ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO MATERIAIS BÁSICOS EMPREGADOS NA PRODUÇÃO DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
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- Octavio Affonso Beretta
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1 ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO MATERIAIS BÁSICOS EMPREGADOS NA PRODUÇÃO DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
2 INTRODUÇÃO O empirismo durante a especificação dos materiais A complexidade do número de variáveis envolvidas A grande incidência de problemas devido ao uso incorreto dos materiais O surgimento de novos materiais
3 INTRODUÇÃO Classificação das argamassa de revestimento Argamassa aérea Natureza do aglomerante Argamassa hidráulica Argamassa de cal Tipo de aglomerante Argamassa de cimento Argamassa de cimento e cal Argamassa simples Número de aglomerante Argamassa mista Argamassa de chapisco Função no revestimento Argamassa de emboço Argamassa de reboco Argamassa dosada em central Forma de preparo ou fornecimento Argamassa preparada em obra Argamassa industrializada Fonte: 1 o curso de tecnologia das construções
4 Propriedades de interesse nas argamassas e nos revestimentos Estado fresco Consistência Plasticidade Retenção de água Coesão + Teor de água = Trabalhabilidade Adesão inicial
5 Propriedades de interesse nas argamassas e nos revestimentos Estado endurecido Aderência Dureza Impermeabilidade Capacidade de absorver deformações Desempenho Durabilidade
6 Materiais básicos constituintes das argamassas de revestimento Aglomerantes => Cimento e cal + Agregados miúdo + Adições => Argilo-minerais + Aditivos => incorporadores de ar, retentores de água, promotores de viscosidade
7 Aglomerantes Cimento
8 Cimento Portland: Considerações iniciais Aglomerante hidráulico mais empregado no Brasil na produção de argamassas; Responsável por importante parcela das propriedades mecânicas dos revestimentos.
9 Cimento Portland: Propriedades intervenientes na produção das argamassas Propriedades físicas Finura do cimento Tempo de início e fim de pega Resistência mecânica
10 Cimento Portland: Propriedades intervenientes - Finura Intimamente ligada ao valor hidráulico do cimento; Formas de avaliação resíduo na peneira n o 200 (malha 0,0075 mm); (NBR 11579/91); aparelho de Blaine (NBR 7224/96); Distribuição granulométrica (Granulometria a laser).
11 Cimento Portland: Propriedades intervenientes - Finura Cimentos mais finos Resistências mecânicas (3 a 4 dias); Teor de água (trabalhabilidade) Risco de fissuração por retração
12 Cimento Portland: Propriedades intervenientes - Pega Relaciona-se com o início das reações de hidratação Avaliada a partir do procedimento de ensaio descrito na norma NBR 11581/91.
13 Cimento Portland: Propriedades intervenientes - Pega Intervalo de tempo onde é possível executar as operações de mistura, transporte e aplicação sem prejudiciais alterações no mecanismo de hidratação do cimento. 0 Início da mistura com água Argamassa trabalhável TIP Início de pega Em endurecimento TFP Fim de pega Endurecida
14 Cimento Portland: Propriedades intervenientes - Resistência mecânica Principal responsável pelas propriedades mecânicas dos sistemas de revestimento Teor de cimento Resistência de aderência Menos deformáveis (maior módulo de deformação) Risco de fissuras e desplacamento
15 Aglomerantes cal
16 Cal: Considerações iniciais Aglomerante aéreo, uma vez que seu endurecimento resulta da transformação da cal em carbonato de cálcio, por fixação do gás carbônico existente no ar Importante contribuição nas propriedades das argamassas no estado fresco e endurecido
17 Cal: Tipos produzidos Cal virgem, sob a forma de óxidos de cálcio ou óxidos cálcio e magnésio, extinto em obra; Cal hidratada, sob a forma de hidróxido de cálcio ou hidróxido de cálcio e magnésio. Tipos de cales Cálcica Magnesiana Dolomítica Teor de óxido de cálcio em relação aos óxidos totais entre 90 e 100% entre 65 e 89% entre 58 e 64%
18 Cal: Etapas de produção Calcinação do carbonato => Cal virgem CaCO 3 CaO + CO 2 Calcário pura ( o C) Óxido de cálcio + anidrido carbônico CaCO 3.MgCO 3 CaO + MgO + CO 2 dolomito pura o C) Óxido de cálcio + Óxido de magnésio + anidrido carbônico Hidratação da cal virgem => Cal hidratada CaO + H2O Óxido de cálcio + água Ca(OH)2 Hidróxido de cálcio CaO.MgO + H2O Ca (OH)2 + Mg(OH)2 Óxido de cálcio e de Magnésio Hidróxido de cálcio + Hidróxido de magnésio
19 Cal: Exigências químicas (NBR 7175/92) Exigências CH I Tipo de cal hidratada CH II CH III % Anidrido carbono (CO 2 ) Na fábrica No depósito ou na obra % Óxidos não hidratados 10 Não exigido 15 % Óxidos totais na base de não voláteis (CaO + MgO)
20 Cal: O processo de maturação Definição do processo Origem do processo na produção das argamassas Influência nas propriedades das argamassas
21 Cal: influência nas propriedades das argamassas Propriedades no estado fresco (Trabalhabilidade) Plasticidade Coesão Retenção de água
22 Partícula de cal Água adsorvida Grão cimento Partículas de cal
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25 Cal: influência nas propriedades das argamassas Propriedades no estado endurecido Hidratação em idades mais avançadas Minimiza o risco fissuração (retração) Aumenta a capacidade de deformação Desempenho Durabilidade
26 Agregado miúdo
27 Agregados: Considerações iniciais Materiais inertes quimicamente Diferentes origens (lavada, artificial,...) Possuem formas (arredondadas ou angular) e tamanhos diversos É o esqueleto da argamassa;
28 Agregados: Propriedades intervenientes na produção das argamassas Inchamento da areia Teor de umidade Massa unitária, massa específica e índice de vazios Distribuição granulométrica
29 Agregados: Propriedades intervenientes Distribuição granulométrica a. É avaliada através do ensaio descrito pela NBR 7211/87 b. Permite análise precisa da distribuição do tamanho das partículas
30 Agregados: Propriedades intervenientes Distribuição granulométrica CURVA GRANULOMÉTRICA % Retida % Individual % Acumulada 0 Fundo 0,075 0,105 0,15 0,21 0,3 0,42 0,6 0,84 1,2 Abertura da peneira (mm)
31 Agregados: Propriedades intervenientes Distribuição granulométrica a. Fornece parâmetros como: Material pulverulento (Partículas < 0,075 mm) Dimensão máxima característica (Dimensão com percentagem retida acumulada 5%) Módulo de finura (Soma das frações retidas e acumuladas dividido por 100, na série normal de peneiras) Classificação da areia segundo o módulo de finura MF > 3,0 areia grossa 3,0 < MF > 2,0 areia média e MF < 2,0 areia fina
32 Agregados: Propriedades intervenientes Distribuição granulométrica a. Fornece parâmetros como: Coeficiente de uniformidade (Razão entre os diâmetros correspondentes a 60% e a 10% (percentagem passante), obtidos na curva granulométrica). C u = d d C u < 5 - Muito uniforme 5 < C u < 15 - Uniformidade média C u > 15 - Desuniforme.
33 Agregados: Propriedades intervenientes Distribuição granulométrica Forma da distribuição dos graus Agregados bem graduados Agregados de graduação uniforme Agregados de graduação aberta
34 Agregados: Critérios para especificação Quanto às impurezas Isentos de qualquer tipo de materiais que possam causar manifestações patológicas Materiais orgânicos Concreções ferruginosas (hidróxido de ferro) Aglomerados argilosos,...
35 Agregados: Critérios para especificação Quanto à composição granulométrica: Sugere que a escolha de uma areia deva ser baseada em uma granulometria continua; Agregados bem graduados
36 Agregados: Critérios para especificação Quanto à composição granulométrica: Para uma mesma trabalhabilidade, argamassas com agregados com granulometria contínua Menor índice de vazios Menor consumo de aglomerante e de água
37 EXEMPLO: 2 areias aplicáveis para argamassas de revestimento % Retida Acumulada AREIA1 AREIA2 o controle da granulometria é decisivo na uniformidade da argamassa ,3 4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 0,075 Fundo Peneiras (mm) TRAÇO PARA AREIA 1 1:1,05:6,14 TRAÇO PARA AREIA 2 1:1,57:5,60
38 Agregados: Critérios para especificação Quanto à composição granulométrica Finalidade da argamassa de revestimento Chapisco Emboço Peneiras ABNT (% retida acumulada, em massa) 4,8 mm 1,2 mm 0,15 mm 5 a 25 % % 5 a 15% % Camada única 1% 5% 80 Reboco 0% 5% 75%
39 Agregados: Critérios para especificação Quanto ao teor de finos Melhora das propriedades no estado fresco (trabalhabilidade e adesão inicial) Aumento na demanda de água para uma mesma trabalhabilidade Aumento no risco de fissuração por retração
40 Agregados: Critérios para especificação Quanto ao teor de finos Tipo de finos Finos calcários Granulito Saibro Teor de finos totais (incluindo cimento e cal) Traço 1:1:6 30% 35% 40% 30% 35% 40% 30% 34% Desempenho quanto à fissuração Ausência de fissuras Ausência de fissuras Ausência de fissuras Ausência de fissuras Fissuras generalizadas Fissuras generalizadas Fissuras generalizadas Fissuras generalizadas Fonte: ANGELIM, 2000 Influência da adição de finos calcários, silicosos e argilosos no comportamento das argamassas de revestimento (Dissertação de mestrado)
41 Adições Argilo-minerais
42 Argilo-minerais: Considerações iniciais Denominações: saibro, areia rosa, arenoso, areia de goma, barro,... Solos com elevada fração argilosa e superfície específica Conferem plasticidade as argamassas no estado fresco Compões as argamassas substituindo parte da cal
43 ARGAMASSAS DE SAIBRO (ARGILO-MINERAL) Lamelas Cátion H 2 O H 2 O H 2 O Absorção de água Desagregação H 2 O H 2 O H 2 O
44 Argilo-minerais: influência nas propriedades das argamassas O emprego na produção das argamassas Uso indiscriminado Sem critérios técnicos Sem controle das características Procedimentos empíricos. Pulverulência Fissuração excessiva Desplacamento
45 Argilo-minerais: influência nas propriedades das argamassas
46 Argilo-minerais: influência nas propriedades das argamassas
1. CONCEITO: 2. CLASSIFICAÇÃO: AGLOMERANTES. Ativos. Inertes. Aéreos. Hidráulicos. Endurecem por secagem Ex.: argila (barro cru)
1. CONCEITO: É um material ativo (pulverulento), que promove a ligação entre os grãos do material inerte (agregado). Exemplos: gesso, cal e cimento). São usados para a fabricação de: Pastas: aglomerante
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