Norma de Empréstimos Financeiros
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- Stella Aveiro Belo
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1 Gestão de Atendimento AFAF D.GA /10 ÍNDICE 1. Objetivo Responsabilidades Conceitos Critérios Modalidades de Empréstimos Financeiros Limite de Contratos Taxas e Encargos Imposto sobre Operações Financeiras - IOF Margem Consignável Garantia Real Documentação Necessária Liberação do Crédito Amortização do Saldo Devedor Antecipação do Pagamento Liquidação por Falecimento Inadimplência Liquidação Obrigatória Disposições Gerais Referências... 10
2 Gestão de Atendimento AFAF D.GA /10 1. OBJETIVO A presente norma tem por objetivo estabelecer os critérios, regras e procedimentos a serem observados para concessão de empréstimos financeiros aos seus participantes, assistidos e pensionistas, aqui denominados mutuários, observando-se o disposto na legislação e na política de investimentos determinada pela entidade. 2. RESPONSABILIDADES Cabe a Diretoria Administrativa Financeira através do Setor Administrativo Financeiro fazer cumprir o estabelecido nesta norma. 3. CONCEITOS 3.1. Empréstimo contrato entre duas partes, na qual uma é a demandante de capital e a outra é a ofertante Empréstimo pré-fixado modalidade na qual a taxa de juros e as parcelas do empréstimo são fixadas no ato da contratação da dívida, permanecendo constante até o final do contrato Empréstimo pós-fixado modalidade na qual empréstimo é corrigido mensalmente por um determinado índice econômico INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Data da concessão - data em que o empréstimo é creditado na conta do participante Avalista pessoa física que se torna responsável pelo pagamento de um título de crédito nas mesmas condições de seu avalizado Garantia Real bem que assegura ao credor garantia quanto à dívida assumida pelo devedor Nota Promissória título de crédito através do qual o emitente assume a obrigação de pagar ao tomador determinada quantia no tempo e lugar nela especificados Plano BD Plano de Benefício Definido Plano CD Plano de Contribuição Definida.
3 Gestão de Atendimento AFAF D.GA /10 4. CRITÉRIOS 4.1. MODALIDADES DE EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS Características Pré-Fixado Pós-Fixado Emergencial Limite mínimo de concessão Valor líquido liberado igual a ½ (meio) salário base ou benefício do participante Valor líquido liberado igual a ½ (meio) salário base ou benefício do participante Não se aplica Limite máximo de concessão Plano BD margem consignável Limite máximo de endividamento Carência para renovação Prazo para amortização Plano CD 90% da reserva individual do participante Poderá ser renovado a qualquer época desde que o valor disponível para liberação seja, no mínimo, o estabelecido nesta norma Até 36 meses Plano BD margem consignável Plano CD 90% da reserva individual do participante Poderá ser renovado a qualquer época desde que o valor disponível para liberação seja, no mínimo, o estabelecido nesta norma Plano BD - até 60 meses Plano CD - até 72 meses R$ 5.000,00 A soma dos saldos dos empréstimos não poderá exceder o limite de endividamento citado nas outras modalidades Não pode ser renovado Até 12 meses Na hipótese do participante, assistido ou pensionista, optar por resgatar o saldo de suas contribuições de forma parcelada, o prazo máximo de parcelas para amortização do empréstimo é limitado ao prazo máximo de pagamento do resgate ou da última parcela do benefício ou pensão, observadas as demais regras estabelecidas nesta Norma LIMITE DE CONTRATOS O participante, assistido e pensionista podem firmar até o máximo de 2 (dois) contratos de empréstimo financeiro com a Fundação, mantendo ambos em curso, desde que um deles seja na modalidade Pré-Fixada ou Pós-Fixada e o outro na modalidade Emergencial De nenhuma outra forma pode ser permitido ao participante possuir mais de um saldo devedor ativo Caso o participante solicite a renovação do empréstimo, optando por uma das modalidades Pré ou Pós-fixada, a nova concessão fica condicionada à liquidação do empréstimo anterior, sujeitando-se integralmente às regras do novo contrato, na modalidade escolhida.
4 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / TAXAS E ENCARGOS Taxa de Juros - a taxa de referência para os empréstimos pré-fixados foi estabelecida com base no índice de referência / meta atuarial dos planos da Faelba, assumindo-se a premissa do INPC para o limite de inflação de 3% acima da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, acrescida da taxa de juros de 5,10% ao ano. Para prazos de 13 a 24 meses é aplicado um prêmio de risco de 5% e para os empréstimos com prazos a partir de 25 meses o prêmio de risco aplicado é de 10%, sobre a taxa de juros de referência Atualização Monetária as modalidades Pós fixada e Emergencial são atualizadas monetariamente pelo INPC, adotado com dois meses de defasagem. Na ausência da divulgação do referido índice, será utilizado em substituição o índice oficial de correção da inflação adotado pelo Governo Federal. Modalidade Prazo Participantes Taxa de Juros Pré-Fixado Pós-Fixado Atualização Monetária de 1 a 12 meses Plano BD e CD 1,0224%a.m 12,98%a.a - de 13 a 24 meses Plano BD e CD 1,0706%a.m 13,63%a.a - de 25 a 36 meses Plano BD e CD 1,1186%a.m 14,28%a.a - de 1 a 60 meses de 1 a 72 meses Plano BD Plano CD 5,10% a.a. INPC Emergencial de 1 a 12 meses Plano BD e CD 5,10% a.a. INPC Taxa de Administração taxa cobrada mensalmente sobre as parcelas do empréstimo nas modalidades Pré e Pós-fixada e no ato da concessão da modalidade emergencial. Modalidade Pré-Fixado Pós-Fixado Tx. Adm 0,05% a.m 0,05% a.m Emergencial 0,05% Taxa de Risco taxa cobrada mensalmente sobre as parcelas dos empréstimos concedidos a participantes do Plano CD e no ato da concessão a empréstimos concedidos a participantes do Plano BD, para constituição de fundos com a finalidade especifica de liquidar o saldo devedor do participante em caso de falecimento.
5 Gestão de Atendimento AFAF D.GA /10 Plano CD Modalidade Pré-Fixado Pós-Fixado Tx. Risco 0,03% a.m 0,03% a.m Emergencial 0% Plano BD Faixa Etária na Concessão Taxa de Risco Prazo Máximo de Amortização Sem aval Com aval * Pré Fixado Pós Fixado Emergencial até 60 anos 0,33% 36 meses 60 meses 12 meses de 61 a 65 anos 0,62% 36 meses 60 meses 12 meses de 66 a 70 anos 0,68% 36 meses 48 meses 12 meses de 71 a 75 anos 0,78% 36 meses 36 meses 12 meses acima de 75 anos Sim 12 meses 12 meses 12 meses (*) Avalista com garantias reais 4.4. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF As concessões e renovações de empréstimos estão sujeitos a incidência de IOF. Portanto, é deduzido do valor a creditar, no ato da concessão ou renovação, o valor resultante da aplicação da alíquota vigente do IOF sobre o montante do empréstimo MARGEM CONSIGNÁVEL A margem consignável do participante, assistido ou pensionista estabelecida para concessão do empréstimo financeiro é 30% (trinta por cento) do seu salário, suplementação ou pensão líquidos, no mês de concessão, calculados de acordo com os critérios abaixo: Para o participante ativo a renda líquida é obtida pela soma do salário base, anuênio, periculosidade e insalubridade, abatido os descontos fixos mensais. Não são considerados para cálculo da renda líquida, proventos esporádicos não incorporáveis a remuneração e as verbas referentes ao 13º salário Para o participante ativo empregado da COELBA, a margem consignável será informada à FAELBA por essa patrocinadora Para o assistido ou pensionista a renda líquida é o valor do benefício de aposentadoria, pensão ou resgate, exceto o abono anual, abatido os descontos fixos mensais.
6 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / Para o participante autopatrocinado a renda líquida é o valor dos proventos abatidos os descontos fixos mensais, apresentados no aviso de crédito da empresa onde trabalha, extrato do INSS ou recibo de pró-labore conforme modelo do Conselho Regional de Contabilidade. Não são considerados para cálculo da renda líquida, proventos esporádicos não incorporáveis a remuneração e as verbas referentes ao 13º salário Excepcionalmente, caso o participante não disponha de nenhum dos documentos acima, será utilizado para efeito de cálculo da renda líquida, o último aviso de crédito recebido da Patrocinadora, devidamente atualizado pelos mesmos índices de reajuste salarial, aplicados conforme acordo coletivo, deduzidos os encargos devidos A soma das parcelas dos empréstimos não poderá ultrapassar 30% da renda líquida do participante GARANTIA REAL A concessão de empréstimos a participantes, assistidos e pensionistas do Plano BD com idade acima de 75 anos e autopatrocinados, independentemente de sua idade, deve ser realizada mediante emissão de Nota Promissória por um avalista com renda devidamente comprovada e compatível com o valor da operação DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA Para requerer empréstimo financeiro, o participante, assistido ou pensionista deve enviar à Fundação o Contrato de Empréstimo, a Solicitação de Empréstimo e a Nota Promissória, todos devidamente preenchidos, assinados e em vias originais Após aprovação do primeiro crédito, para solicitar um novo empréstimo o participante deve enviar a Fundação os documentos acima citados, exceto o contrato de empréstimo que possui período de vigência indeterminado Os documentos acima citados estão disponíveis no site e na sede da Faelba LIBERAÇÃO DO CRÉDITO O empréstimo é liberado através de crédito em conta corrente do mutuário indicada no Formulário de Solicitação de Empréstimo, ou por cheque, em até 48 horas (quarenta e oito) úteis após aprovação da solicitação pela área financeira da FAELBA O participante não deve assumir quaisquer compromissos antes da comprovação do crédito em conta corrente referente ao empréstimo solicitado. A concessão está sujeita à análise de acordo com os critérios previstos nesta Norma e a Fundação não se responsabiliza por compromissos assumidos pelo mutuário, antes da confirmação efetiva do crédito na referida conta.
7 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / Após efetivação da concessão do empréstimo, em nenhuma hipótese, o mesmo pode ser cancelado ou devolvido, sendo possível apenas a liquidação por antecipação ou renovação, desde que observados todos os critérios estabelecidos nesta Norma AMORTIZAÇÃO DO SALDO DEVEDOR O empréstimo deve ser amortizado através de prestações mensais e sucessivas a partir do mês seguinte ao de concessão, ou mês subseqüente a este quando a concessão ocorrer após a data de aniversário do empréstimo, aqui definida para todas as modalidades como sendo o dia 25 de cada mês, da seguinte forma: Participante ativo - através de consignação na folha de pagamento da patrocinadora; Participante assistido, pensionista e em resgate parcelado - através de consignação na folha de pagamento de benefício da Faelba; Participante autopatrocinado - através de boleto bancário ou outro meio adotado conforme critério da Fundação com vencimento na data de aniversário do empréstimo O mutuário pode optar pela amortização do empréstimo nas modalidades Pré e Pós-Fixada em apenas 10 parcelas no intervalo de 12 parcelas, não cabendo o desconto da parcela do referido empréstimo nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano, sendo denominadas essas modalidades de Empréstimo Financeiro Pré-Fixado ou Pós-Fixado Postergado Nesta opção, nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano, nos quais não ocorrerão amortizações, o saldo devedor do empréstimo é recalculado, com a taxa contratada para os contratos Pré-fixados e com a taxa vigente para os contratos Pós-Fixados, aumentando o valor das parcelas e mantendo o quantidade de parcelas restantes Na hipótese em que o participante optar pela postergação das parcelas do empréstimo nos meses de janeiro e fevereiro, em nenhuma hipótese o mesmo pode solicitar o desconto normal dos doze meses, durante a vigência do referido contrato. Essa opção só pode ser alterada na renovação ou contratação de um novo empréstimo, após liquidação do saldo devedor do empréstimo em vigor Não é permitida postergação das parcelas de empréstimo na modalidade Emergencial O pagamento mensal das parcelas do empréstimo é de inteira responsabilidade do mutuário. Portanto, não ocorrendo o desconto em folha de pagamento ou o recebimento do boleto bancário até a data de vencimento, o mutuário se obriga a efetuar os pagamentos das prestações diretamente a Faelba Para o cálculo do valor das prestações mensais e saldo devedor, é utilizado o método da Tabela Price O benefício do participante na Faelba deve garantir a consignação mensal das parcelas do empréstimo financeiro contratado e não poderá ser concedido em prazo inferior ao número de parcelas vincendas da referida dívida.
8 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / A reprogramação do benefício deverá ser realizada em conformidade com o item desta norma O saldo total das parcelas em atraso deverá ser quitado integralmente através da consignação em folha de beneficio da Faelba, no primeiro mês em que for pago o benefício ou resgate ao assistido ou pensionista Caso ocorra o descasamento entre o prazo de recebimento do benefício ou resgate e o número de parcelas vincendas do empréstimo contratado pelo participante, assistido ou pensionista este estará obrigado a regularizar a situação de forma a garantir a amortização da dívida até sua liquidação Para regularizar os prazos, mencionados acima, poderá ocorrer por determinação da Faelba: a suspensão ou cancelamento da postergação do contrato, a consignação mensal de mais de uma parcela, a reprogramação do benefício ou resgate ou ainda ter o participante que efetuar uma amortização extra para diminuição do número de parcelas vincendas Os procedimentos acima relacionados poderão ser realizados individualmente ou em conjunto ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO O mutuário pode, a qualquer época, liquidar o saldo devedor do empréstimo ou antecipar o pagamento das parcelas vincendas obtendo nestes casos desconto de 100% (cem por cento) nas taxas vigentes na data do pagamento Se o pagamento for superior a duas parcelas, o mutuário poderá optar pela redução do valor da parcela ou pela redução do prazo, considerando neste caso quitada(s) sempre a(s) parcela(s) final(is) LIQUIDAÇÃO POR FALECIMENTO Ocorrendo o falecimento do mutuário, comprovado mediante entrega da certidão de óbito à Faelba, o saldo devedor do empréstimo será automaticamente liquidado através da utilização do saldo do fundo de risco, exceto para participantes do Plano BD com idade acima de 75 anos. Nestes casos será executada a garantia real A Fundação pode a qualquer época adotar as medidas necessárias com relação a taxa de risco cobrada, caso essa não venha a ser suficiente para constituir, a níveis adequados, o Fundo de Risco para cobertura dos eventos previstos nesta norma.
9 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / INADIMPLÊNCIA Após 30 (trinta) dias do vencimento da parcela do empréstimo não paga, o mutuário poderá ter seu nome inscrito nos cadastros de inadimplentes mantidos pelo SERASA/SPC, sem prejuízo do protesto do respectivo título no Cartório competente. Se o atraso ultrapassar 90(noventa) dias, o total da dívida se tornará antecipadamente vencido O atraso no pagamento de qualquer das parcelas, implicará na cobrança de multa de 2% (dois por cento) sobre o valor da parcela vencida e juros de mora com base na taxa de juros contratada de acordo com a modalidade de empréstimo, na data do efetivo pagamento O mutuário que ficar em atraso com o pagamento das parcelas do empréstimo por mais de 90 (noventa) dias, fica impossibilitado de renovar empréstimo por no mínimo 180 (cento e oitenta) dias, devendo a nova solicitação, após esse prazo, ser submetida à análise da Diretoria Administrativa-Financeira LIQUIDAÇÃO OBRIGATÓRIA O saldo devedor do empréstimo é considerado antecipadamente vencido e torna-se obrigatória a liquidação da totalidade do débito quando o mutuário: perder o vínculo empregatício com a patrocinadora e perder a condição de participante; perder o vínculo empregatício com a patrocinadora e optar pelo instituto da portabilidade; atrasar o pagamento de 3(três) prestações, consecutivas ou não, ou de uma prestação por período superior a 90(noventa) dias; descumprir qualquer das disposições previstas nesta Norma DISPOSIÇÕES GERAIS A concessão de empréstimos está condicionada aos limites estabelecidos na legislação, na Política de Investimentos e à disponibilidade de recursos da Faelba Conforme art. 34 da Resolução 3.792/2009, os encargos financeiros das operações com participantes devem ser superiores à taxa mínima atuarial, para planos constituídos na modalidade de benefício definido, ou ao índice de referência estabelecido na política de investimentos, para planos constituídos em outras modalidades, acrescidos de taxa referente à administração das operações. Portanto, as taxas e encargos estabelecidos nesta norma poderão ser modificados a qualquer época de forma a atender o estabelecido na legislação As situações não previstas nesta Norma, assim como os pleitos que não atendam as regras aqui estabelecidas, serão avaliadas e decididas pela Diretoria Executiva da Faelba.
10 Gestão de Atendimento AFAF D.GA / A simulação do empréstimo pode ser feita pelo participante no site da FAELBA no endereço pelo telefone (0XX71) ou na Sede da Fundação. Para que a simulação retrate a real situação do participante é fundamental a informação correta do valor da renda líquida ou margem consignável. 5. REFERÊNCIAS Política de Investimentos Resolução CMN 3792, de 24/09/2009, e suas alterações. Histórico de Alterações Data Revisão Descrição das alterações Edição inicial Adequação ao Sistema de Gestão de Qualidade Inclusão item até
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