On a du plaisir en lire la littérature

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1 On a du plaisir en lire la littérature Eduardo Dias da Silva Modalidade: presencial Carga horária total: 60 horas/aula Tutor: professor-regente Tema: Práticas de leituras português-francês através do gênero literário Literatura de Cordel Público alvo: Alunos do ensino fundamental séries finais. Justificativa: A leitura se constitui como um grande problema social da atualidade. Professores, conscientes dessa realidade, se deparam com a falta de instrumentos pedagógicos no desenvolvimento de estratégias de leitura, afinal esses profissionais devem apresentar resultados concretos, segundo Silva (2015). Ainda de acordo com esse autor, necessitam, principalmente, ter presentes os níveis de apropriações atingidos para servir de indicativos e, assim, criarem novas estratégias, diversificados recursos e técnicas para evolução dos processos de leitura. O motivo norteador que nos impulsionou a trabalhar essa temática é o fato de sermos professores de línguas (Português e Francês) na Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e de percebermos, diariamente, que há alunos (crianças e adolescentes) com dificuldades diversas, principalmente em torno do desenvolvimento da leitura nessas duas línguas, e o quanto essas crianças e adolescentes trazem de bagagem para socializar em sala de aula. Objetivos: O tema tratado nesta atividade pedagógica é relevante porque as possibilidades que as habilidades de leitura trazem, tanto em língua portuguesa paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

2 quanto francesa, são fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade em geral. Estando na era da informação, e para atender a essa demanda, é necessário que se trabalhem as habilidades da leitura, proporcionando condições favoráveis ao desempenho intelectual e social da criança e do adolescente (alunos). No tocante a isso, a leitura como prática social destinada a tais grupos propicia a busca de sua identidade e interação com a realidade. Estratégias: Apresentação de textos, em leituras dramáticas em português e adaptações em língua francesa feitas pelos alunos com a supervisão do professorregente, de Antônio Alves (s/d), Antônio Francisco (2012), Antônio Teodoro (s/d), dentre outros representantes da Literatura de Cordel, no intuito de empoderar esses alunos das propriedades e características da leitura, práticas de leituras, literatura e Literatura de Cordel e seus objetivos e suas finalidades como sendo oriundas de práticas sociais. Após pesquisas, em redes de até quatro alunos, em livros teóricos e sítios (sites?) especializados no tema em tela orientados pelo professor-regente, cada rede ficava responsável, na aula seguinte, por apresentar, oralmente em língua francesa, o resultado do andamento das pesquisas, apresentando e discutindo as possíveis práticas de leituras associadas ou não às novas tecnologias e como inserí-las no dia a dia, seja em sala de aula ou na sociedade do conhecimento. Discussão sobre o uso de possíveis meios e/ou ferramentas para difusão da leitura, das práticas de leitura e da Literatura de Cordel em francês via Internet de forma prazerosa, introdutória e interessante mediadas por micro blogs, redes sociais, etc. Avaliação: A sociedade do conhecimento exige uma avaliação permanente, em processo interativo, baseando-se na avaliação para a melhoria em vez dessa como controle punitivo. Ela estimula uma sócio-conexão interativa que pode viabilizar a inclusão social, valorizando o conhecimento e resgatando os direitos sociais dos alunos. Refiro-me à valorização da inteligência coletiva como resultado das interações possibilitadas pela leitura e à priorização do prazer de ler literatura associada às paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

3 aulas de francês, importando-me não só com o produto, mas também com o processo, pois sublinho que nesta sociedade a avaliação e a prática reflexiva exercem papéis protagonistas centrais. Portanto, a avaliação se dará em um movimento e consenso de que as experiências educativas devem ser desenhadas visando ao comprometimento com as abordagens alicerçadas em experiências de aprendizagem comunitárias, autênticas, sociais, nas quais a presença, comunicação, interação e colaboração aconteçam. Recursos: Livros e artigos sobre leitura, literatura e práticas de leituras, Datashow, computador portátil, livros sobre aspectos da literatura brasileira e análise literária. Sítios sobre obras literárias e autores da Literatura de Cordel em língua portuguesa, e possíveis versões em língua francesa. Exposição/apresentação dos alunos sobre suas percepções sobre a leitura da Literatura de Cordel em francês e em português. Conteúdos Curriculares: Produções oral e escrita, tanto em língua portuguesa quanto francesa, em redes. Compreensões oral e escrita na elaboração, apresentação e discussões sobre leitura, práticas de leitura, letramentos crítico e literária mediados pela Literatura de Cordel, fazendo uso das estruturas discursivas da língua francesa em todos os tempos verbais. paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

4 Referências AGUIAR, V. T. et al. (Orgs.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 2.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, ANTÔNIO ALVES DA SILVA. Em: Editora Luzeira: biografias de poetas. São Paulo, s/d. Disponível em: < Acesso em 23 de março de BOSI, A. História concisa da Literatura Brasileira. 35ª Ed. São Paulo: Cultrix, EICHENBERG, R. C. Literatura na escola: um projeto de incentivo à leitura. Em: COLÓQUIO LEITURA E COGNIÇÃO, vol. 2, 2006, Santa Cruz do Sul / RS. Anais... Santa Cruz do Sul/RS: PUCRS, pp Disponível em: < ura_na_escola.pdf> acesso em 27 de março de LITERATURA DE CORDEL. Diversos. S/d/l. FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 26ª Ed. São Paulo: Cortez, MOISÉS, M. A análise literária. 5ª Ed. São Paulo: Cultrix, MARTINS, M. H. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, MELO, A. F. T. Dez cordéis num só. 11ª Ed. Fortaleza: IMEPH, Disponível em: < Acesso em 26 de março de paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

5 SANTOS, A. T. O encontro de Lampião com Dioguinho. São Paulo: Luzeiro, s/d. SILVA, E. D. Eu gosto do gosto de gostar de ler: a leitura como gênero discursivo na escola. Em: Revista e-scrita. v. 6 n. 1, pp Disponível em: < Acesso em 23 de junho de paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

6 Encontros Atividades a serem desenvolvidas Apresentação e organização dos trabalhos propostos, bem como das 1 definições de leitura, literatura, práticas de leituras e literatura de cordel através de sítios sobre as temáticas, textos explicativos e diapositivos elaborados pelo professor-regente. 2 Continuação da aula anterior, elaboração das redes, assim como primeiras pesquisas sobre leitura e práticas de leituras. Discussão com o professorregente das classificações literárias e dos momentos literários brasileiros. 3 Continuação da aula anterior sobre a classificação literária brasileira e seus expoentes. Visualização e consulta de sítios sobre alguns autores e obras brasileiras em francês. 4 Discussão sobre o entendimento das redes sobre leitura e práticas de leituras, suas características e objetivos, acompanhados e supervisionados pelo professor-regente. 5 Apresentação de diapositivos sobre definições do gênero literário e qual o enquadramento da literatura de cordel neste gênero, debate entre as redes sobre os temas em tela. 6 Continuação do debate da aula anterior, iniciação das características da literatura de cordel e o seu papel social de mantenedora da cultura popular e empates entre as redes sobre o que é cultura e cultura popular. Organização e criação de materiais e de multimeios voltados para práticas de leitura, literatura e literatura de cordel. 7 Apresentação dos materiais e dos multimeios elaborados pelas redes, momento de reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem desencadeados pela Atividade Pedagógica Complementar (APC) proposta e auto avaliações para aperfeiçoamento do trabalho. paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº

7 Eduardo Dias da Silva Mestre em Linguística Aplicada pelo Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução - LET da Universidade de Brasília - UnB (2014), Especialista em Metodologia no Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER (2013), licenciado em Letras - Língua Francesa e respectiva literatura pela Universidade de Brasília - UnB (2006). Integrante do Núcleo de Estudos Críticos e Avançados em Linguagem (NECAL/PPGL/UnB) filiado ao Grupo de Pesquisa CNPq em Educação Crítica de Profissionais da Linguagem para além-mar: Políticas linguísticas, Identidades, Multiletramentos e Transculturalidade, membro da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN), da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e da Associação de Professores de Francês do Distrito Federal (APFDF). Atualmente, professor de Educação Básica na Secretária de Estado de Educação do Distrito Federal - SEEDF (2014), ministrando aulas de francês língua estrangeira (FLE) no Centro Interescolar de Línguas de Sobradinho - CILSob/DF. Tendo a Didática de Línguas, a Oralidade do FLE, os estudos sobre Gêneros Discursivos, as Teorias Curriculares, os (Multi)Letramentos em ambientes de ensino-aprendizagem, bem como a Formação de Professores como norteadoras das minhas atividades e interesses de pesquisa e ensino em uma perspectiva transdisciplinar em Linguística, Linguística Aplicada (Crítica), Literatura, Educação e ciências afins. paginas.ufrgs.br/revistabemlegal REVISTA BEM LEGAL Porto Alegre v. 5 nº