Modelo de Rateio de Custo Operacional para Perfuratrizes
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- Júlio Castilho Azenha
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1 Modelo de Rateio de Custo Operacional para Perfuratrizes Sarah R. Guazzelli Doutoranda PPGEM - UFRGS
2 Sarah R. Guazzelli, Doutoranda, Departamento de Engenharia de Minas, UFRGS Jair C. Koppe, Professor, Departamento de Engenharia de Minas, UFRGS Enrique Munaretti, Professor, Departamento de Engenharia de Minas, UFRGS
3 Estrutura da apresentação Introdução Contextualização do problema Objetivos Metodologia aplicada Estudo de Caso Modelo de Rateio Vigente Modelo de Rateio Proposto Análise dos resultados Conclusões
4 INTRODUÇÃO Introdução Contextualização do problema Objetivos
5 Introdução A análise de custos envolve uma série de decisões que devem ser tomadas de maneira a abranger da melhor forma possível o sistema; A operação de perfuração é um sistema de custeio complexo e devido a essa característica muitas vezes o analisador é levado a fornecer uma solução simplificada, mas que nem sempre é fiel a realidade; Foi desenvolvida uma metodologia de rateio de custo operacional das perfuratrizes que se opõe a atual empregada, procurando inserir e utilizar as informações disponíveis dos equipamentos.
6 Contextualização do problema Dificuldade no controle operacional das perfuratrizes; Ausência de informações econômicas devido ao complexo tamanho do sistema; Informações distorcidas que carregam junto consigo decisões errôneas e de grande impacto no orçamento da mina; Devido a grande mobilidade dos equipamentos e da constante necessidade de reposição de materiais e peças, se torna uma tarefa árdua o controle rigoroso de consumo de cada perfuratriz, então por vezes todos os equipamentos são apenas interpretados como uma população similar cujo custo é distribuído de forma homogênea para cada um por meio de um critério de rateio.
7 Objetivos Conhecer o custo do processo de perfuração e das variáveis que influenciam na sua variação; Utilizar os dados disponíveis de maneira a solucionar a falta de informações que possui o modelo de rateio de custos vigente; Desenvolver uma ferramenta de estimativa para auxiliar na elaboração de custos e na tomada de decisões gerenciais;
8 METODOLOGIA APLICADA Custo de perfuração Custo operacional Modelo de rateio proposto
9 Custos de perfuração C T : Custo Total de Perfuração (R$/m) C D : Custos Diretos (R$/h) C I : Custos Indiretos (R$/h) P r : Produtividade da Perfuratriz (m/h) Quanto maior for a produtividade da perfuratriz, menor será o seu custo, ou seja, seu consumo, uma vez que são inversamente proporcionais. Rochas duras terão uma P r menor e um custo maior associado, e rochas brandas por terem P r maiores terão um custo menor.
10 Custo Operacional C T : Custo Total de Perfuração (R$) C MAN : Custos Manutenção (R$) C OPER : Custos Operacional (R$) O custo operacional foi o objeto de estudo para contrapor a metodologia de rateio atual deste custo. C OPER : Custo Operacional (R$) ou (R$/h); Metros: metragem total perfurada; TXP : Taxa de perfuração (m/h)
11 Modelo de rateio vigente No modelo vigente o custo operacional é rateado utilizando as horas trabalhas de cada frota: C OPER FROTA : Custo operacional de uma frota de PF s (R$) C OPER TOTAL : Custo total de todas as frotas (R$) HT FROTA : Horas trabalhadas por frota (h) HT TOTAL : Horas trabalhadas de todas as frotas (h)
12 Modelo de rateio proposto PF A 10h e 10m PF B 10h e 30m Ambas trabalharam o mesmo tempo, mas a PF B tem uma eficiência muito melhor, o que envolve afirmar que ela tem um menor consumo de combustível e peças, ou seja, seu custo operacional foi menor. Se A for uma litologia abrasiva e B uma litologia branda: PF A consumiu muito mais e desgastou muito mais para perfurar os 10m de litologia dura do que a PF B para perfurar 30m de uma litologia branda.
13 Produtividade da perfuratriz A capacidade de perfuração é a relação existente entre o avanço do furo e o tempo necessário para o mesmo; Ela depende do material que é composto o bit de perfuração, da força aplicada pelo equipamento, da taxa de alimentação do mesmo, da limpeza do furo, etc; Ela é influenciada pela litologia: resistência da rocha à quebra; dureza da rocha; abrasividade da rocha; O consumo é diretamente ligado aos metros de rocha perfurados e, também, ao tempo que leva para perfurá-los, variáveis ligadas diretamente a taxa de perfuração.
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15 ESTUDO DE CASO Banco de dados Análise modelo de rateio vigente Análise modelo de rateio proposto
16 Banco de dados Dados de uma mineradora no período de 4 meses; Estavam subdivididos em custos de manutenção e custos operacionais; O banco de dados analisado contem cerca de 358 informações, onde cada uma delas informa a perfuratriz, frota, litologia perfurada, metros perfurados e tempo para execução do mesmo; Para facilitar o rateio dos custos eles estão agrupados conforme a frota: Frota de PF Diâmetro de perfuração (mm) Nº de PF s Tipo de frota A 101,6 1 DTH B 146,05 5 DTH C 203,2 3 Rotativa D Rotativa E 241,3 2 Rotativa
17 Análise das informações A frota C é a que mais foi utilizada nos meses analisados, seguida pela frota B, E, D e a que menos trabalhou foi a A.
18 Análise das informações Quanto maior a inclinação da reta com a horizontal, menor é a produtividade da perfuratriz. A frota C apresenta a menor produtividade entre as frotas, seguida pelas frotas A, B, D e E, sendo a E a com maior produtividade.
19 Análise das informações A frota C foi a que apresentou o maior percentual em taxas baixas, enquanto a frota E apresentou o maior percentual em taxas altas.
20 Modelos de Rateio Modelo de Rateio Vigente: método empregado atualmente pela empresa, baseado no rateio dos custos pelas horas trabalhadas de cada equipamento. Modelo de Rateio Proposto; método sugerido para considerar junto ao rateio a atividade que o equipamento executou.
21 Análise modelo de rateio vigente Esta linearidade não pode ser assumida como sendo real, uma vez que o tempo de trabalho não é um indicativo global de custo operacional, ele apenas expressa as horas consumidas pelo equipamento, mas não carrega junto a variabilidade da operação.
22 Análise modelo de rateio vigente O que se está sugerindo é que estes equipamentos, quando em operação, possuem o mesmo consumo por hora, indiferente das outras variáveis da operação e das suas próprias características.
23 Análise modelo de rateio vigente A estimativa de custos que não consegue fornecer informações reais, ou seja, indicadores adequados ao analisador, torna difícil verificar qual equipamento apresenta um maior consumo e qual é mais ou menos vantajoso em termos financeiros. Se o método de rateio utilizado fosse aplicado apenas para cada tipo de frota, a partir do consumo operacional por frota, não se estaria gerando uma estimativa que distorcesse de forma tão grave o custo associado, mas o que ocorre é que se está considerando o custo total de todas as frotas, distorcendo o comportamento específico de cada uma.
24 Análise modelo de rateio proposto Os custos operacionais não se comportam mais de maneira proporcional as horas trabalhadas, e quando as horas trabalhadas se tornam muito elevadas, existe uma tendência de estacionariedade, o que não era possível observar com o método vigente.
25 Análise modelo de rateio proposto A frota C possui o maior custo por hora, seguida pelas frotas A, D, B e por fim a E, que é a mesma ordem em que se apresentou o gráfico referente a produtividade.
26 Análise modelo de rateio proposto No modelo de rateio antigo, o custo por hora mais elevado encontrado foi de R$ 660,00 por hora, enquanto no modelo proposto este mesmo valor subiu para R$ 1.030,00 por hora. Então, justificada pela produtividade mais baixa, a frota C apresentou o custo mais elevado. Sabendo que a produtividade está condicionada a abrasividade da litologia, também pode-se afirmar que o custo operacional está diretamente ligado ao tipo de rocha perfurada, como no caso da frota C. O modelo atendeu as condições propostas de considerar juntamente as horas trabalhadas as características da operação.
27 ANÁLISE DOS RESULTADOS Comparação entre os modelos
28 Comparação entre modelos Para observar melhor o que ocorre pontualmente e as diferenças quando empregado um ou outro modelo, foram feitas simulações. Assumiu-se que: cada frota possui uma taxa de perfuração para cada litologia e foram usadas as médias; para o custo por hora utilizado do modelo vigente foi tomada as médias mensais; para o custo por hora do modelo proposto foi tomada a média do mesmo por frota e por litologia, uma vez que este modelo permite esta distinção; Foi feita a simulação de perfuração de 50 metros de cada litologia por cada frota, utilizando a mesma taxa de perfuração para os dois modelos analisados
29 Comparação entre modelos O modelo vigente subestima o custo operacional em baixas taxas de perfuração, ou seja, quando a rocha é mais competente, e superestima quando a rocha é mais branda.
30 Comparação entre modelos O modelo vigente tem uma inclinação muito suave, variando de grandeza entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00, enquanto o proposto chega à R$ 8.000,00. E se fosse simulado para taxas menores ainda? A curva do modelo vigente possui uma inclinação muito pequena, o que sugere que o acréscimo do custo não condiz com o consumo em perfurar e sim com o tempo que irá levar apenas. O modelo proposto tem a sua inclinação maior em relação ao vigente, o que sugere que existe uma diferença de custos entre perfurar rocha branda e resistente, uma vez que para ratear ela considera a operação e não apenas o tempo.
31 CONCLUSÕES
32 Conclusões Modelos de rateio de custos devem contemplar a operação analisada de forma a aproveitar ao máximo as informações existentes e as variáveis do sistema; O modelo de rateio proposto considerou não apenas o tempo operacional dos equipamentos como o vigente, mas também a sua atividade; O modelo de rateio vigente, que considerava apenas as horas trabalhadas das frotas, não era capaz de mostrar para o analisador qual a frota que consumia mais ou menos, enquanto o modelo proposto sim; A simulação realizada demonstrou o que ocorre entre os modelos: o vigente subestimava o custo para taxas de perfuração baixas e superestimava para taxas altas, enquanto o modelo de rateio proposto oferece uma estimativa mais realista, podendo ser uma ferramenta eficaz na tomada de decisões.
33 AGRADECIMENTOS
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