AIMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM PESSOAS COM AUTISMO.
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- Maria do Pilar das Neves Ramires
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1 AIMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM PESSOAS COM AUTISMO. CARVALHO, Tereza Cristina de Secretaria Municipal de Educação Município de Araçatuba/SP. Resumo:Partindo da experiência e de estudos anteriores, este trabalho tem como objetivo propor algumas reflexões acerca da formação continuada de professores diante do contexto educativo dos alunos com autismo, buscando por meio de experiências pautadas na abordagem educacional e inclusiva, mudanças didático pedagógicas significativas que possam proporcionar uma perspectiva inclusiva por meio da concepção colaborativa de ensino. Para fomentar a discussão desse trabalho,foramutilizados os resultados adquiridosda pesquisa de mestrado realizada anteriormente que evidenciou uma grande lacuna no que referea Formação Continuada de professores para a atuação com as pessoas com autismo. Portanto, a questão aqui apresentada está diretamente ligada ao processo de Formação Continuada Colaborativa entre os professores do ensino comum e os professores do Atendimento Educacional Especializado - AEE, visto que o trabalho entre esses profissionais geralmente é dissociado. Para isso, houve a premência de realizar uma reflexão a respeito da necessidade da articulação dessa Formação entre esses professores para identificar as lacunas encontradas no trabalho pedagógico e inclusivo com esse público. Desse modo, a literatura utilizada está relacionada à Formação Continuada e Formação Continuada Colaborativa,além dos estudos anteriormenteconcluídos para conduzir à temática. Apesar da incipiência deste estudo, é relevante pontuar que os professores podem construir e reconstruir saberes a cerca do processo educacional das pessoas com autismo no ensino regular e desenvolver ações por meio de uma prática pedagógica colaborativa e reflexiva.o instrumento inicial utilizado parao seu desdobramento foi a pesquisa exploratória que objetiva compreender o problema e criar hipóteses. Palavras-chave:Formação Continuada Colaborativa; Processo Educacional; Autismo. 1. INTRODUÇÃO Estudos realizados anteriormente relatam que o autismo já é estudado por pesquisadores de diversas áreas há mais de um século, no entanto, pesquisas a respeito do processo educacional dessas pessoas têm sido um constante crescente nos últimos anos uma vez que a educação é considerada uns dos meios mais eficazes para progresso do ser humano em seus vários aspectos. Dessa forma, no que refere ao processo educacional das pessoas com autismo, há comprovações de que o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação TIC vem a ser um instrumento de auxílio ao seu ensino, podendo favorecer o desenvolvimento educacional e social
2 2 Por isso, durante o mestrado, um Objeto Digital de Aprendizagem OA recurso reutilizável que auxilia o aprendizado - foi construído e aplicado com essas pessoas, com o intuito de analisar se o seu uso poderia contribuir para o desenvolvimento de novas aprendizagens. No entanto,o que foi percebido e o que causou inquietação esteve diretamente ligado à formação dos professores na atuação com as pessoas com autismo, pois foi constatadoque os professores não possuíam concepções teóricas e práticas a respeito do trabalho educacional e inclusivo com esses alunos, o que dificultou expansão de ações principalmente no que diz respeito à utilização de recursos tecnológicos como a aplicação do OA. Além disso, a falta de conhecimento teórico e prático a respeito do tema durante a formação inicial e continuada identifica, portanto, uma grande lacuna no que refere ao processo educacional e inclusivo dessas pessoas. Diante dessa perspectiva, esse trabalho tem como objetivo propor algumas reflexões acerca da formação continuada de professores diante do contexto educativo dos alunos com autismo, buscando por meio de experiências pautadas na abordagem educacional e inclusiva, mudanças didático pedagógicas significativas que possam proporcionar uma perspectiva inclusiva por meio da concepção colaborativa de ensino. 2. Fundamentação Teórica É visto que a Formação Inicial não têm conseguido amparar substancialmente os professores de acordo com a diversidade apresentada no contexto educacional, pois há inúmeras questões que necessitam ser reestruturadas, principalmente ao que se refere ao ensino, à aprendizagem e a inclusão das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - PNEEs. Ainda, é importante ressaltar que mesmo após a implantação da Política de Inclusão,a maioria dos professores ainda tem encontrado dificuldade para suprir as especificidades educacionais de seus alunos com Necessidades Educacionais Especiais, pois em grande parte, sua Formação Inicial não corroborou para a construção de concepções a respeito das particularidades de cada deficiência encontradas na sala de aula de aula comum. No caso específico do Autismo, trabalhos anteriores demonstram que faltam profissionais qualificados que possam desenvolver um trabalho educacional de qualidade com essas pessoas
3 3 Bereohff (1993) salienta que: Ainda não existe no Brasil um curso de formação específica para professores de crianças autistas. A preparação desses professores tem sido feita através de alguns cursos de especialização em Educação Especial e/ou estágios supervisionados nas instituições que oferecem esse atendimento. É fundamental que esses professores tenham conhecimento de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e que sejam orientados para uma atuação adequada nos graves distúrbios de comportamento que apresentam esses jovens. Faz-se necessária a criação pelas universidades de cursos de pós-graduação, para garantir uma formação de profissionais alicerçada coerentemente entre a experiência prática e a busca de dados científicos metodologicamente. (p. 23) Vinte anos após a publicação desse estudo, é visto a incipiência da Formação Inicial e Continuada para o trabalho com pessoas com autismo. Além disso, a maioria dos cursos de Formação Continuadasão fragmentados, e não agregam os fundamentos do trabalho Colaborativo que deveria ser realizado juntamente com os professores do Atendimento Educacional Especializado- AEE, enfim, não debatemo processo educacional e inclusivo dessas pessoas de acordo com a realidade encontrada nas escolas públicas. Portanto,é importante refletir sobre o processo de Formação Continuada Colaborativa entre os professores do ensino comum e os professores do AEE, visto que o trabalho entre esses profissionais geralmente é dissociado. Para Ropoliet al.(2010, p. 19) uma aproximação do ensino comum com a educação especial vai se constituindo àmedida que as necessidades de alguns alunos provocam o encontro, a troca de experiênciase a busca de condições favoráveis ao desempenho escolar desses alunos. Ainda, a mesma autora propõe que, os professores comuns e os da Educação Especial devem se envolver para que seus objetivos específicos de ensino sejam alcançados, compartilhando um trabalho interdisciplinar e colaborativo [...], já que o professor do AEE complementa e suplementa a formação do aluno com conhecimentos e recursos específicos que eliminam as barreiras as quais impedem ou limitam sua participação com autonomia e independência nas turmas comuns do ensino regular. (ROPOLI, et al.2010, p. 19) A própria Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) aponta que a educação especial dentre outras atribuições, deve [...] no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orientar a organização de redes de apoio, 00972
4 4 a Formação Continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas. Dessa maneira, a articulação da Formação Continuada Colaborativa entre os professores que atuam com alunos com autismo na sala de aula comum e os professores do AEEé necessária, pois visa identificar as lacunas encontradas no trabalho pedagógico e inclusivo com esse público, promover reflexões por meio de estudos teóricos e práticos de modo a compartilharem saberes para sistematizarempor meio de suas práxis, estratégias didático pedagógicas que possam fomentar a construção e a execução de novas ações que poderão ser muito mais significativas e eficazes no trabalho com os alunos com autismo. No que refere ao trabalho colaborativo, Almeida (2002, p. 38) relata que o grupo que utiliza essa abordagem é co-autor e condutor do processo de interação e criação e cada membro é responsável pela própria aprendizagem e co-responsável pelo desenvolvimento do grupo. Mendes e Malheiros (2012) afirmam que, De fato, a adesão à filosofia de escolarizar todos os estudantes na mesma sala de aula tem resultado num grande estímulo à colaboração entre educação geral e especial, com os profissionais das duas áreas buscando unir seus conhecimentos profissionais, perspectivas e habilidades para enfrentar o desafio imposto ao ensino em classes heterogêneas. E no tocante, especificamente, às metas da inclusão escolar, especialistas, professores de educação especial e da educação comum estão tendo que aprender a trabalhar juntos para assegurar que todos os estudantes com necessidades educacionais especiais alcancem melhores desempenhos. (p.360) Portanto, é importante realizar, de acordo com uma perspectiva reflexiva,concepções teórico metodológicas a respeito do autismo e do processo educacional que o envolve, estudando a inclusão e as práticas pedagógicas voltadas para esse público, a fim de viabilizar ações educativas que perpassam o cotidiano da sala de aula. 3. METODOLOGIA Esse estudo foi fomentado inicialmente a partir dos resultados obtidos em estudos anteriores. No entanto, para embasá-lo teoricamente, foi utilizado além do que já foi estudado, bibliografias a respeito da Formação Continuada Colaborativa. Após a coleta dos materiais, foi realizada uma revisão dessa literatura com o intuito de 00973
5 5 identificar fundamentos para dar continuidade ao mesmo. Para isso, esse estudo foi delineado a partir da pesquisa exploratória, pois tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema e constituir hipóteses, tendo como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.gil (2008, p.41). 4. CONSIDERAÇÕES A proposta de promover um estudo a respeito da Formação Continuada Colaborativaentre os professores que atuam na sala de aula comum e os professores do Atendimento Educacional Especializado está diretamente ligada aos resultados de estudos anteriores, revelando a lacuna existente entre o trabalho educacional e inclusivo entre esses profissionais. Portanto, refletir sobre a articulação de suas práticas é imprescindível para o desenvolvimento de novas concepções didático pedagógicas. Além disso, é relevante pontuar que ao vincularem o trabalho com esse público, esses professores podem construir e reconstruir saberes as cerca do processo educacional das pessoas com autismo no ensino regular e desenvolver ações permeadas por uma prática pedagógica colaborativa e reflexiva. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação, projetos, tecnologias e conhecimento.1.ed. São Paulo: PROEM, BEREOHFF, Ana Maria. Autismo: uma história de conquistas. Disponível em: < Acessado em 06 out BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, MENDES, E. G.; MALHEIRO, C.A.L.Salas de recursos multifuncionais: é possível um serviço tamanho único de atendimento educacional especializado?in: MIRANDA, T. G.; FILHO, T. A. G.; organizadores. O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, ROPOLI, E.A. et al.a Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará,
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