CIRCUITOS COMBINATÓRIOS BÁSICOS
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- Simone Vanessa Filipe Santiago
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1 CIRCUITOS COMBINATÓRIOS BÁSICOS T.1 - INTRODUÇÃO A velocidade de um sistema digital depende da velocidade com que operam as portas. A velocidade de uma porta depende do atraso de propagação t pd (propagation-delay time). As portas electrónicas têm tempos de atraso da ordem dos nanossegundos (10-9). 1
2 Cronologia Data Componente Observações até 1955 válvula grandes dimensões e consumo transistor encapsulamento individual desde 1965 circuito integrado encapsulamento de transistores e resistências Nomenclatura SSI - Integração em pequena escala (até 12 portas) MSI - Integração em escala média (12 a 99 portas) LSI - Integração em larga escala (100 a 1000 portas) VLSI - Integração em muito larga escala (1000 a portas) ULSI - Integração em ultra larga escala (mais de portas) 2
3 Circuitos combinatórios - são circuitos cujas saídas dependem apenas das entradas actuais, não tendo relação com a história passada do sistema. T.2 - FAMÍLIAS DE CIRCUITOS LÓGICOS As famílias de circuitos lógicos integrados distinguem-se por: tipo de semicondutor utilizado; forma como os semicondutores são ligados. 3
4 Família CMOS Utiliza transistores CMOS (Complementary Metal- Oxide Semiconductor). É utilizada em SSI, MSI, LSI, VLSI e ULSI. Tem um consumo muito baixo, mas tem tempos de propagação elevados. 4
5 Família ECL (Emitter-Coupled Logic) Utiliza transistores bipolares que têm tempos de propagação mais baixos que os CMOS. É usada em SSI e MSI. É bastante rápida, mas tem consumos mais elevados que a família CMOS. É de difícil utilização devido à sua rapidez. 5
6 Família TTL (Transistor-Transistor Logic) Utiliza transistores bipolares. É a família mais usada para SSI e MSI. Tem duas séries: 54 - para fins militares e 74 - para fins industriais. 6
7 BICMOS (BIPOLAR + CMOS) É uma evolução com integração das famílias de transistores bipolares e CMOS. Tem um baixo consumo e um tempo de resposta baixo. No entanto, ocupa uma área elevada, pelo que não é utilizado em circuitos integrados com grande nível de integração como os microporcessadores. 7
8 T.3 - SÉRIE TTL Pode baixar-se o atraso de propagação t pd de uma porta lógica à custa de um maior consumo de energia, isto é, utilizando transistores que consumam mais potência. A série TTL utiliza transistores bipolares normais - mais lentos, e transistores do tipo Schottky - mais rápidos, em diversas gamas de potência. Características típicas da família 54/74 SSI Série Tipo de transistor e Atraso de Dissipação de Produto velocidadepotência, potência propagação, ns potência, mw pj 54LS/74LS Schottky, baixa potência 9, L/74L Comum, baixa potência S/74S Schottky, potência normal /74 Comum, potência normal H/74H Comum, alta potência
9 Capacidade de saída (fan-out) O fan-out mede a capacidade que a saída de uma porta tem de accionar entradas de outras portas. Cada porta tem uma corrente máxima de saída. Por outro lado, cada porta necessita de uma corrente mínima de entrada para ser accionada. O fan-out dá-nos a indicação de quantas entradas podem ser accionadas por uma única saída. Na família TTL, entre portas da mesma série, o fan-out é 10 para portas das séries standard e de alta potência, e 20 para as séries de baixa potência. Entre séries de famílias diferentes é necessário garantir que as correntes de entrada não superam a corrente de saída. 9
10 Margem de ruído A tensão de alimentação para circuitos da família TTL é 5 V. Isto significa que todas as tensões estão no intervalo de 0 a 5 V. Uma saída que esteja no nível lógico 0 está a drenar corrente das portas às quais está ligada, aumentando a sua tensão de saída (> 0 V). Uma saída que esteja no nível lógico 1 está a fornecer corrente às portas a que está ligada, baixando deste modo a sua tensão de saída (< 5 V). De qualquer modo o fabricante garante que a tensão baixa nunca sobe acima dos 0,4 V e que a tensão alta nunca desce abaixo dos 2,4 V. 10
11 Por outro lado uma tensão menor ou igual a 0,8 V é sempre interpretada como um 0 lógico e uma tensão superior a 2 V é sempre interpretada como um nível lógico 1. Definem-se V OH, V OL, V IH e V IL V OH - tensão mínima de saída que a porta fornece para o nível alto V OL - tensão máxima de saída que a porta fornece para o nível baixo V IH - tensão mínima que a porta reconhece como nível alto V IL - tensão máxima que a porta reconhece como nível baixo 11
12 Na figura seguinte mostra-se o valor destas tensões para a família 54/74. V (saída) V (entrada) VCC VCC=5,0V VOH=2,4V Saída alta 1 Entrada alta VIH=2,0V VOL=0,4V VIL=0,8V <0,2V Saída baixa 0 Entrada baixa Fig 80 12
13 Gráfico de entrada-saída de uma porta TTL para o pior caso VO,V 2, ,4V 0,4 0,8 1,4 2,0 2,4 VI,V Fig 81 13
14 A margem de ruído para o nível 0 é 0=V IL - V OL =0,4V. Esta margem garante que uma saída 0 é sempre reconhecida desde que o ruído não ultrapasse 0=0,4V. De forma idêntica, a margem de ruído para o nível 1 é 1=V IH -V OH =0,4V e garante que uma saída 1 é sempre reconhecida desde que o ruído não ultrapasse 1=0,4V. 14
15 T.4 - FAMÍLIA CMOS A tensão de alimentação para circuitos da família CMOS pode variar no intervalo de 5 a 15 V. A corrente de entrada requerida por uma porta é da ordem de 1pA enquanto que a corrente de saída é da ordem de 1 ma, dando origem a um fan-out enorme. Para as mesmas condições de carga e tensão de alimentação que as portas TTL, uma porta CMOS tem um atraso de propagação da ordem de 50 a 100 ns. As margens de ruído para uma alimentação de 5 V são de cerca de 1 V e aumentam para tensões de alimentação maiores. 15
16 O consumo de potência numa porta CMOS é praticamente nulo quando a saída se mantém fixa. No entanto se a saída varia com uma frequência de 105 Hz (para uma carga típica de 50 pf) a potência dissipada é da ordem de 0,2 mw. TTL e CMOS no mesmo circuito Quando uma porta TTL acciona portas CMOS, não existem problemas de fan-out, mas o nível de saída V OH não é suficientemente alto para a porta CMOS. Quando uma porta CMOS acciona portas TTL, os níveis de saída são adequados, mas a corrente de saída fornecida pela porta CMOS pode não ser suficiente. Neste caso interpõem-se portas especiais denominadas buffers. 16
17 As séries CMOS mais utilizadas são a 4000, a 54HC/74HC e a 54HCT/74HCT. Estas duas mais rápidas que a primeira, e a última com níveis TTL. 17
18 T.5 - FAMÍLIA ECL A família ECL opera com uma tensão de alimentação negativa de -5,2 V. Os níveis lógicos são portanto negativos, tendo os valores de -0,75 V e -1,6V. O fan-out é da ordem de 25, e as margens de ruído da ordem de 0,3 V. O atraso de propagação é da ordem de 2 ns, e a dissipação da ordem de 25 mw por porta. Existem ainda as séries ECL II e ECL III com atrasos da ordem de 4 ns e 1 ns, respectivamente. 18
19 T.6 - INTERRUPTOR LÓGICO O transistor funciona como interruptor lógico, conduzindo ou não, por acção de uma tensão de entrada. 5 V 5 V R R V H ou V L R 0 V V O V H ou V L 0 V S V O Interruptor lógico A S=A Fig 82 19
20 Quando a tensão de entrada for V L, o transistor não conduz, pelo que a saída é V O =V CC. Quando a tensão de entrada for V H, o transistor conduz, pelo que a saída é V O =0 V. 20
21 O circuito de 2 interruptores da figura seguinte representa uma porta NOR com equação S=A +B. 5 V R A B S S A B A B S Fig 83 21
22 wired AND O circuito da figura seguinte representa também uma porta NOR com equação S=A +B. Sem a ligação entre as duas saídas, os dois circuitos individuais teriam à saída, A e B. A ligação a tracejado, na prática, adicionou um circuito AND, pois S= A. B A +B. Esta ligação tem o nome de wired-and, e apenas pode ser feita utilizando circuitos com open collector (colector aberto). 22
23 Se houver muitas portas e todas as chaves estiverem ligadas excepto uma, a corrente originada pela pequena resistência equivalente queima o transistor que está a conduzir. Em circuitos que utilizem portas com open collector a resistência (única) é dimensionada à medida. 23
24 5 V R S wired AND A A S=A.B 0 V B 5 V S=A.B R S B 0 V Fig 84 24
25 T.7 - SAÍDA TOTEM-POLE Sob um ponto de vista, o interruptor lógico é a configuração ideal para a saída de uma porta TTL. Quando a saída está no nível baixo a porta deve consumir a corrente do circuito accionado. Efectivamente, quando a saída está a 0, o interruptor está fechado e a corrente escoa-se para a massa. Quando a saída está no nível alto, a porta deve fornecer corrente ao circuito accionado. Efectivamente quando a saída está a 1, o interruptor está aberto e a corrente flui através da resistência. 25
26 Vcc Vcc Vcc R R Fornece corrente R Consome corrente C Fig 85 26
27 Contudo o interruptor lógico tem capacidades parasitas, que diminuem a velocidade da porta. Estas capacidades não causam problemas na transição da saída de 1 para 0, pois o condensador descarrega rapidamente quando o interruptor fecha. Os problemas aparecem na transição da saída de 0 para 1, pois a saída só atinge o valor alto depois do condensador carregar, e este carrega lentamente devido à resistência. 27
28 Para aumentar a velocidade de carga do condensador, a resistência pode ser substituída por um segundo interruptor. Esta nova configuração tem o nome de saída totem- -pole. Quando A tem o nível baixo, I1 está aberto e I2 fechado, estando a saída no nível alto. Quando A tem o nível alto, I1 está fechado e I2 aberto, estando a saída no nível baixo. 28
29 Vcc I2 S=A A I1 Fig 86 29
30 T.8 - SAÍDA TRI-STATE A configuração com saída totem-pole pode ser modificada, obtendo-se o circuito seguinte. Vcc I2 S=A A I1 enable Fig 87 30
31 Quando a linha de controle (enable) estiver a 1, o circuito funciona exactamente como a configuração totem-pole, ou seja, a entrada A é negada à saída. Quando a linha de controle estiver a 0, os 2 interruptores ficam abertos, e a saída fica totalmente desligada do circuito (estado de alta- -impedância). Desta forma a saída S pode tomar 3 estados: os 2 estados lógicos 0 e 1 (quando enable=1), e o estado de alta-impedância (quando enable=0). 31
32 Saídas de 3 estados enable enable enable Fig 88 32
33 T.9 - EXEMPLOS DE PORTAS EM CIRCUITOS INTEGRADOS Porta NOR tripla de 3 entradas ('27) e porta NAND de 13 entradas ('133) V CC V CC GND GND 8 Fig 89 33
34 Porta NAND quad de 2 entradas ('00) e buffer quad com saída tri-state (3 estados) activada a 0 ('125) V CC V CC GND GND Fig 90 34
35 Porta XOR quad ('136) (os asteriscos indicam saídas com open collector) e porta AOI (AND-OR- INVERT) dupla de 2 e 3 entradas ('51) V CC V CC * * * * GND GND Fig 91 35
36 O apóstrofo antes do número do dispositivo representa a família e a série. Por exemplo, a porta 74LS02 é representada por '02. Os termos duplo, triplo, quad e hex indicam que o circuito integrado contém 2, 3, 4 ou 6 unidades idênticas independentes, respectivamente. Alguns circuitos integrados SSI Número do circuito Descrição '00 NAND quad de 2 entradas '02 NOR quad de 2 entradas '03 NAND quad de 2 entradas open collector '04 Inversor hex '05 Inversor hex open collector '08 AND quad de 2 entradas 36
37 '09 AND quad de 2 entradas open collector '20 NAND duplo de 4 entradas '21 AND duplo de 4 entradas '27 NOR triplo de 3 entradas '30 NAND de 8 entradas '32 OR quad de 2 entradas '37 Buffer NAND quad de 2 entradas '38 Buffer NAND quad de 2 entradas - o. c. '51 AOI duplo de 2 e 3 entradas '126 Buffer quad com saída tri-state '136 XOR quad de 2 entradas open collector 37
38 Os buffers são portas que podem drenar mais corrente do que as portas normais e são usados quando é necessário um fan-out superior ao normal. A maioria dos circuitos SSI têm 14 pinos, mas algumas têm 16 pinos. Dois pinos são usados para alimentação: V CC e GND. 38
39 T.10 - SINAIS DE CONTROLE Uma entrada de uma porta pode ser considerada como uma linha de controle. E A B C S Fig 92 Na porta NAND da figura, a entrada E (enable) funciona como linha de controle e as entradas A, B e C funcionam como linhas de dados. Quando E=1, a porta funciona como um NAND de 3 entradas. Quando E=0, a porta tem sempre saída 1, ou seja, é independente da variação das entradas A, B e C. E A B C S 39
40 Na porta NOR da figura, a entrada E (enable) funciona também como linha de controle e as entradas A, B e C como linhas de dados. Quando E=0, a porta funciona como um NOR de 3 entradas. Quando E=1, a porta tem sempre saída 0, ou seja, é independente da variação das entradas A, B e C. No caso da porta NAND a linha enable é activa a 1. No caso da porta NOR a linha enable é activa a 0. Quando se trata de circuitos MSI e LSI, não é possível nem necessário mostrar todas as portas incluídas no circuito. 40
41 Neste caso utilizam-se rectângulos para representar os circuitos. Para indicar que uma linha de controle é activa a 0 coloca-se o símbolo de inversão no ponto em que a linha de controle entra no rectângulo. 41
42 EN EN A B C S A B C S EN EN A B C S A B C S Fig 93 42
43 O primeiro circuito tem a linha EN (enable) activa a 1. O segundo circuito tem a linha EN activa a 0. Dá a ideia (errada) de que existe um inversor entre a linha de controle e o circuito. O terceiro circuito é idêntico ao segundo mas utiliza uma simbologia mais recente. Deste modo já não persiste a ideia de que existe um inversor à entrada do circuito. O quarto circuito tem a linha EN activa a 0. Difere dos outros circuitos na saída que é agora activa a 0. 43
44 As terminologias EN e EN têm uma limitação. Se no diagrama de um circuito lógico aparecer uma linha EN, e se esta linha for aplicada a um circuito desconhecido, não é possível saber se EN é uma linha de controle activa a 0 ou a negação de uma linha de controle activa a 1. nível ALTO (H) nível BAIXO (L) t1 t2 t3 tempo Fig 94 44
45 Se o sinal EN tiver a forma da figura acima, será impossível saber se o circuito é accionado no intervalo t 1 a t 2 ou no intervalo t 2 a t 3. Para contornar esta limitação utiliza-se a terminologia EN-H para substituir EN EN-L para substituir EN EN-H é um sinal activo e tem o valor 1 quando estiver a 1 (high). EN-L é um sinal activo e tem o valor 1 quando estiver a 0 (low). 45
46 Se o sinal de controle disponível for EN-H e a entrada do circuito precisar de um sinal de controle activo a 0 (símbolo inversor ou meia- -flecha) é necessário interpor um inversor para inverter os níveis de tensão. Tem-se: EN-H = EN-L = EN -L EN-L = EN-H = EN -H 46
47 T.11 - DESCODIFICADORES E CODIFICADORES T Descodificador Um descodificador é um circuito com n entradas e 2n saídas. Para cada combinação das entradas, apenas uma saída está activa. 47
48 A 1 A 0 O 0 O O 1 2 A 1 A 0 O 0 O 1 O 2 O O 3 Fig 95 Um descodificador com 2 entradas tem 4 saídas. 48
49 Para a combinação A 1 =A 0 =0, tem-se O 0 =1 e O 1 =O 2 =O 3 =0. Para a combinação A 1 =0 e A 0 =1, tem-se O 1 =1 e O 0 =O 2 =O 3 =0, etc. Nem sempre é necessário apresentar as 2n saídas do descodificador. No caso de um descodificador de BCD (Binary Coded Decimal) para decimal, há 4 entradas mas apenas 10 saídas são relevantes, pois as combinações de 10 a 15 nunca são apresentadas à entrada. 49
50 Descodificador de 3 entradas por 8 saídas ('138) A A A E E E O 7 O O O O O O O Fig 96 50
51 O descodificador '138 é fabricado num CI com 16 pinos, sendo a massa o pino 8 e V CC o pino 16. Utiliza portas NAND em vez de portas AND pelo que as saídas são activas a 0. Cada porta NAND tem 4 entradas, sendo uma das entradas de controle (enable). A entrada de controle tem a função E.E.E Estas linhas de controle podem ser utilizadas para permitir o funcionamento do descodificador para uma linha de controle a 1, a 0 ou para uma combinação específica dos sinais de controle. 51
52 Símbolo lógico do descodificador '138 E E E A A A EN O 0 O 1 O 2 O 3 O 4 O 5 O 6 O 7 Fig 97 52
53 Simbolismo funcional para o ' & X/Y EN Fig 98 53
54 No simbolismo funcional, os pinos de entrada estão à esquerda e os de saída estão à direita. Os números na extremidade dos pinos são os números dos pinos. A indicação X/Y mostra que o circuito é um descodificador. As entradas de endereço são os pinos 1, 2 e 3 que têm os pesos 1, 2 e 4, como indicado. A soma dos pinos de entrada activos determina a saída que é activada. As saídas são activas a 0. O rectângulo marcado com & e a indicação EN mostram que as entradas 4, 5 e 6 são operadas por uma porta AND (&) de forma a obter-se a linha enable. 54
55 Descodificador duplo de 2 entradas para 4 saídas, com unidades independentes ('139) EN X/Y EN X/Y Fig 99 55
56 Descodificador duplo de 2 entradas para 4 saídas, com entradas compartilhadas ('155) X/Y Entradas partilhadas pelas 2 unidades abaixo 2 1 & EN & EN Fig
57 T Codificador Um codificador executa a função inversa à do descodificador. As entradas de um codificador têm a característica de, em cada instante, apenas uma estar activa. A cada linha de entrada corresponde uma palavra de código nas linhas de saída. Tabela de verdade de um codificador possível de 4 entradas I 3 I2 I 1 I0 A 7 A 6 A 5 A4 A 3 A 2 A1 A
58 Circuito correspondente I 3 I 2 I I 1 0 A 0 A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6 A7 Fig
59 Codificador de 8 entradas para 3 saídas I I I I 1 I I 3 I 2 I 0 EN A 0 A 1 A 2 Fig
60 T.12 - CONVERSORES Um conversor é um circuito utilizado para fazer a tradução entre 2 códigos. Pode ser construído ligando um descodificador e um codificador em cascata. Uma palavra de código à entrada do descodificador é representada por uma linha à saída deste. Esta linha é codificada no circuito codificador dando origem à nova palavra de código. 60
61 A 0 A 1 Descodificador Z 0 Z 1 Codificador B 0 B 1 A m-1 Z n-1 B k-1 Fig 103 Um exemplo interessante de conversor de código é o tradutor de BCD para display de 7 segmentos. 61
62 Display de 7 segmentos (exemplos) a b c d e f g f e a g d b c b c a g d b c a b c Fig 104 O display tem 7 linhas, correspondendo cada uma a um segmento. Cada segmento é um LED (díodo emissor de luz). O conversor de código terá 4 linhas de entrada e 7 de saída. 62
63 Para a combinação de entrada A 3 A 2 A 1 A 0 =0000, deverá activar os segmentos a, b, c, d, e e f. Para a combinação de entrada A 3 A 2 A 1 A 0 =0001, deverá activar os segmentos b e c. Para a combinação de entrada A 3 A 2 A 1 A 0 =0010, deverá activar os segmentos a, b, d, e e g. Etc. O conversor "BCD - display de 7 segmentos" é normalmente denominado apenas por descodificador. Existe em CI na família TTL com as designações '46, '47, '48 e '49, com saídas em open collector ou não. 63
64 T.13 - MULTIPLEXERS E DEMULTIPLEXERS T Multiplexer Um multiplexer executa a função indicada na figura abaixo. A partir de uma entrada de controle, o comutador lógico selecciona apenas uma entrada para ser ligada à saída. Comutador lógico Fig
65 Implementação de um multiplexer com portas S S 1 0 I 0 I 1 I 2 Z I 3 Fig
66 Neste multiplexer, uma das quatro entradas é seleccionada, e ligada à saída, a partir de duas entradas de controle. Para 2n entradas são necessárias n linhas de controle. As linhas de selecção determinam qual das portas AND é seleccionada. Caso A 1 =A 0 =0, a porta seleccionada é a primeira, logo a entrada I 0 é colocada à saída do AND. As outras portas AND têm sempre saída 0, pelo que a porta OR, ou seja a saída do multiplexer, reflecte apenas o valor da entrada I 0. 66
67 Caso A 1 =0 e A 0 =1, a porta seleccionada é a segunda, logo a entrada I 1 é colocada à saída do AND. As outras portas AND têm sempre saída 0, pelo que a porta OR, ou seja a saída do multiplexer, reflecte apenas o valor da entrada I 1. Etc. 67
68 O multiplexer é uma estrutura AND-OR a 2 níveis, logo pode ser usado como gerador de funções. Cada uma das entradas corresponde a um termo mínimo. A entrada I 0 corresponde ao termo m 0. A entrada I 1 corresponde ao termo m 1. Etc. As variáveis da função são as linhas de selecção do multiplexer. 68
69 Exemplo Para gerar a função Z=S 1 +S 1 S 0 expande-se Z em termos mínimos Z = S 1 (S 0 +S 0 )+S 1 S 0 = S 1 S 0 +S 1 S 0 +S 1 S 0 = m 1 +m 0 +m 2 Basta então colocar as entradas I 1 =I 0 =I 2 =1 e I 3 =0 para se obter a função pretendida. 69
70 Multiplexer de 8 entradas ('251) S S S I I I I I I I I G W=Y Y Fig
71 Símbolo lógico do multiplexer tipo ' G S 0 S 1 S 2 I 0 I 1 I 2 W I 3 I 4 Y I 5 I 6 I Fig
72 Símbolo funcional do multiplexer ' EN MUX G Fig
73 Os CI's '151 e '251 são multiplexers de 8 entradas para 1 saída, diferenciando-se pelo facto do '251 possuir saídas tri-state. Ambos possuem uma linha de enable activa a 0, e 2 linhas à saída sendo uma o complemento da outra. No símbolo funcional, a palavra MUX identifica o multiplexer. O pino 7 é a entrada de enable. Os triângulos nas saídas (pinos 5 e 6) indicam que estas são do tipo tri-state. As entradas de selecção (pinos 9, 10 e 11) têm os pesos 20, 21 e
74 O símbolo 0 7 indica que as entradas de selecção podem seleccionar, consoante o seu valor, as entradas de dados numeradas de 0 a 7. O símbolo G indica que entre as entradas de dados e as entradas de selecção existe uma dependência do tipo AND. 74
75 Multiplexer quádruplo de 2 para 1 ('157) 15 1 EN 0 G MUX Fig 110 O CI '157 contém 4 multiplexers de 2 entradas para 1 saída. Tem uma única entrada de selecção e apenas uma linha de enable para os 4 multiplexers. 75
76 T Demultiplexer O demultiplexer tem a função inversa do multiplexer, como mostra a figura abaixo. Comutador lógico Fig 111 Num demultiplexer, a entrada pode ser ligada a qualquer das saídas, dependendo apenas das linhas de selecção que fazem o papel de comutador lógico. 76
77 Estrutura lógica de um multiplexer de 1 entrada para 4 saídas S S O 0 I 01 O 1 10 O 2 11 O 3 Fig
78 T.14 - SISTEMAS DE MULTIPLEXAGEM Os multiplexers são muito utilizados em telecomunicações, para transmitir numa única linha a informação proveniente de várias linhas de dados. 78
79 Sistema de multiplexagem por divisão do tempo (TDM) I 0 I 1 Multiplexer D Demultiplexer O 0 O 1 I n-1 O n-1 Selecção Ck Selecção Fig 113 Apenas é necessária uma linha de dados para transmitir a informação correspondente às n linhas de entrada. A linha Ck sincroniza as entradas de selecção. 79
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