Curvas Planas em Coordenadas Polares

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Curvas Planas em Coordenadas Polares"

Transcrição

1 Curvas Planas em Coordenadas Polares Sumário. Coordenadas Polares Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas Exercícios

2 Unidade Coordenadas Polares Neste capítulo veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados, há curvas no plano cuja equação toma um aspecto muito simples em relação a um referencial não cartesiano.. Coordenadas Polares Definição Um sistema de coordenadas polares ρ no plano consiste de um ponto, denominado pólo ou origem, de uma semirreta, com origem em, denominada eixo polar, e de uma unidade de comprimento utilizada para medir a distância de a um ponto qualquer do plano. Dado um ponto P do plano, suas coordenadas nesse sistema são ρ e, onde ρ é a distância de P a e é a medida do ângulo do eixo polar para a semirreta P. Escrevemos, então (Figura.): P = ( ρ, ) Convencionamos que a medida do ângulo tomada de sentido anti-horário é positiva, e negativa no sentido horário. P Figura.: Coordenadas polares. para P no primeira coordenada polar ρ de um ponto distinto do pólo é sempre maior que zero, pois representa a distância do ponto ao pólo. Mas podemos tomar também valores negativos para ρ, convencionando-se, neste caso, marcar a distância ρ na semirreta oposta à semirreta CD, ou seja, o ponto P = (ρ, ), com ρ < 0, corresponde ao ponto P = ( ρ, + π). Se a primeira coordenada polar de um ponto é zero, então esse ponto é o pólo. ângulo do P π ρ = ρ Figura.: (ρ, ) = ( ρ, + π) pólo não está denido. Convencionamos que (0, ) são as coordenadas polares do pólo, para todo ângulo. Podemos usar a medida dos ângulos em radianos ou em graus. Por exemplo, P = (, 30 ) = (, π/6).

3 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade par (ρ, ) determina, de maneira única, um ponto do plano. No entanto, um ponto no plano pode ser determinado por meio de várias coordenadas polares distintas, pois, de acordo com a construção acima, as medidas e +πk, onde k Z, estão associadas ao mesmo ângulo e, portanto, (ρ, ) e (ρ, + πk) representam o mesmo ponto do plano. lém disto, como (ρ, ) = ( ρ, + π) se ρ < 0, então ( ρ, + π) = (ρ, + π) = (ρ, ) se ρ > 0. ssim, (ρ, ) = (ρ, + πk) = ( ρ, + (n + )π) quaisquer que sejam k, n Z e ρ R. Nisso, o sistma polar difere do sistema cartesiano, no qual existe uma correspondência biunívoca entre as coordenadas e os pontos do plano. Mas, se o ponto P não for a origem e se restringimos ρ e aos intervalos (0, + ) e [0, π), respectivamente, existirá apenas um par de coordenadas polares (ρ, ) para P. s pontos P = (, 0 ), P = (, π/), P 3 = (, 0 ) e P = (, π/3) estão ilustrados na gura.3. Exemplo π 3 P P 3 π P P Figura.3: Pontos P, P, P 3 e P no sistema ρ Podemos representar esses pontos também com as seguintes coordenadas polares: P = (, 360 k) = (, 360 n + 80 ); P = (, π/ + πk) = (, π/ + π + πn) = (, 3π/ + πn), P 3 = (, 360 k) = (, n) e P = (, π/3 + πk) = (, π/3 + π + πn) = (, π/3 + πn) = (, n) para todos k e n inteiros. 3

4 Unidade Coordenadas Polares Exemplo conjunto C dos pontos P = (ρ, ) que satsifazem a equação ρ = 3 é o conjunto dos pontos cuja distância ao pólo é igual a 3. u seja, C = {(ρ, ) ; ρ = 3 e R} ρ=3 P é o círculo de centro e raio igual a três. C Figura.: Círculo C bservação equação ρ = 3 também é uma equação polar do círculo acima. Em geral, ρ = a é a equação polar de um círculo de raio a centrado na origem. Exemplo 3 Seja r o conjunto dos pontos P = (ρ, ) do plano que satisfazem a equação polar = π, ou r seja, 0 = π r = {(ρ, ) ; ρ R e = π/}. Então, r é a reta que passa pelo pólo e tem inclinação 0 = π/ com respeito ao eixo polar. Figura.5: Reta r : = π/ bservação 3 Qualquer reta que passa pelo pólo tem equação polar da forma = 0, onde 0 é uma constante. lém disso, = 0 + πk e = 0 + (k + )π, k Z, representam a mesma reta no plano. Vamos obter agora a equação polar de uma reta r que não passa pelo pólo. Proposição Seja ρ um sistema de coordenadas polares no plano. Sejam r uma reta que não passa pelo pólo, λ a distância do pólo a r e α o ângulo que o eixo polar forma com a semirreta de origem no pólo que é perpendicular a r (Figura.6). Então, um ponto P de coordenadas polares (ρ, ) pertence a r se, e somente se: ρ cos( α) = λ (.)

5 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade α λ=d(, r) Q r Figura.6: Reta r no sistema ρ Seja Q o ponto de interseção de r com a perpendicular a r contendo o pólo. Sabemos que P = (ρ, ) pertence a reta r se, e somente se, a projeção ortogonal do vetor P sobre o vetor Q coincide com Q, isto é: P r Proj Q P = Q. Seja β = P Q. Então, β = α ou β = α, dependendo da posição do ponto P (veja as guras.7), onde P = ( P, ) e Q = ( Q, α) são os pontos no sistema ρ. Note que cos β está bem denido, pois cos( α) = cos(α ). P r Demonstração β α Q α β Q r P Figura.7: Nas guras acima, a medida do ângulo α é tomada de para Q e a medida do ângulo é tomada de para P e Como concluímos: P = ρ, Q = λ, cos β = cos( α) = cos(α ), Proj Q P Q cos β P = Q Q = λ P (cos β) Q, 5

6 Unidade Coordenadas Polares Proj Q P = Q λ P cos β Q = Q λ P cos β = P cos β = λ ρ cos( α) = λ. Exemplo Seja ρ um sistema de coordenadas polares no plano. equação polar da reta r cuja distância ao pólo é igual a 3 tal que o ângulo que a semirreta perpendicular a r, com origem no pólo, forma com o eixo polar tem medida π/, é: r : ρ cos( π/) = 3. r π Figura.8: r : ρ cos( π/) = 3.. Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas. Seja ρ um sistema de coordenadas polares no plano. Consideremos o sistema cartesiano ortogonal tal que o eixo polar seja o semieixo positivo e o eixo seja obtido rotacionando de 90 o no sentido positivo. dmitamos a mesma unidade de medida nos dois sistemas (Figura.9). y =ρ sen ρ P x=ρ cos Figura.9: Sistemas de coordenadas; polar ρ e cartesiano Seja P um ponto no plano tal que P = (ρ, ), no sistema ρ, e P = (x, y), no sistema. Então, as relações entre essas coordenadas são dadas por: x = ρ cos e y = ρ sen (.) 6

7 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade Dessas relações, obtemos: x = ρ cos, y = ρ sen, cos = x ρ, sen = y ρ e y x = sen cos = tg, de onde concluímos: cos = x x + y, sen = y x + y, ρ = x + y, e tg = y x (.3) De fato, para obter a primeira relação, basta observar que: x + y = ρ (cos + sen ) = ρ, o que implica ρ = ρ = x + y, pois ρ 0. s duas relações seguintes são substituições diretas da expressão de ρ em cos = x ρ e sen = y ρ. Podemos considerar também ρ = ρ = x + y. Neste caso, devemos considerar o ângulo tal que cos x = x + y e sen y = x + y para continuarem válidas as igualdades x = ρ cos e y = ρ sen. Como cos = cos e sen = sen, vemos que = + π, o que justica a convenção feita anteriormente que (ρ, ) e ( ρ, + π) representam o mesmo ponto em coordenadas polares. Convenção: Daqui em diante, sempre que zermos referência a um sistema polar ρ e a um sistema cartesiano, no mesmo contexto, admitiremos que o semieixo positivo é o eixo polar, caso este último não tenha sido denido explicitamente. Determine as coordenadas cartesianas ou polares dos seguintes pontos: (a) P = (ρ, ) = (, π/). Solução. Como ρ = e = π/, temos que x = ρ cos = cos π =0 y = ρ sen = sen π = são as coordenadas cartesianas de P. P Figura.0: P = (, π/) ρ e P = (0, ) Exemplo 5 7

8 Unidade Coordenadas Polares (b) P = (x, y) = (, ). Solução. Sendo x = e y =, temos que ρ = x + y = + =, cos = e sen =. Então, = π/ ou = π/ + πk, k Z, e P = (ρ, ) = (, π/) = (, π/ + πk) = (, 3π/ + πk), k Z, é o ponto P dado em coordenadas polares. (c) P = (ρ, ) = (, π/3). Solução. Sendo P = (, π/3) = (, π/3 + π) = (, π/3), temos que x = cos π/3 = cos π/3 =, y = sen π/3 = sen π/3 = 3 são as coordenadas cartesianas do ponto P. ρ= = π P Figura.: P = (, ) e P = (, π/) ρ π 3 P 3 π 3 Figura.: P = (, π/3) ρ e P = (, 3) (d) P = (x, y) = (, 5). Solução. Como x = e y = 5, temos que ρ = + 5 = = cos 0 = 5 sen 0 =. 5 ρ= = 0 P Portanto, (ρ, )=(, 0 )=(, 0 + π) Figura.3: P = (, 5) e é o ponto P dado em coordenadas polares. P = (, 0 ) ρ Exemplo 6 Seja r o lugar geométrico denido pela equação polar = 3π. Sabemos, pela denição de coordenadas polares, que r é o conjunto de todos os pontos P = (ρ, 3π/), com ρ R, tais que o ângulo entre o semieixo 8

9 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade positivo e o vetor P é 3π, se ρ > 0, ou 7π, se ρ < 0. u seja, r é a reta que passa pela origem e tem coeciente angular igual a tg 3π = tg 7π =. P y Então, r : y = x. 3π u, usando a mudança de coordenadas (.3), obtemos também, substituindo y = tg na equação polar dada, que x y x = tg 3π = y = x. x 7π y x P Figura.: Reta = 3π. Seja r : x = a, com a 0, a reta vertical que corta o eixo no ponto (a, 0). Então, pela equação polar ρ cos( α) = λ de uma reta que passa pela origem, temos que r : ρ cos = a, pois α = 0 e λ = a se a > 0 ou, α = π e λ = a se a < 0. u, usando diretamente as equações de mudança de coordenadas (.), obtemos também r : ρ cos = a. r r Exemplo 7 π a a Figura.5: r : x = a, a > 0 Figura.6: r : x = a, a < 0 De modo análogo, podemos vericar que ρ sen = b é a equação polar da reta horizontal y = b que corta o eixo no ponto (0, b), com b 0. Seja r a reta de equação polar ρ cos( π/3) =. Pela Proposição, a reta l perpendicular à reta r, que passa pela origem, tem inclinação π/3 e intersecta r no ponto Q = (ρ 0, 0 ) = (, π/3). Logo, u = (cos π/3, sen π/3) = Exemplo 8 9

10 Unidade Coordenadas Polares (/, 3/) é um vetor normal a r e Q = (x o, y o ) = ( cos π/3, sen π/3) = (, 3) é um ponto de r. ssim, x 3 + y = x + 3 y = é a equação cartesiana de r. Podemos também encontrar a equação cartesiana de r da seguinte maneira. Pela identidade: cos(a b) = cos a cos b + sen a sen b, temos: ( ρ cos π ) = 3 ρ cos cos π 3 + ρ sen sen π 3 =. Logo, como x = ρ cos, y = ρ sen, cos π 3 = e sen π 3 3 =, segue que x + y 3 = x = 3 y =, é a equação cartesiana de r. l λ= α= π 3 Figura.7: Reta r r Exemplo 9 Seja a curva C de equação polar ρ = a cos, com a > 0. Utilizando as relações (.3) para obter a equação correspondente no sistema cartesiano, temos (Figura.8): ρ = a cos ± x + y ±x = a x + y x + y = ax. Completando o quadrado na última equação, obtemos: (x a) + y = a, que é a equação do círculo de centro (a, 0) e raio a. y =ρ sen a a ρ=a cos P x=ρ cos Figura.8: ρ = a cos. Em geral, o círculo no plano é caracterizado em termos das coordenadas polares de acordo com a seguinte proposição. 0

11 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade Sejam ρ um sistema de coordenadas polares no plano, P 0 = (ρ 0, 0 ) ρ um ponto desse plano e r um valor positivo. Então o conjunto dos pontos P = (ρ, ) ρ que pertencem ao círculo de centro P 0 e raio r satisfazem a seguinte equação em coordenadas polares: Proposição 5 ρ + ρ 0 ρ 0 ρ cos( 0 ) = r Consideremos o sistema de coordenadas cartesianas tal que o eixo positivo coincida com o eixo polar e o eixo seja obtido rotacionando o eixo de 90 o no sentido positivo. No sistema, temos: P 0 = (ρ 0 cos 0, ρ 0 sen 0 ) e P = (ρ cos, ρ sen ). Sabemos que o círculo de centro P 0 e raio r é o conjunto dos pontos do plano cuja distância a P 0 é igual a r. Então: d(p, P 0 ) = r (ρ cos ρ 0 cos 0 ) + (ρ sen ρ 0 sen 0 ) = r ρ cos + ρ 0 cos 0 ρ 0 ρ cos 0 cos + ρ sen +ρ 0 sen 0 ρ 0 ρ sen 0 sen = r ρ (cos + sen ) + ρ 0 (cos 0 + sen 0 ) ρ 0 ρ (cos 0 cos + sen 0 sen ) = r ρ + ρ 0 ρ 0 ρ cos( 0 ) = r. Demonstração No desenvolvimento acima, calculamos a expressão da distância entre dois pontos em termos de coordenadas polares. Isto é, se P 0 = (ρ 0, 0 ) e P = (ρ, ), então: d(p 0, P ) = ρ 0 + ρ ρ 0 ρ cos( 0 ) bservação 6 Seja C um círculo que contém a origem e tem centro C = (a, b). Então, a sua equação cartesiana é Exemplo 0 x + y ax by = 0. (.) Pelas mudanças de coordenadas (.), temos que a equação (.), em coordenadas polares é

12 Unidade Coordenadas Polares ρ aρ cos bρ sen = 0 ρ(ρ a cos b sen ) = 0 ρ = 0 ou ρ = a cos + b sen. Como a equação ρ = 0 representa apenas a origem, que também satisfaz à equação ρ = a cos + b sen, pois = (0, 0 ), onde 0 é tal que cos 0 = b a + b e sen a 0 = a, obtemos que + b é uma equação polar de C. ρ = a cos + b sen (.5) Quando b = 0, a equação (.5) torna-se ρ = a cos que é uma equação polar do círculo C de centro (a, 0) e raio igual a a. Portanto, neste caso, C é tangente ao eixo na origem. C C a a a a Figura.9: C : ρ = a cos, a > 0 Figura.0: C : ρ = a cos, a < 0 Se a = 0, temos que C : ρ = a cos é uma equação polar do círculo de centro (0, b) e raio igual a b. Neste caso, C é tangente ao eixo na origem. b C b b b C Figura.: C : ρ = b sen, b > 0 Figura.: C : ρ = b sen, b < 0 Exemplo Considere o círculo C : (x ) + y = de centro C = (, 0) e raio igual a. Substituindo as relações ρ = x + y, x = ρ cos e y = ρ sen na equação cartesiana do círculo:

13 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade (x ) + y = x + y x + = 0, obtemos que: ρ ρ cos + = 0 (.6) é a equação que relaciona as coordenadas polares de um ponto de C. círculo, (ρ 0, 0 ) = (, 0) é o centro dada em coordenadas polares. Logo, ρ = cos ± 6 cos 8 ρ = cos ± 6 sen ρ = cos ± sen. bserve que o discriminante da equação.6 é zero, se e somente se, sen = sen = ± = ± = ±π, e que a equação.6 tem duas soluções se, e somente se, sen > 0 sen < sen < y =x Nesse ( π, π ). P C C P y = x Figura.3: Círculo C e arcos C e C Note também que as retas r : y = x e r : y = x, que passam pela origem e fazem ângulos π/ e π/, respectivamente, com o semieixo positivo, são tangentes ao círculo C nos pontos P = (, ) e P = (, ), pois: e (x, y) C r x = y e (x ) + x = x = y e (x ) = 0 x = e y = (x, y) = (, ) = P, 3

14 Unidade Coordenadas Polares (x, y) C r x = y e (x ) + ( x) = x = y e (x ) = 0 x = e y = (x, y) = (, ) = P. ssim, ρ = cos [ sen, π, π ], é a equação polar do arco C, contido no semiplano x, e ρ = cos + ( sen, π, π ), é a equação polar C = C C. té agora esboçamos uma curva dada por sua equação polar apenas quando esta curva é uma reta ou um círculo. Para esboçarmos uma curva qualquer dada em coordenadas polares ou em coordenadas cartesianas, é bastante útil conhecer suas simetrias para simplicar a nossa análise. Dizemos que uma curva C é simétrica com respeito a uma reta l (ou a um ponto R) se, e somente se, para todo ponto P C, existir um ponto Q C tal que P e Q sejam simétricos em relação a l (a R, respectivamente). Logo, pelo visto nos Capítulos 9 e 0, uma curva C é simétrica com respeito ao eixo quando: (x, y) C (x, y) C; ao eixo quando: (x, y) C ( x, y) C; à origem quando: (x, y) C ( x, y) C; à reta y = x quando: (x, y) C (y, x) C; à reta y = x quando: (x, y) C ( y, x) C, onde (x, y) são as coordenadas cartesianas de um ponto. Então, se C é uma curva dada em coordenadas polares, temos que C é simétrica em relação ao eixo polar quando (ρ, + πk) C (ρ, ) C ou ( ρ, + π + πk) C para algum k Z. Com efeito, se (ρ, ) são as coordenadas polares de um ponto cujas coordenadas cartesianas são (x, y), então (ρ, + πk) e ( ρ, + π + πk), para todo inteiro k, são as coordenadas polares do ponto de coordenadas cartesianas (x, y) (Figura.).

15 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade ρ (x, y) (x, y) Figura.: Simetria em relação ao eixo De modo análogo, podemos mostrar que uma curva C em coordenadas polares é simétrica à reta = π/ quando: (ρ, ) C (ρ, π + πk) C ou ( ρ, + πk) C, para algum k Z (Figura.5). à origem quando: (ρ, ) C (ρ, +π+πk) C ou ( ρ, +πk) C, para algum k Z (Figura.6). ( x, y) (x, y) (x, y) ρ ρ ρ ( x, y) Figura.5: Simetria em relação à reta = π/ Figura.6: Simetria em relação à origem à reta = π/ quando: (ρ, ) C (ρ, π/ +πk) C ou ( ρ, 3π/ + πk) C, para algum k Z (Figura.7). à reta = 3π/ quando: (ρ, ) C (ρ, 3π/ +πk) C ou ( ρ, π/ + πk) C, para algum k Z (Figura.8). 5

16 Unidade Coordenadas Polares (y, x) ( y, x) ρ ρ (x, y) (x, y) ρ ρ Figura.7: Simetria em relação à reta = π/ Figura.8: Simetria em relação à reta = 3π/ Exemplo curva C : ρ = cos é simétrica com respeito ao eixo polar (eixo ), pois (ρ, ) C se, e só se, (ρ, ) C. De fato, como cos( ) = cos, temos ρ = cos = cos( ). Mas, as coordenadas polares ( ρ, π ), que é outra representação do ponto (ρ, ), não satisfaz à equação polar de C, pois, caso contrário, teríamos ρ = cos(π ) = + cos, uma contradição, uma vez que ρ = cos. esboço desta curva será feito no Exemplo 3, item (a). Para testar as simetrias, é preferível, como mostra o exemplo acima, usar as coordenadas cartesianas de um ponto, devido à multiplicidade de possibilidades em coordenadas polares. No exemplo 3 faremos o esboço aproximado de algumas curvas dadas por suas equações em coordenadas polares. penas aproximado, porque, para fazermos um esboço ideal, precisaríamos analisar em quais intervalos do eixo (ou do eixo ) a curva é uma função crescente ou decrescente e convexa ou côncava da variável x (ou, respectivamente, da variável y). Exemplo 3 Faça um esboço da curva: (a) C : ρ = cos. Solução. Primeiro observe que ρ 0 para todo. Substituindo ρ = x + y x e cos = na equação polar de C, obtemos a equação x + y 6

17 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade cartesiana da curva: C : x + y = x x + y C : x + y = x + y x C : (x + y + x) = x + y. Como (x, y) C (x, y) C, a curva é simétrica com respeito ao eixo. Então, para esboçá-la, basta analisar ρ = cos para [0, π], pois a função cos é periódica de período π. Uma vez que a função cos é decrescente no intervalo [0, π], variando de a quando varia de 0 a π, e cos π = 0, segue que ρ é decrescente no intervalo [I0, π], ρ = 0 se = 0, ρ = se = π, e ρ = se = π. ssim, o esboço de C, no intervalo [0, π], é o mostrado na Figura.9. C Figura.9: Curva C com [0, π] Pela simetria em relação ao eixo, o esboço de C é o dado na Figura.30. C Figura.30: Curva C com [0, π] É possível mostrar que ρ = cos é a equação polar de uma cardióide, estudada no Capítulo 0, tal que os círculos Γ e C têm raios iguais a e 7

18 Unidade Coordenadas Polares Γ está centrado no ponto (, 0). (b) C : ρ = + sen. Solução. Pela relação trigonométrica sen = sen cos, obtemos que ρ = + sen cos. lém disso, como ρ 0 para todo R, temos que x + y = + xy x + y (x + y ) 3/ = x + y + xy = (x + y). (.7) é a equação cartesiana da curva. Por (.7), é fácil vericar que a curva C é simétrica em relação à reta y = x (isto é, (x, y) C (y, x) C) e à reta y = x (isto é, (x, y) C ( y, x) [ C). Logo, basta analisar a curva ρ = +sen para no intervalo I = π, π ]. Temos que sen é uma função crescente que varia de a no intervalo I, sendo igual a zero para = 0. Logo, ρ = + sen é uma função crescente de no interalo I tal que ρ = 0 se = π/, ρ = se = 0 e ρ = se = π/. Então, o esboço de C no intervalo I é o mostrado na Figura.3. ρ= π Figura.3: Curva C [ no intervalo π, π ] Pelas simetrias da curva, é fácil ver que o esboço de C é o mostrado na Figura.3. 8

19 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade π Figura.3: Curva C : ρ = + sen (c) C : ρ = + cos. Solução. Neste exemplo, ρ pode assumir valores negativos e positivos. Logo, ρ = ± x + y ±x e cos = x + y. Substituindo ρ e na equação dada, obtemos que ± x + y = ± x x + y x + y = ± x + y + x (x + y x) = x + y é a equação cartesiana da curva. É fácil vericar que esta curva é simétrica em relação ao eixo, mas não é simétrica em relação ao eixo. Portanto, para esboçá-la, basta variar o parâmetro no intervalo [0, π]. Para [0, π], temos: ρ = + cos = 0 se, e só se, cos =, ou seja, ρ = 0 se, e só se, 0 = π π 3 = π 3 ; ρ > 0 se, e só se, < cos, ou seja, se, e só se, 0 < π 3 ; ρ < 0 se, e só se, cos < π, ou seja, se, e só se, 3 < π. Tomando os pontos P = (3, 0), P = (, π/3), P 3 = (, π/), P = (0, π/3) e P 5 = (, π) em coordenadas polares da curva, podemos 9

20 Unidade Coordenadas Polares esboçar a parte da curva correspondente ao intervalo [0, π] (ver Fig..33). π 3 Figura.33: Curva C descrita variando em [0, π] bserve que o esboço da curva no intervalo [ π 3, π ], no qual ρ 0, é o simétrico, com respeito à origem, do gráco da curva {( ρ, ) ; ρ = + cos e [π/3, π]} (parte clara na Figura.5). Sendo a curva simétrica em relação ao eixo, obtemos o esboço completo da curva C (ver Fig..3). Figura.3: Curva C (d) C : ρ tg =. Solução. Sendo ρ = ± x + y e tg = y, obtemos que x ± x + y y x = ±y x + y = x y (x + y ) = x (.8) 0

21 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade é a equação cartesiana de C. Como, pela equação (.8), a curva é simétrica com respeito aos eixos e, basta analizá-la no intervalo [0, π/]. Temos ρ = cos sen = 0 se = π, ρ é decrescente e positiva em (0, π/), cos e lim ρ() = lim =. lém disso, como x() = ρ() cos e sen y() = ρ() sen são as coordenadas cartesianas do ponto (ρ(), ), temos que cos lim x() = lim sen = + e lim y() = lim cos =, ou seja, y = é uma assíntota da curva C. Pelo obtido acima, vemos que Figura.35: Curva C variando em [0, π/] é o esboço de C no intervalo [0, π/]. Então, pela simetria da curva em relação aos eixos e, temos que o traço de C é o mostrado na Figura.36. Figura.36: Curva C

22 Unidade Exercícios. Exercícios. btenha as coordenadas polares dos pontos dados em coordenadas cartesianas, onde: = (, 3), B = ( 3, ), C = (, ), D = (, ), E = (0, ).. Encontre as coordenadas cartesianas dos pontos dados em coordenadas polares, onde: = (, π/6), B = ( 3, 0), C = (, π/), D = (, π/3), E = (3, 0 ), onde tg 0 = /3. 3. Determine a distância do ponto P ao ponto Q dados em coordenadas polares, onde: (a) P = (, π/) e Q = (3, π/); (b) P = (, 0 ) e Q = (, π/6), com tg 0 = 3/; (c) P = (6, 0 ) e Q = ( 6, ), com tg 0 = e tg = /.. Encontre a equação cartesiana e faça um esboço da curva polar: (a) C : ρ cos( π/) = ; (b) C : ρ = cos ; (c) C : ρ sen = ; (d) C : ρ + cos( π/3) = 3; (e) C : ρ = 3 cos sen ; (f) C : ρ = cos ; (g) C : ρ cos =. 5. Determine a equação cartesiana e as simetrias da curva C. Faça também um esboço de C. (a) C : ρ = 5 cos ; (b) C : ρ = cos ; (c) C : ρ = sen 3; (d) C : ρ( cos ) = ; (e) C : ρ = sec ; (f) C : ρ = tg. 6. Uma família de curvas tem equação polar C : ρ = m cos, com m R. + m cos Investigue como o traço de C muda quando o parâmetro m assume todos os valores reais. 7. Verique que as curvas polares ρ = + sen e ρ = sen possuem o mesmo traço.

23 Curvas Planas em Coordenadas Polares Unidade 8. Esboçe a região do plano que consiste dos pontos cujas coordenadas polares (ρ, ) satisfazem às inequações: (a) ρ 3; (b) ρ e π/ 3π/; (c) 0 ρ e π/ π/6; (d) ρ e π/3 π/3. 9. considere a região R do plano dada pelo sistema de inequações: x R : y 6 x 0 x 3. Faça um esboço de R e descreva-a como reunião de regiões na forma: ρ () ρ ρ (), onde (ρ, ) são as coordenadas polares de um ponto de R. 0. Descreva a região R como uma reunião de regiões na forma ρ () ρ ρ (), onde (ρ, ) são as coordenadas polares de um ponto de R, sendo: (a) R a região interior a ambas as curvas C : ρ = 3 cos e C : ρ = sen. (b) R a região limitada pelo círculo x + (y ) = e pelas retas y = x, y = x e x =, que contém o ponto (, 0), onde (x, y) são as coordenadas cartesianas de um ponto. 3

Capítulo 19. Coordenadas polares

Capítulo 19. Coordenadas polares Capítulo 19 Coordenadas polares Neste capítulo, veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados,

Leia mais

Aula 4. Coordenadas polares. Definição 1. Observação 1

Aula 4. Coordenadas polares. Definição 1. Observação 1 Aula Coordenadas polares Nesta aula veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados, há curvas

Leia mais

0 < c < a ; d(f 1, F 2 ) = 2c

0 < c < a ; d(f 1, F 2 ) = 2c Capítulo 14 Elipse Nosso objetivo, neste e nos próximos capítulos, é estudar a equação geral do segundo grau em duas variáveis: Ax + Bxy + Cy + Dx + Ey + F = 0, onde A 0 ou B 0 ou C 0 Para isso, deniremos,

Leia mais

Equações paramétricas das cônicas

Equações paramétricas das cônicas Aula 1 Equações paramétricas das cônicas Ao estudarmos as retas no plano, vimos que a reta r que passa por dois pontos distintos P 1 = x 1, y 1 ) e P = x, y ) é dada pelas seguintes equações paramétricas:

Leia mais

Equações da reta no plano

Equações da reta no plano 3 Equações da reta no plano Sumário 3.1 Introdução....................... 2 3.2 Equação paramétrica da reta............. 2 3.3 Equação cartesiana da reta.............. 7 3.4 Equação am ou reduzida da reta..........

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 76 Capítulo 4 Distâncias no plano e regiões no plano 1. Distância de um ponto a uma reta Dados um ponto P e uma reta r no plano, já sabemos calcular a distância de P a cada ponto P r. Definição 1 Definimos

Leia mais

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias 4 Posição relativa entre retas e círculos e distâncias Sumário 4.1 Distância de um ponto a uma reta.......... 2 4.2 Posição relativa de uma reta e um círculo no plano 4 4.3 Distância entre duas retas no

Leia mais

A Reta no Espaço. Sumário

A Reta no Espaço. Sumário 16 A Reta no Espaço Sumário 16.1 Introdução....................... 2 16.2 Equações paramétricas da reta no espaço...... 2 16.3 Equação simétrica da reta no espaço........ 8 16.4 Exercícios........................

Leia mais

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que Capítulo 11 1. Equações da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que AP = t AB Fig. 1: Reta r passando por A e B. Como o ponto

Leia mais

Capítulo 2. Retas no plano. 1. Retas verticais e não-verticais. Definição 1

Capítulo 2. Retas no plano. 1. Retas verticais e não-verticais. Definição 1 Capítulo 2 Retas no plano O objetivo desta aula é determinar a equação algébrica que representa uma reta no plano. Para isso, vamos analisar separadamente dois tipos de reta: reta vertical e reta não-vertical.

Leia mais

Aula Exemplos diversos. Exemplo 1

Aula Exemplos diversos. Exemplo 1 Aula 3 1. Exemplos diversos Exemplo 1 Determine a equação da hipérbole equilátera, H, que passa pelo ponto Q = ( 1, ) e tem os eixos coordenados como assíntotas. Como as assíntotas da hipérbole são os

Leia mais

Equação Geral do Segundo Grau em R 2

Equação Geral do Segundo Grau em R 2 8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................

Leia mais

Obter as equações paramétricas das cônicas.

Obter as equações paramétricas das cônicas. MÓDULO 1 - AULA 1 Aula 1 Equações paramétricas das cônicas Objetivo Obter as equações paramétricas das cônicas. Estudando as retas no plano, você viu que a reta s, determinada pelos pontos P = (x 1, y

Leia mais

Distância entre duas retas. Regiões no plano

Distância entre duas retas. Regiões no plano Capítulo 4 Distância entre duas retas. Regiões no plano Nesta aula, veremos primeiro como podemos determinar a distância entre duas retas paralelas no plano. Para isso, lembramos que, na aula anterior,

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Leia mais

Geometria Analítica I

Geometria Analítica I Geom. Analítica I Respostas do Módulo I - Aula 11 1 Geometria Analítica I 10/05/011 Respostas dos Exercícios do Módulo I - Aula 11 Aula 11 1. Em todos os itens desta questão, utilizaremos as relações x

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 4 82

Geometria Analítica II - Aula 4 82 Geometria Analítica II - Aula 4 8 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 5 Esferas Iniciaremos o nosso estudo sobre superfícies com a esfera, que já nos é familiar. A esfera S de centro no ponto A e raio

Leia mais

O Plano no Espaço. Sumário

O Plano no Espaço. Sumário 17 Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Equações paramétricas do plano no espaço..... 2 17.3 Equação cartesiana do plano............. 15 17.4 Exercícios........................ 21 1 Unidade

Leia mais

Aula Distância entre duas retas paralelas no espaço. Definição 1. Exemplo 1

Aula Distância entre duas retas paralelas no espaço. Definição 1. Exemplo 1 Aula 1 Sejam r 1 = P 1 + t v 1 t R} e r 2 = P 2 + t v 2 t R} duas retas no espaço. Se r 1 r 2, sabemos que r 1 e r 2 são concorrentes (isto é r 1 r 2 ) ou não se intersectam. Quando a segunda possibilidade

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula

Geometria Analítica II - Aula Geometria Analítica II - Aula 0 94 Aula Coordenadas Cilíndricas e Esféricas Para descrever de modo mais simples algumas curvas e regiões no plano introduzimos anteriormente as coordenadas polares. No espaço

Leia mais

Coordenadas e distância na reta e no plano

Coordenadas e distância na reta e no plano Capítulo 1 Coordenadas e distância na reta e no plano 1. Introdução A Geometria Analítica nos permite representar pontos da reta por números reais, pontos do plano por pares ordenados de números reais

Leia mais

21 e 22. Superfícies Quádricas. Sumário

21 e 22. Superfícies Quádricas. Sumário 21 e 22 Superfícies uádricas Sumário 21.1 Introdução....................... 2 21.2 Elipsoide........................ 3 21.3 Hiperboloide de uma Folha.............. 4 21.4 Hiperboloide de duas folhas..............

Leia mais

Hipérbole. Sumário. 6.1 Introdução Hipérbole Forma canônica da hipérbole... 6

Hipérbole. Sumário. 6.1 Introdução Hipérbole Forma canônica da hipérbole... 6 6 Hipérbole Sumário 6.1 Introdução....................... 2 6.2 Hipérbole........................ 2 6.3 Forma canônica da hipérbole............. 6 6.3.1 Hipérbole com centro na origem e reta focal coincidente

Leia mais

Aula 32 Curvas em coordenadas polares

Aula 32 Curvas em coordenadas polares MÓDULO 3 - AULA 32 Aula 32 Curvas em coordenadas polares Objetivo Aprender a usar as coordenadas polares para representar curvas planas. As coordenadas polares nos dão uma maneira alternativa de localizar

Leia mais

Parametrização de algumas curvas planas

Parametrização de algumas curvas planas Aula 3 Parametrização de algumas curvas planas Nesta aula veremos como obter equações paramétricas de algumas curvas planas, usando relações trigonométricas básicas e observando as condições que um ponto

Leia mais

Aula 10 Regiões e inequações no plano

Aula 10 Regiões e inequações no plano MÓDULO 1 - AULA 10 Aula 10 Regiões e inequações no plano Objetivos Resolver inequações do segundo grau. Analisar sistemas envolvendo inequações do primeiro e segundo graus. Resolver inequações modulares

Leia mais

Produto interno e produto vetorial no espaço

Produto interno e produto vetorial no espaço 14 Produto interno e produto vetorial no espaço Sumário 14.1 Produto interno.................... 14. Produto vetorial.................... 5 14..1 Interpretação geométrica da norma do produto vetorial.......................

Leia mais

Equações Paramétricas e Coordenadas Polares. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Equações Paramétricas e Coordenadas Polares. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 10 Equações Paramétricas e Coordenadas Polares Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 10.3 Coordenadas Polares Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Coordenadas Polares

Leia mais

Geometria Analítica - Aula

Geometria Analítica - Aula Geometria Analítica - Aula 18 228 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 19 Continuamos com o nosso estudo da equação Ax 2 + Cy 2 + Dx + Ey + F = 0 1. Hipérbole Definição 1 Uma hipérbole, H, de focos F 1

Leia mais

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Capítulo 3 Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Nesta aula vamos caracterizar de forma algébrica a posição relativa de duas retas no plano e de uma reta e de um círculo

Leia mais

Aula Elipse. Definição 1. Nosso objetivo agora é estudar a equação geral do segundo grau em duas variáveis:

Aula Elipse. Definição 1. Nosso objetivo agora é estudar a equação geral do segundo grau em duas variáveis: Aula 18 Nosso objetivo agora é estudar a equação geral do segundo grau em duas variáveis: Ax + Bxy + Cy + Dx + Ey + F = 0, onde A 0 ou B 0 ou C 0 Vamos considerar primeiro os casos em que B = 0. Isto é,

Leia mais

Coordenadas Polares. Exemplos: Representar em um sistema de coordenadas polares, os seguintes pontos: d) P 4,

Coordenadas Polares. Exemplos: Representar em um sistema de coordenadas polares, os seguintes pontos: d) P 4, Coordenadas Polares Existem vários sistemas de coordenadas que mostram a posição de um ponto em um plano. O sistema de coordenadas polares é um deles. No sistema cartesiano, as coordenadas são números

Leia mais

Aula 2 A distância no espaço

Aula 2 A distância no espaço MÓDULO 1 - AULA 2 Objetivos Aula 2 A distância no espaço Determinar a distância entre dois pontos do espaço. Estabelecer a equação da esfera em termos de distância. Estudar a posição relativa entre duas

Leia mais

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1.

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1. Geometria Analítica. 1. Determine as posições relativas e as interseções entre os conjuntos em R abaixo. Em cada item também faça um esboço dos dois conjuntos dados no mesmo sistema de eixos. (a) C : (x

Leia mais

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores.

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores. Aula 5 Produto interno - Aplicações MÓDULO 1 - AULA 5 Objetivos Calcular áreas de paralelogramos e triângulos. Calcular a distância de um ponto a uma reta e entre duas retas. Determinar as bissetrizes

Leia mais

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto -

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - MÓDULO 2 - AULA 10 Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - Aplicações II Objetivos Estudar as posições relativas entre retas no espaço. Obter as expressões para calcular distância entre retas. Continuando

Leia mais

Coordenadas Polares. Exemplos: Representar em um sistema de coordenadas polares, os seguintes pontos: d) P 4,

Coordenadas Polares. Exemplos: Representar em um sistema de coordenadas polares, os seguintes pontos: d) P 4, Cálculo II Profa. Adriana Cherri 1 Coordenadas Polares Existem vários sistemas de coordenadas que mostram a posição de um ponto em um plano. O sistema de coordenadas polares é um deles. No sistema cartesiano,

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 5 108

Geometria Analítica II - Aula 5 108 Geometria Analítica II - Aula 5 108 IM-UFF Aula 6 Superfícies Cilíndricas Sejam γ uma curva contida num plano π do espaço e v 0 um vetor não-paralelo ao plano π. A superfície cilíndrica S de diretriz γ

Leia mais

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional.

Capítulo Coordenadas no Espaço. Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Capítulo 9 1. Coordenadas no Espaço Seja E o espaço da Geometria Euclidiana tri-dimensional. Um sistema de eixos ortogonais OXY Z em E consiste de três eixos ortogonais entre si OX, OY e OZ com a mesma

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 7 178

Geometria Analítica II - Aula 7 178 Geometria Analítica II - Aula 7 178 Aula 8 Superfícies Regradas Dizemos que uma superfície S é regrada quando por todo ponto P pertencente a S passa pelo menos uma reta r P inteiramente contida em S. Fig.

Leia mais

MAT CÁLCULO 2 PARA ECONOMIA. Geometria Analítica

MAT CÁLCULO 2 PARA ECONOMIA. Geometria Analítica MT0146 - CÁLCULO PR ECONOMI SEMESTRE DE 016 LIST DE PROBLEMS Geometria nalítica 1) Sejam π 1 e π os planos de equações, respectivamente, x + y + z = e x y + z = 1. Seja r a reta formada pela interseção

Leia mais

Sistemas de equações lineares com três variáveis

Sistemas de equações lineares com três variáveis 18 Sistemas de equações lineares com três variáveis Sumário 18.1 Introdução....................... 18. Sistemas de duas equações lineares........... 18. Sistemas de três equações lineares........... 8

Leia mais

1. Seja θ = ang (r, s). Calcule sen θ nos casos (a) e (b) e cos θ nos casos (c) e (d): = z 3 e s : { 3x + y 5z = 0 x 2y + 3z = 1

1. Seja θ = ang (r, s). Calcule sen θ nos casos (a) e (b) e cos θ nos casos (c) e (d): = z 3 e s : { 3x + y 5z = 0 x 2y + 3z = 1 14 a lista de exercícios - SMA0300 - Geometria Analítica Estágio PAE - Alex C. Rezende Medida angular, distância, mudança de coordenadas, cônicas e quádricas 1. Seja θ = ang (r, s). Calcule sen θ nos casos

Leia mais

MAT Poli Roteiro de Estudos sobre as Cônicas

MAT Poli Roteiro de Estudos sobre as Cônicas MAT25 - Poli - 2003 Roteiro de Estudos sobre as Cônicas Martha Salerno Monteiro Departamento de Matemática IME-USP Uma equação quadrática em duas variáveis é uma equação da forma a + by 2 + cxy + dx +

Leia mais

Aula 4 Produto Interno

Aula 4 Produto Interno MÓDULO 1 - AULA 4 Objetivos Aula 4 Produto Interno Definir as noções de ângulo entre dois vetores, a norma de um vetor e a operação de produto interno. Compreender as propriedades básicas da norma e do

Leia mais

MAT Poli Cônicas - Parte I

MAT Poli Cônicas - Parte I MAT2454 - Poli - 2011 Cônicas - Parte I Uma equação quadrática em duas variáveis, x e y, é uma equação da forma ax 2 +by 2 +cxy +dx+ey +f = 0, em que pelo menos um doscoeficientes a, b oucénão nulo 1.

Leia mais

Lista 3: Geometria Analítica

Lista 3: Geometria Analítica Lista 3: Geometria Analítica A. Ramos 25 de abril de 2017 Lista em constante atualização. 1. Equação da reta e do plano; 2. Ângulo entre retas e entre planos. Resumo Equação da reta Equação vetorial. Uma

Leia mais

1 Distância entre dois pontos do plano

1 Distância entre dois pontos do plano Noções Topológicas do Plano Americo Cunha André Zaccur Débora Mondaini Ricardo Sá Earp Departamento de Matemática Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1 Distância entre dois pontos do plano

Leia mais

Aula 15 Superfícies quádricas - cones quádricos

Aula 15 Superfícies quádricas - cones quádricos Aula 15 Superfícies quádricas - cones quádricos MÓDULO - AULA 15 Objetivos Definir e estudar os cones quádricos identificando suas seções planas. Analisar os cones quádricos regrados e de revolução. Cones

Leia mais

SISTEMAS DE COORDENADAS

SISTEMAS DE COORDENADAS 1 SISTEMAS DE COORDENADAS 2.1 Coordenadas polares no R² Fonte: Cálculo A. Funções. Limite. Derivação. Integração. Diva Marília Flemming. Mírian Buss Gonçalves. Até o presente momento, localizamos um ponto

Leia mais

Geometria Analítica. Katia Frensel - Jorge Delgado. NEAD - Núcleo de Educação a Distância. Curso de Licenciatura em Matemática UFMA

Geometria Analítica. Katia Frensel - Jorge Delgado. NEAD - Núcleo de Educação a Distância. Curso de Licenciatura em Matemática UFMA Geometria Analítica NEAD - Núcleo de Educação a Distância Curso de Licenciatura em Matemática UFMA Katia Frensel - Jorge Delgado Março, 2011 ii Geometria Analítica Conteúdo Prefácio ix 1 Coordenadas na

Leia mais

Aula 4 Colinearidade, coplanaridade e dependência linear

Aula 4 Colinearidade, coplanaridade e dependência linear Aula 4 Colinearidade, coplanaridade e dependência linear MÓDULO 1 - AULA 4 Objetivos Compreender os conceitos de independência e dependência linear. Estabelecer condições para determinar quando uma coleção

Leia mais

Geometria Analítica - Aula

Geometria Analítica - Aula Geometria Analítica - Aula 19 246 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 20 Vamos analisar a equação Ax 2 + Cy 2 + Dx + Ey + F = 0 nos casos em que exatamente um dos coeficientes A ou C é nulo. 1. Parábola

Leia mais

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido: Capítulo 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r é assim definido: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, se as retas são concorrentes, isto é, r1

Leia mais

6.1 equações canônicas de círculos e esferas

6.1 equações canônicas de círculos e esferas 6 C Í R C U LO S E E S F E R A S 6.1 equações canônicas de círculos e esferas Um círculo é o conjunto de pontos no plano que estão a uma certa distância r de um ponto dado (a, b). Desta forma temos que

Leia mais

Exercícios sobre Trigonometria

Exercícios sobre Trigonometria Universidade Federal Fluminense Campus do Valonguinho Instituto de Matemática e Estatística Departamento de Matemática Aplicada - GMA Prof Saponga uff Rua Mário Santos Braga s/n 400-40 Niterói, RJ Tels:

Leia mais

Aula 14 Círculo. Objetivos

Aula 14 Círculo. Objetivos Aula 1 Círculo MÓDULO 1 - AULA 1 Objetivos Determinar a equação do círculo de centro C e raio r, como um lugar geométrico. Aprender os conceitos de retas tangente e normal num ponto P de um círculo. Esboçar

Leia mais

Aula 6 Produto interno

Aula 6 Produto interno MÓDULO 1 - AULA 6 Objetivos Aula 6 Produto interno Estabelecer os conceitos de norma de um vetor e de ângulo entre dois vetores do espaço. Definir o produto interno de vetores no espaço e estabelecer suas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CÁLCULO L1 NOTAS DA QUINTA AULA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Resumo. Iniciamos a aula definindo as funções trigonométricas e estabelecendo algumas de suas propriedades básicas. A seguir, calcularemos

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução MATEMÁTICA A - o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução Exercícios de exames e testes intermédios. Escrevendo i na f.t. temos i i = ρe iα, onde: ρ = i i = + ) = tg α = = ; como

Leia mais

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I 1 MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I GEOMETRIA ANALÍTICA Coordenadas de pontos no plano cartesiano Distâncias entre pontos Sejam e dois pontos no plano cartesiano A distância entre e é dada pela expressão

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução MATEMÁTICA A - o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução Exercícios de exames e testes intermédios. Escrevendo i na f.t. temos i i = ρ cis α, onde: ρ = i i = + ) = tg α = = ;

Leia mais

Coordenadas e vetores no espaço

Coordenadas e vetores no espaço 13 Coordenadas e vetores no espaço Sumário 13.1 Coordenadas no espaço................ 2 13.2 Distância entre dois pontos do espaço........ 6 13.3 Vetores no espaço................... 10 13.4 Operações

Leia mais

Concluimos dai que o centro da circunferência é C = (6, 4) e o raio é

Concluimos dai que o centro da circunferência é C = (6, 4) e o raio é QUESTÕES-AULA 17 1. A equação x 2 + y 2 12x + 8y + 0 = 0 representa uma circunferência de centro C = (a, b) e de raio R. Determinar o valor de a + b + R. Solução Completamos quadrados na expressão dada.

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) ª FASE 0 DE JULHO 08 CADERNO... P00/00 Como se trata de uma distribuição normal temos que: ( ) 0,9545. P µ σ

Leia mais

MAT111 - Cálculo I - IF TRIGONOMETRIA. As Funçoes trigonométricas no triângulo retângulo

MAT111 - Cálculo I - IF TRIGONOMETRIA. As Funçoes trigonométricas no triângulo retângulo MAT111 - Cálculo I - IF - 010 TRIGONOMETRIA As Funçoes trigonométricas no triângulo retângulo Analisando a figura a seguir, temos que os triângulos retângulos OA 1 B 1 e OA B, são semelhantes, pois possuem

Leia mais

Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides

Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides Objetivos Aula 17 Superfícies quádricas - parabolóides Apresentar os parabolóides elípticos e hiperbólicos identificando suas seções planas. Estudar os parabolóides regrados e de revolução. Nas superfícies

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução MATEMÁTICA A - o Ano N o s Complexos - Conjuntos e condições Propostas de resolução Exercícios de exames e testes intermédios. Analisando cada uma das afirmações temos (A) z z = z z é uma afirmação verdadeira

Leia mais

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional MA11 Números e Funções Reais Avaliação 2 GABARITO 22 de junho de 201 1. Em cada um dos itens abaixo, dê, se possível,

Leia mais

Material Teórico - Redução ao Primeiro Quadrante e Funções Trigonométricas. Redução ao Primeiro Quadrante. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Redução ao Primeiro Quadrante e Funções Trigonométricas. Redução ao Primeiro Quadrante. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Redução ao rimeiro uadrante e Funções Trigonométricas Redução ao rimeiro uadrante rimeiro Ano do Ensino Médio Autor: rof. Fabrício Siqueira enevides Revisor: rof. Antonio Caminha M.

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

Aula 19 Elipse - continuação

Aula 19 Elipse - continuação MÓDULO 1 - AULA 19 Aula 19 Elipse - continuação Objetivos Desenhar a elipse com compasso e régua com escala. Determinar a equação reduzida da elipse no sistema de coordenadas com origem no ponto médio

Leia mais

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira: Aula 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r se define da seguinte maneira: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, Se as retas são concorrentes, isto

Leia mais

Cálculo I IM UFRJ Lista 1: Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão Para o Aluno. Tópicos do Pré-Cálculo

Cálculo I IM UFRJ Lista 1: Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão Para o Aluno. Tópicos do Pré-Cálculo Cálculo I IM UFRJ Lista : Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão 7.03.05 Para o Aluno O sucesso (ou insucesso) no Cálculo depende do conhecimento de tópicos do ensino médio que chamaremos de pré-cálculo.

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Número Reais. Objetivos da Aula

CÁLCULO I. 1 Número Reais. Objetivos da Aula CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida EMENTA: Conceitos introdutórios de limite, limites trigonométricos, funções contínuas, derivada e aplicações. Noções introdutórias sobre a integral

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1 Associação de Professores de Matemática Contactos: Rua Dr. João Couto, n.º 7-A 500-36 Lisboa Tel.: +35 76 36 90 / 7 03 77 Fax: +35 76 64 4 http://www.apm.pt email: geral@apm.pt PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA

Leia mais

1. Encontre as equações simétricas e paramétricas da reta que:

1. Encontre as equações simétricas e paramétricas da reta que: Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Matemática Disciplina : Geometria Analítica (GMA00) Assunto: retas; planos; interseções de retas e planos; posições relativas entre retas e planos; distância

Leia mais

Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos

Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos Aula 5 Equações paramétricas de retas e planos MÓDULO 1 - AULA 5 Objetivo Estabelecer as equações paramétricas de retas e planos no espaço usando dados diversos. Na Aula 3, do Módulo 1, vimos como determinar

Leia mais

UFRJ - Instituto de Matemática

UFRJ - Instituto de Matemática UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática www.pg.im.ufrj.br/pemat Mestrado em Ensino de Matemática Seleção 9 Etapa Questão. Determine se as afirmações abaio são verdadeiras

Leia mais

MÓDULO 1 - AULA 21. Objetivos

MÓDULO 1 - AULA 21. Objetivos Aula 1 Hipérbole - continuação Objetivos Aprender a desenhar a hipérbole com compasso e régua com escala. Determinar a equação reduzida da hipérbole no sistema de coordenadas com origem no ponto médio

Leia mais

Geometria Analítica I

Geometria Analítica I Geom. Analítica I Respostas do Módulo I - Aula 7 1 Geometria Analítica I 01/03/2011 Respostas dos Exercícios do Módulo I - Aula 7 Aula 7 1. a. Procedendo como nos Exemplos 7.1 e 7.2, ou a Proposição 7.15

Leia mais

A primeira coisa a fazer é saber quais são as equações das curvas quando elas já se encontram na melhor

A primeira coisa a fazer é saber quais são as equações das curvas quando elas já se encontram na melhor Identificação de Cônicas Uma equação do segundo grau ax + bxy + cy + dx + ey + f = 0 define de maneira implícita uma curva no plano xy: o conjunto dos pontos (x, y) que satisfazem a equação. Por exemplo,

Leia mais

Aula 11 Coordenadas polares

Aula 11 Coordenadas polares MÓDULO 1 - AULA 11 Aula 11 Coordenadas polares Objetivos Definir as coordenadas polares no plano. Deduzir as relações de mudança de coordenadas polares para coordenadas cartesianas e vice-versa. Obter

Leia mais

Ana Carolina Boero. Página: Sala Bloco A - Campus Santo André

Ana Carolina Boero.   Página:  Sala Bloco A - Campus Santo André Funções de uma variável real a valores reais E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Funções de uma variável real a valores

Leia mais

Nome do aluno: N.º: Para responder aos itens de escolha múltipla, não apresente cálculos nem justificações e escreva, na folha de respostas:

Nome do aluno: N.º: Para responder aos itens de escolha múltipla, não apresente cálculos nem justificações e escreva, na folha de respostas: Teste de Matemática A 2017 / 2018 Teste N.º 2 Matemática A Duração do Teste (Caderno 1+ Caderno 2): 90 minutos 11.º Ano de Escolaridade Nome do aluno: N.º: Turma: Este teste é constituído por dois cadernos:

Leia mais

(a) Determine a velocidade do barco em qualquer instante.

(a) Determine a velocidade do barco em qualquer instante. NOME: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matemática PRIMEIRA PROVA UNIFICADA CÁLCULO II Politécnica, Engenharia Química - 10/10/2013. 1 a QUESTÃO : Um barco a vela de massa m = 1 parte

Leia mais

Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici

Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici Geometria Analítica e Vetorial - Daniel Miranda, Rafael Grisi, Sinuê Lodovici 5 Â N G U LO S E D I ST Â N C I A 5.1 ângulos No capítulo anterior nos concentramos no estudo da posição relativa entre dois

Leia mais

1 Geometria Analítica Plana

1 Geometria Analítica Plana UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ CAMPUS DE CAMPO MOURÃO Curso: Matemática, 1º ano Disciplina: Geometria Analítica e Álgebra Linear Professora: Gislaine Aparecida Periçaro 1 Geometria Analítica Plana A Geometria

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2019 CADERNO 1. e AV.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2019 CADERNO 1. e AV. Associação de Professores de Matemática Contactos: Rua Dr. João Couto, n.º 7-A 1500-6 Lisboa Tel.: +51 1 716 6 90 / 1 711 0 77 Fa: +51 1 716 64 4 http://www.apm.pt email: geral@apm.pt PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Leia mais

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente.

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente. Aula 15 Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente Seja f(x, y) uma função de variáveis. Iremos usar a notação D u f(x 0, y 0 ) para: Derivada direcional de f no ponto (x 0, y 0 ), na direção do vetor unitário

Leia mais

1 Vetores no Plano e no Espaço

1 Vetores no Plano e no Espaço 1 Vetores no Plano e no Espaço Definimos as componentes de um vetor no espaço de forma análoga a que fizemos com vetores no plano. Vamos inicialmente introduzir um sistema de coordenadas retangulares no

Leia mais

Aula 31 Funções vetoriais de uma variável real

Aula 31 Funções vetoriais de uma variável real MÓDULO 3 - AULA 31 Aula 31 Funções vetoriais de uma variável real Objetivos Conhecer as definições básicas de funções vetoriais de uma variável real. Aprender a parametrizar curvas simples. Introdução

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 1. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 1. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Módulo e Produto Escalar - Parte 1 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Módulo de um vetor O módulo

Leia mais

1 Segmentos orientados e vetores, adição e multiplicação

1 Segmentos orientados e vetores, adição e multiplicação MAP2110 Modelagem e Matemática 1 o Semestre de 2007 Resumo 1 - Roteiro de estudos - 07/05/2007 Espaços vetoriais bi e tri-dimensionais (plano ou espaço bidimensional E 2, e espaço tridimensional E 3 )

Leia mais

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS VGA - 2 a Prova - Engenharia Civil + Física 03 de Julho de Prof o. E.T.

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS VGA - 2 a Prova - Engenharia Civil + Física 03 de Julho de Prof o. E.T. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS VGA - 2 a Prova - Engenharia Civil + Física 0 de Julho de 2014 - Prof o ETGalante 1 (2,0 pontos) Na gura acima ABCDEF GH é um paralelepípedo O ponto M

Leia mais

Material de Apoio. Roteiro para Esboçar uma Curva 1

Material de Apoio. Roteiro para Esboçar uma Curva 1 Universidade Federal Rural de Pernambuco Departamento de Matemática Disciplina: Cálculo M I Prof a Yane Lísle Material de Apoio Roteiro para Esboçar uma Curva A lista a seguir pretende servir como um guia

Leia mais

f, da, onde R é uma das regiões mostradas na

f, da, onde R é uma das regiões mostradas na Integrais Duplas em Coordenadas Polares Bibliografia básica: THOMAS, G. B. Cálculo. Vol. Capítulo 1. Item 1.3. STEWAT, J. Cálculo. Vol.. Capítulo 15. Item 15.4. Sabemos que o cálculo da área de uma região

Leia mais

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015 MAT27 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 201 Nesta prova considera-se fixada uma orientação do espaço e um sistema de coordenadas Σ (O, E) em E 3, em que E é uma base

Leia mais

Estado duplo ou, Estado plano de tensões.

Estado duplo ou, Estado plano de tensões. Estado duplo ou, Estado plano de tensões. tensão que atua em um ponto é função do plano pelo qual se faz o estudo. Esta afirmação pode ficar mais clara quando analisa, por exemplo, um ponto de uma barra

Leia mais