Infraestrutura de Dados Espaciais do ICMBio Documento de Política
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- Armando Natal Jardim
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1 Infraestrutura de Dados Espaciais do ICMBio Documento de Política Versão 1.2
2 Histórico de Revisão Data Versão Descrição Autor 29/07/ Elaboração do documento. Ana Gabriela Lima Ortiz 29/08/ Revisão do documento Ana Gabriela Lima Ortiz 30/09/ Atualização do documento. Inclusão da Estrutura de Dados Espacial do ICMBio. Ana Gabriela Lima Ortiz
3 APRESENTAÇÃO Esse documento apresenta uma proposta de elaboração de uma Política para a Infraestrutura de Dados Espaciais IDE do ICMBio. A IDE do ICMBio, visa compartilhar as informações geográficas produzidas pelo ICMBio internamente e com a sociedade em geral. Nos processos de elaboração da IDE foram discutidas questões como interoperabilidade, padronização, metadados, especificação de serviços geográficos, definição de ferramentas, entre outros. Para a implantação da IDE do ICMBio foram definidos que documentos deveriam ser criados para proporcionar instrumentos técnicos e políticos que visam ampliar o ciclo de uso das informações geográficas entre um maior número de pessoas e suprir problemas de interoperabilidade, compartilhamento e padronização de dados. Desta forma, o Documento de Política é fundamental e sua construção deverá ser democrática. Para subsidiar os trabalhos do ICMBio as informações geoespaciais devem possuir fácil acesso. Este acesso irá proporcionar respostas mais rápidas às questões sociais e ambientais crescentes. A justificativa para a implantação de uma IDE no ICMBio é fundamentada pelas seguintes necessidades: O acesso aos dados geográficos existentes deve ocorrer de maneira organizada, simplificada, rápida e eficiente; Os dados geoespaciais após adquiridos ou produzidos pelo ICMBio deverão ser compartilhados por todas as Coordenações e Unidades de Conservação, salvo casos especiais. Atualmente não existe uma política acerca de uso e manutenção de dados geográficos no ICMBio. Os dados geográficos estão sendo gerenciados de maneira desintegrada. Outra questão que também merece atenção é a necessidade de atualização constante desses dados geográficos. Tais dados, representam uma realidade espacial de elementos dispostos na superfície terrestre tais como unidades de
4 conservação, cavernas, cidades, trechos de rodovia, estados, municípios, dentre outros. Esses elementos sofrem mudanças espaciais constantemente tais como mudança de limite de unidades de conservação, localização de empreendimentos, construção de barragens, criação de novos trechos de rodovias, dentre outros. Esse processo de atualização é limitado na atual estrutura de dados geográficos altamente acoplados ao software ArcGis e ao ambiente desktop do cliente. O ICMBio será beneficiado na medida em que seja possível facilitar o uso dos dados geográficos nas suas diversas atividades e por seus diversos sistemas de informação, independente da tecnologia que seja utilizada para construção dos sistemas de informação. Para facilitar o uso desses dados, de forma mais eficaz e eficiente, tornase necessário a criação de uma nova base de dados geográficos que possa ser utilizada, de forma transparente e integrada, pelos diversos sistemas. ABREVIATURAS Sigla Descrição OGC Open Geospatial Consortium ISO Organização Internacional para Padronização I3Geo Interface Integrada para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento INDE Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais CONCAR E-ping Comissão Nacional de Cartografia Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico IDE Infraestrutura de Dados Espacial MGs Metadados Geoespaciais UTF8 8-bit Unicode Transformation Format SIRGAS2000 Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
5 SFS (Simple Features Specification) Padrão OGC para consultas em banco de dados. WFS WMS WCS TCP/IP (Web Feature Service) Padrão OGC para visualização e troca de dados vetoriais. (Web Map Service) Padrão OGC para visualização e troca de dados geográficos via arquivo de imagem (jpg, svg, etc). (Web Coverage Service) Padrão OGC para visualização de troca de dados que representam fenômenos com variação contínua no espaço. Conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede. HTTP Protocolo de comunicação entre computadores de uma rede distribuída (cliente / servidor). O ICMBIO SUAS ATRIBUIÇÕES O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é uma autarquia em regime especial. Criado pela Lei de 28 de agosto de O ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. São suas atribuições, executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC. Podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as UCs instituídas pela União. Cabe a ele ainda fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades de Conservação Federais. Entre as suas principais atribuições estão a tarefa de apresentar e editar normas e padrões de gestão de Unidades de Conservação federais; de propor a criação, regularização fundiária e gestão das Unidades de Conservação federais; e de apoiar a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC. O Instituto deve ainda contribuir para a recuperação de áreas degradadas em Unidades de Conservação. Poderá fiscalizar e aplicar penalidades administrativas ambientais ou compensatórias aos responsáveis pelo não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. Cabe ao Instituto Chico
6 Mendes monitorar o uso público e a exploração econômica dos recursos naturais nas Unidades de Conservação onde isso for permitido, obedecidas as exigências legais e de sustentabilidade do meio ambiente. Na área de pesquisa, ele deve contribuir para a geração e disseminação sistemática de informações e conhecimentos relativos à gestão de Unidades de Conservação, da conservação da biodiversidade e do uso dos recursos faunísticos, pesqueiros e florestais. Ainda nessa área, o Instituto deve disseminar metodologias e tecnologias de gestão ambiental e de proteção e manejo integrado de ecossistemas e de espécies do patrimônio natural e genético de representatividade ecológica em escala regional e nacional. A autarquia deve, também, criar e promover programas de educação ambiental, contribuir para a implementação do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima) e aplicar, no âmbito de sua competência, os dispositivos e acordos internacionais relativos à gestão ambiental. Uma outra atribuição do Instituto é propor e editar normas de fiscalização e de controle do uso do patrimônio espeleológico (cavernas) brasileiro, bem como fomentar levantamentos, estudos e pesquisas que possibilitem ampliar o conhecimento sobre as cavidades naturais subterrâneas existentes, e elaborar o Relatório de Gestão das Unidades de Conservação. OS DADOS ESPACIAIS E A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE Quando a localização for uma informação fundamental para a gestão e tomadas de decisões, então o geoprocessamento é fundamental para o trabalho. Para isto, pode ser decidido o uso desde um mapa em papel até um sistema completo de criação, gerenciamento e análise de dados. Os dados são caracterizados por Oliveira (2002b, p.36), como qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Miranda (1999, p ), os define como sendo um conjunto de registros qualitativos ou quantitativos conhecido, que, organizado, agrupado, categorizado e padronizado adequadamente, se transforma em informação. Conforme apresentado por Aronoff (1989) e Borges (1997), dados espaciais
7 são quaisquer tipos de dados que descrevem fenômenos aos quais esteja associada alguma dimensão espacial. A medida observada de um fenômeno ou ocorrência sobre ou sob a superfície terrestre é o que se denomina dado geográfico. Dados geográficos, geoespaciais ou georreferenciados são dados espaciais em que a dimensão espacial refere-se ao seu posicionamento na Terra e no seu espaço próximo, num determinado instante ou período de tempo. Longley et al. (2001) destacam que o adjetivo geográfico se refere à superfície e ao espaço próximo da Terra, e espacial refere-se a algum espaço, não somente ao espaço da superfície da Terra. Observa-se recentemente a utilização, cada vez mais frequente, do termo geoespacial para designar uma região do espaço 3D que compreende a superfície da Terra, seu subsolo e o espaço próximo ao planeta (LONGLEY et al., 2001). Segundo, Camara (2000), o geoprocessamento é uma técnica de processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza programas digitais que permitem o uso de mapas, cartas topográficas, plantas e informações associando coordenadas. O geoprocessamento também utiliza técnicas matemáticas para o tratamento da informação geográfica. O geoprocessamento é capaz de produzir informações que podem subsidiar tomadas de decisões mais rápidas e seguras, para assim colocar em prática ações. Estas informações se aplicam a qualquer tema que manipule dados ou informações vinculadas a um determinado lugar no espaço, e que seus elementos possam ser representados em um mapa, tabela, gráfico, banco de dados, entre outros. Diversas áreas estão se beneficiando do crescimento do geoprocessamento, entre elas pode-se citar a Cartografia, Transportes, Medicina, Energia, Planejamento Urbano e Regional, Comunicações e principalmente o Meio Ambiente. Em muitos casos o elevado volume de informações inviabiliza não apenas a qualidade da informação, mas, também a união dos fatores importantes para uma decisão acertada. Desta forma, é fundamental que estas informações estejam organizadas. A área ambiental é uma das maiores consumidoras e produtoras de soluções geográficas. A gênese do trabalho, torna fundamental a visualização de eventos em escalas muito aproximadas e com uma qualidade de informação muito elevada. A
8 demanda para Sistemas de Informações Geográficas da área ambiental é muito grande tanto na esfera governamental quanto na esfera privada. OBJETIVOS O objetivo geral deste documento é apresentar a Política da Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) de nível organizacional para o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade ICMBio.. METODOLOGIA Para subsidiar os debates do Plano de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação PDTI do ICMBio foi criado um Comitê de Geoprocessamento que tem como objetivo a elaboração da Política da IDE do ICMbio. Este Comitê de Geoprocessamento, é composto por representantes das áreas que possuem uma maior demanda por Geoprocessamento no ICMBIo. Entre as suas responsabilidades estão a promoção de reuniões e debates para definições acerca das melhores práticas a serem adotadas no âmbito da IDE.
9 INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS O Federal Geographic Data Committee (FGDC, 2007), estabelece que a Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) pode ser definida como: as tecnologias, políticas, critérios, padrões e pessoas necessárias para promover o compartilhamento de dados geoespaciais através de todos os níveis de governo, setores privado, órgãos sem fins lucrativos e a academia. Ele fornece uma base ou estrutura de práticas e relacionamentos entre produtores de dados e usuários que facilitam o uso e compartilhamento de dados e é um conjunto de ações e novos modos de acessar, compartilhar e usar dados geográficos que permite tornar mais compreensível a análise do dado para ajudar tomadores de decisões escolherem o melhor curso da ação. A Global Spatial Data Infrastructure - GSDI (2004, p. 8) considera a Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) como uma base relevante da coleção de tecnologias, políticas e mecanismos institucionais que facilita a disponibilidade de acesso aos dados espaciais. A IDE fornece uma base para a descoberta de dados espaciais e aplicações para usuários e fornecedores contidos em todos os níveis do governo, setores comerciais, setores sem fins lucrativos, das universidades e dos cidadãos em geral. Deve incluir também os critérios organizacionais necessários para coordenar e administrar essa infraestrutura nas escalas locais, nacionais ou transnacionais. Para Davis (2006, p. 5), há uma definição voltada para os padrões tecnológicos que a Internet hoje proporciona: Uma IDE pode ser entendida como a confluência entre diversos (em potencial) provedores de dados geográficos, cada qual fornecendo acesso a dados através de serviços Web específicos, aplicações cujas interfaces e conexões são expressas em XML e podem ser encontrados através de mensagens em XML. Para escolher quais dados e, conseqüentemente, quais serviços preenchem suas necessidades, o usuário ou cliente realiza buscas através de um repositório de metadados sobre informações e serviços geográficos disponíveis. O termo Infraestrutura de Dados Espaciais é usado frequentemente para denotar um conjunto básico de tecnologias, políticas e arranjos institucionais que facilitam a disponibilidade e o acesso a dados espaciais (COLEMAN; MCLAUGHLIN, 1997; GSDI, 2000; PCGIAP, 1995). O Comitê Federal de Dados Geográficos dos Estados Unidos
10 (FGDC, 1997 ) inicialmente definiu a sua Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (NSDI) como um conjunto de políticas, padrões e procedimentos sob os quais organizações e tecnologias interagem para promover o uso, administração e produção mais eficientes de dados geoespaciais. Em 2004 o FGDC procedeu a uma revisão desse conceito, no sentido de incorporar-lhe outras dimensões fundamentais, a saber: atores/pessoas, construção de capacidade, articulação com as Unidades Federadas e serviços. O Conselho de Informação Espacial da Austrália e Nova Zelândia (ANZLIC), responsável pela coordenação e desenvolvimento da IDE australiana, destaca que uma Infraestrutura de Dados Espaciais provê uma base para busca de dados espaciais, avaliação, transferência e aplicação para os usuários e provedores dentro de todos os níveis de governo, do setor comercial e industrial, dos setores não lucrativos, acadêmicos e do público geral (ASDI, 2004). Groot e McLaughlin (2000) definem uma IDE como o conjunto de bases de dados espaciais em rede e metodologias de manuseio e análise de informação, recursos humanos, instituições, organizações e recursos tecnológicos e econômicos, que interagem sobre um modelo de concepção, implementação e manutenção, e mecanismos que facilitam a troca, o acesso e o uso responsável de dados espaciais a um custo razoável para aplicações de domínios e objetivos específicos. Já Moeller (2001) ressalta a existência, na construção de IDEs ao redor do mundo, de muitas diferenças: legais, organizacionais e econômicas, e muitos elementos comuns: padrões, dados fundamentais, catálogos/clearinghouse e tecnologia. [O conceito de clearinghouse foi desenvolvido visando facilitar a busca, o pedido, a transferência, e a venda eletrônica de dados espaciais garantindo a disseminação de dados de diversas fontes pela Internet (CROMPVOETS; BREGT, 2003; PAIXÃO; NICHOLS; COLEMAN, 2008). Segundo Paixão; Nichols e Coleman (1997), o termo infraestrutura de dados espaciais (IDE) abrange recursos de dados, sistemas, redes, normas e questões governamentais que envolvem informação geográfica, a qual é entregue aos potenciais usuários através de meios diversos. Giff e Coleman (2003) ressaltam que uma IDE deve fornecer um arcabouço eficaz e eficiente, que seja de fácil utilização, capaz de agilizar a
11 busca de dados geográficos pelos usuários. A definição do Instituto Geográfico Nacional da Espanha também merece registro: partindo-se da premissa de que os processos relacionados com a informação geográfica (IG) devam ser unificados, que a IG deva ser amplamente acessível, e que deva existir um consenso entre instituições para compartilhar informação, o termo Infraestrutura de Dados Espaciais é utilizado para se nomear o conjunto de tecnologias, políticas, estruturas e arranjos institucionais que facilitam a disponibilidade e o acesso à informação espacial (IGN/ IDEE, chamada de IDE Nacional, 2008). INFRAESTRUTURA NACIONAL DE DADOS ESPACIAIS INDE O decreto N assinado no dia 27 de novembro de 2008 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia um novo período na produção e disseminação de dados geoespaciais no Brasil. Este decreto tem por objetivo instituir, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais INDE. Em relação aos padrões de desenvolvimento da base de dados e dos padrões de disseminação dessa informação em nível do governo federal, o decreto Nº dispõe, entre outras definições, sobre: Art. 1o Fica instituída, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais- INDE, com o objetivo de: I-promover o adequado ordenamento na geração, no armazenamento, no acesso, no compartilhamento, na disseminação e no uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal, em proveito do desenvolvimento do País; II-promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia - CONCAR; e III-evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciais pelos órgãos da administração pública, por meio da divulgação dos metadados relativos a esses dados disponíveis nas entidades e nos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal. Art.3o O compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados é obrigatório para todos os órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário para os órgãos e entidades dos Poderes Executivos estadual, distrital e municipal. Art. 4o Os órgãos e entidades do Poder Executivo federal deverão:
12 I- na produção, direta ou indireta, ou na aquisição dos dados geoespaciais, obedecer aos padrões estabelecidos para a INDE e às normas relativas à Cartografia Nacional; A INDE é a consolidação da Nova Governança no âmbito da produção de informações geoespaciais, pois, tem como principais objetivos a padronização de dados espaciais, eliminar a duplicidade de esforços e recursos, a descentralização e disseminação das informações. Desta forma a INDE facilitará estudos e trabalhos que tenham como elementos informações georreferenciadas e tornará estes mais rápidos e com menor custo. Atualmente, existem poucos canais de disseminação de informações geoespaciais. Sendo estes muitas vezes restrita à alguns órgãos públicos e universidades e inacessíveis para grande parte da população. A disseminação de informações obrigatória com a consolidação da INDE tornará a informação geoespacial mais democrática empoderando muitas comunidades que dependem destas informações para atingir seus interesses. Este empoderamento terá conseqüências diretas na forma de Governo nos próximos anos. A INDE é entendida como um conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal. BRASIL (2008) Dentre as ações pós consolidação da INDE estão previstas a criação do Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais DBDG, que consiste em um sistema de servidores de dados, distribuídos na rede mundial de computadores, capaz de reunir eletronicamente produtores, gestores e usuários de dados geoespaciais, com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso a esses dados e aos serviços relacionados. Haverá também a criação do Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais - SIG Brasil, que disponibilizará os recursos do DBDG para publicação ou consulta sobre a existência de dados geoespaciais, bem como para o acesso aos serviços relacionados. Estas duas ferramentas serão o elo chave entre os produtores de informações geoespacias e os possíveis usuários que poderão ser estudantes, líderes comunitários, ONG s, na defesa de seus interesses ou estudos. As informações geoespaciais serão padronizadas e distribuídas de maneira sistematizada
13 O compartilhamento e disseminação dos dados geoespaciais e seus metadados é a partir da publicação da INDE obrigatório para todos os órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário para os órgãos e entidades dos Poderes Executivos estadual, distrital e municipal. Constituem exceção a esta obrigatoriedade apenas as informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, A INDE é fruto de uma demanda crescente de dados e informações acerca dos diferentes territórios que compõem o espaço geográfico brasileiro, de modo que se tenha um conhecimento permanente de suas potencialidades e necessidades. A informação geoespacial tem hoje um valor estratégico na tomada de decisões em áreas de: planejamento, monitoramento, gestão e o desenvolvimento social, ambiental e econômico. A Agenda 21 trouxe uma das primeiras discussões acerca da disseminação de informações geoespaciais no seu capítulo 40 com o título de: Informação para a tomada de decisões que prevê a melhoria na disponibilidade dos dados. Nos anos seguintes se consolidou a necessidade de se conhecer e integrar dados e informações geoespaciais do setor público, para municiar projetos que demandam dados e informação relacionados, em áreas tais como: Saúde, Educação, Agronegócios, Petróleo e Gás, diferentes tipos de Energia, Telecomunicações, Monitoramento e Abastecimento de água, Saneamento, Mineração, Transporte, Comunidades Tradicionais, Meio Ambiente, Administração Pública, Regularização Agrária, Relações Exteriores, bases operacionais e de planejamento para pesquisas (Censos e outros), e outros projetos. Esse conhecimento aprofundado acerca do território nacional é fundamental para nortear a atuação governamental e para dar à sociedade um real conhecimento do País. A disseminação de dados geoespaciais por meio de uma INDE, possibilita a racionalização das ações do Estado e o uso de recursos públicos; reforça novas configurações na administração pública e fomenta a modernização, integrando distintos organismos e desenvolvendo a cooperação entre os setores público, privado e acadêmico e cria um ambiente confiável que permite o acesso e intercâmbio de dados geoespaciais a usuários e produtores públicos e privados IDE ICMBIO
14 Seguindo as diretrizes da INDE a IDE do ICMBio está fundamentada em cinco pilares que se relacionam entre si. Sendo estes Dados; Pessoas; Institucional; Tecnologia e Normas e Padrões Figura Componentes de uma IDE. Fonte: Adaptado de Warnest (2005). ARQUITETURA A arquitetura da IDE é inicialmente composta por três elementos principais, sendo estes: banco de dados, softwares e recursos humanos. Os dados são o núcleo desta infraestrutura e para o seu uso, intercâmbio publicação e processamento serão desenvolvidos serviços e aplicativos visando a produção de informação para a tomada de decisões. Para esta arquitetura é fundamental que os sistemas independentes se comuniquem, estejam relacionados e colaborarem uns com os outros. O sucesso futuro da infraestrutura requer um compromisso contínuo para o desenvolvimento constante. A IDE do ICMBio será baseada em padrões abertos e interoperáveis. A IDE privilegiará a escolha e promoção de interfaces existentes de softwares públicos e softwares livres. Serão desenvolvidas funcionalidades ainda não existentes nestes sotwares. A arquitetura desta IDE estará em consonância, sempre que possível com as normas da O OGC, ISO, Concar, E-ping e com a INDE. O detalhamento de cada componente da Arquitetura estará no documento de Arquitetura da IDE do ICMBio.
15 RESPONSABILIDADES INSITITUCIONAIS Esta sessão tem como objetivo determinar os objetivos de cada Coordenação, bem como do ICMBio como um todo a partir da publicação deste documento: É responsabilidade da Coordenação de Tecnologia da Informação do ICMBio
16 manter em toda a infraestrutura física necessária para a IDE do ICMBio É responsabilidade de todas as coordenação produtoras de dados espaciais e Unidades de Conservação a atualização de seus dados e metadados geoespaciais no ambiente da arquitetura da IDE. É responsabilidade da Coordenação de Tecnologia da Informação do ICMBio a atualização dos dados advindos de outras instiuições, visando a atualização e aprimoramento constante do Banco de Dados Espacial. Estrutura de Dados Espaciais do ICMBio A Estrutura de Dados Espaciais do ICMBio, tem por objetivo tornar mais fácil o acesso aos dados espaciais do ICMBio por meio da árvore de temas que será desenvolvida no software I3Geo. Com a ajuda da EDGV/CONCAR e seguindo a hierarquia do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, foi elaborada a seguinte organização. Unidades de Conservação Unidades de Conservação Federais de Proteção Integral Estação Ecológica (ESEC); Reserva Biológica (REBIO); Parque Nacional (PARNA); Monumento Natural (MN); Refúgio de Vida Silvestre (REVIS). Unidades de Conservação Federais de Uso Sustentável Área de Proteção Ambiental (APA); Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE); Floresta Nacional (FLONA); Reserva Extrativista (RESEX); Reserva de Fauna (REFAU); Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS); Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Unidades de Conservação Estaduais Unidades de Conservação Municipais Base Cartográfica Abastecimento de Água e Saneamento Básico Administração Pública Educação e Cultura Energia e Comunicações
17 Estrutura Econômica Hidrografia Limites Localidades Pontos de Referência Relevo Saúde e Serviço Social Sistema de Transportes Vegetação RECURSOS HUMANOS TREINAMENTO SEGURANÇA BIBLIOGRAFIA 1. Portal da INDE: 2. Comunidade do I3Geo no Portal do Software Público:
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