II WORKSHOP INTEGRA Desafios da Gestão de Recursos Hídricos Dezembro
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- Geraldo Monsanto Lemos
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1 II WORKSHOP INTEGRA Desafios da Gestão de Recursos Hídricos Dezembro Pedro Luís Prado Franco Sanepar/PUC-PR/ABES-PR
2 Desafios do setor Saneamento e a gestão dos recursos Hídricos Políticas públicas e aspectos legais; Planejamento e gestão perante o atual cenário: Planos diretores de abastecimento de água e esgotamento sanitário; Bacias críticas; Comitês de bacia; Novas concepções: ETE; Rios urbanos e mananciais.
3 Disponibilidade hídrica Disponibilidade hídrica no planeta: Km 3 /ano (UNESCO, 2009); Vazão retirada para os diversos usos da água: Km 3 /ano (8,8 %); Disponibilidade hídrica não uniforme nos contextos geográfico e temporal; Estado de escassez hídrica por fatores climáticos e por pressões de demandas em áreas populosas;
4 Água e as cidades Tendência de concentração da população no meio urbano: 60 % da população mundial será urbana até Para América Latina, 80 %; As grandes cidades: representam 47,7 % PIB global; abrigam cerca de 24% da população; 12 % da área terrestre são bacias de manancial das 100 maiores cidades (823 milhões de pessoas): Baixa disponibilidade hídrica por pressão de demanda por recursos hídricos; Agravamento: padrões imprevisíveis de precipitação (mudanças climáticas)
5 Água e as cidades Até 2025 crescerá 10 vezes a população em estado de escassez por pressão urbana; Cerca de metade das 100 maiores cidades do mundo já estão em estado de escassez hídrica Alta densidade e crescimento populacional; Potencialidade de conflitos entre os diversos usos; Maior geração de esgotos domésticos (com ou sem tratamento); Comprometimento da qualidade da água dos rios.
6 Disponibilidade hídrica X Demanda Indicador DISPONIBILIDADE HÍDRICA ESPECÍFICA (m 3 /hab.ano) > Confortável SITUAÇÃO 500 a Estresse hídrico < 500 Escassez hídrica FONTE: UNESCO, 2009
7 Disponibilidade hídrica X Demanda DISPONIBILIDADE HÍDRICA ESPECÍFICA (m 3 /hab.ano) Brasil Paraná Mato Grosso Alto Iguaçu (Região Metropolitana de Curitiba) 501 Grande São Paulo 133 Israel 170 Fonte: ANA, 2007 Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, 2010 Fonte: UNICAMP/NEPO, 2002 Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, 2010 Fonte:MIERZWA, 2012 Fonte: LIBHABER,2012
8 Alternativas de Gestão da Água no meio urbano ALTO CRESCIMENTO E DENSIDADE POPULACIONAL BAIXA DISPONIBILIDADE HÍDRICA CAPACIDADE DE ASSIMILAÇÂO DE CARGAS DEFICIENTE Políticas públicas integradas COMPROMETIMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA MUDANÇAS CLIMÁTICAS Ações Estruturais e de gerenciamento com altos investimentos
9 Alternativas de Gestão da Água no meio urbano Políticas públicas integradas: Saneamento X Meio Ambiente X Recursos Hídricos X Cidades; Planos Municipais de Saneamento Básico X Plano de Bacias X Planos Diretores dos municípios; Bacias hidrográficas como infra estrutura natural das cidades; Pagamento pela disponibilidade e qualidade da água; Redução de 10 % de sedimentos e nutrientes em média reduzem em 5 % os custos de tratamento da água (Urban Water Blueprint: Mapping conservation solutions to the global water challenge. 2014, The Nature Conservancy: Washington, D.C.)
10 Alternativas de Gestão da Água no meio urbano Ações estruturais e de gerenciamento: Reservação da água; Processos produtivos mais eficientes no uso da água: Industrial; Agrícola: em média 30 % das áreas das bacias de manancial das 100 maiores cidades do mundo são destinadas à agricultura; Serviços de saneamento: redução nas perdas físicas dos sistemas produtor e distribuidor; Uso consciente da água pela população; Tecnologias de tratamento da água e efluentes Reúso de água.
11 Legislação Ambiental e de Recursos Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/1981) Instrumentos: Padrões de qualidade; Licenciamento ambiental; Zoneamento ambiental; Avaliação de impactos ambientais; Criação de espaços protegidos (unidades de conservação); Penalidades disciplinares e compensatórias Sistema de informações Cria o Sistema Nacional de Meio Ambiente: Âmbitos federal, estadual e municipal; Órgão central, órgão executivo e órgão deliberativo e consultivo (Conselhos de Meio Ambiente) Hídricos Política Nacional de Recursos Hídricos (lei 9.433/1997) Instrumentos: Planos de Recursos Hídricos; Enquadramento dos corpos de água em classes de uso; Cobrança pelo uso da água; Outorga de uso dos recursos hídricos; Sistemas de informações Cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos: Ambitos federal, estadual e na abrangência dos Comitês de Bacia; CNRH e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos (deliberativo e consultivo) Comitês de Bacia (deliberativo e consultivo) ANA (Executivo) Órgãos gestores estaduais (executivo)
12 Fatos e/ou pontos para reflexão Os instrumentos da Política de MA são mais voltados ao comando e controle. Os instrumentos da Política de RH contemplam o comando e controle (outorga) mas com instrumentos de gestão/consenso e econômicos (cobrança); As duas Políticas e seus instrumentos devem ser integrados. Há integração nas atividades e atribuições dos Conselhos? O setor de saneamento não possui representatividade formal no Conselho Nacional de Meio Ambiente e na grande maioria dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente; O setor de saneamento possui representatividade formal no Conselho Nacional de Recursos Hídricos e nos Conselhos Estaduais RH, como usuário; Comumente a falta de saneamento básico é apontada como o principal problema ambiental urbano; A Política de Saneamento (Lei /97) voltada a prestação de serviços e saúde pública.
13 Política de Meio Ambiente X Política de Recursos Hídricos X Política de Saneamento Lei /97- Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico: Art. 44. O licenciamento ambiental de unidades de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes gerados nos processos de tratamento de água considerará etapas de eficiência, a fim de alcançar progressivamente os padrões estabelecidos pela legislação ambiental, em função da capacidade de pagamento dos usuários. 1 A autoridade ambiental competente estabelecerá procedimentos simplificados de licenciamento para as atividades a que se refere o caput deste artigo, em função do porte das unidades e dos impactos ambientais esperados. 2 A autoridade ambiental competente estabelecerá metas progressivas para que a qualidade dos efluentes de unidades de tratamento de esgotos sanitários atenda aos padrões das classes dos corpos hídricos em que forem lançados, a partir dos níveis presentes de tratamento e considerando a capacidade de pagamento das populações e usuários envolvidos.
14 Políticas de Meio Ambiente X Política de Recursos Hídricos X Política de Saneamento Art. 4o Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico. Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, de seus regulamentos e das legislações estaduais. Decreto 7217/2007- Regulamenta a Lei /07 CAPÍTULO V- DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Art. 22. O licenciamento ambiental de unidades de tratamento de esgoto sanitário e de efluentes gerados nos processos de tratamento de água considerará etapas de eficiência, a fim de alcançar progressivamente os padrões definidos pela legislação ambiental e os das classes dos corpos hídricos receptores. 1o A implantação das etapas de eficiência de tratamento de efluentes será estabelecida em função da capacidade de pagamento dos usuários. 2o A autoridade ambiental competente estabelecerá procedimentos simplificados de licenciamento para as atividades a que se refere o caput, em função do porte das unidades e dos impactos ambientais esperados. 3o Para o cumprimento do caput, a autoridade ambiental competente estabelecerá metas progressivas para que a qualidade dos efluentes de unidades de tratamento de esgotos sanitários atendam aos padrões das classes dos corpos hídricos receptores, a partir dos níveis presentes de tratamento, da tecnologia disponível e considerando a capacidade de pagamento dos usuários envolvidos. 4o O Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos editarão, no âmbito de suas respectivas competências, normas para o cumprimento do disposto neste artigo.
15 Outorga do uso dos recursos hídricos para fins de diluição de efluentes Exigência deste 1997 (Lei 9.433/97 -Política Nacional de Recursos Hídricos); Poucos estados exigem efetivamente, nas águas de âmbito estadual; Paraná: passa a ser exigido efetivamente a partir de 2007; Atualmente a ANA exige para águas de domínio da união; Portaria SUDERHSA 019/2007- outorga para empreendimentos de saneamento-estado do PR Resolução CNRH 140/2012 federal: metas em bacias críticas Outorga de diluição de efluentes é condicionante do licenciamento ambiental para estações de tratamento de efluentes; Corpos hídricos receptores com baixa capacidade de assimilação de efluentesoutorga diluição impõe limites mais restritivos. Situação de ETEs em áreas conurbadas com baixa disponibilidade hídrica; Estado do Paraná (Portaria SUDERHSA 019/2007): metas para outorga de diluição; Necessidade de incremento de recursos para implantação e operação das ETEs para o atendimento X recursos para universalização do saneamento?
16 COALIAR Comitê de Bacia do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira
17 USO EFICIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS Planos Diretores de Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário; Comitês de Bacia; Participação efetiva nos 11 comitês estaduais e do federal (Paranapanema) COALIAR; Programa de Conservação de Mananciais: Conservação de reservatórios; PSA - Piraquara e Miringuava Programas de Educação Ambiental; Controle de Perdas;
18 PLANOS DIRETORES Planejamento de curto, médio e longo prazos do uso dos recursos hídricos da forma mais eficiente; Horizonte de Estudo: 20 a 50 anos; Macro-diagnóstico do sistema existente: Mananciais, produção, reservação, distribuição e transporte; Corpos receptores, enquadramento, eficiência dos sistemas e capacidade de assimilação das cargas; Projeção populacional e de uso da água; Disponibilidade hídrica regional;
19 Diretrizes e Propostas: PLANOS DIRETORES Mananciais e corpos receptores futuros; Demanda: projeção populacional e PMSBs, Necessidades de melhorias nos sistemas; Definição de Prioridades de implantação; Estimativas de custos; Garantir 100% de abastecimento com água; Atingir as metas de cobertura com esgoto com 100 % de tratamento
20 Planos Diretores Água
21 Planos Diretores Esgoto
22 PD Recursos Hídricos
23 PLANO DIRETOR SAIC- RMC Solução aumento de produção Mananciais futuros: 2030 Norte: Capivari e Karst Campo Magro 2016 Sul: Barragem Miringuava e Faxinal
24 Solução conjunta Mananciais futuros + Macro-distribuição Implantação por prioridades: Imediata / Futuro
25 COALIAR Comitê do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira METAS E PRAZOS DO PLANO DE EFETIVAÇÃO (2013) Remoção de cargas domésticas: 15 % do total remanescente até 2017 (9,8 ton DBO/dia); Médio e longo prazo: definidas a partir da conclusão do Plano Diretor de Sistema de Esgotamento Integrado de Curitiba (SEIC). Remoção de cargas industriais: serão determinados quando o inventário de usos e usuários do COALIAR estiver concluído; Desenvolvimento institucional: Curto prazo: até 2017; Médio prazo até 2027; Longo prazo até 2036.
26 COALIAR Comitê do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira SITUAÇÃO DAS AÇÕES E METAS CURTO PRAZO (2017) da SANEPAR Ações estruturais : Total: 24 Concluídas: 19 Em andamento: 4 Previsão de conclusão até 2017:1 Previsão de conclusão após 2017:3 Não realizada: 1 Ações de redução de carga não previstas no Plano de Efetivação que serão concluídas até 2017: Otimização do processo da ETE Belém obras em andamento ; Implantação da ETE Buqueirinho Itaperuçu; Implantação da ETE Tapera Bocaiuva do Sul; Implantação da ETE Quitandinha; Ampliações de redes em outras bacias: hab.
27 COALIAR Comitê do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira Valor total investido: 2012 a 2015: R$ 300 milhões 2016 (previsto): R$ 232 milhões Estimativa atual de remoção de carga (março 2016):10,4 ton DBO/ dia Meta cumprida (15 % de redução ou 9,8 ton DBO/dia) pela metodologia do Plano de Bacia do COALIAR
28 NOVA CONCEPÇÃO DE ETEs 1. Problemas com escassez de água redução da disponibilidade hídrica (áreas urbanizadas); 2. Exigências ambientais mais restritivas melhoria do padrão dos efluentes (outorga de diluição de efluentes); 3. Mudança de concepção ETEs: Conceito de ETE: estrutura que condiciona o efluente de forma a atender as restrições do corpo receptor Conceito de URA (Unidade de Recuperação de Água):unidade que trata o esgoto até o alcance de padrões de qualidade exigidos para determinado uso de água
29 Projeto Aquapolo São Paulo Reúso Industrial Fonte: SABESP, 2014 ETE ABC + biorreatores com membranas (TMBR)/osmose reversa + desinfecção Adutora de 17 Km Polo Petroquímico de Capuava
30 Reúso predial
31 REÚSO INDIRETO POTÁVEL COM INCREMENTO EM ÁGUAS SUPERFICIAIS- SAN DIEGO - USA Tratamento avançado: Filtração -Membrana; Osmose reversa; UV Oxidação avançada San Vicent Reservoir FONTE:CROOK,2014
32
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