PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II
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- Maria das Dores Coradelli Chaves
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1 PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II III SIMPÓSIO DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA 30 de Outubro a 02 de Novembro de 2004 DAIANA CRISTINE BÜNDCHEN INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE CRUZ ALTA-CT SERVIÇO DE FISIOTERAPIA
2 REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II Fase de convalescência, em ambiente domiciliar, até que as condições clínicas permitam a realização do TE em protocolos habituais, que ocorre entre a 6ª e 8ª semana. I Consenso Nacional de Reabilitação Cardiovascular (1997) Período de convalescência, entre alta hospitalar e o período de 8 a 12 semanas após o Infarto. Consenso de Reabilitação pós-iam (1995)
3 INDICAÇÕES: - Pós-IAM; - Pós-RM; Patologias tradicionais: - Pós-Angioplastia; - Pacientes coronarianos portadores ou não de isquemia residual do miocárdio; - Disfunção ventricular esquerda - Arritmias Controladas (Arq. Bras. Cardiol. 69 (4) 1997)
4 INDICAÇÕES: Atualmente também se aplica aos pacientes com: - cardiopatia não isquêmica; - problemas pulmonares simultâneos; - implante de marca-passo; - reparo ou recolocação valvares - transplante de coração; - idosos; - outras morbidades: - HAS - DVP - DM (Téc. Treinam. Reabil. Cardiac. 2001)
5 CONTRA-INDICAÇÕES: - Angina Instável - PAS em repouso >180 mmhg e/ou PAD >110 mmhg - Queda ortostática da PA > 20 mmhg com sintomas - Tromboembolismo e embolismo recentes - Pericardite em atividade -Arritmias não-controladas - IC descompensada - Bloqueio AV de 2 Grau e sem marcapasso - TEP - ECG com desnível de ST > 2mm (Arq. Bras. Cardiol. 83 (4) Set. 2004)
6 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO - História do evento cardíaco; - Exame clínico; - Estratificação de risco pelo TE e exames complementares; - Avaliação medicamentosa;
7 ESQUEMA DE TRABALHO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA: Medidas antropométricas Histórico do estilo de vida Histórico familiar e do paciente Condições músculo-esquelética Atividade preferida Metas e Objetivos Acompanhamento da família na 1ª sessão
8 ESQUEMA DE TRABALHO ABORDAGEM INDIVIDUALIZADA TIPO DE EXERCÍCIOS INTENSIDADE DURAÇÃO FREQÜÊNCIA
9 TREINAMENTO AERÓBICO IAM BLUMENTAL JÁ. et al Am J Cardiol Jan 1;91(1): N=45 homens Após IAM (média de 8 sem) treino de alta intensidade (65-75% VO2) baixa intensidade (<45% VO2) Duração: 30 Freqüência: 3X semana Período total: 3 meses Alta intensidade: 11% (2.09X2.31 l/min) Baixa intensidade: 14% (1.93X2.21 l/min). Treino de baixa e alta intensidade produz relativamente as mesmas mudanças variáveis cardiorrespiratórias DRESSENDORFER et al J Cardiopulm Rehabil 1995 Jul-Aug 15 (4) n=50 GC:12 G1: 12 G2: 13 G3: 12 Após IAM (4 semanas) GC: AF em casa < 50% VO2 máx G1: 70% VO2 máx 1x sem G2: 70% VO2 máx 2x sem G3: 70% VO2 máx 3x sem Duração: 30 G2 e G3 mostraram semelhança na diminuição da FC e aumento do VO2 máx. Atividade Física realizada 2x semana é tão efetiva quanto 3x semana
10 TREINAMENTO AERÓBICO FLETCHER, G et al Circulation, 1995; 91:580 Sem presença de isquemia ou arritmia importante Intensidade: 50 a 80% do VO2máx. Se não for realizado TE inicialmente, estipula-se 20bpm ou Karvonen (50 a 75% FCreserva) Duração: inicialmente 20 Freqüência: 3x/semana Presença de isquemia ou arritmia Intensidade: 50 a 60% VO2max Duração: inicialmente 20 Freqüência: 3x/semana III DIRETRIZ SOBRE TRATAMENTO DO IAM (2004) TE entre 4 e 10 após evento agudo em pacientes sem complicações graves BORG para estabelecer o limite Intensidade: não ultrapassar de 70 a 80% do VO2 máx Duração: 20 a 30 Freqüência mínima: 3x semana
11 TREINAMENTO AERÓBICO ICC SILVA, MSV, et al. Arq. Bras. Cardiol.2002 Out. 79 (4) 1-12 FERRAZ, AS J Soc Cardiol São Paulo 2003 Mar-Ab NEGRÃO et al Rev. SOCESP 2004 Jan-Fev 14 (1) N=24 GC: 12 GE: 12 ICC GC- Sem realização de AF GE- treino aeróbico (60 a 80% do pico da FC na esteira) Duração: 30 a 60 Freqüência: 3x semana Realização do TE com prescrição de intensidade baixa a moderada Intensidade: 67%+3% até limiar anaeróbico Duração: 30 a 40 Freqüência: 3 a 5 x semana Treino muscular: de 15 a 20 Período total: 3 a 6 meses Ergoespirometria Intensidade: entre limiar anaeróbico e 10% abaixo do ponto de compensação respiratória. Duração: 30 a 40 Freqüência: 3 x semana Treino Muscular: 30 a 40% RM Período total: 2 a 4 meses GE: diferença significativa na distância percorrida na esteira (615 +/- 394 x 970+/- 537m) e no DP (19907+/ x /- 5776) Programas de AF em pacientes com ICC pode trazer melhora na capacidade física. Benefícios a partir da 3 semana e aumento até 6 meses.
12 TREINAMENTO AERÓBICO CONSENSO DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR (1997) TE obtenção VO2máx ou Fcmáx Intensidade: 60% VO2 ou 72% FC Duração: 30 a 60 Freqüência: 3 a 5x/semana
13 DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE DO TREINAMENTO - TE adequação de protocolos VO2 ou FC - subtração de 10 bpm à FC no limiar de isquemia; % FC limiar de isquemia; - 50% a 70% VO2 máx
14 DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE DO TREINAMENTO VO2: % : BOM SENSO
15 TREINO MUSCULAR ADAMS, KJ et al J. Cardiopulm Rehabil Jul-Agus; 19 (4) N= 61 Masculino= 46 Feminino= 15 Classificados pela Fração de Ejeção 2 séries de cada exercício 2x semana início 60% RM 4 ª semana 80% + TREINO AERÓBICO - MMSS 16,7% - MMII 15,3% Melhora no treino muscular combinado ao treino aeróbico YAMASAKI H. et al. J. Cardiol 1995 Dec; 26 (6) : N=59 Grupo I: aeróbio + treino força de quadríceps(22) Grupo II: aeróbio isolado (19) Grupo III: sem treino físico (18) 8 semanas 60% RM + TREINO AERÓBICO GI 26 +/- 14% GII 6 +/- 8% GIII 4+/- 8% Melhora treino muscualr associado ao treino aeróbico Daub WD, et al. J Cardiopulm Rehabil Mar-Apr; 16 (2): N=57 homens GI: 20 rep 20% RM GII: 10 rep 40% RM GIII: 7 rep 60% RM GC: aeróbico GC: força máxima inalterada (0,5%) GI (20): 10,5% GII (40): 12% GIII (60): 13,5% Todos os aumentos foram significativamente diferentes entre eles Melhores efeitos com cargas maiores. Beniamini Y, et al. J Cardiolpulm Rehabil Jan-Feb;19 (1): 8-17 N=38 (29 homens e 9 mulheres) GI: Treino de força 80%RM GII: Treino Flexibilidade 3 meses GI: maior aumento de FM (90+/-19% x 9 +/- 4% p<0,001) Treino de força de alta intensidade é bem tolerado combinado ao treino aeróbico
16 TREINO MUSCULAR CONSENSO DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR (1997) RML -Cargas submáximas 30%RM -carga intermediária 30 a 60 ou 70% RM -mínimo 3 séries para cada exercício -mínimo 15 repetições por exercício
17 RETORNO AO TRABALHO MITAL, A et al. Disabil Rehabil 2000 Sep (13-14) N= 47 (com menos de 35 anos) Pós-RM e ATPC GC (30) GE (17) Metodologia: GC treino aeróbico regular em esteira ou bicicleta GE: séries de exercícios de baixa intensidade (exercícios em tempo progressivo, flexibilidade, treino de habilidades) Resultados: Todos do GE retornaram ao trabalho. 60% do GC retornou ao trabalho e 1/3 não voltou ao mesmo trabalho. GC teve aumento significativo na capacidade aeróbica. Conclusão: Programas de baixa intensidade que simulam vivências de trabalho podem ser superiores ao retorno ao trabalho.
18 ESQUEMA DE TRABALHO MONITORAR: - PA -FC -SpO2 -Escala de esforço percebido -ECG
19 ESQUEMA DE TRABALHO RML
20 ESQUEMA DE TRABALHO Equilíbrio e coordenação
21 CONCLUSÃO A atividade física deve ser realizada em qualquer momento, pois traz benefícios significativos a todos os indivíduos doentes ou não. A nossa grande tarefa é transformar e utilizar o movimento humano, sob forma de exercícios físicos, em objetivos educacionais e terapêuticos bem definidos.
22 CONCLUSÃO Reduzir o tempo de convalescença, melhorar a auto-estima e proporcionar retorno mais rápido às atividades sociais e profissionais. Independente do protocolo que se use, deve-se saber se o método empregado está sendo agradável e prazeroso ao paciente em realizá-lo.
Objetivo da participação:
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