CRITÉRIOS E EXAMES COMPLEMENTARES PARA REALIZAÇÃO DE ANESTESIA PARA EXAMES DIAGNÓSTICOS
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1 ELABORADO EM 13/06/2012 REVISÃO EM 13/06/2014 REVISÃO EM 30/03/16 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA CRITÉRIOS E EXAMES COMPLEMENTARES PARA REALIZAÇÃO DE ANESTESIA PARA EXAMES DIAGNÓSTICOS 1. Critérios para realização de anestesia para exames diagnósticos em caráter ambulatorial: Pacientes classificados com ASA I, ASA II ou ASA III (American Society of anesthesiologists) ASA I: paciente saudável, sem comorbidades, não tabagista e com mínimo uso de álcool. ASA II: paciente com doença sistêmicas moderada, sem limitação funcional (exemplos hipertensão arterial, diabetes controlado, tabagistas, uso social de álcool, gravidez, obesidade com IMC<40, doença pulmonar compensada). ASA III: paciente com doença sistêmica grave (ou uma ou mais comorbidades moderadas a graves), com limitação funcional. Exemplos: DM ou HAS mal controlados, DPOC, obesidade com IMC maior ou igual a 40, hepatite em atividade, dependência ou abuso de álcool, uso de marcapasso, redução moderada de fração de ejeção, IRC em hemodiálise, pre-termo com menos de 60 semanas pós concepção, IAM ha mais de 3 meses, uso de stents. 2. Contra-indicações a realização de anestesia em caráter ambulatorial (necessidade de internação hospitalar após o procedimento anestésico) Pacientes classificados como ASA IV ou maior (doença sistêmica grave, com ameaça constante a vida). Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 1
2 Histórico de prematuridade em um lactente com menos de 45 semanas pós-concepção. Pacientes com histórico de doença aguda em curso, abuso agudo de substâncias químicas, obesidade mórbida com outras doenças sistêmicas como apnéia obstrutiva grave do sono, alteração ventricular. Ausência de um acompanhante responsável pelo paciente na alta ambulatorial. Exames complementares considerações gerais: Exames complementares devem ser solicitados de acordo com a avaliação clinica do anestesiologista, podendo ser solicitados ou não a critério deste. Como base, seguem recomendações: Radiografia de tórax: idade maior que 75 anos e pacientes com fatores de risco para doença pulmonar ou portadores de doença pulmonar pré-existente. Eletrocardiograma: Necessário em pacientes acima dos 40 anos para o sexo masculino e acima dos 50 anos para sexo feminino ou naqueles com idade abaixo dos 40 anos, mas que apresentam doença cardiovascular pré-existente, como hipertensão arterial, infarto do miocárdio prévio ou diabetes (devendo ser repetido se realizado há mais de 6 meses). Hemograma: Pacientes acima dos 64 anos de idade, histórico de anemia crônica, doença crônica neoplásica. Dosagens de uréia, creatinina e glicemia: Pacientes com idade acima de 64 anos. Coagulograma: Pacientes com histórico de coagulopatias Dosagens de eletrólitos (sódio, potássio, magnésio e cálcio): Pacientes com idade acima de 75 anos, portadores de doença renal ou neurológica, usuários crônicos de corticoides sistêmica. A validade dos exames laboratoriais deve ser regulada mediante avaliação clínica e recomenda-se tempo menor que 1 ano. Observação: Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 2
3 Há necessidade de avaliação clínica pré-operatória e avaliação do risco cirúrgico-anestésico em pacientes: Acima dos 65 anos de idade, se considerados ASA II Aqueles classificados como ASA III (a critério do anestesiologista) e ASA IV, independente da idade Relato de infarto do miocárdio prévio, doença arterial crônica, doença renal crônica, doença pulmonar moderada a grave ou sintomatologia compatível com doença coronariana. Nestas condições, podem ser solicitados outros exames complementares, como ecocardiograma, cintilografia do miocárdio, prova de função pulmonar, dentre outros, de acordo com avaliação clínica. Abaixo, quadro de exames complementares sugeridos para condições específicas: Exames e avaliação diagnóstica complementar Condições ECG HEMO ELET COAG. RX Creatinina Risco Glicemia Homem idade >40 anos Mulher idade >50 anos Idade acima de 64 anos ASA II, III, IV Idade acima de 75 anos Hipertensão Diabetes Neoplasia em tratamento Usuários de corticóide Doença renal Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 3
4 Doença coronariana Coagulopatia sangramentos ou ECG (eletrocardiograma); HEMO (hemograma); ELET.(eletrólitos Sódio, Potássio, Cálcio, Magnésio); RX (radiografia de tórax). No momento da avaliação ambulatorial pré-anestésica e no dia da realização do exame diagnóstico indicado com anestesia, todos os pacientes deverão apresentar os exames indicados. Exames laboratoriais são válidos por 6 meses e avaliação pré-anestésica ambulatorial por 2 meses a partir da data de realização. Recomendações para o dia do exame diagnóstico com anestesia: Jejum Pré Operatório: Crianças - líquidos sem resíduos (água e chá)- 2 horas - Leite materno 4 horas - Leite (fórmula infantil) e leite não humano- 6 horas - Sólidos 8 horas. Adultos - Líquidos sem resíduos (água e chá ) 2 horas - Alimentos Sólidos e leite 8 horas - Manitol diluído com Gatorade 50% - 4 horas Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 4
5 Classificação de risco ASA Observações: ASA I: paciente saudável, sem comorbidades, não tabagista e com mínimo uso de álcool. ASA II: paciente com doença sistêmicas moderada, sem limitação funcional (exemplos hipertensão arterial, diabetes controlado, tabagistas, uso social de álcool, gravidez, obesidade com IMC<40, doença pulmonar compensada). ASA III: paciente com doença sistêmica grave (ou uma ou mais comorbidades moderadas a graves), com limitação funcional. Exemplos: DM ou HAS mal controlados, DPOC, obesidade com IMC maior ou igual a 40, hepatite em atividade, dependência ou abuso de álcool, uso de marcapasso, redução moderada de fração de ejeção, IRC em hemodiálise, pre-termo com menos de 60 semanas pós concepção, IAM ha mais de 3 meses, uso de stents. Fluxo para pacientes com necessidade de realização de exames em regime de internação ou com necessidade de reserva de UTI O anestesiologista do ambulatório avalia a necessidade de realização de exames em regime de internação ou de reserva de UTI para monitorização após o procedimento. Apos indicação de internação, o profissional deve orientar devidamente o paciente e deixar registrado em ficha de avaliação pre anestésica a necessidade e os motivos para a internação e/ou reserva de UTI. Deve deixar com o paciente uma carta solicitando a Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 5
6 internação para realização do exame (a ser apresentada na internação do hospital no dia do procedimento), assim como uma carta para o medico do paciente solicitando que este altere o pedido de exame para exame em regime de internação hospitalar. No dia do exame, o anestesiologista responsável pelo procedimento (após alta da RPA) deve ligar para o ramal do Medico Hospitalista e passar o caso. Referências: 1. Tonelli D, Toldo A - Anestesia em geriatria, em Yamashita AM, Auler Jr JO, Iwata NM - Anestesiologia Saesp, 5ªed, São Paulo, Atheneu, 2001; Miller RD - Miller s Anesthesia, 6 th ed, Philadelphia, Elsevier, American Society of Anesthesiologists Task Force on Preanesthesia Evaluation - Practice advisory for preanesthesia evaluation: a report by the American Society of Anesthesiologists Task Force on Preanesthesia Evaluation. Anesthesiology, 2002;96: Resolução CFM "Normas Mínimas para o Funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanênciapublicada no D.O.U. de 21 de novembro de 2008, Seção I, p ASA Physical Status Classification System, de 15 de outubro de Protocolos e Política de Qualidade CMA Página 6
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