Como potencializar as habilidades e competências no Ensino Fundamental?
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- Carolina Sousa
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1 Como potencializar as habilidades e competências no Ensino Fundamental?
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3 Apesar da difusão da expressão desenvolver competências e habilidades, colocá-la em prática na sala de aula ainda é um desafio para muitos professores.
4 O chamado "conteudismo" saiu de cena para dar lugar ao desenvolvimento de competências e habilidades. Prova Brasil e ENEM
5 A ideia central do desenvolvimento de competências é contextualizar os conteúdos dados em salas de aula de forma que os alunos apliquem os conhecimentos adquiridos em seu cotidiano fora da escola.
6 Competências X habilidades O limite conceitual entre o saber e o saber fazer é tênue e contextual. O mais importante é perceber que não se constroem competências no vazio conceitual, mas também nenhum conceito por si só faz alguém desenvolver uma competência.
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8 Saber resolver um sistema de Equações. Saber classificar orações subordinadas e coordenadas. Saber como se forma o solo e classificá-lo. Caracterizar os tipos de vegetação e de erosão. Lucas comprou 3 canetas e 2 lápis pagando R$ 7,20. Danilo comprou 2 canetas e 1 lápis pagando R$ 4,40. Qual o preço de um lápis e qual o preço de uma caneta? Escrever um texto sobre a importância coleta seletiva do lixo. Explicar as causas dos deslizamentos de encostas e apontar algumas ações preventivas.
9 O QUE SÃO HABILIDADES? As habilidades se aplicam em contextos práticos e restritos e, por isso, são passíveis de treinamento. A competência é constituída, dentre outros, por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não "pertence" a determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes.
10 Dar uma aula Defender uma causa Habilidade de falar bem Fazer um discurso Fazer um programa de rádio
11 O QUE SÃO COMPETÊNCIAS? Competência é a capacidade para solucionar situações complexas que exijam conhecimentos e habilidades de diversas naturezas, articulados pelas atitudes e orientados pela experiência. Fazer escolhas, decidir, mobilizar recursos e agir. A Competência é um atributo do sujeito e não da situação complexa.
12 Conhecimentos Experiências Competência Habilidades Atitude
13 Ensinar conteúdos Desenvolver competências Compreensão e reprodução dos conceitos. Relação entre conceitos. Exemplos esporádicos. Momento da explicação e momento da fixação. Contextualização parcial. Erro visto como não aprendizagem. Aplicação dos conceitos em situações práticas. Inter-relaciona conhecimentos, habilidades e atitudes. Aprendizagem através da solução de problemas reais. O erro é visto como um dado nível ou forma de compreensão.
14 As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes e conhecimentos adequados à realização de tarefas.
15 Desenvolver competências é ajudar os alunos a obterem recursos necessários para a solução de situações complexas.
16 Ensino enciclopédico Ensino instrumentalizante
17 C u r r í c u l o e m E s p i r a l 9º ANO 8º ANO 7º ANO 6º ANO Porcentagens: problemas que envolvem cálculos percentuais sucessivos. Porcentagens. Cálculo de porcentagens e de acréscimos e decréscimos simples. Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da regra de três.
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19 Articular competências, habilidades e conteúdos exige não ter medo de investir em situações diversificadas de aprendizagem, ainda que sejam trabalhados menos conceitos no ano letivo.
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21 A competência é desenvolvida em maior ou menor grau, sendo o desempenho o seu grande indicador.
22 A ênfase gerada pelo exame apenas em aspectos mensuráveis, estreita de forma perigosa a nossa imaginação coletiva sobre o que a educação é e deve ser.
23 Aprendizagem X Desempenho Foco na competência Visa a autonomia Foco nos resultados Visa a meta
24 O foco excessivo no desempenho reduz as possibilidades de aprendizagem.
25 Na escola o educando deve se defrontar com problemas, pois reproduzir o conhecimento transmitido pelo professor não desenvolve competências.
26 Problema é o novo, o que supõe invenção, criatividade, astúcia, dependendo da forma como lhe é proposto, em vez de reproduzir o conhecimento passado pelo professor vai reconstruí-lo.
27 O professor deve atentar-se a aplicação de atividades que sejam bem elaboradas no sentido de proporcionar ao aluno oportunidade de resolver as situaçõesproblema.
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29 É colocar-se, intencionalmente, entre o objeto de conhecimento e o aprendiz, modificando alterando organizando enfatizando Transformando os estímulos que vêm do objeto, para que o aluno tire suas próprias conclusões.
30 Professor Mediação Relacional (encoraja, incentiva, desafia, supervisiona, apóia, escuta, aconselha, etc) Mediação Didática (expõe, contextualiza, define, exemplifica, compara, associa, justifica, pergunta, etc.) Aluno Mediação Cognitiva (traduz, relaciona, memoriza, aplica, organiza, etc.) Conhecimento
31 Mediação Didática Segundo Nadal e Papi (2007): A mediação está presente quando o professor faz perguntas, dá devoluções aos alunos sobre suas colocações e produções, problematiza o conteúdo com o objetivo de colocar o pensamento do aluno em movimento e, também, quando estimula os alunos a dialogarem entre si sobre suas atividades.
32 Mediação Relacional Segundo Furtado (1991): O professor estabelece a Mediação Relacional a partir de sua habilidade de empatia e de seu nível de comprometimento com a ação pedagógica. Ser empático é colocar-se no lugar do outro para perceber o contexto, o mais próximo possível de como o outro o perceberia. Essa ação é a base da boa relação interpessoal. Na verdade, é a base de toda relação que se pretenda, de fato, dialogal. A Mediação Relacional abre as portas para a Mediação Cognitiva.
33 Interação Cultural Disposição Emocional Processo Cognitivo Aprendi zagem Para estabelecer um diálogo cognitivo com o outro preciso primeiro estabelecer uma interação cultural e um diálogo emocional. Cada um tem uma matriz de aprendizagem formada pelas dimensões cognitiva, emocional e psicossocial que foram se configurando ao longo de sua história de vida.
34 PROFESSOR
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36 Pesquisa Princípio Científico Princípio Educativo Saber construir conhecimento com método. Elaboração própria do conhecimento através de questionamento reconstrutivo
37 Senso comum Respeito à identidade cultural e histórica do aluno. Conhecimento disponível Interpretação Questionamento reconstrutivo Comparação Síntese Elaboração própria
38 Problematização curricular Contextualizar Instigar Autonomia colaborativa Pesquisa Elaboração individual
39 Para avaliar o desenvolvimento de competências é preciso usar instrumentos que possam fornecer indicadores dos recursos básicos desenvolvidos pelos alunos. As questões devem testar os vários recursos tanto separadamente quanto inter-relacionados.
40 a) Conhecimentos toda situação complexa tem conteúdos conceituais que necessitam ser claramente compreendidos e dos quais o sujeito precisa se apropriar significativamente; b) Habilidades correspondem ao saber fazer, o que podemos também chamar de conteúdos procedimentais; c) Linguagem o domínio da linguagem de cada contexto é fundamental para a compreensão dos fenômenos. As mesmas palavras, em contextos diferentes, podem assumir significados diferentes.
41 d) Atitudes ao analisar uma situação complexa, a postura, as percepções e as ações resultantes são coerentes e apropriadas?; e) Controle emocional Eu sabia tudo, mas na hora da prova deu branco!. Essa frase traduz bem situações em que o aluno domina o conteúdo, desenvolveu as habilidades, tem conhecimento da linguagem, mas a falta de controle emocional faz tudo desandar.
42 Fases da Avaliação da aprendizagem Constatação Reflexão Decisão/Ação
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44 O QUE É UMA EVIDÊNCIA? É um conjunto de elementos que nos permitem comprovar que um determinado requisito, um critério específico de desempenho, uma competência ou o resultado específico de uma aprendizagem foi alcançado. Seguir uma sequência específica. Aplicar as fórmulas corretas. Usar determinados argumentos. Chegar a determinadas conclusões.
45 TIPOS DE EVIDÊNCIA O alcance do cumprimento de uma competência pode ser observado através da qualidade das evidências. Evidência de Conhecimento Conhecimento de teorias, princípios e habilidades de forma cognitiva. Avalia apenas conhecimento Evidência de Desempenho É o comportamento em condições específicas que mede desempenho. O desempenho deve evidenciar o domínio do conhecimento.
46 COMO OBTER EVIDÊNCIAS?
47 Para avaliar, desdobre as competências em evidências. Analisar um texto e reconstituir as intenções do autor; Sintetizar a mensagem do texto Destacar trechos que comprovem as intenções Traduzir uma língua para outra; Usar o vocabulário correto Adaptar mensagem segundo a cultura Argumentar com a finalidade de convencer alguém cético ou um oponente; Fundamentar argumentos Prever e neutralizar argumentos
48 Para avaliar, desdobre as competências em evidências. Identificar defeitos no funcionamento de um computador Identifica os circuitos relacionados Analisa e testa probabilidades Desenvolver sistema automatizado. Analisa os processos Desenvolve algoritmos funcionais Criar uma coleção de roupas em função da cultura e do clima. Identifica elementos marcantes Cria modelos adaptados aos elementos
49 AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS Dificuldade possível Evocar saberes (Conteúdos) Situação desafiadora Valor sóciocultural Metacognição Solução de um problema Decisão Hipótese Transferência Nível crescente de dificuldade
50 As questões devem ser elaboradas de forma que o aluno não consiga chegar à resposta de forma mecânica sem dominar os conteúdos conceituais envolvidos. O instrumento de avaliação deverá dar ao professor esse retorno.
51 A B Com base no que estudamos sobre formação, tipos e estrutura de solos, vegetação e processos de erosão, indique em qual dos locais há maior probabilidade de ocorrer deslizamentos de terra. Justifique sua resposta. C D
52 [...] A avaliação de competências busca verificar a capacidade do educando no enfrentamento de situações concretas, sendo que o foco não é apenas na tarefa, mas na mobilização e articulação dos recursos que o educando dispõe, construídos formal ou informalmente [...] implicam em desenvolvimento autônomo, assunção de responsabilidades, postura crítica e, sobretudo, comportamento ético. Depresbiteris (2001)
53 A avaliação de competências exige diversos contextos de situaçõesproblema e de tomadas de decisão, além de uma clara distinção entre performance e competência. Por isso, a avaliação continuada é fundamental para avaliar competências.
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