Palestra. Procedimentos Contábeis e Pontos de Atenção no Controle por Subcontas. Agosto/2016. Elaborado por: JANEIRO/
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Gildo Freire de Araujo Gestão Palestra Procedimentos Contábeis e Pontos de Atenção no Controle por Subcontas A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. JANEIRO/ Elaborado por: Agosto/2016 André Eduardo Marcelli O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).
2 Programa da Palestra Conceituação de planos de contas e plano de contas referencial; A importância do plano de contas para as empresas; Entendendo a Lei nº / torna obrigatório controle em subcontas; IN RFB nº 1515/ Detalhamento do uso das subcontas; Quais empresas estão obrigadas a implantação das subcontas; Procedimentos contábeis e pontos de atenção no controle das subcontas; Interação do plano de contas com os controles fiscais; Tratamento das diferenças no Livro de apuração do lucro real. 2
3 1. Introdução Dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas, disciplina o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se refere às alterações introduzidas pela Lei nº , de 13 de maio de 2014, e dá outras providências. Lei /07 (CPC) Lei /09 (RTT) IN RFB 1.397/13 Lei /14 (Extinção RTT) IN RFB 1.515/14 3
4 2. Adoção inicial Opção pela extinção do RTT: Opção pela Antecipação (Art. 75 da L12973) NÃO Opção pela Antecipação (Art. 75 da L12973) Opção e Não Opção: DCTF de dez/14 (confirmação ou alteração) - Prazo: FEV/15 Aplicação a partir de 01/01/2014 Aplicação a partir de 01/01/2015 4
5 Opção pela Antecipação (Art. 75 da L12973) Dividendos JCP Descrição Até 2013 Após 2013 Balanço fiscal ou Societário Balanço fiscal ou Societário Balanço Societário Balanço Societário Equiv. Pat. Balanço fiscal ou Societário Balanço Societário NÃO Opção pela Antecipação (Art. 75 da L12973) Dividendos Descrição Até 2014 Após 2014 Balanço Societário (Risco) Balanço Societário JCP Equiv. Pat. Balanço fiscal ou Societário Balanço fiscal ou Societário Balanço Societário Balanço Societário Atenção: IN (Lucros Calculados em 2014):Dividendos Isentos somente c/ base no Balanço Fiscal 5
6 3. Plano de Contas Controle Subconta Plano de Contas Referencial O plano de contas é um dos instrumentos fundamentais para a contabilidade e, juntamente com a correta classificação dos lançamentos contábeis, proporciona maior qualidade nas informações e na análise que os usuários desenvolverão a partir das demonstrações e dos relatórios contábeis. Muito provavelmente a Receita Federal também deve ter pensado desta maneira quando instituiu o Plano de Contas Referencial. Na verdade são O(s) Plano(s) de Conta(s) Referencial (is) visto que estão segregados de acordo com o tipo de entidade (PJ em geral, Instituições Financeiras ou Entidades Imunes/Isentas) e com o regime de tributação. 6
7 Importância do Plano de Contas Referencial Consideramos relevante alertar para a importância da correta estruturação do Plano de Contas Referencial no Registro I051, que tem por finalidade estabelecer uma relação (DE-PARA) entre as contas analíticas do plano de contas da pessoa jurídica e um plano de contas padrão (referencial). Muitas empresas não dão a devida atenção a esta correlação entre o plano de contas da empresa e o plano de contas referencial. Em verdade, um DE-PARA mal feito gera distorções no balanço e na DRE, podendo colocar a empresa em situação de risco perante a fiscalização. A subconta não altera as informações societárias. Não cria dois ativos ou passivos distintos. A subconta somente destaca a diferença entre a base fiscal e a base societária relativa a determinado ativo ou passivo. (...) É útil, inclusive, para se determinar o ativo ou passivo fiscal diferido. A soma dos valores das subcontas com o saldo da conta do ativo ou passivo a está vinculada, resultará no valor do ativo ou passivo mensurado de acordo com as regras societárias. 7
8 Exemplo: Abertura de outro nível no Plano de Contas Terrenos AVJ Terrenos ERRADO! Terrenos Veículos AVJ Terrenos = SUBCONTA O controle por subcontas não pode ser substituído por controle em livros auxiliares. 4. Obrigações Acessórias 8
9 OPTANTES pela antecipação (adoção em 2014): ECD ECF Demonstrativo: ECD x Fcont (2014) ECD ECF Demonstrativo: ECD x Fcont (2015) Controle em subcontas (opcional) Controle em subcontas NÃO OPTANTES pela antecipação (vigência em 2015): FCONT ECD ECF FCONT ECD ECF Demonstrativo: ECD x Fcont (2015) Controle em subcontas 9
10 5. Novo Conceito Receita Bruta (+) O produto da venda de bens nas operações de conta própria (+) O preço da prestação de serviços em geral (+) O resultado auferido nas operações de conta alheia (+) As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos itens anteriores = Receita Bruta (-) Devoluções e vendas canceladas (-) Descontos concedidos incondicionalmente (-) Tributos sobre ela incidentes (-) Valores decorrentes de ajuste a valor presente do ativo vinculado à receita bruta = Receita Líquida 10
11 6. Ajuste a valor presente (AVP) do ativo Apuração do IRPJ e CSLL: AVP s/ Receita Bruta: Adição Receita Financeira: Exclusão Controle na Parte B do LALUR Apuração de PIS/COFINS: AVP s/ Receita Bruta: não deduz da base de cálculo Receita Financeira (AVP): não tributa 11
12 Exemplo de AVP do Ativo: Venda de equipamento em 12/03/2015 por R$ para recebimento em 30/06/2016. Valor presente do Recebível em 12/03/2015: R$ Juros a apropriar em 2015 e 2016: R$ e R$ 7.000, respectivamente. 12
13 7. Ajuste a valor presente (AVP) do passivo 13
14 Regras da Lei /14 - MOMENTO DE RECONHECIMENTO NO LUCRO REAL I- o bem for revendido, no caso de aquisição a prazo de bem para revenda; II - o bem for utilizado como insumo na produção de bens ou serviços, no caso de aquisição a prazo de bem a ser utilizado como insumo na produção de bens ou serviços; III - o ativo for realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, no caso de aquisição a prazo de ativo não classificável nos incisos I e II do caput; IV - a despesa for incorrida, no caso de aquisição a prazo de bem ou serviço contabilizado diretamente como despesa; e V - o custo for incorrido, no caso de aquisição a prazo de bem ou serviço contabilizado diretamente como custo de produção de bens ou serviços. (...) Atenção: Nas hipóteses previstas nos incisos I, II e III do caput, os valores decorrentes do ajuste a valor presente deverão ser evidenciados contabilmente em subconta vinculada ao ativo. Apuração do IRPJ e CSLL: Despesa Financeira: Adição Depreciação da Subconta de Equipamentos: Exclusão Apuração de PIS/COFINS: Despesa Financeira: Sem Efeito Depreciação da Subconta de Equipamentos: Não reduz Créditos 14
15 *A soma do saldo da subconta como saldo da conta do ativo ou passivo a que a subconta está vinculada resultará no valor do ativo ou passivo mensurado de acordo com as disposições da Lei nº 6.404, de (art. 33, 1º da IN nº 1.515) 15
16 8. Ajuste a valor justo (AVJ) A Lei nº /14 e a IN 1.515/14 autorizam o diferimento da tributação dos ganhos (e perdas) desde que os valores sejam evidenciados em subcontas. O ganho (ou perda) evidenciado contabilmente em subcontas será computado no lucro real na medida que o ativo é realizado. Controle na Parte B do Lalur AVJ não é tributável pelo PIS e pela COFINS 16
17 Exemplo: Aquisição de imóvel em 02/02/2015 por R$ classificado como propriedade para investimento. Após reconhecimento inicial, imóvel passar a ser mensurado pelo valor justo. Valor justo em 31/12/2015: R$ em 2016: R$ Imóvel vendido 17
18 9. Depreciação 18
19 Regras gerais: Não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem Bens móveis e imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços Não será admitida quota de depreciação referente a terrenos IN RFB nº 1.556, de 31/03/2015, acresce o 6º ao art. 65: 6º Se o contribuinte deixar de deduzir a depreciação de um bem depreciável do ativo imobilizado em determinado período de apuração, não poderá fazê-lo acumuladamente fora do período em que ocorreu a utilização desse bem, tampouco os valores não deduzidos poderão ser recuperados posteriormente através da utilização de taxas superiores às máximas permitidas. Taxa Anual de Depreciação: Regra: prazo de vida útil dos Anexos I e II da INSRF nº 162/1998 Direito do contribuinte computar a quota efetivamente adequada, desde que faça a prova dessa adequação Contribuinte ou RFB: possibilidade de solicitação de perícia do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), ou de outra entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica Quota de Depreciação contábil menor que a fiscal Até custo de aquisição Após o custo de aquisição (-) Exclusão da diferença no Lalur (registro parte B) (+) Adição da depreciação contábil (baixa parte B) Atenção: ausência de regra de neutralidade para PIS/COFINS- contabilização menor que taxa fiscal pode gerar créditos menores. 19
20 Exemplo: Aquisição de equipamento em janeiro/2013 por R$ à vista Vida útil para fins societários: 6 anos Vida útil para fins fiscais: 4 anos Societário , , , , , ,00 RTT/Exclusão , , , , , ,00 Adição , , , ,00 Efeito Fiscal , , , , , ,00 Adoção inicial Lei nº Di ferença Depreciação - R$ , Impairment 20
21 Conceito de Impairment (Pronunciamento Técnico CPC nº 01): Os valores contabilizados como impairment somente poderão ser reconhecidos para fins tributários quando ocorrer a alienação ou baixa do bem correspondente. Parte B LALUR 11. Custo com empréstimos 21
22 Ativo qualificável: demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda. Ex: estoques de longa maturação; propriedade para investimentos; ativo imobilizado; ou ativo intangível. Custo do ativo: juros e outros encargos, associados a empréstimos contraídos para financiar a aquisição, construção ou produção destes bens 1. Os juros e outros encargos incorridos poderão ser capitalizados até o momento em que o ativo estiver pronto para venda ou uso. Neste caso, a dedução fiscal se dará pela realização do ativo. 2. Alternativamente, os juros e outros encargos poderão ser excluídos na apuração do lucro real quando incorridos, devendo ser adicionados quando o respectivo ativo for realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa. Impossibilidade de tomada de créditos de PIS/COFINS Construção ou Produção do Ativo Uso e Realização do Ativo Incorpora Juros e Encargos Lucro Contábil Exclusão Adição LUCRO REAL 22
23 12. Arrendamento mercantil financeiro O leasing financeiro é a operação de arrendamento mercantil que transfere ao arrendatário substancialmente todos os riscos inerentes ao uso do bem arrendado., como obsolescência tecnológica, desgastes, etc. Qual a diferença entre o leasing financeiro e o leasing operacional? 23
24 Arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que: I - as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos ; II - as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos a operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária; III - o preço para o exercício da opção de compra seja livremente pactuado, podendo ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado." Arrendamento mercantil operacional a modalidade em que: I - as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplam o custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes à sua colocação a disposição da arrendatária, não podendo o valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% (noventa por cento) do custo do bem; II - o prazo contratual seja inferior a 75%(setenta e cinco porcento) do prazo de vida útil econômica do bem; III - o preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado. IV - não haja previsão de pagamento de valor residual garantido." 24
25 Arrendamento Mercantil - Financeiro Deve-se reconhecer para fins de apuração do Lucro Real, o resultado relativo à operação de Arrendamento Mercantil proporcionalmente ao valor de cada contraprestação durante o período de vigência do contrato. Aplica-se as operações que há transferência Dos riscos e benefícios referentes ao ativo. 25
26 LALUR LUCRO LÍQUIDO CONTÁBIL R$ , 15 (+) ADIÇÕES Depreciação no Período R$ ,00 Encargos Financeiros Apropriados R$ ,00 (-) EXCLUSÕES Valores Pagos Contraprestação R$ ,00 = LUCRO REAL R$ , Juros sobre o capital próprio 26
27 Contas do PL: capital social; reservas de capital; reservas de lucros; ações em tesouraria; e prejuízos acumulados. Não considera ajuste de avaliação patrimonial. Cálculo efetuado sobre balanço societário. Ajustes de Av. Patrimonial A dedução dos JCP somente poderá ocorrer no ano-calendário a que se refere o lucro do qual são decorrentes (vedação de JCP retroativo) Patrimônio Líquido Exclusão via LALUR, se não contabilizado como despesa 27
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