Aula 22. Justiça Federal. (arts. 108 e 109, CF)

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1 Turma e Ano: Separação dos Poderes / 2016 Matéria / Aula: Organização do Poder Judiciário (Parte III) / Aula 22 Professor: Marcelo Tavares Monitora: Kelly Silva Aula 22 Justiça Federal (arts. 108 e 109, CF) A Justiça Federal se organiza em duas instâncias, sendo que na primeira instância se encontram os juízes federais e na segunda instância os tribunais regionais federais (TRF). Atualmente são 5 TRFs. Existe emenda constitucional permitindo a instalação de outros TRFs. Entretanto a questão está judicializada no STF, pois existe ação que impede a instalação de novos TRFs. O TRF da 1ª região está sediado em Brasília e tem competência sobre a região norte e parte da região nordeste. O TRF da 2ª região abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. O TRF da 3ª região abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul. O TRF da 4ª região abrange os estados do sul. E o TRF da 5ª região, que tem sede no Recife, tem abrangência territorial na maior parte dos estados do nordeste. A competência do TRF, em geral, é julgar os recursos interpostos das decisões proferidas pelos juízes federais ou mesmo por juízes de direito que estejam exercendo uma função delegada da justiça federal. Cabe aos TRFs dirimir conflito de competência entre juízes federais de sua região, bem como dirimir conflito de competência entre um juiz de direito com competência delegada e o juiz federal, bem como entre o sistema de juizados e os juízes federais. Também cabe o julgamento de juízes da União em caso de cometimento de crimes (juízes federais, do trabalho, juízes militares togados). Também cabe o julgamento dos membros do Ministério Público da União, não apenas procuradores da República, mas também procuradores do trabalho, etc. Os juízes federais têm sua competência fixada no art. 109 da Constituição. Art Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente:

2 a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; Quem deve julgar no cometimento de um crime um membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios? O TRF, uma vez que o art. 108, I, prevê que cabe ao TRF julgar os membros do Ministério Público da União, que é composto pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Deste modo, o promotor do Ministério Público do Distrito Federal não é um promotor distrital, mas sim da União. Art Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; Assim, compete ao TRF julgar os conflitos de competência entre Juízes federais vinculados ao tribunal ou juízes de direito na competência delegada da Justiça Federal. Art Compete aos Tribunais Regionais Federais: II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Quando há um conflito de competência entre dois juízes de juizados, esse conflito é julgado pela Turma Recursal. Quando há um conflito entre um juiz de juizado e um juiz de vara, a competência para julgamento é do TRF. Quando há um conflito de competência entre um juiz federal e a turma recursal, a competência para o julgamento do conflito é do TRF. Também é competência do TRF julgar os recursos interpostos de decisões proferidas por juízes federais ou por juízes de direito em competência delegada.

3 São duas as regras de fixação de competência na Justiça Federal: (I) em razão da pessoa (ratione personae); e (II) e em razão da matéria (ratione materiae). A principal regra é a em razão da pessoa e vai fixar a competência da Justiça Federal tanto em ações cíveis, quanto em ações criminais. É uma regra muito clara: vai ser da competência da Justiça Federal, em regra, as ações de competência da União, de autarquias federais, de fundações públicas, ou seja, de fundações de natureza autárquica, e de empresas públicas. As sociedades de economia mista não tem as ações de seu interesse julgadas pela Justiça Federal. Assim, uma ação de interesse da Caixa Econômica Federal ou da Empresa de Correios e Telégrafos é da competência da Justiça Federal. Contudo, uma ação de interesse da Petrobras é de competência da Justiça Estadual, bem como uma ação de interesse do Banco do Brasil. Assim, toda vez que o crime tiver por vítima ou houver interesse da União, de uma empresa pública ou de uma autarquia, a competência será da Justiça Federal. Ex: um peculato praticado por um servidor estadual é da competência da Justiça Estadual, enquanto que um peculado praticado por um servidor autárquico (ex: IBGE) será da competência da Justiça Federal. Existem exceções, que são as ações trabalhistas, as ações eleitorais, as ações de acidente do trabalho e as ações falimentares. Nesses casos, por mais que haja interesse da União, há uma exclusão expressa no final do inciso I do art. 109 da Constituição: Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; Quanto ao inciso II, se a causa for entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e um estado da federação, a competência não será da Justiça Federal. No caso do inciso II do art. 109, ensejará um recurso ordinário para o STJ e não uma apelação para o TRF Art Aos juízes federais compete processar e julgar:

4 III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; No caso de crimes políticos, o recurso ordinário é para o STF. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; É o que ocorre, por exemplo, com o tráfico internacional de entorpecentes, de pessoas, etc. Como esse crime é previsto em tratado e a sua execução foi iniciada no Brasil, mas o seu resultado tenha que acontecer em país estrangeiro, esse crime será da competência da Justiça Federal. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Nesse caso, o Procurador-Geral da República com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte poderá suscitar perante o STJ, em fase de inquérito de processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. Assim, por exemplo, se um crime está sendo investigado pela polícia civil ou julgado pela justiça estadual, o Procurador-Geral da República pode provocar o STJ com o incidente de deslocamento de competência, a fim de que haja uma manifestação da Justiça Federal garantindo o cumprimento de obrigação assumida pelo Brasil no exterior. Esse incidente de deslocamento de competência que é proposto pelo Procurador-Geral da República no STJ vai fazer com que a competência, inicialmente fixada na Justiça Estadual, possa ser deslocada para a Justiça Federal por se tratar de questões de direitos humanos. Art Aos juízes federais compete processar e julgar:

5 VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; Quanto ao inciso VII Ex: um habeas corpus impetrado contra ato de delegado da polícia federal, quando não envolver pessoa com prerrogativa de função. Art Aos juízes federais compete processar e julgar: VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI - a disputa sobre direitos indígenas. 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. Competência da Justiça Federal em matéria previdenciária: Quando se tratar de acidente do trabalho a competência será sempre da justiça estadual com recurso para o Tribunal de Justiça, por força do art. 109, I, por exclusão, pois o final desse inciso exclui da competência da Justiça Federal.

6 Mandado de segurança ou habeas data impetrado em face de autoridade federal a competência será da Justiça Federal com recurso para o TRF, por força do art. 109, VIII, da Constituição. OBS. 1 quando ocorre um acidente do trabalho, o segurado do INSS requer a concessão de um benefício como auxílio-doença, por exemplo. Se o INSS indefere o pedido, nasce a lide, ou seja, a pretensão resistida cuja solução será da justiça estadual. Pode ocorrer, no acidente do trabalho, que haja culpa da empresa em não observar regras de segurança para o trabalho, e, nesse caso, pode acontecer do empregado propor uma ação de responsabilidade civil imputando a empresa o cometimento de um ato ilícito omissivo, que será da competência da Justiça do Trabalho. Quando o INSS paga um benefício, como, por exemplo, pensão por morte que tenha se originado de acidente de trabalho, a empresa pode ser acionada para ressarcir o INSS das despesas que ele teve com o seguro se houve culpa da mesma. Essa ação é de competência da Justiça Federal, pois não é tida como uma ação propriamente de acidente de trabalho. Nos casos de benefícios não acidentários: Se o segurado for domiciliado em local sede da Justiça Federal, a competência será da Justiça Federal com recurso para o TRF. Ademais, se a causa previdenciária tiver valor de até 60 salários-mínimos, a competência será do Juizado Especial Federal. Entretanto, se a causa tiver como base valor acima de 60 salários-mínimos, a competência será de uma Vara Federal. Isso vai fixar com incompetência absoluta a própria competência do órgão recursal, pois se ação for julgada pelo Juizado Federal o recurso será da Turma Recursal; se a ação for julgada pelo Juízo Federal de Vara, o recurso será julgado pelo TRF. Exemplificando: se uma pessoa domiciliada na cidade do Rio de Janeiro propõe uma ação previdenciária não acidentária com valor da causa de 40 salários-mínimos a ação deve ser proposta perante o Juizado Especial Federal e o recurso vai para a Turma Recursal. A lei nº /01 trata dos Juizados Especiais Federais. Se o segurado for domiciliado em local que não seja sede da Justiça Federal, a competência estará delegada para a Justiça Estadual com recurso para o TRF, e não para o Tribunal de Justiça, uma vez que se trata de competência delegada. Aqui a ação não pode ser proposta perante o Juizado Especial Cível, pois o JEC não julga causa contra a Fazenda Pública. E no Juizado Fazendário, pode propor? Também não, pois no Juizado Fazendário Estadual não se pode julgar causas em face da União, autarquias e empresas públicas. Assim, se o autor residir em local que não é sede de Vara Federal, a competência será da Justiça Estadual em vara com

7 recurso para o TRF. Contudo, o STF entende que o autor pode optar em propor a ação na Justiça Federal que tenha competência sobre o município dele. É um foro de opção, nesse caso. Se ele propuser na Justiça Federal, ele deverá observar se a competência é do Juizado ou da Vara. Se ele propuser perante a Justiça Estadual, ele terá que propor na Vara estadual. Justiça do Trabalho (art. 111, CF) Art São órgãos da Justiça do Trabalho: I o Tribunal Superior do Trabalho; II os Tribunais Regionais do Trabalho; III Juizes do Trabalho. Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) No TST, ressalvado o quinto constitucional, os 4/5 são de juízes de carreira. Assim, se alguém for nomeado ao quinto do TRT, não poderá concorrer à vaga no TST, pois são vagas guardadas para os juízes de carreira. Isso não ocorre no STJ. Ademais, enquanto que o STJ é dividido em terços (1/3 oriundo do TJ, 1/3 do TRF e 1/3 formado por advogados e membros do MPF), no TRT a divisão é de 1/5 e 4/5. Art. 111-A 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

8 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) Art A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) Art Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

9 V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais*, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

10 *Na verdade, são Turmas Regionais, e não Câmaras. Art Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999) Assim, o TST é composto por 27 integrantes, todos nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado, sendo que 1/5 é composto por advogados e membros do Ministério do Trabalho e 4/5 por juízes do TST de carreira. A Constituição não fixa a competência do TST, fixa apenas a competência dos TRTs. O TRT é composto por 7 membros, sendo no mínimo 1 TRT por estado da federação. Logo, é possível que um estado da federação tenha mais do que 1 TRT, a exemplo do estado de São Paulo. 1/5 dos membros do TRT é composto por advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e 4/5 por juízes de carreira. Justiça Eleitoral (art. 118, CF) Art São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. Art O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

11 Assim, o TSE é composto por 3 ministros do STF (um deles preside), 2 ministros do STJ e 2 dentre advogados indicados pelo STF. Esses dois últimos, que serão escolhidos dentre advogados, são os únicos escolhidos pelo Presidente da República. O próprio STF e STJ é quem escolhem os seus ministros. O Presidente e o Vice-Presidente do TSE advêm dos ministros do STF, enquanto que o Corregedor do TSE advém dos ministros do STJ. Art Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo; III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. Só quem pode presidir um TRE é um desembargador. Art Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 1º Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis. 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

12 IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção. As decisões no âmbito da Justiça Eleitoral são decisões que têm uma possibilidade recursal mais restrita do que a que se vê normalmente. No âmbito da Justiça eleitoral, o mandato é de dois anos, sendo admissível uma recondução. Havendo o término desse mandato, nada impede que a pessoa volte a exercer uma competência eleitoral num outro biênio. Justiça Militar (art. 122, CF) Art São órgãos da Justiça Militar: I - o Superior Tribunal Militar; II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. Art O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiaisgenerais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo: I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional; II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar. O STM é composto por 3 oficiais generais da Marinha, 4 oficiais generais do Exército, 3 oficiais generais da Aeronáutica e 5 civis maiores de 35 anos, sendo 3 advogados, 1 Juiz togado de auditoria militar e 1 membro do Ministério Público Militar. Art à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

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