EBD ADU Aulas sobre o Espírito Santo e você. Prefácio

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1 Aulas sobre o Espírito Santo e você. EBD ADU 2011 Prefácio 1. Quem é o Espírito Santo? 2. Os símbolos do Espírito Santo 3. O Espírito Santo e as Escrituras 4. Da criação até o nascimento de Jesus 5. Do nascimento de Jesus até Pentecostes 6. Depois de Pentecostes 7. O Espírito Santo na vida do crente 8. O batismo com o Espírito Santo 9. A luta interior do crente 10. Pecados contra o Espírito 11. O fruto do Espírito 12. Princípios e objetivos dos dons 13. Os dons de ministério 14. Outros dons de serviço 15. Os dons de sinais 16. Como reconhecer o seu dom 17. Como ficar cheio do Espírito 1

2 Os Dons do Espírito (3) OUTROS DONS DE SERVIÇOS Texto Básico: I Coríntios12: 1-11 Texto Devocional: Romanos 12:3-8 Leia a Bíblia diariamente: 2ª feira: Tg 3:13-18; 3ª feira: Hb 11:30-40; 4ª feira: 1 Tm 6:17-19; 5ª feira: At 4: ª feira: Mt 18:23-35; sábado: 1 Co 16:15-18 e domingo: 1 Co 12:1-11. Versículo Chave: "Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as como lhe apraz, a cada um, individualmente"- 1 Co 12:11. Objetivo da Lição: Ser esclarecido sobre os princípios bíblicos que orientam a ação dos dons na igreja. INTRODUÇÃO Você conhece a famosa expressão "20 por 80"? É aquela que afirma que 20% das pessoas fazem 80% do trabalho na igreja. Muitos dos que trabalham tão arduamente na igreja estão ou têm grandes possibilidades de ficar estressados, enquanto os que nada fazem estão atrofiados. Em outras palavras, o Corpo de Cristo está doente. Mas o propósito de Deus é que haja saúde mediante uma distribuição igualitária das funções eclesiásticas (2 Co 8:13). Embora neste texto Paulo esteja falando sobre contribuição financeira, o conceito se aplica perfeitamente à questão dos dons, que é a receita bíblica para a plena restauração da Igreja. I - O DOM DE SABEDORIA (1 Co 12:8a) Champlin menciona que aqui é focalizada a habilidade de compreender e de transmitir as coisas mais profundas do Espírito de Deus (Rm 11:33). O próprio Deus dá sabedoria do alto, pura, cheia de misericórdia, imparcial, a qual se traduz em mansidão e condigno proceder através das obras humanas (Tg 1:5; 3:13-17). Através deste estudo, você pode ajudar sua igreja local, tornando-se um membro saudável, útil, e auxiliando outros a fazerem o mesmo. O dom de sabedoria se manifesta em três circunstâncias específicas. 1. Em situações de dificuldades (Lc 21:14-15; At 61 0); 2. Em questões de divisões na igreja (1 Co 6:5); 3. Em atitudes práticas do dia a dia (Tg 3:13). Apesar de nem todos os crentes terem este dom, Deus promete sabedoria abundante para cada um de Seus filhos que Lhe pedir (Tg 1:5). Peçamos então e sejamos contados entre os sábios. 2

3 II - O DOM DE CONHECIMENTO (1 Co 12:8) Segundo David Kornfield, "aquele que recebeu a palavra do conhecimento (1 Co b) é alguém que tem informações dadas por Deus para situações específicas que de outra forma não seriam conhecidas". Este dom é concedido num contexto de intimidade com Deus (SI 25:14), que guarda todos os tesouros do conhecimento (Cl 2:3). Esse parece ser o principal dom dos mestres. Envolve a compreensão e a transmissão do conhecimento da Palavra de Deus, e pode ser desenvolvido sempre mediante a ajuda divina, seja pelo estudo ou diretamente por iluminação do Senhor (1 Co 2:13). Nossas igrejas precisam de mais pessoas com este dom para ajudar na Escola Bíblica e demais atividades. III - O DOM DA FÉ (1 Co 12:9) Embora a fé salvadora, aquela que nos torna justos (Rm 5:1), seja também um dom de Deus (Ef 2:8), "o dom da fé refere-se a uma fé miraculosa que parece vir sobre alguns servos de Deus em tempos de crise e oportunidades especiais... (capacitando-os a) triunfar sobre tudo". (Donald Gee, citado por Myer Pearlman). Deve ser esse tipo de fé que estava na mente de Jesus quando exorta Seus discípulos em Mc 11:22 e MI 17:20, bem como na vida dos heróis da fé citados em Hb 11:4-38, de Pedro e João em At 3:1-8, de Paulo em At 27:21-26 e em outras passagens bíblicas. A fé é necessária para o exercício de todos os dons espirituais. Se não tivermos fé, não nos será possível "agradara Deus" (Hb 1:6a). IV - O DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS (1 Co 12:10) Segundo Kornfield, este dom capacita o crente a perceber e distinguir entre espíritos bons (anjos ou o Espírito Santo), espíritos maus (demônios) e espíritos humanos. No Novo Testamento, vemos as seguintes aplicações deste dom. 1. Identificação de espírito demoníaco disfarçado (At 16:16-18); 2. Identificação dos verdadeiros profetas (1 Co 14:29); 3. Identificação de falsas doutrinas (1 Jo 4:1-6); 4. Exemplos de Jesus (Jo 2:25; 3:1-3) e Pedro (At 5:3; 8:18-23). Em qualquer igreja local, onde os crentes se exercitam na prática dos dons espirituais (e isso deve acontecer em todas), deve estar em funcionamento o dom de discernimento de espíritos, que visa conservar o altar de Deus livre de fogo estranho (Lv 10:1). 3

4 V - O DOM DE MINISTÉRIO (Rm 12:7) A definição do dom de ministério não está muito clara nas Escrituras, mas parece que significa ajudar os outros em tudo que é necessário, para que certas tarefas sejam feitas para Deus. Alguns estudiosos pensam que aqui está em foco o ofício específico dos diáconos. Porém, apesar de estar naturalmente incluído, as funções aludidas neste versículo parecem ser muito mais amplas que aquelas que cabem aos diáconos. Pois o dom de ministério se aplica tanto ao serviço físico como ao serviço espiritual (At 6:1-4). Pessoas com este dom apóiam, servem, auxiliam e estimulam os irmãos que atuam em outras áreas, dando-lhes todo o apoio necessário para que o ministério da Igreja seja excelente. VI O DOM DE GOVERNO (Rm 12:8; 1 Co 12:28) Este dom envolve capacidade administrativa para presidir, decidir, gerenciar e executar projetos cristãos. De acordo com Champlin, é bem provável que os assuntos relacionados com os negócios da igreja, auxilio aos necessitados, além da conduta da adoração pública, caibam nos "governos", pois as pessoas assim dotadas sabem o que fazer e como fazê-lo, mantendo deste modo o funcionamento ordeiro da igreja local. Em primeiro lugar, trata-se de um dom, e somente em seguida é que envolve um "ofício". Por essa razão é que existem diáconos e anciãos ou pastores. Fica claro que este dom é imprescindível para os oficiais, bem como para todos os líderes da igreja; desde os membros da diretoria até os líderes de departamentos e ministérios, porém não como dominadores, mas modelos (I Pe 5:3). VII-O DOM DE EXORTAÇÃO (Rm 12:8) A palavra exortação aqui tem uma riqueza de significados que vai desde encorajar até confortar, conciliar e consolar. Este dom pode ser exercido de forma pública (At 14:21-22); à distância, através de cartas (Rm 12:1-2); e nos bastidores, através do aconselhamento, "ou demonstrando amor aos solitários e trazendo novas forças a quem está desanimado. Barnabé, o filho da consolação, evidentemente tinha esse dom e decerto valeu-se dele para fazer amizade com Saulo de Tarso, conforme relato de At 4:36 e 9:26-27" (John Stott). Este é um dom, às vezes, mal compreendido. Palavras duras são ditas em nome desse dom; quando na verdade, exortar é tudo aquilo que o Espírito Santo faz conosco para nos conservar em santidade (Jo 14:16, 26). VIII - O DOM DE CONTRIBUIÇÃO (Rm 12:8) Este dom envolve não somente as funções dos diáconos, na distribuição da propriedade pública da igreja, mas também a contribuição pessoal, e isto tem de ser feito "com generosidade, sem murmurações, com sinceridade, sem segundas intenções". (Stott). Essa idéia permeia toda a Bíblia, desde a prática do dízimo (Gn 28:20-22; Ne 10:37; Hb 7:8), as ofertas especiais para a construção do Tabernáculo (Ex 36:2-7) e do Templo (1 Cr 29:10-17), na forma de doações liberais, como a da viúva pobre (Lc 21:1-4), dos cristãos primitivos (At 4:32-37), e das diversas igrejas (2 Co 8:1-5; Fp 4:14-18). Duas observações finais devem ser feitas, 4

5 para evitar fugas estratégicas de nossos compromissos para com Deus e o Seu reino (Pv 3:9; Mt 6:33). 1. Se você é um cristão que possui muitos recursos financeiros, Deus pode ter-lhe dado essas riquezas juntamente com o dom da contribuição. Você já considerou isso?! Então comece com o dízimo! 2. Se você é um cristão de poucos recursos financeiros, precisa se lembrar que isto não o isenta de uma vida de contribuição liberal. Administre tudo como um bom mordomo de Deus. E comece também com o dízimo. IX - O DOM DE SOCORROS (Rm 12:8; 1 Co 12:28) Este dom refere-se àquela habilidade doada pelo Espírito Santo de Deus que capacita o crente a sentir a dor do outro como se fosse sua (Hb 13:2), levando-o a providenciar de forma prática e jubilosa, o alívio e a solução do problema (Hb 10:34). É claro que nem todos os crentes terão a mesma "dose de misericórdia" daqueles que foram dotados especialmente com este dom. Mas a Bíblia está cheia de exortações no sentido de que em nossos relacionamentos sejamos cheios de misericórdia assim como é o nosso Deus. E Jesus nos afirmou que são "bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5:7). CONCLUSÃO Deu para perceber que do ponto de vista das provisões de Deus (através dos dons), a Igreja cristã é completa (Ef 4:13). Porém, na prática, nós ainda identificamos muitas deficiências. E quando procuramos as respostas, percebemos que o problema é que muitos cristãos em particular, e a igreja em geral, descartam a doutrina bíblica dos dons, por considerarem perigosa ou desnecessária. Por isso, sugiro que aqueles que têm abandonado os princípios bíblicos que orientam os dons voltem-se para eles, e aqueles que têm desprezado os dons reexaminem a Palavra de Deus e voltem a praticá-los, pois do contrário seremos encontrados lutando contra Deus e Seus planos para a Igreja e para o mundo (Ef 4:11, 12). E quem tentar fazer isso já perdeu a guerra, porque o nosso Deus é invencível! (Jó 42:2). 5