX - Espectro do ruído (@110km/h) A11 EN14 EN201 EN205-3 EN205 IP7 EN370 IC Frequência (Hz) Frequência (Hz) Figura 15 Resultados obtidos no ensaio CPX 22 LNEC - Proc. 0702/16/15698

31 Quadro 9 Parâmetros estatísticos e níveis de ruído calculados às velocidades de 50 km/h, 80 km/h e 110 km/h nas secções observadas pelo método CPX Velocidade Estatística BB var205 BBd A11 BBd IP7 BBr A7 maf EN105 mbbr IC33 MBA BBA EN201 MBA BBA EN14 MBA BBM EN205-3 MBR BBS EN370 Máximo 91,2 93,4 88,4 90,2 92,3 84,7 93,3 91,9 84,9 85,9 50 km/h 80 km/h 110 km/h Mínimo 86,6 87,5 83,1 85,9 87,2 80,2 87,1 86,4 79,3 81,2 Média 88,6 90,6 85,5 88,2 89,5 82,5 90, ,1 83,8 Desvio padrão 0,73 1,09 0,89 0,62 0,78 0,63 0,8 0,95 1,0 0,8 Máximo 96,6 100,4 95,8 97,9 98,9 94,1 96,8 96,9 91,7 93,5 Mínimo 92,8 94,9 88,5 94,1 93, ,2 93,1 86,8 88,9 Média 94,9 97,9 92,1 95,8 95,9 90,8 94,9 95,2 89,0 91,5 Desvio padrão 0,67 0,89 1,5 0,67 0,89 1,26 0,64 0,68 0,92 0,72 Máximo 101,3 102,2 99,2 96,2 100,9 99,8 93,7 98,8 Mínimo 96,4 96,2 91,3 92,5 96,1 95,7 88,9 93,2 Média 99,3 99,4 94,9 94,0 98,1 97,4 91,3 96,6 Desvio padrão 0,92 1,12 1,35 0,64 0,75 0,75 0,75 0,91 LNEC - Proc. 0702/16/

32 4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 Apreciação geral dos resultados Com base nos resultados apresentados anteriormente pode-se constatar que um mesmo tipo de mistura pode apresentar comportamentos distintos do ponto de vista acústico, função das velocidades praticadas e da categoria de veículo. Esta diversidade de comportamentos observou-se quer para as misturas rugosas, quer para as misturas abertas, quer ainda para as misturas drenantes. As secções com camadas de desgaste em micro-aglomerado betuminoso foram as que apresentaram níveis de ruído globalmente superiores. Os níveis de ruído obtidos nas secções com camadas de desgaste em betão betuminoso drenante não foram globalmente inferiores aos obtidos em secções com outros tipos de misturas. Observou-se, no entanto, um melhor comportamento para as secções do IP7 (eixo Norte-Sul), do que para a secção da A11, ambas com betão betuminoso drenante, o que poderá ser atribuído às diferenças entre as idades das camadas ou a outros factores, relacionados por exemplo com a dimensão máxima dos agregados. As secções com misturas betuminosas abertas ou rugosas com ligantes modificados com borracha apresentam uma gama de resultados muito variáveis, o que demonstra que a utilização de ligantes modificados com borracha, só por si, não garante um bom desempenho do ponto de vista acústico. De entre estas secções destacam-se, pelo bom desempenho acústico, as da EN 205-3, nas quais se aplicou uma mistura betuminosa aberta com média percentagem de borracha (MBA-BBM) e as da EN 370, nas quais se aplicou uma mistura betuminosa rugosa com borracha fabricada por via seca (MBR-BBS). Anota-se que, em ambos os casos, se trata de camadas de desgaste de aplicação relativamente recente. Para os veículos pesados, cujo ruído foi avaliado apenas no caso do método SPB, verificou-se que, mesmo nas secções em que o número de veículos era suficiente para determinar a recta de regressão da variação do ruído com a velocidade, não foi possível estabelecer correlações aceitáveis. Tal pode ser atribuído ao facto de o conjunto analisado englobar veículos com características diversas, bem como ao efeito do ruído dos motores. Finalmente, anota-se que os resultados apresentados neste estudo evidenciaram uma boa consistência entre os três métodos (SPB, CPB e CPX) utilizados neste estudo para avaliação do ruído de tráfego, para veículos ligeiros. 24 LNEC - Proc. 0702/16/15698

33 4.2 Influência do tipo de camada de desgaste no ruído produzido pelos veículos Tendo em conta que o método SPB foi aquele que se utilizou em todas as secções ensaiadas, a discussão da influência do tipo de camada de desgaste no ruído produzido pelos veículos será realizada com base nos resultados obtidos por aquele método. Esta análise restringe-se ao ruído produzido pelos veículos ligeiros, uma vez que, por um lado, este tipo de veículos corresponde ao conjunto de amostras mais significativas e que, por outro, não foi possível obter boas correlações entre velocidade e nível de ruído para os veículos pesados. A análise da influência do tipo de camada de desgaste nos resultados obtidos nos ensaios será realizada tendo em atenção os valores de LAmax obtidos para as velocidades de referência de 50, 80 e 110 km/h, que se apresentam nas Figuras 7, 8 e 9. Tal como já referido anteriormente, as camadas de desgaste em micro-aglomerado a frio foram as que exibiram um comportamento globalmente pior, para qualquer uma das velocidades de referência. Observa-se que o conjunto de pavimentos com este tipo de camada de desgaste abrange uma gama relativamente larga de macro-texturas, traduzidas por valores de ETD entre 0,55 e 0,96 mm, não se tendo encontrado qualquer tendência que permita avaliar o efeito da profundidade de textura no ruído. As misturas betuminosas abertas com betume modificado com borracha de elevada ou de média percentagem exibem comportamentos diversos, podendo-se observar que as que exibem melhores comportamentos para qualquer das velocidades analisadas são as que possuem agregados com dimensões máximas de 10 mm. Observa-se que algumas destas camadas exibiram comportamentos piores que as camadas de betão betuminoso convencional, enquanto outras apresentaram desempenhos significativamente melhores, para qualquer das velocidades analisadas. Excluindo as misturas com borracha, foram ensaiadas apenas duas camadas de desgaste com misturas betuminosas rugosas: um betão betuminoso rugoso com dimensão máxima do agregado de 14 mm e um micro-betão betuminoso rugoso com dimensão máxima do agregado de 10 mm, tendo-se observado que esta segunda camada apresentou num desempenho muito superior à primeira. As camadas em betão betuminoso drenante exibiram um comportamento pior que as camadas em betão betuminoso convencional para velocidades baixas. No entanto, à medida que aumenta a velocidade, o desempenho destas camadas melhora em relação às outras misturas. Finalmente observa-se que as camadas de desgaste que exibiram um melhor desempenho para todas as velocidades, foram as camadas da EN 205-3, em mistura betuminosa aberta com betume borracha de média percentagem (MBA-BBM) e com dimensão máxima do agregado de 10 mm, e da EN 370, em mistura betuminosa rugosa com betume borracha por via seca (MBR-BBS). Apesar de este tipo de mistura betuminosa ser promissor, do ponto de vista do ruído, não há ainda, muita experiência relativamente ao seu desempenho sob a acção do tráfego. Face aos resultados obtidos neste estudo, não foi possível estabelecer qualquer tipo de relação directa entre a profundidade de textura superficial e o nível de ruído. LNEC - Proc. 0702/16/

34 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Neste relatório apresentam-se os resultados obtidos na primeira fase de um estudo realizado a pedido da Estradas de Portugal SA, com o objectivo de analisar de técnicas a aplicar em camadas de desgaste dos pavimentos rodoviários, que proporcionem uma diminuição do ruído produzido pela passagem dos veículos. Os trabalhos efectuados no âmbito desta primeira fase tiveram como objectivo a caracterização dos principais tipos de camadas de desgaste aplicados em Portugal, do ponto de vista do seu desempenho acústico. Para tal, foi seleccionado um conjunto de troços de estrada com diferentes tipos de camadas de desgaste, representativas das misturas mais utilizadas em Portugal. Foi efectuada a caracterização da irregularidade superficial e da macro-textura superficial das secções seleccionadas, tendo-se concluído que os troços ensaiados possuem, em regra, uma boa regularidade superficial e abrangem gamas de profundidade de textura superficial representativas dos tipos de materiais estudados. Para todas as secções seleccionadas foi efectuada a avaliação do ruído de tráfego pelo método do SPB, tendo-se efectuado complementarmente ensaios com CPX e ainda ensaios pelo método do CPB. Os resultados apresentados neste estudo evidenciaram uma boa consistência entre os três métodos utilizados (SPB, CPX e CPB). Com base nos resultados obtidos nestes ensaios constatou-se que um mesmo tipo de mistura pode apresentar comportamentos distintos do ponto de vista acústico. Esta diversidade de comportamentos observou-se quer para as misturas rugosas quer para as misturas abertas, quer ainda para as misturas drenantes. As secções com camadas de desgaste em micro-aglomerado betuminoso a frio foram as que apresentaram níveis de ruído globalmente superiores. Tal não significa, no entanto, que não possam existir misturas deste tipo que conduzam a camadas com bons desempenhos do ponto de vista acústico. Os níveis de ruído obtidos nas secções com camadas de desgaste em betão betuminoso drenante não foram inferiores aos obtidos nalgumas secções com outros tipos de misturas. Observaram-se, no entanto, diferenças de comportamentos entre as secções com betão betuminoso drenante, o que poderá ser atribuído às diferenças entre as idades das camadas ou a outros factores, relacionados por exemplo com a dimensão máxima dos agregados. As secções com misturas betuminosas abertas ou rugosas com ligantes modificados com borracha apresentam uma gama de resultados muito variáveis, o que demonstra que a utilização de ligantes modificados com borracha, só por si, não garante um bom desempenho do ponto de vista acústico. No entanto, as secções onde se obteve um melhor desempenho acústico correspondem a este tipo de misturas: uma mistura betuminosa aberta com média percentagem de borracha (MBA-BBM) e uma mistura betuminosa rugosa com betume-borracha fabricado por via seca (MBR-BBS). Anota-se que, em ambos os casos, se tratava de camadas de desgaste de aplicação relativamente recente, mas 26 LNEC - Proc. 0702/16/15698

35 admite-se que o bom comportamento destas secções possa ser atribuído a outros factores, por exemplo, relacionados com a dimensão máxima dos agregados. Face aos resultados obtidos nesta primeira fase, recomenda-se que a selecção de misturas betuminosas a aplicar quando se pretende reduzir o ruído de tráfego seja efectuada criteriosamente, não se cingindo apenas a uma família de mistura betuminosa ou a um tipo de ligante, mas tendo em atenção outros factores como a dimensão máxima das partículas do agregado. Por outro lado, com base nos resultados apresentados neste estudo, ficou demonstrada a necessidade de estudar com maior profundidade a evolução do desempenho acústico das misturas ao longo do ciclo de vida dos pavimentos. Podem, no entanto, ser desde já formuladas as seguintes conclusões: As camadas de misturas betuminosas abertas com betume modificado com borracha e as camadas de mistura betuminosa rugosa com betume modificado com borracha ou com outros betumes modificados podem ser eficazes para a redução do ruído a todas as velocidades, desde que possuam dimensões máximas de agregados relativamente reduzidas (10 mm). As camadas de betão betuminoso drenante em serviço estudadas nesta fase são eficazes na redução do ruído apenas para velocidades mais elevadas, não tendo, no entanto, exibido desempenho melhor que algumas das camadas em misturas abertas ou rugosas. Admite-se que a utilização de camadas em betão betuminoso drenante especialmente formulado para reduzir o ruído, possa ter um resultado significativamente melhor que o verificado com o tipo de camadas ensaiadas no âmbito deste estudo. As camadas de desgaste em microaglomerado a frio possuem geral um mau desempenho do ponto de vista do ruído. LNEC - Proc. 0702/16/

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal

Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal Avaliação do Ruído de Tráfego: Metodologia para a Caracterização de Camadas de Desgaste Aplicadas em Portugal M. L. Antunes, A. S. Coutinho e J. Patrício Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Portugal

Leia mais

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO. Adriana Santos AENOR

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO. Adriana Santos AENOR ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO Adriana Santos AENOR Elisabete Freitas Luís Picado-Santos Universidade de Coimbra Enquadramento

Leia mais

AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS

AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS AVALIAÇÃO DO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PAVIMENTOS COM CAMADAS DE DESGASTE DELGADAS Elisabete Freitas Universidade Minho Guimarães, Portugal efreitas@civil.uminho.pt Paulo Pereira Universidade Minho

Leia mais

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente

Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Ligantes Betuminosos Diferentes tipos de camadas de desgaste em prol da segurança e ambiente Escola Superior de Tecnologia do Barreiro Instituto Politécnico de Setúbal 6 e 7 Dez 2006 II ENEM - CRP Dez

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS Acústica 2008 20-22 de Outubro, Coimbra, Portugal Universidade de Coimbra AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS E. Freitas 1, J. Paulo 2, J. Bento Coelho 3 1 UM-DEC, Universidade do

Leia mais

A REDUÇÃO NO RUÍDO RODOVIÁRIO COM A UTILIZAÇÃO DE PAVIMENTOS DE BAIXO RUÍDO

A REDUÇÃO NO RUÍDO RODOVIÁRIO COM A UTILIZAÇÃO DE PAVIMENTOS DE BAIXO RUÍDO Acústica 2008 20-22 de Outubro, Coimbra, Portugal Universidade de Coimbra A REDUÇÃO NO RUÍDO RODOVIÁRIO COM A UTILIZAÇÃO DE PAVIMENTOS DE BAIXO RUÍDO E. Freitas 1, J. P. Paulo 2, J. L. Bento Coelho 3 1

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO IP 3 MORTÁGUA EN228 / RAIVA IC6 RESUMO NÃO TÉCNICO Abril de 2013 IP 3 - Mortágua (EN 228) / Raiva (IC 6). Resumo do Plano de Acção ÍNDICE DE TEXTO Pág. 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS...

Leia mais

A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA. Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV

A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA. Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV A HOMOLOGAÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS COM BETUME MODIFICADO COM BORRACHA Maria de Lurdes Antunes, LNEC Fátima Batista, LNEC Paulo Fonseca, RECIPAV Documentos de Homologação Avaliação de novos materiais

Leia mais

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus

casos de estudo Aplicação de borracha reciclada de pneus Fátima Batista LNEC Objectivo Transferência de conhecimentos sobre estratégias de fim de vida para as outros materiais que não são habitualmente reciclados na construção rodoviária: Técnicas de demolição

Leia mais

ANÁLISE DA QUALIDADE FUNCIONAL E DO IMPACTO AMBIENTAL DE UMA ESTRADA URBANA

ANÁLISE DA QUALIDADE FUNCIONAL E DO IMPACTO AMBIENTAL DE UMA ESTRADA URBANA 5º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia 2º Congresso de Engenharia de Moçambique Maputo, 2-4 Setembro 2008 Artigo REF: 26A002 ANÁLISE DA QUALIDADE FUNCIONAL E DO IMPACTO AMBIENTAL DE UMA ESTRADA URBANA

Leia mais

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO

ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO ESTUDO DA EFICÁCIA DOS PAVIMENTOS DRENANTES NA REDUÇÃO DO RUÍDO RODOVIÁRIO PARA AS CONDIÇÕES SECO E MOLHADO ADRIANA SANTOS ENGENHEIRA CIVIL, AENOR ELISABETE FREITAS PROFESSORA AUXILAR, UNIVERSIDADE DO

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE CLIENTE: Câmara Municipal de Vila do Porto MORADA: Largo Nossa Senhora da Conceição ENSAIO: Medição de Níveis de Pressão Sonora. Determinação de Níveis Sonoros

Leia mais

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos

Indicadores de Segurança do Estado dos Pavimentos Maria da Conceição Monteiro Azevedo CONFORTO SEGURANÇA Irregularidade vibrações Ruído interior e exterior Aderência características de atrito textura superficial Características de traçado (projecção de

Leia mais

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas

MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO. Uma Técnica de Referência. Pedro Seixas MICROAGLOMERADO BETUMINOSO A FRIO Uma Técnica de Referência Congresso Rodoviário Português - Abril 2006 Princípios gerais Construir Estradas de altas prestações Cumprir as normas em vigor. Colaborar na

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DO BMB EM PORTUGAL: A EXPERIÊNCIA OBTIDA AO LONGO DE 7 ANOS NAS OBRAS EM SERVIÇO. Paulo Fonseca e Rui Barros

A UTILIZAÇÃO DO BMB EM PORTUGAL: A EXPERIÊNCIA OBTIDA AO LONGO DE 7 ANOS NAS OBRAS EM SERVIÇO. Paulo Fonseca e Rui Barros A UTILIZAÇÃO DO EM PORTUGAL: A EXPERIÊNCIA OBTIDA AO LONGO DE 7 ANOS NAS OBRAS EM SERVIÇO Paulo Fonseca e Rui Barros Recordando o que é o Incorpora de 20 a 22% de granulado de borracha EN 14023:2005 Betumes

Leia mais

CARTAS DE RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PORTUGAL

CARTAS DE RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PORTUGAL CARTAS DE RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO EM PORTUGAL REFERENCIA PACS: 3.50.Lj J. L. Bento Coelho (1), A. M. Almeida (1), M. J. Palma (1), J. R. Mateus (2), C. C. Patrício (2) (1) CAPS - Instituto Superior

Leia mais

SONAE TURISMO. Plano de Pormenor da UNOP 8 - Tróia Componente Acústica do Ambiente

SONAE TURISMO. Plano de Pormenor da UNOP 8 - Tróia Componente Acústica do Ambiente SONAE TURISMO Plano de Pormenor da UNOP 8 - Tróia Componente Acústica do Ambiente Procº 180/I/ Relatório Final RT02-T02-V00 Novembro, 20 ÍNDICE GERAL 1 - INTRODUÇÃO... 4 2 - ENQUADRAMENTO LEGAL... 4 2.1

Leia mais

ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO

ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO EN117 LISBOA (IC15) / AMADORA PLANO DE AÇÃO RESUMO NÃO TÉCNICO Alfragide, maio de 2015 Esta página foi deixada propositadamente em branco 2 ESTRADAS DE PORTUGAL, S.A. TROÇO

Leia mais

APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS

APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS APLICAÇÕES DE MISTURAS BETUMINOSAS DE ELEVADO DESEMPENHO EM REDES VIÁRIAS URBANAS Fátima Batista LNEC Henrique Miranda ISEL Maria delurdesantunes LNEC Santiago Lanchas JRS Fernando Martinho FM Consult/JRS

Leia mais

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER

MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER MEDIÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO COM O GRIP-TESTER RUI BARROS DIRECTOR EXECUTIVO DA NORVIA / PRONORSAN RESUMO A avaliação das características funcionais dos pavimentos é fundamental para uma gestão eficaz

Leia mais

NP ISO :2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente

NP ISO :2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente NP ISO 1996 2:2011 Acústica Descrição, medição e avaliação do ruído ambiente Parte 2: Determinação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente 2011 03 03 1 NP ISO 1996 2:2011 7 Condições meteorológicas

Leia mais

INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS

INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS INFLUÊNCIA DO TIPO DE AGREGADO E LIGANTE NO COMPORTAMENTO DAS MISTURAS BETUMINOSAS JORGE PAIS PROFESSOR AUXILIAR, DEP. ENG. CIVIL DA UNIVERSIDADE DO MINHO PAULO FONSECA GERENTE DA RECIPAV ENGENHARIA E

Leia mais

A3 SUBLANÇOS PORTO/ÁGUAS SANTAS/MAIA/SANTO TIRSO/FAMALICÃO/CRUZ/BRAGA

A3 SUBLANÇOS PORTO/ÁGUAS SANTAS/MAIA/SANTO TIRSO/FAMALICÃO/CRUZ/BRAGA PÁG. 1 DE 35 A3 SUBLANÇOS PORTO/ÁGUAS SANTAS/MAIA/SANTO TIRSO/FAMALICÃO/CRUZ/BRAGA IEP002/0 Pág. 2 de 35 1. INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Resumo Não Técnico (RNT), parte integrante da Memória

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO

PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO PLANO DE ACÇÃO DO TROÇO EN 223 FEIRA IP1 / MACEDO IC1 RESUMO NÃO TÉCNICO Novembro de 2013 EN 223 Feira IP1 / Macedo IC1. Resumo do Plano de Acção ÍNDICE DE TEXTO Pág. 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS... 2 2 -

Leia mais

A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / )

A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / ) A D A P T A Ç Ã O D O S M A P A S D E R U Í D O A O R E G U L A M E N T O G E R A L D E R U Í D O ( D E C. - L E I 9 / 2 0 0 7 ) P L A N O D I R E C T O R M U N I C I P A L D E S Ã O P E D R O D O S U

Leia mais

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias

MÓDULO B: PAVIMENTOS Características superficiais dos pavimentos de infra-estruturas rodoviárias Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Mestrado em Engenharia

Leia mais

INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LABORATÓRIO DE ACÚSTICA MAPA DE RUÍDO PARA O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO (Resumo não-técnico) Direcção Técnica: Prof. Doutor Paulo

Leia mais

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias

Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Avaliação do Comportamento à Deformação Permanente de Misturas Betuminosas com base nas Normas de Ensaio Europeias Maria de Lurdes Antunes, LNEC Ana Cristina Freire, LNEC Contribuição das camadas betuminosas

Leia mais

A nova norma NP ISO : 2018 alterações principais. Sónia Antunes LNEC

A nova norma NP ISO : 2018 alterações principais. Sónia Antunes LNEC A nova norma NP ISO 1996-2: 2018 alterações principais Sónia Antunes LNEC Resumo da apresentação > Objetivos; > Termos e definições; > Incerteza de medição; > Equipamento; > Principio de medição; > Funcionamento

Leia mais

Estudo de Impacte Ambiental da Concessão Mineira Alto da Serra Norte n.º 2

Estudo de Impacte Ambiental da Concessão Mineira Alto da Serra Norte n.º 2 ADITAMENTO 2 Lagoasol - Extracção e Comercialização de Produtos Cerâmicos, S.A. Estudo de Impacte Ambiental da Concessão Mineira Alto da Serra Norte n.º 2 Outubro 2010 ESTUDOS E PROJECTOS DE AMBIENTE E

Leia mais

ANEXOS. Regulamento Delegado (UE).../... da Comissão

ANEXOS. Regulamento Delegado (UE).../... da Comissão COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 12.2.2018 C(2018) 721 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS do Regulamento Delegado (UE).../... da Comissão que completa o Regulamento (UE) n.º 167/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES

Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas LABORATÓRIO DE VIAS DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES ANEXO 1. Introdução Este anexo ao documento sobre a proposta

Leia mais

A14 SUBLANÇOS FIGUEIRA DA FOZ/VILA VERDE/SANTA EULÁLIA

A14 SUBLANÇOS FIGUEIRA DA FOZ/VILA VERDE/SANTA EULÁLIA PÁG. 1 DE 12 A14 SUBLANÇOS FIGUEIRA DA FOZ/VILA VERDE/SANTA EULÁLIA IEP002/0 Pág. 2 de 12 1. INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Resumo Não Técnico (RNT), parte integrante da Memória Descritiva,

Leia mais

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS

ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO IRI OBTIDO POR VÁRIOS PERFILÓMETROS Elisabete Freitas Universidade Minho Guimarães, Portugal efreitas@civil.uminho.pt Paulo Pereira Universidade Minho Guimarães, Portugal ppereira@civil.uminho.pt

Leia mais

A Influência da Água no Ruído Produzido pelo Tráfego Rodoviário. Luís G. Picado-Santos 3. Adriana P.S. Santos 4

A Influência da Água no Ruído Produzido pelo Tráfego Rodoviário. Luís G. Picado-Santos 3. Adriana P.S. Santos 4 A Influência da Água no Ruído Produzido pelo Tráfego Rodoviário Elisabete F. Freitas 1,, Paulo A.A. Pereira 2 Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Civil Azurém, P -058 Guimarães, Portugal

Leia mais

3Dimensionamento. de pavimentos

3Dimensionamento. de pavimentos 3Dimensionamento de pavimentos 35 Os materiais a utilizar e as espessuras das camadas do pavimento de uma estrada devem ser fixados em função do tráfego que esta deverá suportar e das características do

Leia mais

Visita a Centros de Pesquisa em Ruído Pneu Pavimento Polônia e Holanda. Grupo de Pesquisa RODOVIAS VERDES

Visita a Centros de Pesquisa em Ruído Pneu Pavimento Polônia e Holanda. Grupo de Pesquisa RODOVIAS VERDES Visita a Centros de Pesquisa em Ruído Pneu Pavimento Polônia e Holanda 28 de Março a 07 de Abril de 2011 Grupo de Pesquisa RODOVIAS VERDES Visita à Universidade Politécnica de Gdansk Polônia Professor

Leia mais

Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais no seu desempenho

Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais no seu desempenho Universidade do Minho - Escola de Engenharia MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL Plano de Trabalhos para Dissertação de Mestrado 2016/17 Tema: Influência da composição dos revestimentos superficiais

Leia mais

Historial da Legislação Acústica em Portugal

Historial da Legislação Acústica em Portugal Ruído Historial da Legislação Acústica em Portugal Lei 11/87: Lei de Bases do Ambiente (em vigor) DL 251/87: 1º Regulamento Geral Sobre o Ruído Revogado pelo 292/200 (alterado pelos DL 76/2002, DL 259/2002

Leia mais

RELATÓRIO DE RECOLHA DE DADOS ACÚSTICOS

RELATÓRIO DE RECOLHA DE DADOS ACÚSTICOS RELATÓRIO DE DESIGNAÇÃO: PLANO DE PORMENOR DO ESPARTAL ALJEZUR OBJECTIVO: - Medição de Ruído Ambiente Exterior CLIENTE: LOCAL DE ENSAIO: Aljezur DATA DE ENSAIO: 15 e 16 de Abril e, 20 e 21 de Julho de

Leia mais

Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR

Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR 1 Helena Lima, EP, S.A. Oscar Furtado, CENOR Índice Enquadramento A caracterização do pavimento rígido A solução de beneficiação A camada de desgaste em mistura betuminosa anti-fissuras rugosa A aplicação

Leia mais

Disciplina Vias de Comunicacao II. Pavimentos

Disciplina Vias de Comunicacao II. Pavimentos Disciplina Vias de Comunicacao II Pavimentos Pavimento É uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e economicamente

Leia mais

MAPAS DE RUÍDO DO CONCELHO DE TERRAS DE BOURO - RESUMO NÃO TÉCNICO -

MAPAS DE RUÍDO DO CONCELHO DE TERRAS DE BOURO - RESUMO NÃO TÉCNICO - MAPAS DE RUÍDO DO CONCELHO DE TERRAS DE BOURO - RESUMO NÃO TÉCNICO - JULHO 2010 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. OBJECTIVO... 2 3. CONCEITO DE MAPA DE RUÍDO... 3 4. ELABORAÇÃO DOS MAPAS DE RUÍDO... 4 5.

Leia mais

CARTA DE RUÍDO DO MUNICÍPIO GAIA

CARTA DE RUÍDO DO MUNICÍPIO GAIA Pág. 1 de 17 CARTA DE RUÍDO DO MUNICÍPIO GAIA Pág. 2 de 17 I INTRODUÇÃO O ruído é um dos principais factores que afectam o ambiente urbano, contribuindo de modo significativo para a degradação da qualidade

Leia mais

PROJECTO, CONSTRUÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS COM MISTURAS BETUMINOSAS

PROJECTO, CONSTRUÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS COM MISTURAS BETUMINOSAS DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES Núcleo de Infra-estruturas Rodoviárias e Aeroportuárias Proc. 0111/70/25 Proc. 0702/553/404 PROJECTO, CONSTRUÇÃO E REABILITAÇÃO DE PAVIMENTOS COM MISTURAS BETUMINOSAS Relatório

Leia mais

A4 SUBLANÇOS ÁGUAS-SANTAS/ERMESINDE/VALONGO/CAMPO/ BALTAR/PAREDES/GUILHUFE/PENAFIEL/ A4-IP9/AMARANTE

A4 SUBLANÇOS ÁGUAS-SANTAS/ERMESINDE/VALONGO/CAMPO/ BALTAR/PAREDES/GUILHUFE/PENAFIEL/ A4-IP9/AMARANTE PÁG. 1 DE 35 A4 SUBLANÇOS ÁGUAS-SANTAS/ERMESINDE/VALONGO/CAMPO/ BALTAR/PAREDES/GUILHUFE/PENAFIEL/ A4-IP9/AMARANTE IEP002/0 Pág. 2 de 35 1. INTRODUÇÃO O presente documento constitui o Resumo Não Técnico

Leia mais

Fabrico, Aplicação e Controlo de Misturas Betuminosas com Borracha (MBA-BBM) no âmbito da Subconcessão Algarve Litoral

Fabrico, Aplicação e Controlo de Misturas Betuminosas com Borracha (MBA-BBM) no âmbito da Subconcessão Algarve Litoral Fabrico, Aplicação e Controlo de Misturas Betuminosas com Borracha (MBA-BBM) no âmbito da Subconcessão Algarve Litoral Engº Nuno Alexandre Fernandes (Tecnovia SA) I. Enquadramento (1) O Grupo Tecnovia

Leia mais

série RVV Reguladores de caudal variável

série RVV Reguladores de caudal variável série RVV Reguladores de caudal variável www.koolair.com Série RVV 1 ÍNDICE Regulador de caudal variável, modelo RVV Descrição 2 Descrição e identificação 3 Quadros de selecção 4 Reguladores de caudal

Leia mais

SUBCONCESSÃO DO DOURO INTERIOR

SUBCONCESSÃO DO DOURO INTERIOR SUBCONCESSÃO DO DOURO INTERIOR IC 5 LANÇO NÓ DE POMBAL / NOZELOS (IP2) PROJECTO DE EXECUÇÃO VOLUME 2. RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO (RECAPE) ADITAMENTO (PBNO-E-2.ADI) Setembro

Leia mais

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE

DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE DESEMPENHO DE MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE ANTÓNIO MIGUEL COSTA BAPTISTA PROFESSOR ADJUNTO, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

Leia mais

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM

CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DA OBRA DE RECICLAGEM 3.1 INTRODUÇÃO Esta obra refere-se à beneficiação de um troço da EN 244 entre Ponte Sôr e o cruzamento com a EN 118, já no concelho de Gavião, com uma extensão

Leia mais

Caso de Estudo. Infraestruturas de Portugal Direção de Engenharia e Ambiente Unidade de Pavimentação e Drenagem

Caso de Estudo. Infraestruturas de Portugal Direção de Engenharia e Ambiente Unidade de Pavimentação e Drenagem Caso de Estudo EN244 Beneficiação entre Ponte de Sor e o entroncamento com a EN118 (Gavião), km 82+544 km 58+380. Avaliação do comportamento de uma mistura reciclada, em central, semitemperada, próximo

Leia mais

CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA

CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA CARTOGRAFIA DE RUIDO DA CIDADE DE LISBOA 43.50.Sr Palma, M.J.; Bento Coelho, J.L. CAPS - Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, P-1049-001 Lisboa Portugal Tel: 351 218419393 Fax: 351 218465303 E-mail:

Leia mais

A utilização de Argamassas Leves na minimização da Transmissão de Ruídos de Impacto em Pavimentos

A utilização de Argamassas Leves na minimização da Transmissão de Ruídos de Impacto em Pavimentos A utilização de Argamassas Leves na minimização da Transmissão de Ruídos de Impacto em Pavimentos Fernando G. Branco 1 Luís Godinho 1 Joana Tavares 2 1 CICC, Dep. Eng. Civil, Universidade de Coimbra, Portugal

Leia mais

Resumo Não Técnico PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE LEIRIA. Adaptação do Mapa de Ruído ao actual RGR. Dezembro de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA

Resumo Não Técnico PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE LEIRIA. Adaptação do Mapa de Ruído ao actual RGR. Dezembro de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE LEIRIA Resumo Não Técnico Adaptação do Mapa de Ruído ao actual RGR Dezembro de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE LEIRIA PLANO DE URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE LEIRIA Resumo Não Técnico

Leia mais

MONITORIZAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTE NA ZONA ENVOLVENTE DA CTRSU DE S. JOÃO DA TALHA. valorsul. valorizar os resíduos, monitorizar o ambiente

MONITORIZAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTE NA ZONA ENVOLVENTE DA CTRSU DE S. JOÃO DA TALHA. valorsul. valorizar os resíduos, monitorizar o ambiente MONITORIZAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTE NA ZONA ENVOLVENTE DA CTRSU DE S. JOÃO DA TALHA valorsul valorizar os resíduos, monitorizar o ambiente PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTE Carlos Fafaiol CAPS-IST

Leia mais

Contribuição da Superfície dos Pavimentos para a Produção de Ruído. Elisabete F. Freitas 1,

Contribuição da Superfície dos Pavimentos para a Produção de Ruído. Elisabete F. Freitas 1, Contribuição da Superfície dos Pavimentos para a Produção de Ruído Elisabete F. Freitas 1, Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Civil Azurém, P 40-058 Guimarães, Portugal RESUMO O ruído rodoviário

Leia mais

CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL DUM PAVIMENTO RODOVIÁRIO FLEXÍVEL

CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL DUM PAVIMENTO RODOVIÁRIO FLEXÍVEL Proceedings CLME2014 / IVCEM 7º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia / IV Congresso de Engenharia de Moçambique Inhambane/Moçambique, 14-18 Abril 2014 Artigo Nº A023723 CASO DE ESTUDO DUM REFORÇO ESTRUTURAL

Leia mais

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Capítulo 6 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PASSAGENS HIDRÁULICAS Pré-dimensionamento de passagens hidráulicas 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo apresentam-se elementos de dimensionamento hidrológico, hidráulico e

Leia mais

Nível máximo de pressão sonora - (Lmax): Valor máximo de nível de pressão sonora ocorrido durante um período de medição, expresso em db(a);

Nível máximo de pressão sonora - (Lmax): Valor máximo de nível de pressão sonora ocorrido durante um período de medição, expresso em db(a); 1. INTRODUÇÃO Com o propósito de proceder a uma avaliação sumária do efeito da circulação automóvel nos níveis de ruído prevalecentes na parte mais marcadamente urbana da cidade de Aveiro, efectuaram-se

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/44 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T7 Pavimentos Sumário da aula Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Materiais de pavimentação: Misturas betuminosas

Leia mais

AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS

AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS AVALIAÇÃO ECONÓMICA DE DIFERENTES SOLUÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE VIDA DAS INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS Maria de Lurdes Antunes Vânia Marecos Objectivos >Melhor conhecimento dos custos associados

Leia mais

Especificidades da Monitorização do Ruído de Tráfego Ferroviário

Especificidades da Monitorização do Ruído de Tráfego Ferroviário Especificidades da Monitorização do Ruído de Tráfego Ferroviário Vitor Rosão 1, Liliano Abreu 2, Eusébio Conceição 1 1 Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve; vitortadeiarosao@gmail.com

Leia mais

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A.

Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. Sistema de Gestão de Pavimentos da Estradas de Portugal, S.A. 26 de Novembro de 2010 João Gomes Morgado Direcção de Construção e Manutenção Departamento de Gestão de Conservação de Vias ÍNDICE Objectivos

Leia mais

Dimensionamento de pavimentos

Dimensionamento de pavimentos Dimensionamento de pavimentos Recolha de dados Concepção do pavimento Modelo de comportamento estrutural. Cálculo/ε. Alterar geometria Alterar materiais Análise dos modos de degradação. Avaliação de resistência

Leia mais

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC

Simona Fontul, LNEC Pedro Domingos, LNEC Caracterização de pavimentos aeroportuários em serviço: a experiência do NEC Maria de urdes Antunes, NEC mlantunes@lnec.pt Simona Fontul, NEC simona@lnec.pt Pedro Domingos, NEC pdomingos@lnec.ptpt Enquadramento

Leia mais

ELABORACÃO DO MAPA DE RUÍDO CONCELHO DE CARREGAL DO SAL

ELABORACÃO DO MAPA DE RUÍDO CONCELHO DE CARREGAL DO SAL ELABORACÃO DO MAPA DE RUÍDO CONCELHO DE CARREGAL DO SAL RESUMO NÃO TÉCNICO NOVEMBRO DE 2008 O presente documento tem como objectivo o apoio à divulgação pública dos Mapas de Ruído do Concelho de Carregal

Leia mais

Anexo I. EN10 - Fogueteiro/Nó de Coina EN10 Porto Alto/Vila Franca de Xira EN10 Vila Franca de Xira/Alverca. Mapa de localização

Anexo I. EN10 - Fogueteiro/Nó de Coina EN10 Porto Alto/Vila Franca de Xira EN10 Vila Franca de Xira/Alverca. Mapa de localização Anexo I Mapa de localização EN10 - Fogueteiro/Nó de Coina EN10 Porto Alto/Vila Franca de Xira EN10 Vila Franca de Xira/Alverca Página 1 de 4 Cliente: E.P. Estradas de Portugal Relatório nº: AG/08/0424-9RNT

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE DISPOSITIVOS DE REDUÇÃO DO RUÍDO DO TRÁFEGO

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE DISPOSITIVOS DE REDUÇÃO DO RUÍDO DO TRÁFEGO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE DISPOSITIVOS DE REDUÇÃO DO RUÍDO DO TRÁFEGO INÁCIO, Octávio 1 ; FREITAS, Elisabete 2 ; RAIMUNDO, Isaac; FONSECA, Ricardo 2 (1) InAcoustics Engenharia Acústica, Vibrações

Leia mais

AVALIAÇÃO E MODELAÇÃO DO RUÍDO DE CONTATO PNEU-PAVIMENTO

AVALIAÇÃO E MODELAÇÃO DO RUÍDO DE CONTATO PNEU-PAVIMENTO AVALIAÇÃO E MODELAÇÃO DO RUÍDO DE CONTATO PNEU-PAVIMENTO Elisabete F. Freitas 1, Pedro C. Machado 1, Carina P. Freitas 1 1 Universidade do Minho efreitas@civil.uminho.pt, b5060@civil.uminho.pt, carinaptf@gmail.com

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/45 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T7 Pavimentos Sumário da aula Materiais de pavimentação: Misturas betuminosas Composição Principais funções nas camadas do pavimento

Leia mais

Set. / 01 pág. 1 / 10 monitorização de ruído

Set. / 01 pág. 1 / 10 monitorização de ruído Set. / 01 pág. 1 / 10 Monitorização do Ruído Ambiente na Envolvente A Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, CTRSU, da Valorsul, em S. João da Talha, tem vindo a ser alvo de um programa de

Leia mais

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A.

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A. Infraestruturas de Portugal, S.A Plano de Ação Resumo Não Técnico EN252 Pamela/Setúbal Relatório nº AG/08/0424-3RNT Página 1 de 13 EN252 Palmela/Setúbal PLANO DE AÇÃO Resumo Não Técnico O consórcio Ambiente

Leia mais

MAPA DE RUÍDO RESUMO NÃO TÉCNICO

MAPA DE RUÍDO RESUMO NÃO TÉCNICO PLANO DE PORMENOR DO PARQUE TECNOLÓGICO DE COIMBRA MAPA DE RUÍDO RESUMO NÃO TÉCNICO Novembro 2010 Revisão 02 Rua Pedro Hispano 12 3030-289 Coimbra Tel: (+351) 239 708 580 Fax: (+351) 239 708 589 e - m

Leia mais

ADAPTAÇÃO À NOVA REGULAMENTAÇÃO DO RUÍDO

ADAPTAÇÃO À NOVA REGULAMENTAÇÃO DO RUÍDO MAPAS DE RUÍDO DO CONCELHO DE ALJEZUR ADAPTAÇÃO À NOVA REGULAMENTAÇÃO DO RUÍDO (Dec.-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro) - RESUMO NÃO TÉCNICO - DEZEMBRO 2007 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. JUSTIFICAÇÃO /

Leia mais

MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA

MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA MISTURAS BETUMINOSAS RECICLADAS A QUENTE EM CENTRAL NA REDE BRISA Laboratório Nacional de Engenharia Civil 7 e 8 de Julho de 2009 Dora Baptista BEG/spg 1 SUPORTE LEGISLATIVO E TÉCNICO Caderno de Encargos

Leia mais

RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE RELATÓRIO N.º: EV

RELATÓRIO DE MEDIÇÃO DE RUÍDO AMBIENTE RELATÓRIO N.º: EV Cliente: GQS Endereço: Alfeite, 2810-001 Almada Referência do Cliente: PTI 38935 Obra n.º: P538 A1489 OE 2779 Designação: Caracterização do Ruído Ambiental da ARSENAL DO ALFEITE, SA. Local de execução:

Leia mais

AUTORES DO RELATÓRIO:

AUTORES DO RELATÓRIO: Divisão Ambiente Exterior MAPAS ESTRATÉGICOS DE RUÍDO E PLANOS DE ACÇÃO PARA A REDE EM SERVIÇO DA SUBCONCESSÃO DO BAIXO TEJO: IC32 COINA / MONTIJO (IP1) RESUMO NÃO TÉCNICO DivisãoAmbienteExt eriordivisãoambient

Leia mais

Vias de tráfego rodoviário Critérios de amostragem para caracterização do ruído

Vias de tráfego rodoviário Critérios de amostragem para caracterização do ruído Acústica 00 0 - de Outubro, Coimbra, Portugal Universidade de Coimbra Vias de tráfego rodoviário Critérios de amostragem para caracterização do ruído Maria Odete Domingues Laboratório Nacional de Engenharia

Leia mais

MAPAS ESTRATÉGICOS DE RUÍDO DA A7 E A11

MAPAS ESTRATÉGICOS DE RUÍDO DA A7 E A11 MAPAS ESTRATÉGICOS DE RUÍDO DA A7 E A11 RESUMO NÃO TÉCNICO Equipa Técnica: Luís Conde Santos, Director Técnico Christine Matias, Técnica Superior Catarina Melo, Técnica estagiária Referência: 12_116_MRIT01_RNT01

Leia mais

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A.

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A. Infraestruturas de Portugal, S.A. Plano de Ação Resumo Não Técnico EN 1 Vila Franca de Xira / Carregado Relatório nº AG/08/0424-13RNT Página 1 de 12 EN 1 Vila Franca de Xira / Carregado PLANO DE AÇÃO Resumo

Leia mais

Mapa de Ruído do Município de Vila Nova de Poiares

Mapa de Ruído do Município de Vila Nova de Poiares Mapa de Ruído do Município de Vila Nova de Poiares Resumo não técnico de apresentação do mapa de ruído do Município de Vila Nova de Poiares elaborado pela Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica

Leia mais

Avaliação do Ruído em Diferentes Tipologias de Pavimentos no Município de Frederico Westphalen/RS

Avaliação do Ruído em Diferentes Tipologias de Pavimentos no Município de Frederico Westphalen/RS Avaliação do Ruído em Diferentes Tipologias de Pavimentos no Município de Frederico Westphalen/RS Klamt. Rodrigo A. a, *, Da Silva. Bruna b, Schovanz. Dioice c a Professor e mestre da Universidade Regional

Leia mais

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A Infraestruturas de Portugal, S.A Plano de Ação Resumo Não Téncnico EN 8 Cruzamento EN114-IP6/Alfeizerão (EN242) EN8 Malveira/Venda do Pinheiro Relatório nº AG/08/0424-4RNT Página 1 de 15 EN 8 Cruzamento

Leia mais

NOVO AEROPORTO DE LISBOA ESTUDO DE RUÍDO

NOVO AEROPORTO DE LISBOA ESTUDO DE RUÍDO NOVO AEROPORTO DE LISBOA ESTUDO DE RUÍDO 43.50.Lj J. L. Bento Coelho, M. J. Palma, A. M. Almeida CAPS Instituto Superior Técnico Av. Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal The planning of a new Airport

Leia mais

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A Infraestruturas de Portugal, S.A Plano de Ação Resumo não Técnico EN10 Fogueteiro/Nó de Coina EN10 Porto Alto/Vila Franca de Xira EN10 Vila Franca de Xira/Alverca Relatório nº AG/08/0424-9RNT Página 1

Leia mais

AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE MEDIDAS CORRECTIVAS EM TRECHO DA EN6

AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE MEDIDAS CORRECTIVAS EM TRECHO DA EN6 AVALIAÇÃO DO IMPACTE SOBRE A SINISTRALIDADE DE Sandra Vieira Gomes João Lourenço Cardoso LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Estrutura Mitigação da sinistralidade por intervenção da engenharia Caracterização

Leia mais

TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM 1º MODO DE VIBRAÇÃO ESTRUTURAL ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM TRANSMISSÃO DO SOM 1º MODO DE VIBRAÇÃO ESTRUTURAL ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA DE ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO A transmissão do som entre locais pode efectuar-se: por via aérea: quando a vibração do elemento é provocada pelo campo sonoro criado pela fonte no ar; por percussão: quando a vibração do elemento é provocada

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) Misturas Betuminosas Formulação de misturas betuminosas 1/20 1 Composição duma mistura Volumes

Leia mais

PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO

PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO PAVIMENTOS BETUMINOSOS ECONÓMICOS PARA VIAS DE BAIXO TRÁFEGO MARISA DINIS DE ALMEIDA, ASSISTENTE, DEC-UBI; J. P. CASTRO GOMES, PROF. ASSOCIADO DEC-UBI; LUIZ A. P. OLIVEIRA, PROF. ASSOCIADO DEC-UBI. RESUMO

Leia mais

Aplicação de borracha reciclada de pneus em obras de pavimentação

Aplicação de borracha reciclada de pneus em obras de pavimentação Aplicação de borracha reciclada de pneus em obras de pavimentação Catarina Santos Recipav O projecto DIRECT-MAT Partilha, a nível europeu, de conhecimentos e práticas sobre a reciclagem de materiais de

Leia mais

EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A.

EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A. EDUARDO FUNG COORDENADOR DE PROJECTOS DA COBA,S.A. E DIRECTOR TÉCNICO DA CONSULSTRADA ANTÓNIO QUINTÃO, COLABORADOR DA COBA, S.A. RESUMO Tem-se vindo a assistir nos últimos anos ao desenvolvimento da exploração

Leia mais

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A.

Cliente: Infraestruturas de Portugal, S.A. Infraestruturas de Portugal, S.A Plano de Ação Resumo Não Técnico EN 2 Nó de Faro (IP1) / Faro Relatório nº AG/08/0424-15RNT Página 1 de 13 EN 2 Nó de Faro (IP1) / Faro PLANO DE AÇÃO Resumo Não Técnico

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO. Luís de Picado Santos Misturas Betuminosas MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL VIAS DE COMUNICAÇÃO Luís de Picado Santos (picsan@civil.ist.utl.pt) Misturas Betuminosas Materiais elementares: betume e agregados Tipos correntes de misturas betuminosas

Leia mais

E L A B O R A C Ã O D O M A P A D E R U Í D O C O N C E L H O D O B A R R E I R O

E L A B O R A C Ã O D O M A P A D E R U Í D O C O N C E L H O D O B A R R E I R O E L A B O R A C Ã O D O M A P A D E R U Í D O C O N C E L H O D O B A R R E I R O RESUMO NÃO TÉCNICO MAIO DE 2010 Resumo Não Técnico do Mapa de Ruído do Concelho do Barreiro - Maio de 2010 Página 1 de

Leia mais

AVALIAÇÃO DE CONDIÇÃO DAS ESTRUTURAS COMO AUXILIAR DE DECISÃO. Luís Santos, SIE Serviços Industriais de Engenharia, ISQ

AVALIAÇÃO DE CONDIÇÃO DAS ESTRUTURAS COMO AUXILIAR DE DECISÃO. Luís Santos, SIE Serviços Industriais de Engenharia, ISQ AVALIAÇÃO DE CONDIÇÃO DAS ESTRUTURAS COMO AUXILIAR DE DECISÃO Workshop APREN 07/12/2017 Luís Santos, SIE Serviços Industriais de Engenharia, ISQ Vida de projecto Os primeiros parques eólicos foram instalados

Leia mais

Rua de Pedrouços, nº 70, 1º, Lisboa, Portugal, b Lisboa, Portugal, c

Rua de Pedrouços, nº 70, 1º, Lisboa, Portugal, b Lisboa, Portugal, c paper ID: 158 /p.1 RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO: RELAÇÃO ENTRE O LAeq, PARÂMETROS ESTATÍSTICOS (L 10, L 50 e L 90 ), L den e L night. SUA IMPORTÂNCIA NA AVALIAÇÃO DA INCOMODIDADE C. Raimundo a, V. Raposo

Leia mais

ABSTRACT RESUMO INTRODUÇÃO

ABSTRACT RESUMO INTRODUÇÃO CERTIFICAÇÃO ACÚSTICA DE MÁQUINAS PARA TRABALHAR MADEIRA: COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SONOROS DECLARADOS PELO FABRICANTE E OS NÍVEIS SONOROS MEDIDOS EM UTILIZAÇÃO PRÁTICA REFERÊNCIA PACS: 43.15.+S Falcão,

Leia mais

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico

Inspecção de Marcas Rodoviárias, com equipamento estático e dinâmico , com equipamento estático e dinâmico SAFETRAFFIC / AFESP Coordenador da SC2 / CT 155 As Marcas desempenham um papel fundamental no guiamento dos condutores. Delimitam vias de circulação Separam sentidos

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves

CARACTERÍSTICAS SUPERFICIAIS DOS PAVIMENTOS DE INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS 1 Prof. José Neves Instituto Superior Técnico Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura Mestrado Integrado em Engenharia Civil Ano Lectivo 2007/2008 Unidade Curricular Construção e Manutenção de Infra-estruturas de

Leia mais