Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP. Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP. Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar"

Transcrição

1 Rotação da Via Láctea Matéria escura Dinâmica dos braços espirais Formação estelar em braços Vizinhança solar Galáxia (II) Vera Jatenco IAG/USP Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima Neto AGA semestre/2010

2 Rotação da Galáxia Rotação em torno do centro Galáctico.

3 Curvas de rotação Medimos a velocidade para corpos em várias distâncias do centro de rotação. Exemplo: Sistema Solar. velocidade de rotação ou velocidade orbital

4 Curva de rotação galáctica esperada Velocidade Raio Orbital

5 Medindo a rotação da Via Láctea Difícil, pois estamos dentro do disco da Galáxia. As flechas (vetores) indicam a velocidade orbital. Para medir a velocidade de rotação precisamos levar em conta o movimento do Sol. e nuvens moleculares

6 Curva de rotação da Galáxia Até ~ 15kpc: regiões HII, estrelas O e B (visível, IV, rádio) Além de ~ 15 kpc: HI (rádio, 21cm)

7 Curva de rotação da Galáxia O Sol se move com cerca de km/s. O Sol está a cerca de 7,5--8,0 kpc do centro da Galáxia. Logo, uma volta do Sol leva de milhões de anos. No último ano Galáctico a Terra estava no Triássico.

8 Curva de rotação da Galáxia Objetos que estão mais distantes do centro do que o Sol levam mais tempo para dar uma volta completa. Rotação diferencial.

9 Curva de rotação da Galáxia rotação de corpo sólido Objetos que estão mais distantes do centro do que o Sol levam mais tempo para dar uma volta completa. Rotação diferencial. Na rotação de corpo sólido, as partículas levam o mesmo tempo para dar uma volta completa.

10 Curva de rotação da Galáxia velocidade raio Até cerca de 2 kpc, velocidade proporcional à distância ao centro: v R Além de ~ 2 kpc, velocidade constante: v = cte

11 Curva de rotação da Galáxia velocidade v R v = cte raio O que segura as estrelas, o gás, a poeira em órbita é a massa da Galáxia contida dentro da distância R. Se não há mais massa, a velocidade orbital deve diminuir com a distância, como no exemplo do Sistema Solar.

12 Curva de rotação da Galáxia velocidade v R v = cte raio A velocidade orbital constante a partir de um raio R implica que a massa aumenta com a distância ao centro da Galáxia: 3ra. Lei de Kepler: Massa dentro da órbita v M R raio da órbita

13 Curva de rotação da Galáxia velocidade v R v = cte massa raio raio Mas praticamente não observamos mais estrelas além de ~ 16 kpc, e apenas pouco gás até ~ 30 kpc. Logo, existe massa mas de natureza invisível. Matéria Escura. Sol

14 Halo de Matéria Escura O que pode ser a matéria escura? Gás (atômico ou molecular) que emite tão pouca radiação que não podemos vê-lo? Talvez as leis da dinâmica dos corpos (leis de Newton) não sejam válidas? Material exótico que interage apenas através da gravitação? Créditos: Jose Wudka

15 Matéria Escura Nossa melhor hipótese hoje é de que a matéria escura seja uma partícula supersimétrica, o neutralino. O neutrino já foi um suspeito, mas sua massa é muito pequena. Além disto, se a matéria escura fosse de neutrinos, galáxias como a nossa dificilmente se formariam. Outras partículas exóticas são possíveis. Estas partículas são previstas pelo modelo padrão de física de partículas. Ainda não foram observadas diretamente... Quem sabe a partir de 2011 com o LHC...

16 Braços espirais São delineados por estrelas jovens, regiões HII, nuvens moleculares e poeira. Mal definidos pelas estrelas velhas. Muito mais fácil identificar em outras galáxias. Sol centro galáctico M101 visível rádio Via Láctea

17 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 1 a possibilidade: rotação das estrelas que formam os braços. velocidade v R v = cte v v raio

18 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 1 a possibilidade: rotação das estrelas que formam os braços. velocidade v R v = cte v v raio

19 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 1 a possibilidade: rotação das estrelas que formam os braços. velocidade v R raio v = cte Os braços não são compostos pelas mesmas estrelas. Se fossem, eles se enrolariam sempre e acabariam desaparecendo devido à rotação diferencial das estrelas do disco.

20 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. Animação produzida por Dan Russell, Universidade de Kettering Exemplo: Onda de compressão, como a onda sonora. As partículas oscilam e não avançam. Onda => propagação de energia.

21 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. A espiral em uma galáxia é como uma onda que se propaga no disco. A forma da espiral não muda, isto é, o padrão espiral gira como um corpo sólido (mas não é sólido!).

22 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. Congestionamento no disco. Os braços espirais são ondas que se propagam pelo disco.

23 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. A onda espiral se propaga com velocidade diferente das estrelas e nuvens. As nuvens são comprimidas quando atravessam a onda Formação estelar. Estrelas massivas vivem pouco: estão próximas da onda.

24 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. Origem da compressão: congestionamento de órbitas. Órbitas ligeiramente elípticas, com eixo rodado por um pequeno ângulo.

25 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. As órbitas das estrelas não são exatamente circulares. Podemos decompor o movimento das estrelas em um movimento circular principal e oscilações radiais, tangenciais e verticais menores. A composição destes movimentos resulta em uma órbita elíptica.

26 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. Os braços espirais e as estrelas não giram da mesma forma. Na região mais central, as estrelas giram mais rápido do que os braços. Na região mais externa o braço gira mais rápido do que as estrelas. Onde os braços e as estrelas giram com a mesma velocidade é chamado de raio de corrotação.

27 Persistência dos braços espirais Rotação dos braços espirais. 2 a possibilidade: onda de compressão se propagando pelo disco. As estrelas, seguindo suas órbitas elípticas e precessionadas uma em relação às outras, vão se acumular formando o padrão. Note que a espiral não é feita pelas mesmas estrelas.

28 Braços espirais Braços são produzidos por uma perturbação no disco. Barras também são produzidas por uma perturbação. As estrelas, gás e poeira têm rotação diferencial. O padrão espiral (e barras) giram como uma velocidade angular constante. Sol

29 Vizinhança solar na Galáxia 200 U.A. O Sol interage com o meio interestelar através do vento solar e campo magnético.

30 Vizinhança solar na Galáxia 1 parsec A direção do movimento do Sol não é a mesma da nuvem local interestelar.

31 Vizinhança solar na Galáxia O Sol está na borda de uma bolha região com menor densidade do que a média. Supernova que explodiu há anos? Pulsar Geminga: fonte de raios-x e raios-gama, a ~100 pc?

32 Vizinhança solar na Galáxia Nebulosa Gum Resto de SN Vela Parte da associação OB Escorpião-Centauro nuvens moleculares figura gás de difuso Patricia Frisch Nuvens moleculares, regiões de formação estelar, restos de supernova e o braço de Orion.

33 07/10 -- Meio Interestelar, Galáxia-I. 14/10 -- Galáxia-II. Devolução da L2 pelos alunos. 18/10 -- Outras galáxias-1. 21/10 -- Segunda prova (P2) (referente às aulas 7, 8 e 9 do Prof. Alex) e entrega da L3 pelos alunos. 23/10 -- Sábado: Excursão Didática -- visita a Valinhos e Atibaia 25/10 -- Outras galáxias-2 e Lentes gravitacionais 04/11 -- Outras galáxias-3 e Formação de Galáxias. 08/11 -- Trabalho Prático I. 11/11 -- Trabalho Prático II. 18/11 -- Cosmologia-1. Entrega da L4 para os alunos. 22/11 -- Cosmologia-2. 25/11 -- Atividade: galáxias -- (Rodrigo). Devolução da L4 pelos alunos. 29/11 -- Vida no contexto cósmico (Palestra). L4 corrigida p/ alunos. 02/12 -- Terceira Prova (P3) (referente à L4 e aulas especiais). 06/12 -- Entrega das notas. Prova Substitutiva. Turma extra para o Planetário do Ibirapuera: dia 16/11, terça-feira, saída do IAG às 14h45min. Fim

Galáxias - Via Láctea

Galáxias - Via Láctea Galáxias - Via Láctea Histórico: Modelos da Galáxia Estrutura, Forma e Dimensões da Via-Láctea - Bojo, disco halo e barra - A Região Central - Rotação Diferencial - Braços Espirais Sandra dos Anjos IAGUSP

Leia mais

Via Láctea (I) Vera Jatenco IAG/USP.

Via Láctea (I) Vera Jatenco IAG/USP. Natureza da Galáxia Principais componentes Meio interestelar: nuvens, poeira, extinção, HI Braços espirais Populações Centro da Galáxia: buraco negro Via Láctea (I) Vera Jatenco IAG/USP http://www.astro.iag.usp.br/~carciofi/

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. 100 trilhões de km (10 12 km) Betelgeuse gigante vermelha (velha e massiva)

Leia mais

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO

AULA 1. ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO AULA 1 ESCALAS DE DISTÂNCIA e de tamanho NO UNIVERSO CONSTELAÇÃO DE Orion Estrelas são os componentes mais básicos do universo. O universo observável contém tantas estrelas quanto grãos de areia somando

Leia mais

A Matéria Escura. Samuel Jorge Carvalho Ximenes & Carlos Eduardo Aguiar

A Matéria Escura. Samuel Jorge Carvalho Ximenes & Carlos Eduardo Aguiar UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Prossional em Ensino de Física A Matéria Escura Samuel Jorge Carvalho Ximenes & Carlos

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Via Láctea. Prof. Tibério B. Vale

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Via Láctea. Prof. Tibério B. Vale Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Via Láctea Prof. Tibério B. Vale Breve histórico Via Láctea: Caminho esbranquiçado como Leite; Galileo (Sec. XVII):

Leia mais

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via Láctea O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes A Via-Láctea Hoje sabemos que é a galáxia onde vivemos - Há 100 anos não sabíamos disso! - Difícil estudar estando

Leia mais

Capítulo 15 A GALÁXIA

Capítulo 15 A GALÁXIA Capítulo 15 A GALÁXIA Este capítulo será dedicado ao estudo da Via Láctea, nossa galáxia. Serão apresentadas suas propriedades e sua estrutura, bem como os mecanismos propostos para explicar sua formação.

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 17: Física da Via Láctea

Astrofísica Geral. Tema 17: Física da Via Láctea ema 17: Física da Via Láctea Outline 1 Rotação, Massa e Matéria escura 2 Populações estelares 3 Formação estelar da Galáxia 4 Meio interestelar 5 Estrutura espiral 6 Bibliografia 2 / 32 Outline 1 Rotação,

Leia mais

Capítulo 15 A GALÁXIA

Capítulo 15 A GALÁXIA 161 Capítulo 15 A GALÁXIA Este capítulo será dedicado ao estudo da nossa Galáxia, a Via Láctea, suas propriedades e constituintes, bem como os mecanismos postulados para a sua formação. Os tópicos abordados

Leia mais

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 11 A Via Láctea

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 11 A Via Láctea Noções de Astronomia e Cosmologia Aula 11 A Via Láctea Via Láctea: faixa de aparência leitosa Do latim, caminho de leite Galileu e a luneta Em 1609, Galileu descobre que a Via Láctea é feita de "um vasto

Leia mais

A Galáxia. Roberto Ortiz EACH/USP

A Galáxia. Roberto Ortiz EACH/USP A Galáxia Roberto Ortiz EACH/USP A Galáxia (ou Via-Láctea) é um grande sistema estelar contendo cerca de 2 x 10 11 estrelas, incluindo o Sol, ligadas gravitacionalmente. As estrelas (e demais componentes)

Leia mais

Galáxias: Via Láctea. 1a parte: propriedades gerais. Sandra dos Anjos IAGUSP. Histórico: Modelos da Galáxia

Galáxias: Via Láctea. 1a parte: propriedades gerais. Sandra dos Anjos IAGUSP. Histórico: Modelos da Galáxia Galáxias: Via Láctea 1a parte: propriedades gerais Histórico: Modelos da Galáxia Estrutura, Forma e Dimensões da Via-Láctea - Bojo, Disco, Halo e Barra - A Região Central Sandra dos Anjos IAGUSP www.astro.iag.usp.br/aga210/

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de março de 2015 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

Nossa Galaxia (cap. 15)

Nossa Galaxia (cap. 15) Nossa Galaxia (cap. 15) AGA215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Cap. 14) Introductory Astronomy & Astrophysics, M. Zeilek, S. A.

Leia mais

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva. Departamento de Astronomia - IF-UFRGS

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva.  Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Galáxias www.if.ufrgs.br/~fatima/fis2009/galaxias.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Via Láctea A Via Láctea não é mais do que um conjunto de inúmeras estrelas distribuídas

Leia mais

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 12 Galáxias e Evolução Galáctica

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 12 Galáxias e Evolução Galáctica Noções de Astronomia e Cosmologia Aula 12 Galáxias e Evolução Galáctica Descobrindo a Galáxia Entre 1758 e 1780, Charles Messier observa e cataloga 110 nebulosas (objetos de aparência difusa, como uma

Leia mais

O Lado Escuro do Universo

O Lado Escuro do Universo O Lado Escuro do Universo Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia, Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil Em 400 anos Telescópio Espacial Hubble (2.4m) Telescópio de Galileu (lente

Leia mais

9. Galáxias Espirais. II. A estrutura espiral

9. Galáxias Espirais. II. A estrutura espiral 9. Galáxias Espirais II. A estrutura espiral Teoria dos epiciclos (Lindblad) Consideremos uma estrela no disco em órbita circular no raio r0 Se ela sofre uma pequena perturbação radial, sua equação de

Leia mais

Rotação Galáctica. Capítulo 2.3 do livro-texto.

Rotação Galáctica. Capítulo 2.3 do livro-texto. Rotação Galáctica Capítulo 2.3 do livro-texto. Rotação galáctica As órbitas das estrelas e do gás em torno do centro da Galáxia são aproximadamente circulares. A rotação é diferencial: estrelas mais próximas

Leia mais

MEIO INTERESTELAR. Walter J. Maciel.

MEIO INTERESTELAR. Walter J. Maciel. MEIO INTERESTELAR Walter J. Maciel http://www.astro.iag.usp.br/~maciel 1. EXISTE UM MEIO INTERESTELAR? 2. ESTRUTURA DA GALÁXIA 3. A DENSIDADE DO MEIO INTERESTELAR 4. A FAUNA INTERESTELAR 5. LIMITE DE OORT

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 16: Forma da Via Láctea

Astrofísica Geral. Tema 16: Forma da Via Láctea ema 16: Forma da Via Láctea Outline 1 Forma e dimensões 2 Componentes da Galáxia 3 Anatomia da Galáxia 4 Bibliografia 2 / 37 Outline 1 Forma e dimensões 2 Componentes da Galáxia 3 Anatomia da Galáxia 4

Leia mais

Astronomia Galáctica Semestre:

Astronomia Galáctica Semestre: Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 10/10/2016 Via Láctea Galáxia espiral barrada do tipo SBc (ou SBbc), seu bojo é boxy e pode conter uma estrutura em X O problema da distância! MW

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

10. Galáxias Espirais. III. A estrutura espiral

10. Galáxias Espirais. III. A estrutura espiral 10. Galáxias Espirais III. A estrutura espiral 1 Teoria dos epiciclos (Lindblad) Consideremos uma estrela no disco em órbita circular no raio r0 O que acontece se ela sofre uma pequena perturbação radial?

Leia mais

Grandezas Físicas Capítulo 1

Grandezas Físicas Capítulo 1 Introdução à Física da Terra e do Universo Profa. Jane Gregorio-Hetem Grandezas Físicas Capítulo 1 AGA0500 Cap. 1a Grandezas Físicas Profa. Jane Gregorio-Hetem (IAG/USP) 1 1. Sistema de Referência Por

Leia mais

Centro galáctico. Diâmetro da Galáxia AL

Centro galáctico. Diâmetro da Galáxia AL Centro galáctico Diâmetro da Galáxia 100.000 AL Centro Galáctico imagem no Infra-vermelho do Centro Galáctico O centro galáctico, observado desde a Terra, é obscurecido pela alta concentração de pó do

Leia mais

Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Meio interestelar: nuvens, poeira, extinção, HI Natureza da Galáxia Principais componentes Braços espirais Populações estelares Centro da Galáxia: buraco negro Via Láctea (I) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira

Leia mais

Colisões de galáxias. Gastão B. Lima Neto IAG/USP

Colisões de galáxias. Gastão B. Lima Neto IAG/USP Colisões de galáxias Gastão B. Lima Neto IAG/USP AGA extensão junho / 2008 O que são galáxias? Do grego, Galaxias Kyklos = círculo leitoso (γαλαξίας =galaxias = leite). Segundo a mitologia grega, leite

Leia mais

AGA 210 Introdução à Astronomia. Apresentação do Curso

AGA 210 Introdução à Astronomia. Apresentação do Curso AGA 210 Introdução à Astronomia 2o Semestre de 2015 Apresentação do Curso Segundas e quintas das 16h as 18h, site: www.astro.iag.usp.br/~aga210 Disponibilização dos Roteiros-Aulas Profa. Sandra dos Anjos,

Leia mais

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Evolução Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Ciclo de vida do Sol colapso colapso colapso nuvem glóbulo protoestrela Sol estável por 10 bilhões de anos anã negra esfriamento anã branca colapso gigante

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann

Thaisa Storchi Bergmann Thaisa Storchi Bergmann Membro da Academia Brasileira de Ciências Prêmio L Oreal/UNESCO For Women in Science 2015 3/11/16 Thaisa Storchi Bergmann, Breve história do Universo, Parte II 1 Resum0 da primeira

Leia mais

A Via Láctea Curso de Extensão Universitária Astronomia: Uma Visão Geral 12 a 17 de janeiro de 2004 Histórico Sec. XVII Galileu: descobriu que a Via-Láctea consistia de uma coleção de estrelas. Sec. XVIII/XIX

Leia mais

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Martín Makler ICRA/CBPF Fenomenologia Universo do Cosmólogo Teórico: Homogêneo e isotrópico Dominado por matéria/energia escura Universo do Astrônomo:

Leia mais

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso...

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica II- Estrutura Hierárquica do Universo III- Escalas de Dimensões e Distâncias

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Agosto de 2013

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Agosto de 2013 Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Agosto de 2013 Formação das Galáxias Evolução Distribuição das Galáxias Galáxias ativas Formação das Galáxias A maioria das galáxias se formaram

Leia mais

Outras Galaxias (cap. 16 parte I)

Outras Galaxias (cap. 16 parte I) Outras Galaxias (cap. 16 parte I) AGA215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 15 e 16) Introductory Astronomy & Astrophysics,

Leia mais

Introdução a Astronomia

Introdução a Astronomia Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso e a necessidade da utilização de Unidades Especiais e Medidas Astronômicas... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica

Leia mais

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 30 de Março de 2011 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

COSMOLOGIA II. Daniele Benício

COSMOLOGIA II. Daniele Benício COSMOLOGIA II Daniele Benício Relembrando da aula passada... COSMOLOGIA: É o ramo da Ciência que se dispõe a estudar e propor teorias sobre a origem, estrutura e evolução do Universo Evidências do Big

Leia mais

O universo das Galáxias. Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe

O universo das Galáxias. Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe O universo das Galáxias Hugo Vicente Capelato Divisão de Astrofísica Inpe Uma galáxia chamada Via Láctea (A Galáxia!) Qual é a natureza da Via Láctea??? Antiguidade Grega: Galaxias Kyklos = circulo

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Evolução de Estrelas em Sistemas Binários Binárias: novas, novas recorrentes Supernova tipo Ia Nucleossíntese Sandra dos Anjos IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima

Leia mais

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin

Tópicos de Física Geral I Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Tópicos de Física Geral I 2016 Cosmologia: o que sabemos sobre a história do universo? Miguel Quartin Instituto de Física, UFRJ Grupo: Astrofísica, Relatividade e Cosmologia (ARCOS) 1 Resumo do Seminário

Leia mais

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Estrelas Rogemar A. Riffel Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transformação de elementos através de reações nucleares,

Leia mais

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Galáxias Rogemar A. Riffel Galáxias x Estrelas Processos de formação e evolução das galáxias não tão bem conhecidos como das estrelas Por que? Complexidade dos sistemas

Leia mais

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Aspectos históricos Princípio cosmológico Base teórica Expansão do Universo Lei de Hubble Parâmetros cosmológicos Evolução do Universo Cosmologia 1 Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 27 No reino das Galáxias

Introdução à Astrofísica. Lição 27 No reino das Galáxias Introdução à Astrofísica Lição 27 No reino das Galáxias Chegamos em uma parte do curso onde iremos, de uma maneira mais direta, revisar o que vimos até agora e olhar para novos conceitos. Iremos tratar

Leia mais

Estrelas (III) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (III)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Razão massa/luminosidade Tempo de vida das estrelas Nuvens moleculares Colapso gravitacional Formação estelar Berçário estelar Estrelas (III) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/

Leia mais

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00

4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de :00 4 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 15 de Abril de 2009 15:00 Duração máxima 120 minutos Nota: Ler atentamente todas as questões. Existe uma tabela com dados no final

Leia mais

O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário

O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário O tamanho, idade e conteúdo do Universo: sumário Unidadese métodos de determinação de distâncias Tamanhos no Sistema Solar Tamanho das Estrelas Tamanho das Galáxias Tamanho dos Aglomerados de Galáxias

Leia mais

Polarimetria - Polarização

Polarimetria - Polarização Polarimetria - Polarização Antenas de TV: Inglaterra x Estados Unidos (radiação polarizada) Fonte de luz (uma lâmpada): polarizada aleatoriamente ou não polarizada. Filtro polarizador: transforma luz não

Leia mais

Aula 23: Galáxias. Introdução. Prezados alunos,

Aula 23: Galáxias. Introdução. Prezados alunos, Aula 23: Galáxias Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller Fotografia da galáxia de Andrômeda, M31, a galáxia espiral mais próxima da Via Láctea. Fonte:

Leia mais

A Via-Láctea. Prof. Fabricio Ferrari Unipampa. adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa

A Via-Láctea. Prof. Fabricio Ferrari Unipampa. adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa A Via-Láctea Prof. Fabricio Ferrari Unipampa adaptado da apresentação The Milky Way, Dr. Helen Bryce,University of Iowa Aparência da Via Láctea no céu noturno Imagem de todo o céu em luz visível Nossa

Leia mais

Astronomia. O nosso Universo

Astronomia. O nosso Universo Astronomia O nosso Universo O sistema solar Distância entre a Lua e a Terra: 384.000 Km (aprox. 1 seg-luz Velocidade da luz (c) : 300.000 Km/s Distância média entre a Terra e o Sol: 146 milhões Km (aprox.

Leia mais

Evolução Estelar II. Estrelas variáveis

Evolução Estelar II. Estrelas variáveis Evolução Estelar II Estrelas variáveis 1 Generalidades Observadas em diversas fases e em diversas regiões do diagrama HR. Causas diversas podem gerar as pulsações Tipicamente esperam-se pulsações assimétricas

Leia mais

Aglomerados de galáxias

Aglomerados de galáxias Aglomerados de galáxias I O grupo Local A figura 1 mostra a Galáxia que tem uma extensão de 200000 Anos Luz. O Sol esta localizado no braço de Orion a 26000 Anos Luz de distancia do Centro Galáctico. O

Leia mais

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares

Estrelas (II) Sandra dos Anjos IAG/USP. Sistemas Múltiplos Sistemas Binários Tipos de Binárias Determinação de Massas Estelares Vimos em Roteiros anteriores como obter a maior parte das propriedades estelares (L, R, T, CQ), baseado em observações relativamente simples de serem feitas. Resta porém obtermos a quantidade física mais

Leia mais

Sistemas Binários (cap. 9)

Sistemas Binários (cap. 9) Sistemas Binários (cap. 9) AGA215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 12) Introductory Astronomy & Astrophysics, M. Zeilek,

Leia mais

Universo Competências a atingir no final da unidade

Universo Competências a atingir no final da unidade Universo Competências a atingir no final da unidade Constituição e origem do Universo. Como é constituído globalmente o Universo. Saber mencionar e distinguir objectos celestes como galáxia, supernova,

Leia mais

Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias

Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Expansão do Universo; Aglomerado e atividade de galáxias Tibério B. Vale Descoberta das galáxias Inicialmente classificava-se todos os objetos extensos (galáxias,

Leia mais

Gravitação Universal, Trabalho e Energia. COLÉGIO SÃO JOSÉ FÍSICA - 3º ano Livro Revisional Capítulos 5 e 6

Gravitação Universal, Trabalho e Energia. COLÉGIO SÃO JOSÉ FÍSICA - 3º ano Livro Revisional Capítulos 5 e 6 Gravitação Universal, Trabalho e Energia COLÉGIO SÃO JOSÉ FÍSICA - 3º ano Livro Revisional Capítulos 5 e 6 UNIVERSO Andrômeda - M31. Galáxia espiral distante cerca de 2,2 milhões de anos-luz, vizinha da

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA EÓRICA 17 de abril de 2015 16H45 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. odas as respostas devem ser

Leia mais

MEIO INTERESTELAR. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem.

MEIO INTERESTELAR. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem. MEIO INTERESTELAR O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem. Rica em gás e poeira e distribuída de modo tênue através das regiões escuras entre as estrelas,

Leia mais

Planetas fora do Sistema Solar

Planetas fora do Sistema Solar Planetas fora do Sistema Solar José Eduardo Costa Dep. Astronomia Instituto de Física UFRGS (2016-2) O Sistema Solar Massa do Sol = 2 x 1030 Kg (333 000x a massa da Terra; 1 000x a massa de Júpiter) Diâmetro

Leia mais

O Lado Escuro do Universo

O Lado Escuro do Universo O Lado Escuro do Universo Martín Makler ICRA/CBPF O Cosmos Dinâmico O Universo em Expansão O universo não é uma idéia minha. A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha. A Expansão do Universo Henrietta

Leia mais

Astrofísica Extragaláctica! Aula #11!

Astrofísica Extragaláctica! Aula #11! Astrofísica Extragaláctica! Aula #11! Seminários:! Evolução Secular!! Kormendy & Kennicutt 2004! (http://adsabs.harvard.edu/abs/2004ara%26a..42..603k)!! Ellison et al. 2011! (http://adsabs.harvard.edu/abs/2011mnras.416.2182e)!!

Leia mais

Astronomia de posição (II)

Astronomia de posição (II) Sistema de coordenadas horizontal, equatorial, eclíptico e galáctico. Determinação de distâncias (métodos clássicos): Eratostenes, Hiparco, Aristarco e Copérnico. Astronomia de posição (II) Gastão B. Lima

Leia mais

Astronomia Galáctica Semestre:

Astronomia Galáctica Semestre: Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 27/08/2016 Verificação Observacional do Meio Interestelar Para estrelas dominam linhas de absorção em um contínuo luminoso: Meio Interestelar Observador

Leia mais

Tipos de galáxias Classificações das elípticas Características gerais Determinação da massa Perfil de brilho Formação e Evolução

Tipos de galáxias Classificações das elípticas Características gerais Determinação da massa Perfil de brilho Formação e Evolução Galáxias Elípticas Tipos de galáxias Classificações das elípticas Características gerais Determinação da massa Perfil de brilho Formação e Evolução Marlon R. Diniz Classificação de Hubble Sa Sb Sc E0 E2

Leia mais

Outras galáxias. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Outras galáxias. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Descoberta das galáxias Classificação morfológica Galáxias elípticas Galáxias espirais Galáxias irregulares Outras galáxias Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210/

Leia mais

Astor João Schönell Júnior

Astor João Schönell Júnior Astor João Schönell Júnior As galáxias são classificadas morfologicamente (Hubble Sequence): -Espirais -Elípticas -Irregulares - Galáxias SO As galáxias espirais consistem em um disco com braços espirais

Leia mais

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (IV)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP Equilíbrio na seq. principal Evolução estrelas de baixa massa Nebulosas planetárias Anã branca Evolução estrelas de alta massa Estrelas de nêutrons e buracos negros Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera

Leia mais

verificar que o Sol não estava no centro da Galáxia.

verificar que o Sol não estava no centro da Galáxia. Introdução à Astronomia Semestre: 2014.1 1 Sergio Scarano Jr 19/05/2014 Universo de Shapley Com medidas de distâncias de aglomerados globulares foi possível verificar que o Sol não estava no centro da

Leia mais

A Escala Astronômica de Distâncias

A Escala Astronômica de Distâncias mailto:ronaldo@astro.iag.usp.br 8 de junho de 2006 1 Introdução Paralaxe - O Indicador Fundamental Vizinhança Solar Paralaxe Estatística A Galáxia 2 Padrão da Curva de Luz Relação Período-Luminosidade

Leia mais

O tamanho do Universo. Profa. Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia Instituto de Física UFRGS

O tamanho do Universo. Profa. Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia Instituto de Física UFRGS O tamanho do Universo Profa. Thaisa Storchi Bergmann Departamento de Astronomia Instituto de Física UFRGS Sumário Unidades de distância Métodos de determinação de distâncias Tamanhos no Sistema Solar:

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3

Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3 Aula 3 - Galáxias Área 3, Aula 3 Alexei Machado Müller, Maria de Fátima Oliveira Saraiva e Kepler de Souza Oliveira Filho Foto da galáxia de Andrômeda, M31. Introdução Prezado aluno, em nossa terceira

Leia mais

O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem.

O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem. Meio interestelar: gás e poeira, distribuído de modo extremamente tênue através das regiões escuras entre

Leia mais

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo

Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo Unidade 1 Arquitetura do Universo Nascimento e Estrutura do Universo s O Big Bang O Universo tem uma história! Uma história com cerca de 15 mil milhões de anos. Começou com o Big Bang, não tendo parado

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Galáxias Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br A descoberta das galáxias Kant (1755): hipótese dos "universos-ilha": a Via Láctea é apenas uma galáxia a mais em

Leia mais

Outras galáxias (II)

Outras galáxias (II) Grupo Local Grupos de galáxias e grupos compactos Aglomerados de galáxias Super-aglomerados Filamentos e vazios Grande atrator Lentes gravitacionais Micro-lentes gravitacionais Outras galáxias (II) Vera

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias ema 19: A vida das galáxias Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução secular 4 Bibliografia 2 / 24 Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO Eder Cassola Molina Universidade de São Paulo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Geofísica Elementos Químicos número atômico

Leia mais

Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (II)  Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP sistemas múltiplos sistemas binários tipos de binárias determinação de massas estelares teorema de Vogt-Russell Estrelas (II) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Julho de 2013

Apresentado por Joice Maciel. Universidade Federal do ABC Julho de 2013 Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Julho de 2013 O que é? Composição Gás interestelar Poeira interestelar Nuvens moleculares Formação de estrelas O que é? Mais conhecida como meio

Leia mais

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA Victor O. Rivelles Aula 4 Instituto de Física da Universidade de São Paulo e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles Escola Norte-Nordeste

Leia mais

GALÁXIAS ELÍPTICAS E ESFEROIDAIS

GALÁXIAS ELÍPTICAS E ESFEROIDAIS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE FÍSICA INTRODUÇÃO A COSMOLOGIA FÍSICA PROF. DR. RAUL ABRAMO BRUNO CESAR GUEDES DA ROSA CAMILA DE MACEDO DEODATO BARBOSA LUIZ CARLOS CORDEIRO GALÁXIAS ELÍPTICAS E

Leia mais

Via Láctea. Paulo Roberto

Via Láctea. Paulo Roberto Via Láctea Paulo Roberto www.laboratoriodopaulo.blogspot.com Uma galáxia é um grande sistema, gravitacionalmente ligado, que consiste de estrelas, remanescentes de estrelas (objetos compactos), um meio

Leia mais

Evoluçao e Estrutura Estelar I (cap. 11)

Evoluçao e Estrutura Estelar I (cap. 11) Evoluçao e Estrutura Estelar I (cap. 11) AGA215 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 11) Introductory Astronomy & Astrophysics,

Leia mais

A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS

A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS A LUZ PRECIOSO BEM PARA OS ASTRÔNOMOS A Astronomia vive quase que exclusivamente da luz captada dos objetos celestes. É através da luz por eles emitida, refletida ou absorvida que tiramos informações sobre

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2010 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 2.a PROVA 2012/1 - TURMA C - Profa. Maria de Fátima Saraiva

Leia mais

FIS-26 Prova 03 Maio/2011

FIS-26 Prova 03 Maio/2011 FIS-26 Prova 03 Maio/2011 Nome: Turma: Duração máxima: 120 min. As questões 1 e 5 valem 20 pontos cada, e as demais valem 15 pontos (cada). 1. Para os problemas (i) a (iii) desta questão, assinale a alternativa

Leia mais

Estrelas norm ais e suas propriedades

Estrelas norm ais e suas propriedades Notas de aula Introdução à A stronom ia (AGA210) Estrelas norm ais e suas propriedades Ejnar H ertzprung H enry N. Russel Enos Picazzio Eles criaram uma das mais poderosas ferramentas da astronomia moderna:

Leia mais

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B Em uma noite escura, em um lugar afastado da poluição luminosa, olhamos para o céu e vemos

Leia mais

Galáxias. Roberto Ortiz EACH/USP

Galáxias. Roberto Ortiz EACH/USP Galáxias Roberto Ortiz EACH/USP Definição Galáxias são sistemas estelares gravitacionalmente ligados contendo um número entre 107 e 1012 estrelas, incluindo sistemas estelares binários ou múltiplos, aglomerados

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Nossa Estrela: O Sol Adriana Válio Roque da Silva Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie O Sol Parâmetros físicos do sol Estrutura solar Evolução solar

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015

Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015 Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015 Introdução: Buracos Negros (BN) BNs estelares e supermassivos

Leia mais