Aula 12. Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

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1 Turma e Ano: Curso de Direito Processual Civil 2015 módulo B Matéria / Aula: ROC/RESP Aula 12 Professor: Edward Carlyle (Juiz Federal) Monitor: Lino Ribeiro Aula 12 RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL A palavra ordinário significa proteção do direito subjetivo das partes e como consequencia o STF/STJ poderá analisar matéria de fato, análise de provas e poderá aplicar efeito devolutivo para analisar os outros fundamentos. Hipóteses de cabimento ROC STF ART. 102, II DA CF Art Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; b) o crime político; Cabível somente nos casos de MS/HD/MI; Tem que ser decididos em única instância, significa ações de competência originária; Pelos tribunais superiores (STJ, TSE, TST E STM); se denegatória a decisão: o improcedência do pedido; o sentença(acordão) terminativo(sem resolução do mérito). obs.: tem que ser uma sentença final. Se não for denegatória o recurso cabível será o extraordinário. ROC STJ ART. 105, II, b DA CF e ART , II, a CPC/2015 (ART. 539, II, a, CPC/73) Art CF Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

2 II - julgar, em recurso ordinário: a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; Art NCPC Serão julgados em recurso ordinário: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; Art CPC/73 Serão julgados em recurso ordinário: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; Cabível somente nos casos de MS decidido em única instância pelos tribunais regionais federais ou tribunais de justiça dos Estados, DF e Territórios quando denegatória a decisão. Se for favorável cabe RESP e REXT; ROC STJ Art. 105, II, c da CF Eart , II, b CPC/2015 (art. 539, II, b) Art CF Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; Art NCPC Serão julgados em recurso ordinário: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 1 o Nos processos referidos no inciso II, alínea b, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art

3 2 o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts , 3 o, e 1.029, 5 o. Art CPC/73 Serão julgados em recurso ordinário: II - pelo Superior Tribunal de Justiça: b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. Parágrafo único. Nas causas referidas no inciso II, alínea b, caberá agravo das decisões interlocutórias. Art CF Aos juízes federais compete processar e julgar: II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; competência do juiz federal de 1º grau por força do artigo 109, II, da CF; Como é decidido por sentença e o recurso cabível será o ordinário para o STJ Art. 36 e 37 da lei 8038/90 Art Nas causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, município ou pessoa domiciliada ou residente no País, caberá: I - apelação da sentença; II - agravo de instrumento, das decisões interlocutórias. Art Os recursos mencionados no artigo anterior serão interpostos para o Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, o disposto no Código de Processo Civil. Natureza jurídica do ROC: o APELAÇÃO quando for proferido contra sentença; o AGRAVO DE INSTRUMENTO quando for de decisão interlocutória, de acordo com o artigo do NCPC. Art Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo;

4 III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, 1 o ; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Efeitos do ROC: o Efeito devolutivo; o Efeito suspensivo: Será adotado o entendimento de outrora. No caso do art. 539, II, b, CPC/73 como a apelação tem efeito suspensivo o ROC também vai ter; Nas demais hipóteses em tese não têm efeito suspensivo, mas pode obter os efeitos suspensivos por meio do art , 5º do NCPC; Art O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 5 o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial

5 poderá ser formulado por requerimento dirigido: I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art Art Ao recurso mencionado no art , inciso II, alínea b, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 1 o Na hipótese do art , 1 o, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 2 o O recurso previsto no art , incisos I e II, alínea a, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. 3 o Findo o prazo referido no 2 o, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade. Com base no art do NCPC não faz mais juízo de admissibilidade no tribunal de origem. Agora ficou a cargo do STJ. RECURSO ESPECIAL Art. 105, III, da CF Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

6 c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. É o recurso de competência exclusiva do STJ interposto contra acórdãos proferidos em única ou última instância; Objeto - acórdãos: o Natureza de sentença; o Natureza de decisão interlocutória. Obs.: No CPC/73 quando a natureza do acórdão fosse de decisão interlocutória o recurso seria retido, no entanto essa distinção para o NCPC não é relevante, porque não tem mais a opção do recurso retido. Esgotar todos os recursos ordinários porventura cabíveis Proferidos em única ação de competência originária; E última instância competência recursal. Pelos TJ s e TRF s (o STJ é órgão de cúpula desses tribunais). Não cabe RESP de turma recursal. EXCEPCIONALMENTE cabe Reclamação para o STJ de acórdão da Turma recursal, posição da jurisprudência 1. Não cabe RESP: Decisão monocrática; Acórdão de outros tribunais; Acórdão de Turma Recursal; Quando não esgotáveis os recursos cabíveis; 1 Processo Rcl / MG RECLAMAÇÃO 2014/ Relator(a) Ministro MOURA RIBEIRO (1156) Órgão Julgador S2 - SEGUNDA SEÇÃO Data do Julgamento 14/10/2015 Data da Publicação/Fonte DJe 16/10/2015 Ementa CIVIL. RECLAMAÇÃO. DIVERGÊNCIA ENTRE ACÓRDÃO PROLATADO POR TURMA RECURSAL E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ CONSOLIDADA NA SÚMULA Nº 474 DO STJ. INDENIZAÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. INVALIDEZ PARCIAL PERMANENTE. VALOR PROPORCIONAL AO GRAU DA LESÃO. TABELA ELABORADA PELO CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP. VALIDADE. PROCEDÊNCIA DA RECLAMAÇÃO. 1. Segundo o enunciado nº 474 da Súmula desta Corte, a indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez. 2. É valida a utilização da tabela elaborada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP na quantificação do valor da indenização a ser paga pelo seguro DPVAT, na hipótese de invalidez parcial permanente. 3. Reclamação procedente. Acórdão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Senhores Ministros da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, em julgar procedente a reclamação, determinando que o pedido indenizatório seja arbitrado de forma proporcional ao grau de invalidez nos termos da jurisprudência desta Corte, confirmando a liminar anteriormente deferida, tornando vencedora a seguradora e afastando a sua condenação em honorários advocatícios, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Jurisprudência/STJ - Acórdãos Página 1 de 2 Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Paulo de Tarso Sanseverino, Maria Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi e Marco Aurélio Bellizze votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro João Otávio de Noronha. Consignada a presença da Dra. ANA PAULA ALMEIDA NAYA DE PAULA, pela RECLAMANTE SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO - DPVAT S.A, dispensada a sustentação oral.

7 HIPOTESES DE CABIMENTO DO RESP ART. 105, III, A DA CF Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; Contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhe vigência; o CONTRARIEDADE: Deixar de aplicar a lei federal quando cabível; Aplicar incorretamente a lei federal quando cabível; Interpretar incorretamente a lei federal em desacordo com a interpretação correta dada pelo STJ o NEGAR VIGÊNCIA: Deixar de aplicar a lei federal quando cabível esclarecendo as razões pelas quais deixou de fazê-lo Obs.: uma corrente minoritária capitaneada por Mantovanni Colares Cavalcanti inverte e considera a contrariedade como se fosse negar vigência e negar vigência como se fosse contrariedade. o LEI FEDERAL: não abrange somente a lei, abrangem também a medida provisória, leis estrangeiras (em sentido material), decretos, mas não abrange regimento interno dos tribunais, portaria ministeriais, provimentos autárquicos, resoluções e regulamentos. Obs.: matéria constitucional não pode ser objeto do STJ. Lei local é competência do STF e não do STJ. Súmula 5 e 7 do STJ Súmula 5 A SIMPLES INTERPRETAÇÃO DE CLAUSULA CONTRATUAL NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL.

8 Súmula 7 A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL. Obs.: Súmula 5 - exceção - de acordo com o STJ, por exemplo se o RESP necessitar de interpretação de uma cláusula para identificar o tipo de relação jurídica discutida ai é admitida o RESP. Súmula 7 exceção cabe RESP quando for para valorar a prova. ART. 105, III, B DA CF Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; Válido; Ato de governo local ato praticado pela cúpula dos poderes dos estados e municípios; o Municípios: Prefeito; Câmara dos vereadores. o Estados: Governador do Estado; Assembleia legislativa; Presidente do Tribunal de Justiça. Contestada em face de lei federal. ART. 105, III, B DA CF Art Compete ao Superior Tribunal de Justiça: III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,

9 quando a decisão recorrida: c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. TRF 2ª REGIÃO POSIÇÃO X RESP 105,III, c CF TRF 4ª REGIÃO POSIÇÃO Y Divergência atual; Súmula 13 do STJ Súmula 13 A DIVERGENCIA ENTRE JULGADOS DO MESMO TRIBUNAL NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL. Súmula 83 do STJ Súmula 83 NÃO SE CONHECE DO RECURSO ESPECIAL PELA DIVERGENCIA, QUANDO A ORIENTAÇÃO DO TRIBUNAL SE FIRMOU NO MESMO SENTIDO DA DECISÃO RECORRIDA.