TRIGO Período de 02 a 06/11/2015
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- Kátia Brás Ferrão
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1 TRIGO Período de 02 a 06//205 Tabela I - PREÇO PAGO AO PRODUTOR (em R$/60 kg) Centro de Produção Unid. 2 meses Períodos anteriores mês (*) semana Preço Atual PR 60 kg 29,56 35,87 36,75 36,96 Semana Atual Preço Mínimo (**) Básico Doméstico Pão Melhorador RS 60 kg 24,75 32,6 32,26 32,66 2,24 26,52 34,98 36,63 SC 60 kg 28,20 33,87 34,37 34,62 Nota: (*) Preço médio do mês; (**) Preço Mínimo da Região Sul para o T. Tabela II - PREÇO NO ATACADO FARINHA DE TRIGO (em R$/50Kg) Centro de Comercialização Unid. Períodos anteriores 2 meses mês (*) semana Semana atual SP 50 Kg 95,60 09,70 0,50 09,00 PR 50 kg 80,48 8,37 78,5 80,98 Notas: Farinha de trigo especial - São Paulo e Paraná (*) Preço médio do mês Tabela III - PREÇO INTERNACIONAL (em US$/t) Períodos anteriores Semana atual Centro de Referência Unid. 2 meses mês (*) semana Mercado Paridade de Importação (US$/t) (3) Paraná R. G. Sul EUA () t 28,00 22,40 220,28 29,68 266,36 (R$.00) 26,08 (R$990) Argentina (2) t 255,00 223,40 222,00 222,00 226,95 (R$86) 22,68 (R$84) Câmbio: R$3,7935/US$ (*) Preço médio do mês. Notas: () Preço trigo Hard, FOB Golfo do México. (2) Preço trigo Hard, FOB portos argentinos. (3) Desembarque em São Paulo.. MERCADO INTERNO E EXTERNO. ÁREA E PRODUÇÃO DOS PRINCIPAIS GRÃOS No mundo a área de trigo equivale a 32,9%; milho, 25,9%; arroz, 23,3% e soja, 7,8%. A diferença entre a área de trigo e milho é de 47,8 milhões e com o arroz de 55,7 milhões de hectares. No Brasil, 62,0% da área plantada é de soja e 29,% de milho. A participação do trigo e arroz é de apenas 4,2% e 4,7%, respectivamente. A área cultivada com os quatro produtos corresponde a 7,76% do total mundial.
2 Em se tratando da produção mundial, o país se destaca com 7,95% do total. O milho lidera com 38,9% da produção, seguido do trigo com 29,3%, o arroz com 9,0% e a soja com 2,8%. No Brasil, 4,8% e 50,8% da produção referem-se a milho e soja, respectivamente. O arroz beneficiado participa com 4,% e o trigo com 3,3%. Assim, 92,6% da produção se referem à soja e milho, produtos básicos para alimentação animal.
3 .2 - MERCADO INTERNO Como visto na tabela acima, os preços médios semanais no mercado de balcão nos Estados da região Sul, apresentaram valorização. A demanda forte devido à prioridade dos moinhos em garantir o processo industrial de cada unidade de moagem em uma conjuntura de produção insuficiente para suprir todas as demandas, explica essa situação no Estado do Paraná. Já no Rio Grande do Sul, se deve à redução da oferta de trigo de qualidade prejudicada pelo excesso de chuvas. O Estado do Paraná deveria produzir um excedente próximo de,0 milhão de toneladas, além das suas necessidades para o consumo próprio de 2,6 milhões de toneladas; fato que não ocorreu devido às intempéries climáticas. A Secretaria de Agricultura do Paraná anunciou que 88% (85%) das lavouras já foram colhidas. Em boas condições estão 49% (6%) das lavouras, 35% (3%) médias e 6% (8%) ruins. O cultivo está 0% (24%) na fase de frutificação e 90% (76%) em maturação. Estima-se que cerca de, milhão de toneladas (3%) já foram comercializadas. Como visto, o valor atual do preço mínimo de R$34,98 é menor em 2,50% ao preço médio de R$35,87 recebido pelo produtor no Paraná no mês de outubro, e, em 4,03% ao do Rio Grande do Sul, de R$32,6. Na primeira semana de novembro o preço no Paraná evoluiu para R$36,96 (R$36,75), ou seja, 5,66% acima do preço mínimo, enquanto que o preço do Rio Grande do Sul subiu para R$32,66 (R$32,26), 6,70% abaixo do preço mínimo. A Emater/RS informa que as condições meteorológicas entre 29/0 a 05 de novembro foram marcadas por muita umidade no Noroeste do Estado. Para o período entre 6 e 2 de novembro, prevê-se instabilidade climática com abundancia de chuvas em
4 zonas de produção de trigo. A cultura encontra-se com 36% na fase de maturação e 4% em enchimento de grãos, com desinteresse de compras por parte dos moinhos que alegam baixa qualidade do produto. Os preços no mercado de lotes continuam valorizados devido aos problemas ocorridos recentemente com a safra. No Paraná, negócios a R$750,00 e já se observam vendedores pedindo R$850,00/t por trigo branqueador. No Rio Grande do Sul, os produtores trabalham pedindo R$650,00 com trigo branqueador negociado a R$750,00. Há demanda de compradores por trigo forrageiro com oferta de R$620,00 sobre rodas no porto de Paranaguá, além de demanda interna das granjas do Sudoeste..3 MERCADO EXTERNO Os preços mensais, FOB Golfo do México, alcançaram US$335,00 em abril de 204, evoluindo para US$243,00 em maio/5, US$24,20 em julho, US$29,00 em agosto, US$26,03 em setembro e US$22,40 em outubro. Na semana atual, evoluíram para US$29,68 ante US$220,28 na semana anterior. Dessa forma, na semana, o preço FOB Golfo se mantem abaixo ao preço FOB portos da Argentina em 0,78%. A manutenção do dólar em valor elevado, os fretes mais longos e a cobrança de tarifa para importação de fora do Mercosul fizeram com que o cereal dos EUA se mantivesse mais caro posto em São Paulo e, com isso, o cereal brasileiro ganhasse mais competitividade, no âmbito interno e internacional. Como visto, a cotação do trigo estadunidense em outubro de 204 foi de US$29,00 por tonelada, ou seja, o recuo até a semana atual foi de 24,5%. O Ministério da Agricultura da Argentina reduziu a previsão de área plantada com trigo em 205/6 de 4,8 para 4,0 milhões de hectares, devido à falta de chuvas no mês de julho. Portanto, a estimativa de produção deverá ser menor, reduzindo de 3,9 para, milhões de toneladas. O Usda estima a produção Argentina em 0,5 milhões de
5 toneladas e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires BCBA em 9,5 milhões de toneladas. Aguarda-se nova estimativa do Governo argentino. Em 23 de agosto/5 a pauta oficial do trigo argentino foi reduzida para US$223,00 por tonelada, depois de US$226,00 a partir de 2 de maio/5. Em 07 de outubro/5 foi estabelecida em US$224,00/t e em 27 de outubro/5 reduzida para US$222,00/t, ou seja, 0,9% acima da cotação FOB golfo. Sobre esse valor são deduzidas as retenciones de 23%, que são o imposto cobrado do agricultor de US$5,06 por tonelada. Ao câmbio de R$3,7935, o valor do imposto representa R$93,69 por tonelada, ou seja, R$,62 por saca de 60 quilos. Informações da Secretaria de comércio Exterior - Secex apontam que 289,3 mil toneladas de trigo foram importadas do Paraguai pelo Brasil entre janeiro e outubro ao preço médio de US$92,27/t FOB, ou seja, R$729,37 ao câmbio de R$3,7935. Do Uruguai foram importadas 67,5 mil toneladas ao preço unitário de US$23,67. Nesse período, as importações nacionais totalizaram 4,2 milhões de toneladas com tendência de crescimento até julho de 206, devido aos problemas com a oferta muito prejudicada pelo clima. Perspectivas de seca em importantes regiões produtoras de trigo de inverno, no Sul dos Estados Unidos, Rússia, Ucrânia e Austrália, entre outros, fizeram os preços subir nesta semana. O mercado de clima continua a se manifestar, elevando, novamente, as cotações na Bolsa de Kansas. A supersafra mundial e os elevados volumes de estoques no mundo e nos EUA não foram suficientes para impedir a elevação das cotações nesta semana..4 - PREÇOS FUTUROS A U.S. Wheat Associates informa que por três semanas consecutivas os preços futuros mantiveram relativa estabilidade entre 2 de setembro e 9 de outubro e recuos de preços nas duas semanas seguintes de 2 a 23 de outubro, de 4,95%. Já na semana atual e semana anterior, novos acréscimos foram observados ficando 3,0% mais valorizados. A recuperação dos preços atuais foi motivada pela falta das chuvas necessárias que favorecessem o plantio nas zonas de produção no Sul dos Estados Unidos, Rússia e Ucrânia, entre outros, em complemento ao ciclo de uma boas safra na Austrália. Vendas limitadas das exportações pelos Estados Unidos, e recorde de oferta mundial, estoques elevados no mundo e nos Estados Unidos, além do dólar forte não foram suficientes para impedir a alta das cotações na semana dos preços FOB Golfo. O Usda estimou que 88% (83%) do trigo de inverno dos EUA já foram semeados, frente a 90% na média dos últimos 5 anos. Semana de 30/03 a 03/04/205 MAI/5 JUL/5 SET/5 DEZ/5 MAR/6 24,2 25,3 28,99 224,22 228,36
6 Semana de 06 a 0/07/205 JUL/5 SET/5 DEZ/5 MAR/6 MAI/6 204,84 20,26 27,6 222,75 225,60 Semana de 07 a /09/205 SET/5 DEZ/5 MAR/6 MAI/6 JUL/6 68,65 77,9 82,24 85,92 89,4 Semana de 2 a 25/09/205 83,8 89,3 92,8 96, 20,7 Semana de 28/09 a 02/0/205 83,90 89,3 92,8 96,48 20,63 Semana de 05/0 a 09/0/205 83,8 89,3 92,63 96,39 20,26 Semana de 2/0 a 6/0/205 77,65 83,6 86,84 90,5 95,47 Semana de 9 a 23/0/205 74,7 80,32 84,08 87,66 92,72 Semana de 26 a 30/0/205 8,42 87,39 9,06 94,74 99,70
7 Semana de 02 a 06//205 80,3 85,83 89,69 93,54 98,69 Aos valores da tabela acima deverá ser acrescido o Prêmio (Basis) para se obter o valor FOB Golfo do México. Na semana atual o valor médio na Bolsa de Kansas foi de US$79,26/t (US$79,88) e o FOB Golfo de US$29,68, ante US$220,28 da semana anterior, e US$22,40/t, no mês de outubro. Paulo Magno Rabelo Superintendência de Gestão da Oferta Gerência de Alimentos Básicos - Analista de Mercado. Fone (6) , FAX (6) paulo.rabelo@conab.gov.br
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