Mauricio Fernandes Lima

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1 Curso: Disciplina: Professor: Mauricio Fernandes Lima Aluno(a): São Bernardo-MA, Maio/2013 1

2 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO I EMENTA: Introdução a Administração, Antecedentes Históricos da Administração, Teoria da Administração Científica, Teoria Clássica da Administração, Teoria Neoclássica da Administração, Modelo Burocrático de Organização, Teoria Estruturalista da Administração, Novas Abordagens de Gestão: Rompimento com os velhos modelos e a busca de novos paradigmas, Planejamento Estratégico, Administração Estratégica, as Organizações, as empresas e a necessidade de administração. II OBJETIVOS: Proporcionar uma visão abrangente dos processos organizacionais e de como os diversos processos afetam o resultado geral da organização. Fomentar nos alunos uma visão crítica quando participarem da gestão de uma organização, questionando assim os métodos e processos em uso. Estimular a visão estratégica voltada sempre para a obtenção de resultados dentro das organizações. Trabalhar os aspectos relacionados ao relacionamento interpessoal, bem como criar condições para que se desenvolvam capacidades de comunicação e expressão. III CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: PARTE I O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO CLÁSSICO 1. INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO 1.1. Definição de Administração 1.2. Administração e suas perspectivas 1.3. Conteúdo e Objeto de estudo da Administração 1.4. O Estado Atual da Teria Geral da Administração 1.5. A Administração na sociedade moderna 2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO 2.1. Influência dos Filósofos 2.2. Influência da Organização da Igreja Católica 2.3. Influência da Organização Militar 2.4. Influência da Revolução Industrial 2.5. Influência dos economistas Liberais 2.6. Influência dos Pioneiros e Empreendedores 3. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 3.1. A obra de Taylor 3.2. A Administração como Ciência 3.3. Organização Racional do Trabalho Estudo dos Tempos e Movimentos Estudo da Fadiga Humana 2

3 Divisão do Trabalho e Especialização do Operário Desenho de Cargos e Tarefas Incentivos Salariais e Prêmios de Produção Conceito de Homo Economicus Condição de Trabalho Padronização Supervisão Funcional 4. TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 4.1. Origens da Teoria Clássica 4.2. A obra de Fayol As Funções da Empresa 4.3. Elementos da Administração 4.4. Princípios da Administração 4.5. Teoria da Organização 5. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 5.1. Teorias Transitivas da Administração Administração e Liderança Psicologia da Organização Organização como um Sistema Social Teoria das Relações Humanas Origens da Teoria das Relações Humanas A Experiência de Hawthorne 5.2. A Civilização Industrializada e o Homem 5.3. Funções Básicas da Organização Industrial 5.4. Comparação entre Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas Decorrências da Teoria das Relações Humanas 5.5. Influência da Motivação Humana 5.6. Teoria da Motivação de Maslow Ciclo Motivacional Frustração e Compensação O Moral e a Atitude Liderança Comunicação 5.7. Organização Informal 5.8. Dinâmica de Grupo 5.9. As características dos Grupos Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas 6. TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 6.1. Teoria Neoclássica 6.2. Características Principais da Teoria Neoclássica 6.3. Princípios Básicos da Organização Funções do Administrador 3

4 O processo administrativo 6.4. Administração Por Objetivos (APO) 6.5. Objetivos da Administração 6.6. Criticas a abordagem Neoclássica 7. MODELO BUROCRÁTICO DE ORGANIZAÇÃO 7.1. Origens da Teoria Burocracia 7.2. Características da Burocracia, segundo Weber Características principais 7.3. Críticas sobre a Teoria Burocrática 8. TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO 8.1. A Sociedade de Organizações 8.2. Tipologia das Organizações 8.3. Tipologia de Etzioni 8.4. Tipologia de BLAU e SCOTT 8.5. O Homem Organizacional 8.6. Análise das Organizações 8.7. Organização Formal 8.8. Organização Informal 8.9. Objetivos Organizacionais Ambiente Organizacional Conflitos Organizacionais Apreciação críticas do Estruturalismo PARTE II O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO EMERGENTE 9. NOVAS ABORDAGENS DE GESTÃO: O ROMPIMENTO COM OS VELHOS MODELOS E A BUSCA DE NOVOS PARADIGMAS 9.1. Evolução do Pensamento Administrativo e Estratégico 10. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Introdução Evolução do conceito de Estratégia 11. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA O processo de Administração Estratégica 12. AS ORGANIZAÇÕES, AS EMPRESAS E A NECESSIDADE DE ADMINISTRAÇÃO Importância das Organizações As empresas Objetivo Principal Classificação das empresas 4

5 IV CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: Toma-se como primeiro critério a presença. (1,0 ponto) A participação do aluno na aula também contará com a avaliação. (1,0 ponto) O(a) aluno(a) apresentará em grupo trabalho oralmente ou por escrito a critério do professor resenha de assunto proposto relacionado com a disciplina. (1,0 ponto) Também, deverá desenvolver trabalho individual relacionado ao tema escolhido pelo professor para ser entregue após a aula, onde demonstrará compreensão e conhecimento dos assuntos abordados, bem como segurança e desenvoltura dos conteúdos e outros temas relacionados escolhidos pelo professor. (2,0 pontos) Por fim, prova escrita aplicada na turma. (5,0 pontos) V PROFESSOR-AUTOR: Mauricio Lima nasceu em São Luís MA, formado em Administração, CRA- MA nº 3510, dedica-se desde 2002 ao Serviço Público com foco especial em Licitações. No Tribunal de Justiça exerceu o cargo de Pregoeiro Oficial e membro da Comissão Permanente de Licitação. Na Secretaria Estadual das Cidades Secid foi Supervisor Administrativo-Financeiro e Presidente da Comissão de Licitação do Porto do Itaqui, onde implantou o sistema de Pregão Eletrônico. Também foi membro da Central Permanente de Licitações da Prefeitura Municipal de São Luís, mas, atualmente, concursado do Tribunal de Justiça, dedica-se a publicações de artigos na área de gestão e consultoria referente a Gestão Pública e Licitações. VI SUPORTE: Caso você tenha qualquer questionamento sobre o conteúdo programático da disciplina, dúvidas quanto aos trabalhos podemos ser acionado pelos seguintes contatos: adm.mauriciolima@hotmail.com (98) /

6 PARTE I O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO CLÁSSICO 1. INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO A palavra ADMINISTRAÇÃO tem origem no latim e significa: administratione. Ad = direção para, tendência, junto de. Minister = aquele que realiza uma função abaixo do comando de outro. A administração tem como tarefa, interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial através do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados, em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos. A administração é uma condição indispensável para o sucesso de cada empresa. A administração representa a solução da maior parte dos problemas que afligem a humanidade nos dias de hoje. Na realidade não existem países desenvolvidos ou subdesenvolvidos, mas países bem ou mal administrados. (Peter Drucker) 1.1. Definição de Administração Segundo MORAES (2001) a tarefa da Administração envolve a interpretação de objetivos a fim de transformá-los em ação organizacional por meio do PLANEJAMENTO, da ORGANIZAÇÃO, da DIREÇÃO e do CONTROLE. 6

7 Administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do conhecimento humano mais impregnado de complexidade e de desafios. O profissional que utiliza a Administração como meio de vida, pode trabalhar nos mais variados níveis de uma organização, desde o nível hierárquico de supervisão elementar até o nível de dirigente máximo da organização. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividade, seus dirigentes e seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia etc. Em cada organização, o administrador soluciona problemas, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, desenvolve estratégias, efetua diagnósticos de situações exclusivos daquela organização. Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: - Habilidade técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através de sua instrução, experiência e educação. - Habilidade humana: Consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz. - Habilidade conceitual: Consiste na habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato. Figura CHA 1.2. Administração e suas perspectivas A tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas através das pessoas, seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais, nas universidades, nas instituições militares ou em qualquer outra forma de empreendimento humano, a eficácia com que 7

8 as pessoas trabalham em conjunto para conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que exercem função administrativa. Qualquer que seja a posição ou o nível que ocupe o administrador, quando tem responsabilidade por subordinados, só pode alcançar resultados através da efetiva cooperação dos subordinados. Toda organização precisa ser administrada adequadamente para alcançar os seus objetivos com a maior eficiência e economia de ação e de recursos. Devido às suas limitações físicas, biológicas e psíquicas, o homem tem necessidade de cooperar com outros homens para, em conjunto alcançarem objetivos Conteúdo e Objeto de estudo da Administração O significado e conteúdo da Administração deparam-se com uma formidável ampliação e aprofundamento através das diferentes teorias que abordaremos nesta apostila. O próprio conteúdo do estudo da Administração varia enormemente de acordo com a teoria ou escola considerada. Normalmente, cada autor ou estudioso da Administração tende a abordar as variáveis e assuntos típicos da orientação teórica de sua escola ou teoria. Aliás, uma das razões que nos levou a escrever esta apostila foi exatamente a necessidade de abordarmos as principais e mais importantes Teorias da Administração, os seus respectivos assuntos e conteúdos. Com isto, pretendemos apresentar, não especificamente a abordagem e conteúdo de uma única corrente com o agravante de desconhecermos as demais, mas uma visão ampla, simplificada, comparativa e, sobretudo, crítica de das mais importantes Teoria da Administração. Na figura abaixo, daremos ao aluno a possibilidade de verificar a evolução das TEORIAS ADMINISTRATIVAS e seus principais enfoques no decorrer do século XX e no começo deste século XXI. Tabela: Ordem cronológica das Teorias Administrativas: Anos Teorias 1903 Administração Científica 1909 Teoria da Burocracia 1916 Teoria Clássica 1932 Teoria das Relações Humanas 1947 Teoria Estruturalista 1951 Teoria dos Sistemas 1953 Abordagem Sociotécnica 1954 Teoria Neoclássica 1957 Teoria Comportamental 1962 Desenvolvimento Organizacional 1972 Teoria da Contingência 1990 Novas Abordagens 2000 Caos e Complexidade 2005 Responsabilidade Social e Sustentável 8

9 Tabela: Teorias Administrativas e suas ênfases ÊNFASE TEORIAS ADMINISTRATIVAS PRINCIPAIS ENFOQUES Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível operacional. Teoria Clássica Teoria Neoclássica Organização formal. Princípios gerais da Administração. Funções do administrador. Estrutura Teoria da Burocracia Organização formal burocrática. Racionalidade organizacional Pessoas Ambiente Teoria Estruturalista Teoria das Relações Humanas Teoria do Comportamento Organizacional Teoria do Desenvolvimento Organizacional Teoria Estruturalista Teoria da Contingência Múltipla abordagem: - Organização formal e informal, análise intra-organizacional e análise interorganizacional. Organização informal. Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo. Estilos de Administração. Teoria das decisões. Integração dos objetivos organizacionais e individuais. Mudança organizacional planejada. Abordagem de sistema aberto Análise intra-organizacional e análise ambiental. Abordagem de sistema aberto. Análise ambiental (imperativo ambiental) Abordagem de sistema aberto. Tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico) Competitividade Novas Abordagens da Administração Caos e Complexidade. Aprendizagem Organizacional capital intelectual 9

10 A Teoria Geral da Administração começou com o que chamaremos de ênfase nas tarefas" (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), com a Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura" com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas", por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A "ênfase no ambiente" surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a "ênfase na tecnologia". No século XXI surge a teoria da competitividade, capaz de levar a empresa ao sucesso e desenvolvimento permanente. Cada uma dessas seis variáveis TAREFAS, ESTRUTURA, PESSOAS, AMBIENTE, TECNOLOGIA E COMPETITIVIDADE provocaram há seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas seis variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais O Estado Atual da Teoria Geral da Administração Com as rápidas pinceladas a respeito dos gradativos passos da TGA, procuramos demonstrar o efeito cumulativo e gradativamente abrangente das diversas teorias com suas diferentes contribuições e diferentes enfoques 1. Todas as teorias administrativas apresentadas são válidas, embora cada qual valorize apenas uma ou algumas das seis variáveis básicas. Na realidade, cada teoria administrativa surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua época. E, neste caso 1 todas elas foram bem-sucedidas ao apresentarem soluções especificas para tais problemas. De certo modo, todas as teorias administrativas são aplicáveis às situações de hoje. E o administrador precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um naipe de alternativas interessantes para cada situação. O estado atual da TGA é bastante complexo: ela permite uma variedade enorme de abordagens a respeito de seu objeto de estudo e engloba um enorme leque de variáveis que devem ser levadas em consideração. Hoje em dia, a TGA estuda a Administração das empresas e demais tipos de organizações do ponto de vista da interação e interdependência entre as seis variáveis principais, cada qual objeto específico de estudo por parte de uma ou mais correntes da teoria administrativa. As seis variáveis básicas, tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia, ambiente e competitividade, constituem os principais componentes no estudo da Administração das empresas. O comportamento desses componentes é sistêmico e complexo: Cada qual influencia e é influenciado pelos outros componentes. Modificações em um provocam modificações em maior ou menor grau nos demais. O comportamento do conjunto desses componentes e, diferente da soma dos comportamentos de cada componente considerado isoladamente. Na realidade, a adequação entre essas seis variáveis constitui o principal desafio da administração. No nível de uma subunidade especializada (por exemplo, um departamento, uma divisão, uma seção), algumas dessas variáveis podem assumir papel preponderante. Devido à crescente importância da Administração e devido aos novos e complexos desafios com que ela se defronta, os autores e pesquisadores têm se concentrado em algumas partes ou em algumas variáveis isoladas do enorme contexto de variáveis que intervêm cada qual com sua natureza, seu impacto, sua duração, sua importância etc. Na estrutura e no comportamento das organizações que dificultam enormemente sua visão global. À medida que a Administração se defronta com novos desafios e novas situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as doutrinas e teorias administrativas precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las 1 Idalberto Chavenato, Novas Abordagens na Teoria Administrativa, Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, abr./jun. 1979, vol. 19, nº 2,

11 completamente para continuarem úteis e aplicáveis. Isto explica, em parte, os gradativos passos da TGA no decorrer do século XX e no inicío deste século. O resultado disso tudo é a gradativa abrangência e complexidade que acabamos de discutir. Figura - Seis variáveis básicas na Teoria Geral da Administração 1.5. A Administração na sociedade moderna A Administração é um fenômeno universal no mundo moderno. Cada organização e cada empresa requerem a tomada de decisões, a coordenação de múltiplas atividades, a condução de pessoas, a avaliação do desempenho dirigido a objetivos previamente determinados, a obtenção e alocação de diferentes recursos etc. Numerosas atividades administrativas desempenhadas por diversos administradores, voltadas para tipos específicos de áreas e de problemas, precisam ser realizadas em cada organização ou empresa. Cada empresa necessita não de um administrador apenas, mas de uma equipe de administradores em vários níveis e nas várias áreas e funções, para levar adiante as diversas especialidades dentro de um conjunto integrado e harmonioso de esforços em direção aos objetivos da empresa. Como o administrador não é o executor, mas o responsável pelo trabalho dos outros, ele não pode dar-se o luxo de errar ou de arriscar seus subordinados pelo caminho menos indicado. O administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e variada: Precisa conhecer disciplinas heterogêneas (como Matemática, Direito, Psicologia, Estatística etc). Precisa lidar com pessoas que lhe são subordinadas ou que estão no mesmo nível ou acima dele. Precisa estar atento aos eventos passados e presentes, bem como às previsões futuras, pois o seu horizonte deve ser mais amplo, já que ele é o responsável pela direção de outras pessoas que seguem as suas ordens e orientação. Precisa lidar com eventos internos e externos e precisa ver mais longe que os outros, pois deve estar ligado aos objetivos que a empresa pretende alcançar através da atividade conjunta de todos. Administração tornou-se tão importante quanto o próprio trabalho a ser executado, conforme este foi especializando-se e a escala de operações cresceu assustadoramente. Administração não é um fim e sim um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com o menor custo e com a maior EFICIÊNCIA E EFICÁCIA. 11

12 2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu de forma muito lenta. Somente a partir do século XX é que a Administração começa a ganhar seu espaço de forma notável. No final do século XIX, a sociedade era completamente diferente. Haviam poucas organizações e de pequenos portes, sendo que predominavam as pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos (como médicos, advogados, que trabalhavam por conta própria), o lavrador, o armazém da esquina etc. O trabalho sempre existiu na história da humanidade, mas a história das organizações e da sua administração é um capitulo que teve o seu inicio há muito pouco tempo. Atualmente a sociedade típica dos países desenvolvidos é uma sociedade pluralista de organizações, na qual a maior parte das obrigações (produção de bens ou serviços) é confiada a organizações (indústrias, universidades, hospitais, comércio, serviços públicos), dentre outras, que são administradas com o objetivo de se tornarem mais eficazes Influência dos Filósofos Ao longo dos séculos que vão da Antigüidade até o início da Idade Moderna, a Filosofia concentrou-se em preocupações distanciadas dos problemas administrativos. Francis Bacon ( ), filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio administrativo da "prevalência do principal sobre o acessório". O maior expoente da época foi René Descartes ( ). Filósofo, matemático e físico francês, é o fundador da Filosofia Moderna. Criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à Matemática e Geometria da época. Na Filosofia, celebrizou-se pelo livro O Discurso do Método, no qual descreve seu método filosófico denominado "método cartesiano", cujos princípios são: 1. Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste em não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto não se souber com evidência - clara e distintamente aquilo que é realmente verdadeiro. Com a dúvida sistemática evita-se a prevenção e a precipitação, aceitando-se apenas como certo aquilo que seja evidentemente certo. 2. Princípio da Análise ou de Decomposição: Consiste em dividir e decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua solução, a fim de resolver cada uma separadamente. 3. Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em conduzir ordenadamente os pensamentos e o raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e simples de se conhecer, para passar gradualmente aos mais difíceis. 4. Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em fazer verificações e revisões em tudo, para que nada seja omitido ou deixado de lado. Vários princípios da Administração, como os da divisão do trabalho, da ordem e do controle, são decorrências dos princípios cartesianos. Com a Filosofia Moderna, a Administração deixa de receber contribuições e influências, pois o campo de estudo filosófico se afasta dos problemas organizacionais Influência da Organização da Igreja Católica Ao longo dos séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram aos poucos se transferindo das instituições dos Estados (como era o caso de Atenas, Roma etc.) para as instituições da Igreja Católica e organizações militares. Isso porque a unidade de propósitos e objetivos - princípios fundamentais na organização eclesiástica e militar - nem sempre é encontrada na ação política dos Estados, movida por objetivos contraditórios de cada partido, dirigente ou classe social. 12

13 Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou a sua organização com uma hierarquia de autoridade; um estado-maior e a coordenação funcional para assegurar integração. A organização hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe dado por uma autoridade divina superior. A estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações que incorporaram seus princípios e normas administrativas Influência da Organização Militar A organização militar influenciou as teorias da Administração ao longo do tempo. A organização linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antigüidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo central das organizações militares. A hierarquia - ou seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade - provém da organização militar. Com o passar dos tempos, na medida em que o volume de operações militares aumenta, cresce; também a necessidade de delegar autoridade para os níveis mais baixos da organização militar. Ainda na época de Napoleão ( ), cada general supervisionava a totalidade do campo de batalha. As guerras de maior alcance e de âmbito continental exigiram novos princípios de organização conduzindo a um planejamento e controle centralizados em paralelo com operações descentralizadas, ou seja, passou-se à centralização do comando e à descentralização da execução. Para aumentar a eficiência dos exércitos, criou-se um estado-maior para assessorar o comando militar. Os oficiais de assessoria trabalhavam independentemente, numa separação entre planejamento e execução das operações de guerra. Oficiais formados no estado-maior eram transferidos para posições de comando e novamente para o estado-maior, o que assegurava experiência e vivência nas funções de gabinete, de campo e novamente de gabinete. Outra contribuição da organização militar é o princípio de direção, por meio do qual todo soldado deve saber o que se espera dele e o que ele deve fazer. Mesmo Napoleão, o general mais autocrata da história militar, nunca deu uma ordem sem explicar o seu objetivo e certificar-se de que a haviam compreendido, pois estava convencido de que a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente de qualquer coisa Influência da Revolução Industrial Com a invenção da máquina a vapor por James Watt ( ) e a sua aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social. Num lapso de um século, às mudanças ocorridas foram maiores que em todo o milênio anterior. É a chamada Revolução Industrial, que passou por duas épocas distintas: a) 1780 a 1860: Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro A 1 a Revolução Industrial apresenta quatro fases distintas: 1 a fase: Mecanização da indústria e da agricultura, com o aparecimento da máquina de fiar, do tear hidráulico, do tear mecânico e do descaroçador de algodão, que substituíram o trabalho do homem e a força motriz muscular do homem, do animal ou da roda de água. 2 a fase: Aplicação da força motriz à indústria. As máquinas a vapor transformam as antigas oficinas em fábricas. 3 a fase: Desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena oficina patronal desaparecem para ceder lugar ao operário e às fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho. Surgem as indústrias em detrimento da atividade rural. A migração de massas humanas das áreas agrícolas para as proximidades das fábricas provoca a urbanização. 4 a fase: Espetacular crescimento dos transportes e das comunicações. A navegação a vapor, os locomotivos a vapor e novos meios de transporte e de comunicação apareceram com surpreendente, rapidez. O telégrafo elétrico, o selo postal e o telefone impelem os fortes 13

14 desenvolvimentos econômicos, sociais, tecnológicos e industriais e as profundas transformações e mudanças que ocorreriam com uma velocidade maior. b) 1860 a 1914: Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade A 2 a Revolução Industrial começa por volta de 1860, provocada por três acontecimentos importantes: o novo processo de fabricação do aço (1856); o aperfeiçoamento do dínamo (1873) e a invenção do motor de combustão interna (1873). As características da 2 a Revolução Industrial são as seguintes: - Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico; - Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de energia; - Desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do trabalhador; - Crescente domínio da indústria pela ciência; - Transformação radical nos transporte e comunicações. As vias férreas são ampliadas. Em 1880, Daimler e Benz constroem automóveis artesanais na Alemanha, Dunlop aperfeiçoa o pneumático em 1888 e Henry Ford inicia a produção do seu modelo "T" em Em 1906, Santos Dumont faz a primeira experiência com o avião; - Surgem novas formas de organização capitalista. As firmas de sócios solidários que tomavam parte ativa na direção dos negócios deram lugar ao chamado capitalismo financeiro. - Expansão da industrialização até a Europa Central e Oriental e o Extremo Oriente. Da calma produção do artesanato, onde todos se conheciam, passou-se rapidamente para regime de produção por meio de máquinas, dentro de grandes fábricas. Assim, a Revolução Industrial provocou profundas modificações na estrutura empresarial e econômica da época. Mas não chegou a influenciar os princípios de administração das empresas então utilizados. Os dirigentes de empresas trataram de cuidar como podiam ou como sabiam das demandas de uma economia em rápida expansão e tinham por modelo as organizações militares ou eclesiásticas nos séculos anteriores Influência dos Economistas Liberais As idéias básicas dos economistas clássicos liberais constituem os princípios básicos do pensamento administrativo de nossos dias. Adam Smith ( ) é o fundador da economia clássica, cuja idéia central é a competição. Os mercados onde vigora a competição funcionam espontaneamente, de modo a garantir (por algum mecanismo abstrato que Smith chamava de a mão invisível que governa o mercado) a alocação dos recursos e da produção, sem que haja excesso de lucros. Por essa razão, o único papel econômico do governo é a intervenção na economia quando o mercado deixa de funcionar em condições satisfatórias, ou seja, quando não ocorre competição livre. Em seu livro A Riqueza das Nações, publicado em 1776, Adam Smith apregoa que a origem da riqueza das nações reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos que, mais tarde, Taylor e Gilbreth iriam desenvolver como a base fundamental da Administração Cientifica. O liberalismo econômico corresponde ao período de desenvolvimento da economia capitalista baseada no individualismo e no jogo das leis econômicas naturais e na livre concorrência. No final do século XIX, o liberalismo econômico começou a perder sua influência na medida em que o capitalismo cresceu com o surgimento de grandes grupos econômicos. O novo capitalismo se inicia com a produção em larga escala o surgimento de novas e mais modernas máquinas e de mão-deobra, criando situações problemáticas de organização de trabalho, de concorrência econômica, de padrão de vida etc. Karl Marx ( ) e Friedrich Engels( ), criadores do socialismo cientifico e do materialismo histórico, publicam o manifesto comunista em Aqui eles discutem os diversos regimes econômicos e sociais e a sociedade capitalista, concluindo que a luta de classes é o motor da história. Marx, em 1867 publica O Capital e mais adiante sua teoria a respeito da mais valia, ou trabalho não pago, de onde são tirados os lucros dos capitalistas com base na teoria do valortrabalho. 14

15 No início do século XX, o socialismo e o sindicalismo passam a obrigar o capitalismo a procurar o aperfeiçoamento de todos os fatores de produção envolvidos e na sua adequada remuneração. Quanto maior a pressão exercida pelas exigências proletárias, observa-se a redução das injustiças e mais acelerado se configura o processo de desenvolvimento da tecnologia. Dentro dessa situação, surgem os primeiros esforços nas empresas capitalistas para a implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho Influência dos Pioneiros e Empreendedores O século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial. O mundo estava mudando. E as empresas também. As condições para o aparecimento da teoria administrativa estavam se consolidando gradativamente. Nos Estados Unidos, por volta de 1820, o empreendimento empresarial privado de maior vulto era às estradas de ferro, que constituíram um poderoso núcleo de investimentos e de uma nova classe de investidores. Foi a partir das estradas de ferro que as ações de investimento e o ramo de seguros se tornaram populares. As ferrovias permitiram o desenvolvimento do território e provocando sua rápida urbanização que criou novas necessidades de habitação, alimentação, roupa, luz e aquecimento, o que se traduziu em um rápido crescimento das empresas voltadas para o consumo direto. Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura administrativa definida. Poucas empresas exigiam serviços de um administrador - ou coisa parecida - em tempo integral, pois eram muito pequenas. Em geral, eram negócios de família, em que dois ou três parentes cuidavam das atividades principais. As empresas da época - agropecuárias, mineradoras, indústrias têxteis, estradas de ferro, construtoras, a caça e o comércio de peles, os incipientes bancos - faziam parte de um contexto predominantemente rural, que não conhecia a administração. O presidente era tesoureiro, comprador ou o vendedor e atendia aos agentes comissionados. Se o negócio prosperava, os agentes se tornavam sócios da firma, o que permitia integrar produção e distribuição. Nesse período começam a surgir os grandes conglomerados. Os "criadores de impérios" passaram a comprar seus concorrentes mais próximos, seus fornecedores ou distribuidores com a finalidade de garantir seus interesses. Juntamente com as empresas e instalações vinham também os antigos donos e respectivos empregados. Surgiram os primitivos impérios industriais, aglomerados de empresas que se tornaram grandes demais para serem dirigidos pelos pequenos grupos familiares. Os empresários preferiam ampliar a produção a organizar uma rede de distribuição e vendas. Os grandes grupos de produção, ainda eram administrados de forma amadora sem técnica científica adequada. Procurava-se maior eficiência na produção, compras, distribuição e vendas. Os meios de reduzir custos diminuíram, as margens de lucro baixaram, o mercado foi-se tornando saturado e as empresas começam a procurar novos mercados por meio da diversificação de produtos. A velha estrutura funcional começou a emperrar. Os grandes empresários como John Rockefeller( ) fundou a Standart Oil, em 1890 Carnegie funda a Truste do aço, Swift e Armour tornam-se trustes de conservas, Westinghouse, Daimler e Benz, Henry Ford, e outros - não tinham condições de sistematizar seus vastos negócios com eficiência, pois eram empreendedores e não organizadores. A organização era um desafio mais difícil do que a criação dessas empresas. A grandiosidade dos recursos que conseguiram reunir complicava as coisas. O final do século XIX revelou o crescimento dos impérios corporativos e a expansão da indústria. A preocupação dominante se deslocou para os riscos do crescimento sem uma organização adequada. Entre 1860 a 1900 ocorre a "idade heróica das invenções, que provocou um grande desenvolvimento tecnológico. O primeiro laboratório de pesquisas surgiu com a síntese da aspirina realizada por Adolfvon Bayer ( ) em O sucesso mundial da aspirina convenceu a indústria química da necessidade da pesquisa e o da tecnologia. 15

16 Na virada do século XIX para o século XX grandes corporações sucumbiram financeiramente. Dirigir grandes empresas não era apenas uma questão de habilidade pessoal como muitos empreendedores pensavam. Estavam criadas as condições para o aparecimento dos grandes organizadores da empresa moderna. EXERCÍCIO 01 - EM GRUPO Após a leitura desse capítulo que fala sobre Antecedentes Históricos, divida as influências para cada equipe e discuta em turma com o professor (Slide de auxilio) Abaixo folha de resposta para que cada grupo escreva o que entendeu sobre cada influência (resumo). Tempo: 10 min para leitura, 10 min para conclusão do resumo e 5 min de apresentação 16

17 3. TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas tarefas. O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da administração são a observação e a mensuração. A Escola da Administração Científica foi iniciada por volta de 1900 pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna Teoria da Administração. Taylor teve inúmeros seguidores (como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth e outros) e provocou verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial da sua época. Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias americanas e elevar o nível de produtividade através da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. O principal objetivo da administração deve ser o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio de máxima prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser o fim principal da Administração, sendo desnecessário demonstrá-lo. Assim, deve haver uma identidade de interesses entre empregados e empregadores A Obra de Taylor Frederick Winslow Taylor ( ), o fundador da Administração Científica, nasceu em Filadélfia, nos Estados Unidos. Veio de uma família quaker de princípios rígidos e foi educada dentro de uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. Viveu na Europa durante três anos e aos 18 anos começou a trabalhar como aprendiz na Hidraulic Works, fabricantes de bombas a vapor. Depois da licenciatura em engenharia mecânica pela Stevens Institute of Technology, ascendeu a engenheiro-chefe da Midvale Steel Company, passando a diretor-geral da Manufacturing Investiment Company. Nos seus primeiros estudos, tomou contato direto com os problemas sociais e empresariais decorrentes da Revolução Industrial. Naquela época estava em moda o sistema de pagamento por peça ou por tarefa. Em 1893 mudou-se para Nova Iorque para trabalhar como consultor de engenharia. Primeiro Período de Taylor: Iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do operário e, mais tarde, generalizou suas conclusões para a Administração geral, sua teoria seguiu em caminho de baixo para cima e das partes para o todo. Taylor expõe que: a) O objetivo de uma boa Administração é pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção. b) Para atingir esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle de operações fabris. c) Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados, para que as normas possam ser cumpridas. d) Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida. e) Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos princípios mencionados. Segundo Período de Taylor. Nesse segundo período, desenvolveu seus estudos sobre a Administração geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar, contudo sua preocupação com relação à tarefa do operário. 17

18 3.2. A Administração como Ciência Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo, à ciência. Sua obra deve ser analisada, principalmente, pela importância da aplicação de uma metodologia sistemática na análise e na solução dos problemas de organização, no sentido de baixo para cima. A Administração Científica constitui uma combinação dos seguintes ingredientes: a) Ciência, em lugar do empirismo. b) Harmonia, em vez de discórdia. c) Cooperação, não individualismo. d) Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida. e) Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior eficiência e prosperidade Organização Racional do Trabalho Taylor verificou que os operários aprendiam suas tarefas por meio da observação dos companheiros. Notou que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada operação. Esses instrumentos e ferramentas devem ser aperfeiçoados por meio da análise científica e um detalhado estudo de tempos e movimentos. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). Para Taylor A Organização Racional do Trabalho (ORT) se baseia em: Estudo dos Tempos e Movimentos O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa metódica e pacientemente analisando a execução das tarefas de cada operário, Taylor viu a possibilidade de decompor as tarefas em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou unidos com outros movimentos, para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. A essa análise do trabalho seguia-se o estudo dos tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. Nesse tempo médio eram adicionados tempos elementares e mortos (esperas, tempos de saída do operário da linha para suas necessidades pessoais etc.), para resultar o chamado "tempo padrão". Com isso padroniza-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução Estudo da Fadiga Humana O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humana. Foram realizados estudos (estatísticos) sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. O estudo dos movimentos tem três finalidades: a) Eliminar movimentos inúteis na execução de uma tarefa. b) Executar os movimentos úteis com a maior economia de esforço e tempo. c) Dar aos movimentos uma coordenação apropriada e economia de movimentos. Em suma, a fadiga é considerada um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga, foi proposto princípios de economia de movimentos relativos ao uso do corpo humano, na disposição do material no local de trabalho e às ferramentas e equipamentos Divisão do Trabalho e Especialização do Operário Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário se especializou 18

19 na execução de uma única tarefa ou de tarefas simples e elementares. A linha de montagem foi sua principal base de aplicação. Essas idéias tiveram rápida aplicação na indústria americana e estenderam-se rapidamente a todos os demais países e a todos os campos de atividades. A partir daí, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a sua maneira de trabalhar e passou a ser treinado à execução automática e repetitiva, durante toda a sua jornada de trabalho. A idéia básica era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto maior será a sua eficiência Desenho de Cargos e Tarefas Tarefa é toda e qualquer atividade executada por uma pessoa no seu trabalho dentro da organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas. Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado e projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas. A simplificação no desenho dos cargos permite as seguintes vantagens: a) Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os custos de produção; b) Minimização dos custos de treinamento; c) Redução de erros na execução, diminuindo os refugos e rejeições; d) Facilidade de supervisão, pois cada supervisor pode controlar um número maior de subordinados; e) e) Aumento da eficiência do trabalhador, permitindo maior produtividade Incentivos Salariais e Prêmios de Produção Uma vez analisado o trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o método e o tempo para sua execução, selecionado cientificamente o operário e treinado de acordo com o método preestabelecido, necessitava-se que o empregado colaborasse com a empresa adequando-se dentro dos padrões definidos. Para isso foi desenvolvido um plano de incentivos salariais e de prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (salário por peça, por exemplo): o operário que produzisse pouco ganharia pouco e o que produzisse mais, ganharia na proporção de sua produção. Era necessário um estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassassem o tempo padrão. Era necessário criar um incentivo salarial ou prêmio de produção. O tempo padrão-isto é, o tempo médio necessário para o operário realizar a tarefa racionalizada-constitui o nível de eficiência equivalente a 100%. Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça era acrescida de um prêmio de produção ou incentivo salarial adicional que aumentava à medida que se eleva a eficiência do operário. Com o plano de incentivo salarial, se obteve um custo de produção cada vez mais reduzido e, em conseqüência, maior produtividade e maior rendimento Conceito de Homo Economicus Com a Administração Cientifica implantou-se o conceito de homo economicus, isto é, do homem econômico. De acordo com esse conceito, toda pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Assim, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para viver. Essa visão da natureza humana - o homem econômico - não se limitava a ver o homem como um empregado por dinheiro. Pior ainda: via no operário da época, uns indivíduos limitados e 19

20 mesquinhos, preguiçosos e culpados pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padrão Condições de Trabalho Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições de trabalho que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. As principais condições de trabalho são: a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa; b) arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção; c) melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a ventilação, a iluminação e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador; d) projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos desnecessários. Com a Administração Cientifica, as condições de trabalho passam a constituir elementos importantes no aumento da eficiência. O conforto do operário e a melhoria do ambiente físico (iluminação, ventilação, ruído, aspectos visuais da fábrica etc.) passam a ser valorizados, não porque as pessoas o merecessem, mas porque eram essenciais para a obtenção da eficiência trabalhadora Padronização Organização Racional do Trabalho se preocupou com os planos de incentivos salariais. Preocupou-se também com a padronização dos métodos e processos de trabalho, com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matériasprimas e componentes, a fim de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e assim, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. Padronização é a aplicação de normas e padrões em uma organização para obter uniformidade e redução de custos. A padronização passa a ser vital para a Administração Cientifica na melhoria da eficiência Supervisão Funcional Para Taylor, a característica mais marcante da administração funcional consiste no fato de que cada operário, em lugar de se colocar em contato direto com a administração num único ponto, isto é, por intermédio de seu chefe de turma, recebe orientação e ordens diárias de oito encarregados diferentes, cada um dos quais desempenhando sua própria função particular. A especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor e não de uma centralização da autoridade. A supervisão funcional representa a aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos supervisores e chefes. Essa concepção trouxe muitas críticas, pois se argumenta que um operário não pode subordinar-se a dois ou mais chefes. Para Taylor, a gerência deve seguir quatro funções, a saber: 1. Planejamento: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método. 2. Preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor. Preparar também máquinas e equipamentos através do arranjo físico e disposição racional das ferramentas e materiais. 3. Controle: Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado conforme o previsto. 4. Execução: Distribuir as atribuições e responsabilidades, para que a execução do trabalho seja feita pelos operários. 20

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