Metas da política macroeconômica
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- Célia Regueira Pinheiro
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1 MACROECONOMIA
2 Macroeconomia Ramo da teoria econômica que trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como renda e produto nacionais, investimento, poupança e consumo agregados, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
3 Metas da política macroeconômica a) alto nível de emprego; b) estabilidade de preços; c) distribuição de renda socialmente justa; d) crescimento econômico.
4 METAS Metas estruturais x Metas conjunturais Metas estruturais: pretendem alterar a estrutura econômica do país. Metas de longo prazo:como estimular a atividade econômica do setor secundário (atividade industrial) mais que a do setor primário (atividade agrícola e extrativa). Metas conjunturais: para alterar a conjuntura atual, ou seja, a situação atual. São metas passíveis de serem atingidas no curto prazo: pleno emprego e a estabilidade de preços. História: influência do Estado Keynes.
5 POLÍTICA ECONÔMICA É o conjunto de ações tomadas por um governo para atingir determinados fins econômicos. Busca promover o crescimento econômico e promover uma distribuição de renda relativamente justa (especialmente no Brasil); além de promover o pleno emprego e controlar a inflação. Instrumentos da política econômica: Política fiscal; Política monetária; Política cambial; Política comercial; Política de rendas.
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7 CONTAS NACIONAIS As contas nacionais seguem um conjunto de princípios adotados por todos os países; Objetivo de mensurar os principais agregados econômicos de uma economia; Como exemplos desses agregados, temos o PIB, o PNB e a RN. Nas contas nacionais são consideradas apenas as transações de bens e serviços finais e não são computados os bens e serviços intermediários (matérias primas e componentes): pois se computasse o valor da produção do país seria sobrevalorizado. Atividades informais não são contabilizadas no Produto Nacional, nem a venda de produtos usados.
8 Produto Interno Bruto (PIB): Somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional em um dado período, valorizados a preço de mercado. O PIB compreende tudo o que é produzido dentro das fronteiras do Brasil, seja por empresas nacionais, seja por multinacionais. Produto Nacional Bruto (PNB): Somatório de todos os bens e serviços finais produzidos por empresas que são de propriedade de residentes no país. Não incluem as multinacionais estrangeiras, ou seja, o PNB compreende tudo o que é produzido por empresas nacionais, estejam atuando no Brasil ou no exterior. No Brasil, o PIB é maior que o PNB, pois a quantidade de empresa multinacionais atuando no Brasil é muito superior número de empresas brasileiras atuando no exterior.
9 PIB VERSUS PNB ANO PIB (R$ mil) Renda Líquida enviada ao exterior ((R$) PNB (R$ mil) Para convertermos o PIB em PNB é preciso deduzir o valor das rendas enviadas ao exterior e somar as rendas recebidas do exterior. Essas rendas compreender: juros, lucros, royalties.
10 PIB per capita: é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no país. Em 2013, o PIB per capita cresceu e alcançou R$ (em valores correntes) em 2013, após ter crescido (em termos reais) 1,4% em relação ao ano anterior. Desde 2014 o PIB per capta caiu 9,1%, enquanto o PIB geral caiu entre 2015 e ,2%. A evolução do PIB e do PIB per capita no período :
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12 PIB Nominal x PIB Real Quando se procura analisar o comportamento do PIB de um país ao longo do tempo, é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real. O PIB nominal refere-se ao valor do PIB calculado a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado. Já o PIB real é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base, eliminando assim o efeito da inflação. O que importa para medir o tamanho de uma economia é a variação na produção, não a variação nos preços.
13 O QUE COMPÕE O PIB
14 PIB COMO MEDIDA DE BEM ESTAR Muitos economistas argumentam que o PIB não mede adequadamente o bem estar da coletividade: Não registra a economia informal; Não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como a poluição, congestionamentos, piora do meio ambiente,... Não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade.
15 PIB COMO MEDIDA DE BEM ESTAR Por isso, a ONU calcula periodicamente um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que leva em consideração variáveis como: Expectativa de vida; Nível de alfabetização; Grau de distribuição de renda; Mortalidade infantil; Leitos hospitalares per capita; Consumo de calorias e proteínas per capita. Brasil está na 79º (2017)!
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17 MOEDA E INFLAÇÃO
18 BREVE HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DA MOEDA A moeda foi criada para facilitar a troca de bens, recursos e mercadorias entre os diversos agentes econômicos. Povos Nômades: não tinham moeda; Escambo: troca do excedente da produção; Mercadorias-moeda: sal, conchas, grãos, peixe seco, tabaco, peles de animais, etc; Metalismo: uso do metal como moeda (ouro e prata); Cunhagem: metais fundidos e cunhados (evitar impurezas); Moeda-papel: certificados de depósito; Papel-moeda: dinheiro em cédulas (controle do governo: primeiro banco com a ideia de banco central Banco da Inglaterra, em 1694); Moeda escritural: créditos em contas correntes ou eletrônicos; (cheques, cartões de crédito,...) Moeda fiduciária: não é propriamente um tipo de moeda, mas a aceitação da moeda pela sociedade confiança.
19 FUNÇÕES DA MOEDA a) Instrumento de Trocas: Essa é a função primordial da moeda. Ela foi criada para facilitar as trocas entre os diversos agentes da atividade econômica. b) Denominador comum de valores: Por meio da moeda é possível comparar os valores de diferentes mercadorias. Tudo em nossa sociedade tem um valor quantificado. c) Reserva de Valor: A moeda ainda pode ser utilizada como reserva de valor, apesar de não ser o ideal. As pessoas ainda decidem manter parte de sua renda na forma de moeda, pois possui liquidez imediata.
20 INFLAÇÃO Aumento generalizado dos preços ou perda de valor da moeda resultante de um desequilíbrio entre demanda e oferta. Dessa forma, a inflação é uma situação em que a procura por parte dos consumidores supera a oferta por parte das empresas. Essa situação pode se originar a partir de duas situações diferentes:
21 a) Inflação de Demanda: ocorre quando os consumidores, por algum motivo, elevam o consumo de mercadorias, disputando entre si as poucas mercadorias disponíveis para venda. Normalmente o empresário venderá para quem pagar mais, por isso os preços sobem. Para combater esse tipo de inflação é preciso ou aumentar a oferta ou diminuir a demanda. b) Inflação de Custos: ocorre quando a demanda permanece estável, mas acontece um aumento nos custos de produção para o empresário (elevação dos salários, insumos ou energia elétrica). Logo aumento dos preços. Ex. elevação dos preços internacionais do petróleo reasse para os consumidores. Combate a esse tipo de inflação é ainda mais difícil.
22 c) Inflação Inercial: é uma situação especial em que a inflação não é gerada por uma demanda muito elevada ou por uma oferta reduzida. Ocorre quando a população de modo geral acredita que os preços continuarão subindo. Essa crença se deve a um processo conhecido por indexação da economia. A indexação da economia é um recurso utilizado quando a inflação se torna crônica num determinado país. Nessa situação, a inflação se retroalimenta: Brasil em 1993, chegou a uma inflação de 2.491% a.a. A inflação crônica brasileira forçou o país a mudar várias vezes seu padrão monetário: em oito anos (fev. de 1986 a jul. 1994) mudou cinco vezes de moeda.
23 CONSEQUÊNCIAS DAS ELEVADAS TAXAS DE INFLAÇÃO a) Desequilíbrios na distribuição de renda: o pobre se distancia ainda mais do rico em virtude da desvalorização do seu dinheiro, enquanto que o rico se protege através de investimentos e outros meios de proteção. b) Distorções na Balança de Pagamentos: à medida que as mercadorias nacionais vão ficando mais caras, elas vão sendo substituídas pelas mercadorias importadas. c) Queda nos Investimentos Produtivos: num ambiente de elevada inflação, os empresários de modo geral têm dificuldade em realizar planejamentos financeiros de longo prazo.
24 SETOR EXTERNO
25 POLÍTICA EXTERNA A política externa de um governo pode dar-se por meio da política cambial e da política comercial. Política comercial (sujeitas às normas estabelecidas pela OMC): Tarifas sobre importações; Regulamentação do comércio exterior; Subsídios fiscais e/ou monetários para as exportações. Política cambial: Regimes de câmbio
26 A oferta de moeda depende do volume de exportações e da entrada de turistas e capitais externos; A demanda de divisas (agentes que querem trocar reais por dólares) depende do volume de importações e da saída de turistas e capitais externos. Define-se uma valorização cambial como o aumento do poder de compra da moeda nacional, perante outra moedas (por exemplo, um real compra mais dólares) TAXA DE CÂMBIO Taxa de câmbio é o preço da moeda (divisa) estrangeira, em termos da moeda nacional: Cotação (preço) do dólar: 3,18 reais (cada dólar vale 3 reais e 18 centavos); Cotação (preço) do euro: 3,73 reais (cada euro vale 3 reais e 73 centavos).
27 REGIMES CAMBIAIS Existem dois grande tipos de regime cambial:
28 SETOR EXTERNO No fim da 2ª Guerra Mundial foi realizada a Reunião de Breton Woods, em julho de 1944, com o objetivo de reorganizar o sistema econômico e financeiro mundial. Nessa reunião, dada a hegemonia norte-americana (econômica, política e militarmente), o dólar passou a ser a moeda de referência (até década de 1970). Houve a tentativa de criação de uma moeda internacional (a Bancor ) cuja emissão não dependeria de nenhum país em particular, mas de todos países que formavam o FMI.
29 Portanto, para realizar comércio com o exterior, o Brasil precisa de dólares, moeda que não possui capacidade legal para emissão. Logo, se quiser importar, deverá primeiro exportar o suficiente para pagar as importações, caso contrário poderá tomar dólares emprestados e consequentemente pagar juros dessa dívida também em moeda estrangeira. Esse controle de entradas e saídas de moeda estrangeira do país é chamado Balanço de Pagamentos. É o registro contábil de todas as transações de um país com o resto do mundo.
30 BALANÇO DE PAGAMENTOS O Balanço de Pagamentos é composto por várias contas, dentre elas: Balança Comercial: mede os ingressos e saídas de dólares do país decorrentes das exportações e importações. Balança de Serviços: composta de várias contas viagens internacionais, transportes, seguros, rendas de capitais, serviços governamentais e serviços diversos.
31 SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES Consiste na soma do que foi visto até agora. Este subtotal do Balanço de Pagamentos representa o resultado das atividades comerciais (compra e venda de bens e serviços) com o exterior:
32 APÓS O SALDO A entrada de dólares para investimento nas multinacionais internas são denominadas Investimentos Diretos e considerados Movimentos de Capitais Autônomos. Além dessa conta, são considerados: Reinvestimentos; Empréstimos e financiamentos; Amortizações; Capitais de curto prazo; Erros e omissões. Então temos: SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
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35 ORGANISMOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS As grande guerras mundiais, a recessão dos anos 30 e o desenvolvimento da economia internacional provocaram perturbações nas economias de todos países. Isso exigiu a criação de várias instituições para o estabelecimento de regras e convenções que regulassem as relações comerciais e financeiras entre os países: Sistema de taxas de câmbio de Bretton Woods: o dólar passa a ser o padrão ouro (dólar se equipara ao ouro e as demais moedas ao dólar). Até a década de 70. após, regimes de taxas flutuantes, mas dólar segue sendo a principal moeda internacional.
36 Fundo Monetário Internacional (FMI): Fundado em 1944, tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações e ajudar a resolver problemas conjunturais de balanço de pagamentos. O capital do Fundo é constituído por quotas de todos os países a ele filiados; essas quotas são especificadas em Direitos Especiais de Saque (DES). Banco Mundial: ou Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foi criado junto com o FMI, e é um organismo fornecedor e captador de crédito para investimentos produtivos em países subdesenvolvidos a ele filiados, sem visar lucros. Para filiar-se ao BIRD é necessário ser membro do FMI e para requerer recursos é necessário apresentar um projeto detalhado do que será feito. Organização Mundial do Comércio (OMC antiga GATT): o GATT foi substituído pela OMC em O objetivo básico é a redução das restrições ao comércio internacional e a liberalização do comércio multilateral.
37 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
38 Crescimento = Desenvolvimento Para a economia, não são sinônimos!
39 Referências -estaciona-no-ranking-de-desenvolvimento-humano-da-on u.ghtml VASCONCELLOS, Marco Antonio. Economia: Micro e Macro. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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