Hoje: Moeda é um bem instrumental que facilita as trocas e permite a medida ou a comparação de valores.
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- Sebastiana Madeira Marinho
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1 DEFINIÇÃO DE MOEDA No passado: Uma mercadoria dotada de valor de troca e de uso, de aceitação geral e de fácil conservação, utilizável como instrumento para facilitação das trocas. Hoje: Moeda é um bem instrumental que facilita as trocas e permite a medida ou a comparação de valores. SISTEMA MONETÁRIO Conjunto das diversas moedas que circulam em um país, guardando entre si relações definidas de valor, em conformidade com normas legais estabelecidas pelas autoridades monetárias. - Tipos de Sistemas Monetários + os sistemas monetários podem ser classificados quanto ao tipo de garantia ou quanto à conversibilidade. - Quanto ao Tipo de Garantia + os sistemas monetários classificam-se em: Monometálicos e Bimetálicos. Sistema Monometálico é aquele no qual a garantia é representada por um único metal. Neste caso, devemos distinguir dois tipos: monometalismo-ouro e o monometalismo-prata. Sistemas Bimetálicos é aquele no qual a garantia é representada por dois metais (ouro e prata). Nesse sistema torna-se necessário o estabelecimento de uma relação legal de valor entre aqueles metais. - Quanto à Conversibilidade + Esta classificação compreende apenas aqueles sistemas cujo meio circulante seja representado por notas, uma vez que seria ilógico considerá-la para os sistemas monetários metálicos antigos, nos quais o meio circulante era representado unicamente por moedas confeccionadas em metal precioso. Sistema de moeda representativa ou de conversibilidade total: o valor das notas em circulação é exatamente igual ao valor do metal precioso depositado nos cofres dos Bancos Centrais ou do Tesouro. Diz-se, então, que a cobertura do sistema é de 100%. As notas podem ser apresentadas as autoridades monetárias e convertidas automaticamente em ouro ou prata. Essas mesmas notas, conversíveis, constituem o que se denomina moeda-papel. 1 Sistema de moeda de conversibilidade parcial: Como a produção mundial de ouro é restrita, os governos começaram a emitir moedapapel além do lastro metálico. Para evitar abusos, os governantes fixaram um percentual de 40%, 30%, 25% ou menos, para emissão de moeda-papel. O que na pratica nunca foi cumprido. Note-se que mesmo a cobertura do meio circulante não sendo de 100% o portador da moeda-papel, ainda tinha o direito de convertê-la em metal precioso quando bem entendesse. 1 Não confundir com papel-moeda.
2 Sistema de moeda inconversível: Nele, as notas não são mais conversíveis em metal precioso, embora possam existir reservas metálicas em poder do governo. Essas notas inconversíveis em metal passaram a ser denominadas papel-moeda. É neste momento que é estabelecido o curso forçado das notas. Contudo, o valor do papel-moeda provém de sua aceitação geral e de seu curso legal. Enquanto a comunidade aceitar não haverá problemas. SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO No governo Itamar Franco, pela Medida Provisória n.º 336, de 28/07/1993 (aprovado pela Lei n.º 8.697, de 27/08/93), foi criado o cruzeiro real (CR$), dividido em cem centavos e equivalente a mil cruzeiros, vigorando a partir de 01/08/93. Ainda no governo de Itamar Franco, pela Medida Provisória n.º 434, de 27/02/94 e Lei n.º 8.880, de 27/05/94, foi instituída a Unidade Real de Valor (URV) para servir como padrão de valor monetário. Previu-se também, sua transformação futura em uma nova unidade monetária, o REAL. Os vários valores passaram, progressivamente, a ser expressos em URVs, que correspondiam a um certo número de cruzeiros reais. O valor da URV era determinado diariamente pelo Banco Central do Brasil. Pela Medida Provisória n.º 542, de 30/06/94, posteriormente convertida na Lei n.º 9.069, de 29/06/95, a unidade do Sistema Monetário Nacional, passou, a partir de 01/07/94, a ser o Real. Os valores anteriormente expressos em URVs passaram a ser expressos em reais, observando-se o valor da URV em 30/06/94 (2.750 cruzeiros reais). Assim, tivemos a seguinte relação de equivalência: MEIOS DE PAGAMENTO R$ 1,00 = 1 URV = CR$ 2.750,00 Além da moeda normalmente emitida pelo poder público, os membros de uma comunidade econômica também se utilizam da chamada moeda escritural, para a realização de suas transações. - Moeda Escritural vem a ser aquela representada pelos depósitos existentes nos bancos ou outras instituições de crédito e que se encontrem à livre disposição dos seus depositantes. Obs: a moeda escritural consiste nos depósitos que os indivíduos mantêm nos bancos e não nos cheques ou outros títulos de crédito, os quais vem a ser apenas uma ordem para movimentar a moeda escritural. Pelo exposto, verifica-se que os meios de pagamento de uma comunidade, em um dado momento, são representados não apenas pela moeda legal emitida pelos poderes públicos como também pelos depósitos em bancos. Do total de moeda legal emitida são deduzidos os encaixes bancários em poder dos bancos centrais ou comerciais, uma
3 vez que tais importâncias encontram-se congeladas. Por sua vez, do total de depósitos bancários são deduzidos os depósitos a prazo fixo, porque estes não se encontram disponíveis. Desse modo, a fórmula utilizada para o cálculo dos meios de pagamento da comunidade passa a ser a seguinte: Meios de pagamento = moeda legal emitida encaixes bancários + depósitos bancários à vista. A moeda legal emitida, menos os encaixes bancários nos fornece a chamada moeda em poder do público. Assim podemos também representar os meios de pagamentos da maneira seguinte: Meios de pagamento = moeda em poder público + depósitos bancários à vista. O conceito apresentado até aqui é chamado de conceito clássico ou restrito. Conforme o interesse das autoridades monetárias de um país, porém, poderá haver outros conceitos mais amplos. O PROBLEMA DO VALOR DA MOEDA Podemos considerar o valor da moeda em termos do seu conteúdo em ouro. Outra maneira de aferir o valor de uma moeda seria relacioná-la com uma outra moeda estrangeira. Se, digamos, o preço do dólar passar de R$ 1.00 para R$ 3.00, diremos ter havido uma perda do valor do real, pois será necessária maior quantidade de reais para adquirirmos um dólar. Finalmente, uma terceira maneira seria medirmos as variações do poder aquisitivo da moeda. Quando se considera a moeda como denominador: Mercadoria A Custa R$ 100,00 Mercadoria B Custa R$ 20,00 Quando se considera a mercadoria ou serviço Mercadoria A R$ 1,00 equivale 1/100 Mercadoria B R$ 1,00 equivale 1/20 Observa-se que R$ 1,00 pode comprar parte da mercadoria A e da B. O valor da moeda, portanto, ou seu poder aquisitivo nada mais será do que o representado pela quantidade de bens ou serviços que pode ser adquirida com uma unidade monetária. Assim, quanto mais elevados os preços, menores quantidades de mercadorias poderemos adquirir com a mesma unidade monetária. Portanto, quando os preços se elevam o valor da moeda diminui e vice-versa. Nesse sentido, chegaremos à conclusão
4 de que a variação do valor da moeda nos é dada pela variação dos inversos dos preços das mercadorias e serviços. CONSTRUÇÃO DE ÍNDICES MONETÁRIOS Preliminarmente, temos de tomar um determinado período como ponto de referência. Suponhamos que se queira construir índices monetários a partir do ano de 1991; este ano será, então, o ponto de referência ou o ano-base. VIDE TABELA NA PAGINA 35 DO LIVRO Tendo em vista que o índice para 1991 é igual a 0,012, o valor da moeda será representado pelo inverso desse índice, ou seja, 1/0,012. Essa valor será considerado como equivalente a 100, em virtude de ser o correspondente ao ano que escolhemos como base. Os valores para os anos seguintes serão obtidos aplicando-se o processo de regra de três direta. Onde: VM! = Índice do valor da moeda no período considerado; IP = índice geral de preços no período-base; IP! = índice de preços no período considerado. Exemplo: 1992: V.Moeda = 0,012 x 100 = 9,44 0,127 Note-se que o índice do valor da moeda jamais chegará a zero. Vamos supor que a moeda nacional se desvalorize tanto, que tenhamos que encher um caminhão de notas de R$ 100,00 para comprar uma caixa de fósforos, mesmo assim ela ainda valerá alguma coisa. Correção de Valores Monetários Além da função de intermediária de trocas, a moeda exerce uma outra função, também muito importante, que é a de medida de valores. Assim, é normal exprimirmos o valor de bens e serviços em termos monetários: Reais, Dólares, Libra, etc. Mas, a moeda é um padrão imperfeito de medida. Um quilo ou um metro quadrado em 1950 era idêntico ao quilo ou ao metro quadrado de hoje. Porém, uma unidade monetária de 1950 não era a mesma coisa do que uma unidade monetária de hoje. VIDE PAGINA 38 E 39 DO LIVRO.
5 EXERCÍCIOS 1º Com base no Índice Geral de Preços (média anual) apure o índice geral da moeda para os mesmos anos. Índice Geral de Preços Índice de valor da Moeda (média anual) , , , , , , , , , , , (média anual) 2º Aplique a correção de valores monetários nos valores abaixo. Valor de Vendas milhões milhões milhões milhões milhões milhões
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