Minicurso Grátis: 5 Passos para melhorar o Comportamento do seu Filho

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1 Minicurso Grátis: 5 Passos para melhorar o Comportamento do seu Filho Orientações Práticas para você implementar na sua casa e obter resultados em 5 dias

2 Aula 1 - Ambiente organizado A organização espacial é de suma importância para alcançar os primeiros objetivos na educação comportamental e habilidades mentais das crianças. Esse é um tópico extremamente importante! A sociedade atual criou a cultura da hiperestimulação. Parece que a criança precisa estar sempre sendo estimulada o tempo inteiro, com uma infinidade de brinquedos, sons e recursos. Hoje eu vim aqui te dizer o contrário. Um ambiente organizado, sem excessos de estímulos sonoros e visuais, brinquedos e objetos em lugares definidos, livres da bagunça visual, liberam o pensamento infantil para focar naquilo que você deseja ensinar, seja do ponto de vista do exemplo como organização prática como do ponto de vista da aprendizagem mais pontual como regras ou alguma habilidade. Sem o s excessos, você encontra a criança mais disponível, mais aberta a receber o que você pretende ensinar, mais concentrada e atenta, consequentemente absorvendo mais seus estímulos. Em primeiro lugar eu quero que você defina como e onde serão organizados os brinquedos da criança e selecione alguns para que ela tenha acesso. Essas condições vão se fortalecendo aos poucos e a medida que a criança se adapta a essa forma de organização, está mais preparada para lidar com a frustração porque se torna mais segura, aprende a se relacionar com mais autonomia e interage de forma saudável. #1 Mantenha o ambiente organizado (brinquedos selecionados, objetos guarda dos) #2 Reduza a quantidade de estímulos. (TV, videogames, eletrônicos em geral) #3 Não exponha seu filho! Poupe seu filho de discussões entre adultos, elas ainda não tem maturidade para compreender e elaborar essas situações. #4 Mantenha a harmonia e a tranquilidade familiar. Contradições devem ser resolvidos em momentos específicos e a sós, não na hora do jantar, no carro ou em um passeio. Bom até ai você possivelmente já sabia disso... mas a questão é: Apesar de parecer um pouco óbvio, a imensa maioria das pessoas ignora ou não consegu e seguir essas regras simples. Agora o que as pessoas não sabem é que negligenciar essas regras afetam negativamente o comportamento dos filhos. Crianças expostas frequentemente a um excesso de estímulos e de brinquedos, vários tipos de recurso ao mesmo tempo, pouca organização na casa, tv ligada com frequênci

3 a, tendem a apresentar comportamentos mais instáveis, agitação excessiva e irritabilidade. Nosso foco hoje é proporcionar pequenas ações que irão promover grandes ganhos. Então vamos lá, faça um esforço - não precisa revolucionar, apenas melhore esses aspectos na sua casa. Faça sempre o simples, mas faça. Aula #2 de 3 Momentos em Família Os momentos entre pais e filhos são uma ótima maneira de construir a fundação para uma família cooperativa e feliz. Os benefícios dessa técnica são muitos. Em primeiro lugar atende as necessidades dos filhos para uma sensação de participação e inclusão. Em segundo lugar, as necessidades de atenção, informação e autonomia. E em terceiro, estar disponível para momentos em família ocupa um espaço onde você e seu filho podem tanto ouvir uns aos outros, como ouvir a si próprio. Não se trata de nomear culpados ou explicitar consequências ruins para os comportamentos. é um espaço onde todos os membros podem construir o hábito de trabalhar em equipe ao compartilhar seus pensamentos, sentimentos e respeito uns com os outros. Estar em família aborda um espírito positivo e otimista na resolução de problemas. Nesses momentos podem ser discutidos planos para o futuro, mudanças na rotina, novidades e dificuldades. Isso cria um ambiente de grande estímulo, onde as crianças podem ter várias necessidades atendidas de uma vez. é um momento onde elas se sentem envolvidas e incluídas nas decisões familiares. Com certeza, irá resultar no efeito de torná-las mais cooperativas quando precisar fazer algum acordo ou mudança. Além disso, a família deve ter momentos lúdicos, como jogos, brincadeiras, músicas e outras ideias que vocês podem construir. Esses momentos de descontração facilitam a construção de um vínculo de conexão. Brincar e participar são pontos importantes na relação pais e filhos, garantia de vínculo para vida inteira. Brincar não é somente sentar perto ou ao lado enquanto a criança brinca, fantasia, assiste TV e circula pela casa. é inventar coisas novas, sentar junto, criar, construir e derrubar, relembrar suas brincadeiras, ensinar, conversar... Portanto siga passos lentos, se preocupe em estar totalmente disponível no momento com os filhos, deixando pensamentos do trabalho, internet e celular de lado. Foque sua energia na construção do vínculo com sua família.

4 Uma das técnicas que podemos sugerir é a dramatização. Criar personagens, histórias e situações podem ser excelentes formas de compreender alguns comportamentos do seu filho e dar a ele condições de avaliar melhor as formas de agir. Por exemplo, a troca de papéis. Quando o filho representa o pai, e vice versa ou qualquer pessoa de referência (professor, irmãos, etc.), você pode perceber algumas hipóteses que ele tem sobre as relações e o papel de cada um. é um resultado formidável. Além de compreender melhor a forma como seu filho se comporta, você também pode dar a ele (indiretamente) ideias de como fazer melhor ou ensinálo sobre sentimentos e valorização do outro. Na próxima aula de amanhã falaremos sobre as 3 razões para o comportamento desafiador. Esta é talvez a aula que os pais mais se interessam... não perca! Aula #3 de 5 Três Razões para o Comportamento Desefiador Para entender um comportamento infantil você pode usar esses três pontos que irão ajudá-lo a avaliar a situação e responder de forma inteligente. No entanto é preciso lembrar que a lógica do pensamento infantil e sua construção de hipóteses é diferente da lógica adulta. Precisamos considerar que algumas vezes as crianças recortam traços da realidade e elaboraram de uma forma particular suas construções mentais, de acordo com o que é capaz de fazer. Portanto, essa resposta nem sempre é óbvia e fácil de identificar. é indispensável considerar todo o contexto, comportamentos anteriores, situações parecidas e consequências (antes, durante e depois). Por isso, sempre que percebemos uma mudança de comportamento, seja ela mínina, precisamos parar e avaliar. Onde está a raiz do problema? Passaremos agora uma lista de 3 motivos para o comportamento desafiador que vão auxiliar você a compreender o contexto do comportamento inadequado e responder

5 à raiz do problema e não mais ao comportamento em si. Assim, suas chances de sucesso na educação dos seus filhos aumentam e você se tornará pai/mãe mais assertivo no desenvolvimento emocional deles. Num primeiro momento, pode até parecer uma análise simplificada demais, para padrões de comportamento tão complexos. Mas podemos afirmar que o resultado de muitas pesquisas e investigações clínicas indicam que essas 3 razões fundamentam uma lista incontável de problemas comportamentais e emocionais. A) Necessidades legítimas não satisfeitas: Seu filho pode ter alguma necessidade não atendida e ele busca outras formas de obter essa realização. As necessidades podem ser de ordem afetiva e/ou biológica, portanto - volto a reforçar - avalie o contexto. Considere os seguintes pontos: atenção, carinho, pertencimento social, autonomia, descanso, exercícios físicos, alimentação saudável, estimulação adequada, informação e expressão criativa. B) Estresse: Seu filho pode ter um acúmulo de pressão física ou emocional, tensão ou dor. Esse tipo de estresse impede a criança de pensar com clareza. é comum as crianças terem dificuldades de compreender e expressar emoções fortes como medo, raiva, ressentimento, decepção, confusão, culpa e insegurança. C) Modelos: Todos sabemos que as crianças aprendem através de modelos. Elas aprendem a falar, andar e se relacionar através dos exemplos de modelagem que encontram no seu dia a dia. Seus primeiros modelos são os pais. Outros membros da família, professores e amigos também são modelos. Todos fornecem exemplos de comportamento, ideias e características que servem de modelo para bons e maus comportamentos. Outras vezes, histórias de livros, brinquedos, mitos, revistas, jogos e televisão também podem ser

6 considerados modelos de comportamento imitados pelas crianças. Na próxima aula falaremos como o elogio, incentivo e reconhecimento são aliados indispensáveis para a construção de um repertório comportamental adequado Não perca! Aula #4 de 5 Elogios na Medida Certa Elogio, incentivo e reconhecimento são aliados indispensáveis para a construção de um repertório comportamental adequado. Quando estamos realizados com o comportamento de um filho e queremos que essas atitudes se repitam, elogiamos, elogiamos e elogiamos. Mas, qual é o problema? Realmente o elogio é uma das maneiras mais fortes para influenciar e motivar o comportamento. Ele pode ser o ingrediente essencial para melhorar ou piorar um comportamento, se usado indevidamente. O resultado depende da qualidade do elogio e do momento em que ele é feito. Muitas vezes os pais oferecem comentários positivos em abundância para seus filhos e sem relação com o comportamento. Assim, o elogio perde sua função incentivadora e de valorização, podendo inclusive prejudicar ou até mesmo reverter o seu potencial positivo sobre o comportamento de uma criança. Ou seja, o elogio precisa ser resultado de um esforço, um caminho percorrido pela criança (mesmo que sejam pequenos passos), mas que tenham algum significado de valorização. Ouvir elogios centenas de vezes, repetidos por vozes diferentes até que as palavras não tem significado e a qualidade de seu efeito é muito pequena, causa a perda do alvo para ambas as partes. "Ora, se mesmo sem esforço obtenho

7 recompensa afetiva, não há motivo para empenhar-me numa mudança comportamental." Reflita sobre o uso do elogio na educação do seu filho, relembre situações que distraidamente você possa ter dado elogios sem correlação com comportamentos adequados, empenho e envolvimento. O contrário também é verdadeiro, repense em momentos que você poderia ter reforçado bons comportamentos através do elogio e pelo excesso de tarefas ou cansaço cotidiano deixou passar a oportunidade. Esta é uma das técnicas que quando usada com reflexão e equilíbrio é uma excelente aliada na educação dos filhos, inclusive no aspecto da autoestima e autoconfiança da criança. Na próxima aula, vamos falar sobre e relação de emoções e comportamentos e você vai aprender a razão Nr#1 que impede que seu filho colabore com você. Não perca, essa é uma das minhas aulas preferidas! Aula #5 de 5 Emoções e Comportamento é comum termos a tendência de negar o sentimento das crianças, mesmo sem nos dar conta do quanto isso pode ser importante para elas. Alguns exemplos simples são: "Isso não foi nada, já vai passar!" ou "é só por que você está cansado". A negação constante dos sentimentos, confundi e irrita ainda mais a criança e a ensina a não reconhecer e valorizar os sentimentos dos outros também. Há uma relação direta entre a forma como as crianças se sentem e como elas se comportam. Quando conseguimos uma conexão direta com nossos filhos, eles se sentem bem e se comportam melhor. Tornam-se parceiros e cooperativos. Mas como ajudá-los a se sentirem bem?

8 Não se trata de fazer agrados ou deixá-los a mercê de suas próprias vontades. O primeiro passo é aceitar os sentimentos das crianças. Uma vez que você se torna consciente da sua atitude, é o primeiro passo da mudança. Coloque-se no lugar dos seus filhos e entre em sintonia com os sentimentos deles. Parece simples, mas essa cumplicidade gera uma conexão positiva. Pense em você, quando está passando por momentos difíceis. O que mais você quer é encontrar ouvidos atentos, que te deem uma chance para falar sobre o que incomoda e te ajude a se sentir menos chateado, menos confuso e mais capaz de lidar com os sentimentos e problemas. O processo não é diferente para as crianças. Elas também querem alguém que reconheça e valorize os sentimentos e que ajude a encontrar a saída Quando você oferece a possibilidade de compreender os sentimentos dela e se coloca do mesmo lado, você tem mais chances de ter seu filho como aliado. Assim, os argumentos para discussão começam a diminuir. Para ajudar seus filhos a lidar com os sentimentos: a) Ouça verdadeiramente com atenção o que ele fala (e principalmente perceba o que ele não fala). b) Coloque-se ao seu lado, dizendo que compreende, entende ou já passou por isso. c) Ajude-o a nomear que tipo de emoção está sentindo: medo, tristeza, ansiedade, culpa... é importante dar aos filhos um vocabulário para expressar sua realidade interior. d) Coloque em prática uma solução. Acompanhe seu filho numa saída alternativa para superar a dificuldade (imaginária ou concreta): ver um filme, contar uma história, desenhar sobre o fato podem ser boas sugestões.

9 Perceba que considerar e compreender sentimentos não significa que você está concordando com uma atitude errada da criança. Dê ao seu filho o conforto emocional que ele precisa para se conectar com você e aproveite para reforçar os valores educacionais que você quer desenvolver nele. Com certeza será uma aprendizagem muito mais significativa do que se você tivesse simplesmente ignorado ou lhe dado uma bela bronca/castigo por um comportamento ruim. Esse tipo de postura se encaixa em inúmeras situações que são movidas por sentimentos, desde medo, timidez, birras e até pequenos machucados. Essas declarações dão conforto para as crianças e segurança para lidar com suas emoções. Sabemos que tudo que envolve sentimentos tem uma resposta diferente. Além de fortalecer o vínculo e a confiança, alimenta a cumplicidade entre vocês, e quando seu filho tiver um problema é a você que ele vai procurar como um guia e um parceiro. Bom proveito e curta seus filhos! Atenciosamente, Dra. Fernanda D. Spengler CRP12/08971 Psicoinfantil.net