Convém ter presente que o objecto da EC está sujeito a mutações e que pode e deve ser revisto.
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- Thais Taveira de Miranda
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1 Apenas um alerta Convém ter presente que o objecto da EC está sujeito a mutações e que pode e deve ser revisto. Segundo García Garrido (1986) seria preciso encontrar uma nova formulação do objecto que tivesse em conta: Que os sistemas sociais são imprescindíveis para compreender os sistemas educativos dos países e que a diferença dos sistemas legais ou políticos só nos elucidam sobre aspectos de tipo formal; Que os termos escolar e educativo não são equivalentes e que convém que a EC incida mais sobre o segundo.
2 E agora as FINALIDADES! Finalidades da EC. Talvez a finalidade mais ambiciosa da EC seja a de encontrar princípios ou generalizações universalmente aceites. Friedrich Schneider e Lê Thành Khôi não se coibiram mesmo de empregar a palavra leis. Lê Thành Khôi regularidades de grande significado tendo em conta que resultam de observações numerosas e efectuadas em sociedades diferentes (económico, social, político e cultural).
3 (finalidades) Ferran Ferrer (1990) as finalidades da EC podem ser classificadas do seguinte modo: De âmbito pessoal: quando incidem sobre a formação dos sujeitos, professores dos diferentes níveis educativos e outros profissionais ligados à educação. De âmbito nacional e internacional: quando pretendem influenciar uma comunidade nos seus aspectos especificamente educativos.
4 Tanto para uns como para outros, o estudo comparativo pode contribuir para optimizar e para expandir a educação de vocação internacional. (Unesco (1945), Direitos do Homem (1948), Direitos da Criança (1989).
5 (finalidades) Reforçar o carácter humanista e internacional da educação com o objectivo de promover a tolerância, a paz, a compreensão mundial e a solidariedade internacional. (Daele, 1993). CONTUDO, A EC pode ter uma finalidade de carácter especulativo: o conhecimento do processo educativo tal como se desenrola nos diversos países e porque diverge de país para país. (investigação teórica, puramente racional )
6 (finalidades) García Garrido: A finalidade da EC não é a de oferecer modelos para imitar ou para recusar mas a de compreender os povos e aprender com as suas experiências educacionais e culturais. A finalidade da EC, não é a de melhorar um sistema educativo isoladamente considerado mas a de melhorar a educação no mundo inteiro através da melhoria de sistemas educativos concretos.
7 Actividade 2 Leitura do texto O campo da Educação Comparada de António Gomes Ferreira. Referência Bibliográfica: Ferreira, António Gomes. (n.d.). Elementos fundamentais para a compreensão do estudo da Educação Comparada. Coimbra: Núcleo de Análise e Intervenção Educacional da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. pp (disponível na caixa da UC na Reprografia da Universidade; Caixa n.º 54).
8 O Campo da EC A EC é sempre um produto duma história e de uma sociedade. Dominique Groux (1997) a comparação gera uma dinâmica de raciocínio obrigando a identificar semelhanças e diferenças e a interpretá-las a partir dos contextos a que pertencem.
9 A abordagem dos factos e fenómenos educativos é múltipla e complexa Necessita de conhecimentos e achegas de outras áreas científicas. (ex. História, Sociologia e Economia, etc.) Pluridisciplinaridade. Importa que o estudo das problemáticas ou das realidades se faça tendo em conta contextos diferentes para que se possa estabelecer o que há de diferente e semelhante.
10 diversidade das problemáticas Unesco, OCDE, Conselho da Europa, Cedefop, etc. Situação das mulheres no mundo da educação. Relação da educação com o emprego. Problema do funcionamento com a educação. Sistemas de formação profissional. Formação contínua dos professores. Situação dos currículos escolares. Ensino primário. Participação dos pais nos sistemas educativos. CEDEFOP - European Agency to promote the development of vocational education and training
11 O Campo da Educação Comparada ( ) a [EC] não pode ser um mero registo de dados respeitantes aos sistemas escolares. Ela deve trazer novas informações e produzir saber; ela deve elucidar-se sobre a dinâmica dos sistemas educativos, de perspectivar os problemas ao nível regional e mundial. Para isso deve trabalhar os dados quantitativos e qualitativos recolhidos por instituições nacionais ou internacionais mas deve também integrar informações contextuais que lhes dão sentido. Por outro lado, a complexidade dos fenómenos educativos, necessita que a EC admita abordagens múltiplas; quadros teóricos complementares que permitam uma visão diversificada e uma compreensão global do objecto de estudo. (Ferreira, s/d).
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