QUESTÕES SOBRE JURISDIÇÃO
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- Micaela Benevides Viveiros
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1 QUESTÕES SOBRE JURISDIÇÃO Exercício 1: São duas as espécies de jurisdição civil. Uma contenciosa; outra voluntária. A diferença entre jurisdição civil contenciosa e voluntária é: I - que a contenciosa não implica propriamente um ato de julgar e a voluntária implica uma decisão; II - que, na voluntária, a intervenção do juiz tem por escopo julgar a contenda, impedindo que as partes façam justiça com as próprias mãos, enquanto que a contenciosa, também chamada de jurisdição graciosa, a intervenção do juiz garante, com a sua assistência, ou com a sua autorização, legitimidade de um ato de interesse privado; III - que a jurisdição civil contenciosa implica numa decisão, quanto que a jurisdição civil voluntária não implica propriamente um ato de julgar ou de decidir; IV - que se subtende na contenciosa a não pré-existência de um litígio, ao contrário da voluntária que abrange uma contenda; V - decidir é próprio da jurisdição contenciosa, porquanto os atos decisórios, por intermédio dos quais a lide é encerrada, caracteriza a essência da jurisdição voluntária. Assinale a alternativa correta: A - Nenhuma das alternativas anteriores está correta; B - somente uma das alternativas está correta; C - somente duas alternativas estão corretas; D - somente três alternativas estão corretas; E - todas as alternativas estão corretas. Exercício 2: A propósito da jurisdição, assinale a alternativa incorreta, considerando as proposições abaixo: A - A jurisdição, como manifestação da soberania do Estado, é uma e indivisível. Porém, levando em conta particularidades que impõem a repartição das atribuições jurisdicionais entre diferentes órgãos, bem como o aspecto de sua abordagem e outras peculiaridades, a doutrina costuma admitir sua classificação por espécies; B - Ao classificar a jurisdição, quanto ao objeto, em penal e civil, a doutrina atribui a esta última, em sentido amplo, todas as lides não penais; C - Por jurisdição comum entende-se todas as justiças, com exceção das
2 chamadas justiças especiais, que são: a Trabalhista, A Militar e a Eleitoral; D - Na jurisdição voluntária, ao contrário da contenciosa, não há partes, porque não há controvérsia, antagonismos ou conflitos de interesses, apenas interessados ; E - todas as alternativas acima contêm afirmações não verdadeiras. Exercício 3: As chamadas funções do Estado são justamente as tarefas ou atribuições fundamentais que o Estado tem de executar para realizar os seus fins. Foi Montesquieu quem melhor sistematizou a chamada repartição dos poderes estatais. Nossa Constituição Federal usa a palavra poder com o sentido de função, de forma que, por exemplo, onde está escrito o Poder Legislativo deve-se ler a função legislativa. O poder que emana do Estado é uno; as funções e os órgãos são distintos, ou seja, a separação dos poderes é uma técnica para distribuir funções distintas entre órgãos relativamente separados. Nesse sentido, temos que a jurisdição (Poder Judiciário, que ao lado do Poder legislativo e Poder Executivo contemplam as funções estatais) é justamente a função estatal que tem a finalidade de garantir a eficácia do direito em última instância no caso concreto, ou seja, a atuação terminal do direito exercida, preponderantemente, pelos órgãos do Poder Judiciário, independentes e imparciais, compondo conflitos de interesses mediante a aplicação da lei através do devido processo legal. Cabe ao Poder Judiciário, sem a possibilidade de transferir essa função para qualquer outro poder estatal, a função de compor definitivamente a lide. Entretanto, os órgãos jurisdicionais são, por sua própria índole inertes, ou seja, para atuação dos órgãos, necessária a devida provocação do interessado. Isso porque aos interessados, salvo expressa previsão legal, não é possível a resolução dos conflitos (lide) por eles mesmos, ou seja, o Judiciário é chamado a atuar, em lugar das partes, para que se ponha fim ao respectivo conflito, resultando na paz social. Aliás, o artigo 126 do Diploma Processual Civil Brasileiro determina que o juiz não se exime de sentenciar ou despachar, alegando lacuna ou obscuridade da lei. O texto em questão faz referência a vários princípios e características fundamentais da Jurisdição. São eles: A - inércia, inevitabilidade e substitutividade; B - inércia, indeclinabilidade e delegabilidade. C - inércia, insubstitutividade e inevitabilidade. D - Inércia, substituvidade e declinabilidade. E - nenhuma das alternativas anteriores. Exercício 4: Leia o texto abaixo com atenção e responda a questão a seguir:
3 Em seu sentido próprio, a jurisdição compete apenas aos órgãos do Poder Judiciário, embora em direito administrativo também se fale em "jurisdição administrativa", bem como em "jurisdição" simplesmente como o limite da competência administrativa de um órgão público. Do ponto de vista da teoria da separação dos poderes, a jurisdição é a função precípua do Poder Judiciário, sendo-lhe acrescida, em alguns sistemas jurídicos nacionais, a função do controle de constitucionalidade. Como regra, a função jurisdicional é exercida somente diante de casos concretos de conflitos de interesses, quando provocada pelos interessados. No sentido coloquial, a palavra jurisdição designa o território (estado ou província, município, região, país, países-membros etc.) sobre o qual este poder é exercido por determinada autoridade ou Juízo. O tema da jurisdição é objeto de estudo das disciplinas de direito constitucional, direito internacional privado, direito processual e direito administrativo, dentre outras. Sobre jurisdição, assinale a resposta incorreta: A - A jurisdição é monopólio estatal. Entretanto, podem os interessados optar por meio não estatal de exercício da jurisdição, capaz de por fim à lide. B - A arbitragem, nos conflitos a ela submetidos por deliberação dos interessados, constitui exercício delegado da jurisdição, por isso se insere no conjunto dos meios para a solução da lide. C - A arbitragem, expressamente prevista em lei, não implica violação ao princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (CF, art. 5, inc. XXXV). D - Na jurisdição voluntária, ao contrário da contenciosa, não há partes, porque não há controvérsia, antagonismos ou conflitos de interesses, apenas interessados. E - A jurisdição civil, contenciosa e voluntária é exercida somente pelo Poder Judiciário. Exercício 5: A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Tal dispositivo consagra o princípio: A - A do juiz natural; B - do remédio da jurisdição; C - da tutela jurisdicional; D - da isonomia perante a lei. E - inércia da jurisdição; Exercício 6:
4 A jurisdição, como poder ou função estatal, é una e abrange todos os litígios que se possam instaurar em torno de quaisquer assuntos de direito. A diferença de matéria jurídica a ser manipulada pelos juízes, na composição dos litígios, conduz à necessidade prática da especialização não só dos julgadores, como das próprias leis que regulam a atividade jurisdicional. Desta forma, o que não couber na jurisdição penal e nas jurisdições especiais, cabe a: A - jurisdição civil. B - jurisdição ordinária. C - jurisdição privada. D - jurisdição voluntária. E - jurisdição especial. Exercício 1: QUESTÕES SOBRE AÇÃO Segundo José de Albuquerque Rocha, em sua obra intitulada Teoria Geral do Processo, a doutrina reconhece vários critérios de classificação das ações, sendo que, o critério prevalente, é aquele que se funda na espécie de provimento requerido pelo autor ao juiz. Por este critério, as ações são classificadas em ações de conhecimento, ações de execução e ações cautelares. As primeiras são aquelas que tendem a provocar um juízo, ou seja, um julgamento sobre a situação jurídica afirmada pelo autor; já as segundas visam justamente pedir ao Estado a realização prática de meios coativos do comando contido na sentença ou em outro documento que a lei reconheça a eficácia executiva; e finalmente, as terceiras visam assegurar e garantir o eficaz desenvolvimento e o profícuo resultado de outra demanda. As ações de conhecimento, por sua vez, se dividem em ações condenatórias, ações declaratórias e ações constitutivas. Se A afirma ser titular de direito a indenização, em razão de dano que lhe tenha sido causado por B, por exemplo, em razão de um acidente de trânsito ou acidente de trabalho: A - o meio para obtenção de provimento jurisdicional que resolva essa lide será a ação de conhecimento, onde as partes têm a oportunidade ampla de produção de provas; B - o meio para obtenção de provimento jurisdicional que resolva essa lide será a ação de execução, onde as partes têm a oportunidade ampla para coativamente fazer valer seu direito; C - o meio para obtenção de provimento jurisdicional que resolva essa lide será a ação cautelar, onde as partes têm a oportunidade de preservar desde logo, o resultado prático de uma demanda; D - o caminho adequado para obter um resultado prático para a lide é não se dá através da ação; E - nenhuma das alternativas anteriores.
5 Exercício 2: A ação, como direito publico e subjetivo de invocar a prestação jurisdicional, independente de ser favorável ou não, ao postulante, e de natureza: A - Concreta; B - Abstrata; C - Mista; D - Privada; E - Nenhuma das alternativas esta correta. Exercício 3: As ações declaratórias: A - São as que conferem ao vencedor o poder de pedir a seu favor, a execução judicial; B - São aquelas nas quais o interesse do reclamante limita-se à afirmação da existência ou inexistência de uma relação jurídica; C - São as que visam a realização coativa de um direito legalmente certo; D - São as que, sem se limitarem à simples declaração de um direito e sem estatuir uma condenação do reclamado ao cumprimento de uma prestação, criam, modificam ou extinguem um direito ou uma relação jurídica. E - Nenhuma das alternativas anteriores. Exercício 4: As ações condenatórias: A - São as que conferem ao vencedor o poder de pedir a seu favor, o cumprimento da decisão judicial; B - São aquelas nas quais o interesse do autor limita-se à afirmação da existência ou inexistência de uma relação jurídica; C - São as que visam a realização coativa de um direito legalmente certo; D - São as que, sem se limitarem à simples declaração de um direito e sem estatuir uma condenação do réu ao cumprimento de uma prestação, criam, modificam ou extinguem um direito ou uma relação jurídica. E - Nenhuma das alternativas anteriores Exercício 5: As ações de execução: A - São as que conferem ao vencedor o poder de pedir a seu favor, a execução judicial; B - São aquelas nas quais o interesse do autor limita-se à afirmação da existência
6 ou inexistência de uma relação jurídica; C - São as que visam a realização coativa de um direito legalmente certo; D - São as que, sem se limitarem à simples declaração de um direito e sem estatuir uma condenação do réu ao cumprimento de uma prestação, criam, modificam ou extinguem um direito ou uma relação jurídica. E - Nenhuma das alternativas anteriores. Exercício 6: O princípio ne procedat judex ex oficio significa dizer que: A - o juiz é impedido de conhecer das condições da ação, sem provocação da parte. B - os pressupostos processuais devem ser, sempre, arguidos pelos interessados. C - O juiz só prestará a tutela jurisdicional quando provocado pela parte ou o interessado, nos casos e na forma legais. D - O juiz não deve declarar, de ofício, a incompetência absoluta. E - Tratando-se de direitos patrimoniais, o juiz pode, de ofício, declarar a prescrição. Exercício 1: No que se refere à competência: QUESTÕES SOBRE COMPETÊNCIA A - é ela determinada no momento em que a ação é proposta, como regra, mostrando-se irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente. B - cabe à autoridade judiciária estrangeira proceder a inventário e partilha de bens, mesmo que situados no Brasil, se o autor da herança for estrangeiro e houver residido fora do território nacional. C - a ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão, em regra, propostas no foro do domicílio do autor. D - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, será ele demandado na capital do Estado da federação em que houvera residido com endereço certo. E - a territorial é absoluta e levanta-se por meio de preliminar na defesa apresentada pelo réu. Exercício 2: A competência: A - territorial diz respeito ao valor e à matéria. B - não se prorroga, tratando-se de questão cogente e indisponível. C - em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência. D - em razão da matéria é derrogável por convenção das partes, se disponível o
7 direito sobre o qual se litiga. E - não pode em nenhuma hipótese ser declinada de ofício pelo juiz, se relativa. Exercício 3: A competência: A - é inderrogável por convenção das partes, seja relativa ou absoluta. B - é sempre do foro do fornecedor, nas ações de responsabilidade civil do fornecedor. C - se relativa, deve ser arguida em preliminar de contestação, de acordo com o Código de Processo Civil. D - é alterada pela conexão, mesmo que um dos processos já tenha sido sentenciado. E - quando alterada em razão da matéria, acarreta a nulidade dos atos decisórios. Exercício 4: Sr. Z promove ação de cobrança em face de Srª Q, postulando a quantia de cem mil reais. O processo é distribuído para a Vara da Comarca X, domicílio do credor. Srª Q não opõe exceção de incompetência. Nesse caso descrito, nos termos das regras processuais, ocorre a denominada: A - prorrogação de competência. B - vinculação de competência. C - extinção de competência. D - declaração de competência. E - suspensão de competência. Exercício 5: Quanto à competência: A - como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem necessidade de provocação da parte. B - de modo geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente à propositura da demanda. C - é determinada no momento da propositura da demanda. D - a autoridade judiciária brasileira a tem concorrente para conhecer de ações relativas a imóveis situados no país. E - em razão do valor e da função, em primeiro grau, é regida pelas normas de organização judiciária. Exercício 6: No tocante à competência:
8 A - ocorrendo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que saneou o feito em primeiro lugar. B - a conexão de causas é matéria de ordem privada, dependendo de requerimento da parte para ser conhecida pelo juiz. C - para a ação em que se pedem alimentos, é competente o foro do domicílio ou da residência do alimentante. D - quando decorrer da matéria e do território poderá modificar-se pela conexão ou continência. E - como regra normativa, nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato.
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