Um novo dia. Um novo começar. Tudo o que. precisamos, mas nem sempre utilizamos! É algo. único todos os dias e em minha opinião realmente o

Transcrição

1 ** Introdução ** Acordei! Um novo dia. Um novo começar. Tudo o que precisamos, mas nem sempre utilizamos! É algo único todos os dias e em minha opinião realmente o que precisamos! O simples fato de poder ter a oportunidade de fazer muitas coisas (ou nenhuma), novas ou antigas, renovadoras ou cansativas, mas ter a chance de fazê-las é indescritível! Um bom alongamento e estou pronta! Os barulhos comuns da minha vida me deixam pronta. A rotina tem algo de bom, pois traz o conforto do conhecido, do confiável, do que estamos 1

2 acostumados e isto facilita o recomeçar de um dia, o recomeçar de uma vida. O bom da vida é que ela sempre está nos emprestando memórias que muitas vezes deixamos adormecidas ou esquecidas, mas que quando são necessárias para nossa sobrevivência, para religarmos, ela nos fornece uma dose que se torna suficiente para retornarmos ou darmos na partida, para recomeçarmos uma nova caminhada. Hoje consigo lhes dizer isto com bastante apropriação, pois passei um bom período de minha vida hibernando. Isto mesmo! Hibernando. Sem conseguir acordar. E olha que não sou um urso! 2

3 Sou apenas uma mulher comum, sem qualidades diferenciadas ou características extraordinárias, simples e pacata que viveu um período de sua vida de maneira muito automática, num piloto automático podemos dizer. Meu nome é Luiza Cristina Bonetto, tenho 46 anos, sou morena, descendente de italianos, tenho 1,65m e 66,5 kg (sem muitos detalhes, por favor). Casada com um cara bem legal há mais ou menos 20 anos, mãe super realizada de 03 lindos filhos, 02 cachorros e 02 gatos, formada em farmácia, feliz, viva e neste momento acordada! Minha família é tudo de bom e melhor que possuo na vida. Meus filhos tornam meus dias corridos, alegres, diversificados e que nunca será uma rotina, impossível eu diria de um dia isto 3

4 acontecer, pois por mais que todos os dias tenhamos que acordar no mesmo horário e seguir algumas regras, eles me surpreendem com suas frases diárias: mãe esqueci de comprar um livro, mãe hoje tenho reforço e você precisa me buscar mais tarde (lá se vai minha programação), mãe hoje você precisa estudar comigo, pois amanhã eu tenho que apresentar um trabalho, mas porque você não falou isto no final de semana? esqueci! e lá vamos nós, correndo e quebrando com certeza qualquer rotina que poderíamos ter! Eles são incríveis! Criativos, saudáveis, brigões, amáveis, cada um tem uma personalidade, são tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos. Quando os vejo juntos, sei que são uma família, pois se encaixam perfeitamente. Ninguém fica fora do quebra-cabeça que forma esta família, mas quando falamos deles 4

5 individualmente, são fortes e frágeis, são bravos e amáveis, são amigos e inimigos, são valentes e tímidos, são tão diferentes e parecidos, mas são cada um, um, os que os faz tão especiais. Meu marido também é uma parte incrível do nosso quebra-cabeça único. Pai presente, mas mais parece outro irmão, outra criança, está sempre disponível para brincar, cantar e dançar, jogar bola ou andar de bicicleta e com ele mesmo, mas também está disponível para bronquear e discursar o que é certo e o que é errado. Não é permissivo. Não confunde os papéis. É pai. È um marido que adora estar presente em tudo que diz respeito a sua família. Desde uma discussão escolar, trocar um lustre por outro, programar uma viagem ou discutir 5

6 sobre assuntos sobre nossa vida juntos. É bom ter um amigo, companheiro e amante. Minha casa é linda: meus filhos a decoram de uma maneira extremamente singular: nunca repetem a distribuição de seus brinquedos, livros e pertences nos mesmo lugares, então sempre temos renovação gratuita na decoração. Sei que vai parecer estranho mais minha casa tem uma essência, tipo essas que usamos para colocar em bolo ou doces, mas uma própria dela, que mesmo de olhos fechados, se eu entrasse nela de surpresa, jamais me confundiria e a energia que a envolve então, podemos cortar como um bolo bem fofo que acabou de sair do forno: quente, gostoso e que todos querem sempre ter por perto, experimentar um pouco e repetir sempre. 6

7 Minhas amigas falam que adoram estar lá com a gente. Eu estou sempre me desculpando pela confusão, pela bagunça, mas elas dizem que gostam que tem uma coisa boa e sempre vão ficando e ficando. Uma vez um senhor, muito nosso amigo, querido de coração mesmo, que fez e faz muita diferença em nossa vida, que muito nos ensinou e nos ensina constantemente muitas coisas, chegou a nossa casa com sua família para fazer uma visita rápida pois para nossa sorte ele é nosso vizinho e trouxe com ele uma turma de mais ou menos 10 pessoas, cunhado, cunhadas, sobrinhos, agregados, enfim, amigos! Quando estávamos sentados meio apertados na mesa lanchando, falando todos ao mesmo tempo deliciosamente e as crianças brincando 7

8 esparramadas pela casa, ele me perguntou se eu estava esperando por eles. Estranhei, mas respondi que não. Ele me disse: onde então você arrumou toda esta comida? Eu respondi: Ah! Eu fiz rapidinho, bater um bolo e assar algumas coisinhas é tudo bem rápido! Ele soltou uma gargalhada e continuamos nosso lanche. Adoro isto! Adoro estas surpresas. Adoro pessoas queridas dentro da minha casa. Adoro cheiro de bolo, não da padaria, mas do meu forno. Não dá trabalho, até porque eu faço o de caixinha, claro! Não sou assim tão cozinheira quanto vocês podem ter pensado. Mas adoro fazer algo que possa reunir e aproximar as pessoas queridas e fazer da minha casa um grande bolo fofo e com cheiro de baunilha, cheio de migalhas espalhadas pelas 8

9 crianças e para os cachorros lamberem tudo! É uma bagunça! E uma festa! Todos nós às vezes deixamos a vida em ponto morto, marcha lenta ou até mesmo a chave na ignição fica na marca de desligada e aí são estas as memórias que a vida guarda para sempre dividir conosco quando precisamos dar a partida novamente. As memórias não me impediram de hibernar, mas me ajudaram muito a despertar! E isto é que importa! 9

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